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O CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA

ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO 2019-2021


Natálya Amaral, Mª Fernanda Peixoto, Mª Fernanda Soares, Anny Karollynne, Giovanna Floripes, Sarah Gabrielly.
Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife-PE, Brasil

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO

A esquistossomose, também chamada de “barriga d’água”, A população trabalhada nas 6 regiões de saúde endêmicas de
“doença do caramujo” ou “xistose”, é uma zoonose endêmica Pernambuco (Caruaru, Garanhuns, Goiana, Limoeiro, Palmares e
causada pelo parasito trematódeo Schistossoma mansoni, sendo Recife), no período estudado, totalizou 445.282 indivíduos.
considerada um problema de saúde pública no Brasil devido a sua Considerando-se os anos estudados, Caruaru e Recife foram as
forma de transmissão associada ao saneamento básico inadequado. regiões com maior número de população trabalhada (96.054 e 85.509
indivíduos, respectivamente).
Figura 1 - Biomphalaria sp., Realizaram-se 303.574 exames coproscópicos. A maioria das
hospedeiro intermediário do S.
Figura 2 - Adultos de S. mansoni. regiões examinou aproximadamente 70,0% da população-alvo, sendo
mansoni.
que Palmares e Garanhuns apresentaram o maior registro (78.8% e
78.2%, respectivamente) em 2019 e Caruaru, o menor (54%) em
2020. Receberam tratamento 5.909 indivíduos, cujo maior percentual
foi encontrado em Palmares (138% e 192%) em 2019 e 2020,
enquanto Garanhuns registrou o menor (40%) em 2020.
Foram encontrados 6.279 casos positivos para esquistossomose.
As maiores positividades foram em Palmares (4,64% e 4,03%) em
2019 e 2021, respectivamente. Entretanto, Caruaru ficou com a
Fonte: CDC (www.cdc.gov/dpdx) menor positividade durante o período estudado (média 0,35%).

Atualmente a esquistossomose está distribuída, em sua maioria,


na região Nordeste, sendo Pernambuco um dos estados que
apresenta maior prevalência da doença, que se caracteriza
historicamente como uma endemia rural. Nas localidades litorâneas
os criadouros se distribuem predominantemente no peridomicílio e
nas estações chuvosas o aumento dos focos é evidenciado.

OBJETIVO Positivos por Ano segundo Região de Saúde (CIR)

Descrever o cenário epidemiológico da esquistossomose em


Pernambuco durante o período de 2019 à 2021.

METODOLOGIA

Estudo descritivo, com dados do Sistema de Informação do


Programa de Vigilância e Controle da Esquistossomose (SISPCE) em CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 Regiões de Saúde de Pernambuco, incluindo indicadores
relacionados a ações de controle e epidemiológicas.
A esquistossomose é um problema de saúde pública em
Pernambuco. Observando os dados no período estudado, percebe-se
Figura 3 – Fluxograma do método de análise a importância da realização de exames nas populações endêmicas e
a necessidade de aumento da cobertura de tratamento da doença. O
saneamento básico e o tratamento da população são fundamentais
Identificação de para a redução do número de casos no Estado.
dados

REFERÊNCIAS
Seleção
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde, Brasília –
5. ed. rev. e atual., p. 875-886, Maio, 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS.
Programa de Controle da Esquistossomose (PCE), Maio, 2023
Elegibilidade Inclusão Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Vigilância da Esquistossomose Mansoni : diretrizes técnicas
– 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014.
KATZ, Naftale; ALMEIDA, Karina. Esquistossomose, xistosa, barriga d'água. Cienc. Cult.,
São Paulo , v. 55, n. 1, p. 38-43, Jan. 2003 .

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