12 Autocompreensão e Autodoação

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AUTOCOMPREENSÃO E AUTODOAÇÃO

Entendimento que alguém tem de si mesmo, das suas próprias características, qualidades,
imperfeições, sentimentos etc.:
A cruz foi um plano elaborado por Deus. Com a queda do homem, Deus não foi pego de
surpresa e precisou elaborar um plano B, porque o plano A deu errado. Não existia plano A e plano
B. Existia um só plano e esse plano da cruz estava no coração de Deus antes da fundação do mundo.
A palavra de Deus diz que Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo (antes que o
mundo existisse e antes que o homem fora criado). Com a queda do homem, Deus enviou o seu
único filho, puro, sem pecado, nascido da virgem Maria pela ação do Espírito Santo. Ele veio a esse
mundo para morrer pelos nossos pecados. Ele levou sobre si as nossas enfermidades, nossas dores,
as nossas transgressões, nossas iniquidades, nossas mentiras, nossas mazelas, nossos maus
pensamento, o castigo que nos trás a paz estava sobre ele e pelas suas pisaduras fomos sarados. Os
nossos pecados faziam separação entre nós e Deus. E Deus queria nos dar um bem que não exista
outro modo, outra maneira de receber esse bem, senão através da cruz, do sacrifício do nosso
Senhor e salvado Jesus Cristo. Ele nos substituiu na cruz, sofrendo a nossa morte, a morte que nós
merecíamos, porque o salário do pecado é a morte, mas ele morreu por nós e através do seu
sangue, ele nos lavou de toda culpa, de todo pecado. Hoje somo mais alvos do que a neve, somos
justificados pela fé e temos paz Deus, por meio de Jesus Cristo. E tudo isso para nos dar um bem
maior que é a salvação e a vida eterna.
E essa cruz tem um poder transformador. Ela transforma e muda radicalmente a nossa vida de
uma forma que a gente se surpreende. A cruz transforma a nossa atitude para com nós mesmos e
também para com Deus. De modo que a comunidade da cruz (que somos nós e muitos outros
espalhados pelo mundo, povo eleito e escolhido por Deus), além de ser uma comunidade de
celebração, é também uma comunidade de autocompreensão, que é o entendimento de si mesmo,
das qualidades, imperfeições e sentimentos. Quem nós somos a luz da palavra de Deus? Embora
isso possa parecer ser algo individual, não devemos pensar assim, porque a autocompreensão tem
o propósito de autodoação, ou seja, quando entendo quem eu sou a luz da palavra de Deus, eu
entendo o meu propósito de como viver para Deus e para o meu próximo. Como pode alguém dar o
que não sabe que possui? Imagina que você precisa fazer uma doação de coisas que tem dentro da
sua casa. Mas todos os itens da sua casa estão embrulhados e todos esses embrulhos são iguais,
com isso você não sabe o que está dentro das caixas. Complicado você fazer uma doação de algo
que você não sabe, não entende... como esse exemplo dos embrulhos, você não ver o que tem
dentro. Como vou doar algo que eu nem sei o que é. Imagina se o que tem dentro de uma caixa é
uma cueca, ai eu dou uma cueca de presente para Priscila. Quando não entendemos quem somos
corremos um grande risco de doar errado. Por isso é essencial a busca da nossa identidade própria,
a luz da palavra de Deus.

Então eu torno a perguntar, quem nós somos? Como devemos pensar de nós mesmos? Que
atitude devemos adotar para com nós mesmos? Essas perguntas não podem receber respostas sem
referência à cruz. E hoje existem muitas pessoas que não sabe quem são, a luz da palavra. Nós
sabemos que hoje existem muitas pessoas com uma autoestima baixa, isso é muito comum hoje.
Muitos possuem sentimentos de inferioridade. Às vezes a origem desses sentimentos encontra-se
numa infância destituída, às vezes numa tragédia de ser indesejado por outros (num clico de
amizade, num casamento, na sua vizinhança, no seu trabalho, na sua escola ou faculdade), ser
indesejado as vezes causa traumas seriíssimos. As pressões de uma sociedade competitiva pioram
as coisas, as vezes por não ter resultados imediatos as pessoas ficam para baixo e entram até em
depressão. A dificuldade de arrumar um emprego, passar num concurso, de conseguir estabilidade
financeira também gera problemas de inferioridade. E outras influências modernas também têm
contribuído muito para esse sentimento de autoestima baixa. Tem pessoas que se sentem
oprimidas e diminuídas devido a posição econômica. As redes sociais têm contribuído muito para
esse sentimento de autoestima baixa, onde pessoas estão adoecendo por causa de comparações
pelo o que o outro fica postando, as vezes aquilo é tudo mentira, um verniz e você adoecendo por
causa disso. Ao invés da pessoa descobrir quem é, o que ela veio fazer aqui, qual é a sua missão e ir
nessa trilha independente dos outros, elas estão o tempo todo se comparando e na hora que você
se compara você já saiu do teu caminho, porque o teu caminho é um e vai nele. E tem muito gente
adoecendo por causa de comparação e as redes sociais tem contribuído muito pra isso. O
preconceito racial ainda é muito forte no mundo, causando traumas nas pessoas e pode determinar
a autoconfiança de qualquer um. Não é de admirar que muitos hoje sentem-se como se fossem sem
valor, inútil, sem existência de talento, totalmente sem valor.

Mas em contrapartida existe outro lado, um conjunto de influências caminhando na direção


oposta. Que é o movimento "potencial humano". Vocês já ouviram isso? "Sejam vocês mesmos,
expressem-se, cumpram-se a si mesmos”! enfatizando o poder do pensamento positivo”. Prega
atitudes mentais positivas a qualquer custo. Prega-se a adoração do eu. Com o desejo de construir a
auto-estima, "Eu amo a mim. Eu não sou convencido. Eu sou apenas um bom amigo de mim
mesmo. E eu gosto de fazer tudo aquilo que me faz sentir bem. Primeiro eu e segundo eu também.
É o movimento da adoração do eu.
Infelizmente, muitos cristãos parecem ter-se permitido serem sugados para esse movimento.
Vamos ver o que diz a palavra de Deus em Mateus 22: 37-39. Esse mandamento defendido por
Jesus diz que devemos amar o nosso próximo como a nós mesmo, mas parece que as pessoas tem
mudado esse versículo amarás o teu próximo como ele te ama (como se fosse uma condição), ou
seja, se ele é bom comigo, eu serei bom com ele, se ele é generoso eu também serei com ele, se ele
for amoroso comigo ai sim eu serei com ele também, sempre eu em primeiro lugar. Mas a bíblia não
ensina isso, ela diz amaras o teu próximo com a ti mesmo. Esse termo "como a ti mesmo" é um guia
fácil e prático do amor ao próximo, porque "ninguém jamais odiou a sua própria carne" (Efésios
5:29) se eu não odeio a minha carne, então eu também não devo odiar o meu próximo. Nesse
aspecto é como a Regra de Ouro: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim
fazei-o vós também a eles" {Mateus 7:12). A maioria de nós ama a si mesmos. Mas no fundo nós
sabemos como gostaríamos de ser tratados. Nós gostamos quando as pessoas são educadas
conosco, gostamos quando elas nos tratam bem, com bondade, com generosidade, com alegria,
com mansidão, com domínio próprio, com misericórdia, com amor, com paciência. Nós gostamos
de ser tratados dessa maneira, e isso deve nos servir de guia de como tratar os outros, de como
tratar ao próximo. Amem?
Mas como eu havia dito, para eu dar alguma, para eu ser uma benção na vida do meu próximo,
eu preciso saber quem eu sou. Então eu torno a perguntar, como pode alguém dar o que não sabe
que possui. Como alguém pode se doar ao próximo sem se conhecer?

Então como devemos ver a nós mesmos? Como podemos renunciar aos dois extremos do auto-
ódio e do autoamor? Como podemos evitar uma autoavaliação baixa demais ou alta demais.
Precisamos achar um equilíbrio nisso. Olha a advertência do apóstolo Paulo: "digo a cada um
dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação"
(Romanos 12:3). Paulo está dizendo aqui que moderação é equilíbrio, não podemos ser extremistas
do auto-ódio e do autoamor. E que equilíbrio é esse? Esse equilíbrio está na cruz. A cruz de Cristo
supre a resposta, pois ela nos convoca tanto para a autonegação (que é renunciar o nosso eu,
nossos desejos egoístas, renunciar essa adoração do eu). E a cruz também nos chama para a
autoafirmação. Mas, antes de examinar essas duas exortações de autonegação e autoafirmação,
precisamos entender quem nós somos. E a bíblia nos diz que somos novas criaturas porque
morremos e ressurgimos com Cristo. A primeira coisa que precisamos entender é que somos uma
nova criatura. E porque somo uma nova criatura? Porque morremos e ressurgimos com Cristo. E
quem nós somos em Cristo? Deus nos da essa resposta através da sua palavra. Ele é quem diz quem
nós somos. O que eu falo você pode ignorar RS. Mas não ignore aquilo que Deus fala, não ignore a
palavra de Deus. Talvez você esteja dentro desses extremos. Talvez você tenha a auto estima muito
alta ao ponto de adorar o seu eu, e talvez você esteja com a auto estima muito baixa, com um
sentimento de inferioridade muito alto, sofrendo... mas olha o que a bíblia diz sobre você. A bíblia
fala que nós somos filhos de Deus (I Jo 3:1), que somos herdeiros (Rm 8:17), somo embaixadores
representantes de Deus (II Co 5:20), nação santa, povo eleito, geração escolhida, sacerdócio real (I
Pe 2:9), somo ovelha do seu rebanho, somos a menina dos olhos de Deus, somos os ramos da sua
videira, nos somo templo do Espírito Santo de Deus, santuário de Deus, olhe para o espelho da
palavra de Deus e veja quanto valor nós temos para Deus, nós justificados em Cristo (Rm 5:1-9)
quando Deus vê você a mim ele nos vê através de Cristo como se nunca tivéssemos tido pecado,
isso é o que a palavra de Deus diz sobre nós. Mas pra termos esse privilégio foi pago um preço
muito alto. Preço de sangue. Nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados mas aprouve ao
Senhor enviar o seu único filho sem pecado para morrer a nossa morte, e o sangue de Cristo Jesus
nos lava de todo pecado, nos permitindo ter comunhão com ele, com nossos irmãos. E quando esse
evangelho entra em nosso coração, nascemos de novo, temos uma nova vida, uma vida de
arrependimento de pecado, uma vida de santidade e de pureza para gloria de Deus. E a partir de
agora nós temos um modelo para viver aqui nessa terra que é Jesus. E Jesus nos chama para
vivermos uma vida com ele. Morremos e ressurgirmos com Cristo.
Se aceitarmos esse fato que estamos em Cristo, que morremos e ressurgimos com ele, que
nossa vida antiga de pecado, culpa e vergonha foi terminada e teve início uma vida nova, de
santidade, perdão e liberdade, qual deve ser nossa atitude para com nosso novo eu? Entendendo
que o nosso novo eu, embora redimido, ainda está caído, será necessária uma atitude dupla, de
autonegação e de autoafirmação, ambas iluminadas pela cruz.

A autonegação

Primeiro, nós temos um chamado à autonegação. O convite de Jesus é claro: "Se alguém quer
vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" (Marcos 8:34). Jesus acaba de falar
dos seus sofrimentos e morte pela primeira vez. "Era necessário" que lhe acontecesse, diz ele (v.
31). Mas agora ele expressa de uma maneira subentendida (oculta) um "deve" aos seus seguidores
também. Ele deve ir à cruz; eles devem tomar a sua cruz e segui-lo. E se alguém não toma a sua cruz
e não o segue, não é digno dele e não pode ser seu discípulo. Dessa maneira, pode-se dizer, todo
cristão é tanto um Simão de Cireneu quanto um Barrabás. Como Barrabás, escapamos da cruz, pois
Cristo morreu em nosso lugar. Como Simão de Cireneu, carregamos a cruz, pois ele nos chama a
tomá-la e segui-lo (Marcos 15:21).
E o que seria tomar a cruz? Tomar a cruz, portanto, é seguir a Jesus. Pois se estamos seguindo a
Jesus com uma cruz nos ombros, há somente um lugar para o qual nos dirigirmos: o local da
crucificação. "Quando Cristo chama uma pessoa, ele a chama para vir e morrer". O seu eu acabou!
Nossa "cruz", portanto, não é um marido irritado, uma mulher rancorosa, um filho rebelde, um
patrão tirano. A nossa cruz, é antes, o símbolo da morte do eu. É mortificar o nosso eu e viver como
Cristo.
A autonegação (negar a si mesmo e tomar a cruz) não é negar a nós mesmos certos luxos como
bombons, bolos, coquetéis, de viagens (embora possa incluir essas coisas); mas, na verdade é negar
ou deserdar o nosso próprio ser, renunciando a nosso suposto direito de seguir o nosso próprio
caminho. "Negar-se a si mesmo é. . . lançar fora a idolatria da centralidade do eu". O nosso eu é
cancelado, não vivo mais eu mas é Cristo que vive em mim. Não é mais o meu caminho mas o
caminho que Ele deseja. É viver totalmente, exclusivamente para Cristo.
Ler o item 3. Incentivo.
O nosso ser é totalmente mau, corrupto e por causa dessa maldade, deve ser completamente
repudiado e "crucificado" todos os dias.

AUTOAFIRMAÇÃO

A moeda sempre tem dois lados. A autonegação é apenas um lado da verdade. Se de um lado
Jesus ensina que devemos repudiar o nosso ego pecaminoso, de outro afirma o valor do ser
humano.
Nós temos um chamado à auto-afirmação. Ninguém que lê os Evangelhos como um todo pode
ter a impressão de que Jesus possui uma atitude negativa para com os seres humanos, pelo
contrário, ele valoriza o ser humano.
Qual era o ensino de Jesus acerca das pessoas? Sabemos que Ele chamou a atenção para o mal
e para as coisas feias que procedem do coração humano (Marcos 7:21-23). Entretanto, ele também
falou do "valor" dos seres humanos aos olhos de Deus. São muito mais valiosos do que pássaros ou
animais, disse ele. O ser humano é a criação que tem mais valor para ele. Nós somo a sua imagem e
e semelhança. O primeiro ponto que precisamos entender com relação a autoafirmação é que
somos a criação mais importante que ele fez.
Segundo, temos de considerar a atitude de Jesus para com as pessoas. Ele não desprezou a
ninguém e a ninguém rejeitou. Pelo contrário, fez tudo o que podia para honrar àqueles a quem o
mundo desonrava, e aceitar àqueles a quem o mundo abandonava. Ele foi cortês com as mulheres
em público. Convidou os pequenos que fossem a ele. Ele proferiu palavras de esperança aos
samaritanos e aos gentios. Ele permitiu que leprosos se aproximassem e que uma meretriz o
ungisse e lhe beijasse os pés. Ele fez amizade com os rejeitados da sociedade, e ministrou aos
pobres e aos famintos. Em todo ministério de Jesus, brilha o respeito compassivo que ele tinha para
com os seres humanos. Ele reconheceu o valor dos homens e os amou. Jesus era cheio de graça,
Jesus atraia multidões, pela doçura do seu ser e a nobreza dos seus gestos, as pessoas gostavam de
andar com Jesus, sempre que alguém chegava perto dele quebrado, machucado, ferido (fisicamente
ou mentalmente) saia mais animado, mas encorajado com a vida, mais cheio de esperança, Ele
valorizava o ser humano.
Terceiro, devemos lembrar-nos da missão e morte de Jesus pelos seres humanos. Ele tinha
vindo para servir, não para ser servido, Ele deu a sua vida em resgate por muitos. Nada indica mais
claramente o grande valor que Jesus atribuía às pessoas do que a sua determinação de sofrer e
morrer por elas. Ele era o Bom Pastor que foi ao deserto, enfrentando a dureza e arriscando-se ao
perigo, a fim de procurar e salvar uma única ovelha perdida. De fato, ele deu a sua vida pelas
ovelhas. Somente quando olhamos para a cruz é que vemos o verdadeiro valor dos seres humanos.
Até aqui temos visto que a cruz de Cristo é tanto uma prova do valor do ser humano, quanto uma
negação do próprio eu do ser humano. Como podemos resolver esse paradoxo bíblico? Como é
possível valorizar a nós mesmos e negar a nós mesmos ao mesmo tempo? Deixar a turma
responder...
O ego que devemos afirmar e valorizar é o criado, tudo o que em nós for compatível com Jesus.
A verdadeira autonegação é o da autodescoberta. Quanto mais eu descubro quem eu sou a luz da
palavra, mas o meu eu, meu ego ruim, cai. Imagina uma gangorra...

Então o que devemos afirmar? Devemos afirmar tudo o que somos mediante a criação: nossa
racionalidade, nosso senso de obrigação moral, nossa sexualidade (Deus criou homem e criou
mulher. Deus não criou homem para ser mulher e nem mulher para ser homem), saber nos doar
para nossa vida familiar, nossos dons para criatividade, nossa mordomia dos frutos da terra (fomos
criados para cuidar e desfrutar dos frutos dessa terra), nossa fome de amor, nossa consciência da
majestade divina. Tudo isso (e muito mais) faz parte de nossa humanidade criada.
E o que devemos negar? Tudo o que somos mediante a Queda: nossa irracionalidade, nossa
perversidade moral, nossa confusão das distinções sexuais e nossa falta de domínio próprio, nosso
egoísmo que deturpa a vida familiar, nossa fascinação pelas coisas erradas, nossa recusa em
desenvolver os dons de Deus, nossa poluição e o dano que causamos ao ambiente, nossas
tendências anti-sociais que inibem a verdadeira comunidade (aquela pessoa que é do contra, que
arruma problema com tudo, arruma briga por qualquer coisa, não sabe viver em comunidade),
devemos repudiar nosso orgulho. Tudo isso (e muito mais) faz parte de nossa humanidade decaída.
De modo que devemos negá-la.
A cruz de Cristo nos ensina as duas atitudes. Por um lado, a cruz é um modelo dado por Deus
do valor do nosso ser verdadeiro, do nosso novo ser. Por outro lado, é o modelo dado por Deus
para a negação de nosso EU, que é o velho homem, onde devemos pregá-lo na cruz, mortificando-o.

Amor auto-sacrificial

A negação própria (que é o repúdio de nossos pecados) e a afirmação própria (a apreciação dos
dons de Deus), as duas coisas são meios de auto-sacrifício. A comunidade da cruz é, em essência,
uma comunidade do amor autodoador, expresso na adoração a Deus e no serviço aos outros. É para
isso que a cruz nos chama.
Todos nós já sabemos que existe um grande contraste, uma grande diferença, uma grande
abismo entre o padrão da cruz e o padrão do mundo. E essa diferença é apresentada de uma
maneira drástica na bíblia, através de um pedido de Tiago e João a Jesus, e da resposta que Jesus
lhes deu. LER Mc 10: 35-45.
Esse texto retrata os filhos de Zebedeu (Tiago e João) e o Filho do homem (Jesus) em total
desacordo. Falam línguas diferentes, respiram espíritos diferentes e tem ambições diferentes. Tiago
e João desejam sentar-se em tronos de poder e glória; Jesus sabe que deve ser pendurado numa
cruz e servi a humanidade.
O seu pedido de Tiago e João, de assentar-se com Jesus não passava de um “brilhante espelho
da vaidade humana”.
O mundo (e até mesmo a igreja) está cheio de Tiagos e Joões, procurando posição, famintos de
honra e prestígio, medindo a vida pela realização, eternamente sonhando com o êxito. Ambicionam
o sucesso para si mesmos. Essa mentalidade é incompatível com o caminho da cruz. Quantos lidere
religiosos midiáticos brigando por poder nas redes sociais? Eu vi um líder religiosos, quando ele
entra na igreja abre um tapete e as luzes vão acendendo conforme ele vai entrando.
"O próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e dar. . ." Ele renunciou
ao poder e glória do céu e se humilhou, tornando-se um escravo. A obsessão dele era a glória de
Deus e o bem dos seres humanos. Agora ele nos chama para segui-lo, não a fim de procurar grandes
coisas para nós mesmos, mas pelo contrário, buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça.
E hoje, infelizmente vemos até lideranças dentro do meu evangélico com esse espírito da
vaidade, de querer ser servido. O símbolo de uma liderança autenticamente cristã não é a veste de
um imperador, mas o avental batido de um escravo; não um trono de ouro, mas uma bacia de água
para a lavar dos pés do seu próximo.
Eu aprendi algo na prática, no ministério de louvor. E ali as vezes somo tentados a esse
sentimento, porque estamos sendo visto, os elogios chegam o tempo todo devido o seu dom a sua
arte de tocar e cantar. E somo tentados a esse sentimento de vaidade e estrela. E infelizmente
muitos se acham estrelas no louvor. Não estou falando aqui em especifico, estou falando de uma
maneira geral na igreja e eu aprendi que a estrela só brilha quando o sol esta apagado. So tem
espaço para estrela com o sol da justiça que é Jesus está apagado. Porque com o sol da justiça que é
Jesus brilha, não tem espaço para nenhuma estrela brilhar.
Onde estão os cristãos dispostos a colocar o serviço acima da vaidade, a compaixão ao próximo
acima do conforto. Porque no reino de Deus, não tem espaço para vaidade, soberba, altivez,
orgulho, pra gente que quer subir no pódio, gente que quer ser estrela. No reino Deus o maior é o
menos, o maior é o que serve e se humilha.

Esferas de serviço

Nós já entendemos que a comunidade de Cristo é uma comunidade da cruz, e temos a cruz
como o nosso modelo de vida, e esse modelo será marcado pelo sacrifício, sofrimento e serviço. E
como podemos implementar esse modelo de vida, em três esferas, que é a do lar, da igreja e do
mundo?
Então a cruz está em nós, somos a comunidade de cruz e devemos vive-la de uma forma
prática. Como seria essa prática no nosso lar?
Ler (Efésios 5:21)
A vida em um lar cristão, deve ser caracterizada pelo amor humano natural, e deve ser ainda
enriquecida com o amor divino sobrenatural, isto é, o amor da cruz. O amor da cruz deve marcar
todos os relacionamentos familiares cristãos, entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos e irmãs.
Pois devemos nos sujeitar "uns aos outros no temor de Cristo" (Efésios 5:21), isso significa que
devemos nos sujeitar uns aos outros em amor, em humilde e submissão, pois foi dessa forma que
Cristo foi a cruz.
Com relação ao marido e a esposa, como será isso? Queridos, o texto é muito claro, sei que
existem pessoas com muita dificuldade em entender e obedecer essa passagem. Não tem meio
termo, ou você crê nessa verdade ou não crê. Vejo tantos debates sobre isso, mas na minha opinião
não tem debate, a palavra é muito clara com relação a responsabilidade do marido e da esposa
Os maridos é que são especialmente ressaltados. "Maridos, amai vossas mulheres, como
também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse. . . para a
apresentar a si mesmo igreja gloriosa. . ." (vv. 25-27).
Essa passagem de Efésios é vista como difícil para as esposas, porque devem reconhecer a
"chefia" que Deus deu aos maridos e submeter-se a eles. Mas, o amor autodoador exigido dos
maridos é ainda mais difícil. Pois devem amar suas mulheres com o mesmo amor que Cristo tem por
sua noiva, a igreja. Olha a responsabilidade dos maridos! Esse é o amor da cruz. Que é ao mesmo
tempo um amor auto-sacrificial (ele "a si mesmo se entregou por ela", v. 25) e construtivo ("para
que a santificasse" e fizesse gloriosa, atingindo todo o seu potencial). É também protetor e
cuidador; "os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos", pois "ninguém
jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a
igreja".
E com relação a pais e filhos, como seria essa relação a luz da cruz? Filhos devem obedecer e
honrar os seus pais. Cristo honrou ao pai na cruz, obedecendo ao tempo, cumprindo o que Ele
queria e com isso o filho foi glorificado. Da mesma maneira os filhos devem fazer aos seus pais.
Filhos querem ter uma vida vitoriosa, obedeçam e honrem aos seus pais.
E os pais? Não provoquem a ira dos seus filhos. E como podemos não provocar a ira deles?
Quantos pais tem provocado a ira dos seus filhos, sabe como? Filho você não pode mentir, filho
você não pode roubar, filho você não pode se embriagar, filho você tem que ir a igreja, filho você
tem que ler a palavra, filho você não pode desobedecer a Deus. Mas o filho ver você, mentindo,
roubando, se embriagando, filho ver você não priorizando ir a igreja, o filho não ver você lendo a
palavra, o filho não vê um exemplo em você e você fica cobrando ele. Isso acaba despertando a ira,
porque parece injusto. Imagina se Jesus tivesse feito o oposto com relação as suas ações e reações
que estão escrito aqui na bíblia. Você iria se revoltar. Igual político diz que vai fazer isso e aquilo, se
diz exemplo mas na prático é o oposto e isso causa revolta ao povo. Com os filho também acontece
isso. se o teu testemunho não condiz com o que você prega muitos filho são despertados a ira. Nós
pais, precisamos ter a cruz como modelo para conduzir nossos filhos e precisamos ter um
testemunho como o de Jesus. Ele cumpria exatamente o que pregava.
Os lares cristãos em geral, e os casamentos cristãos, em particular, as relações entres irmãos,
seriam mais estáveis e mais satisfatórios se fossem marcados pela cruz.

Na igreja

A cruz deve ser o centro de todos os nossos relacionamentos na comunidade de Cristo.


Devemos amar uns aos outros, porque Deus é amor. Ele demonstrou seu amor enviando o seu Filho
para morrer por nós. Não devemos fazer nada por ambição egoísta, mas devemos, em humildade,
considerar os outros como melhores do que nós mesmos. Positivamente, cada um de nós deve
olhar não para os seus próprios interesses, mas para os interesses dos outros. Por quê? Por que
essa renúncia à ambição egoísta e esse cultivo do interesse pelo meu próximo? Porque foi essa a
atitude de Cristo, que, tanto renunciou a seus próprios direitos como se humilhou a fim de servir
aos outros. De fato, a cruz adoça todos os nossos relacionamentos na igreja.
A cruz também nos chama para a ação social, porque nos convoca a imitarmos a Cristo: Nisto
conhecemos o amor, em que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar a nossa vida pelos
irmãos. Ora, aquele que possui recursos deste mundo e vir a seu irmão padecer necessidade e
fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de
palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade (1 João 3:16-18).
Nós devemos ser pessoas amorosas. A marca do cristão é o amor.
A Palavra de Deus diz que nós seremos conhecidos como discípulos de Jesus não é por sermos
nova vida de marechal, assembleianos, presbiterianos, adventistas, calvinistas, pentecostais, carismático,
nós seremos conhecidos como discípulo de Jesus de nós tivermos amor uns pelos outros. A marca de um
cristão é o amor, nisto conhecerão todos que sois meus discípulos se tiverdes amor uns pelos outros.
O apostolo Paulo diz que o amor é o vinculo da perfeição.
A bíblia diz que o homem ama mas só Deus é amor é essência de Deus ser amor.
A bíblia diz que nós amamos porque ele nos amou primeiro.
E a palavra de Deus diz que os dois maiores mandamentos da palavra de Deus estão ligadas ao
amor. Os dois maiores mandamentos da bíblia é amar a Deus sobre todas as coisas, de toda nossa força,
de toda nossa alma, de todo nosso coração, de todo nosso entendimento e amar ao nosso próximo como
a nós mesmos.
E eu quero perguntar para você hoje, você tem demonstrado amor as pessoas, você tem
demonstrado amor dentro da sua casa, na sua igreja, as pessoas que convivem com você conseguem
enxergar o amor que você tem, as pessoas do seu trabalho, da sua escola, da faculdade conseguem ver o
amor de Cristo em você?
Qual foi a ultima vez que você disse para uma pessoa você é importante para mim?
Irmãos as vezes nós temos tempo e disposição de fazer uma crítica, mas quando devemos fazer
um elogio, uma palavra de encorajamento, uma palavra abençoadora, uma palavra de valorização, nós
nos encolhemos.
Queridos, expressem amor pelo seu filho, pela sua filha, pelo seu pai, pela sua mãe, pelo seu tia,
sua tia, pelo seu irmão, pela sua irmão, pelo seu vizinho, pelo seu inimigo.
As vezes nós mandamos flores tarde demais, num velório você vê tanta flor que você nem sabe
onde vai colocar tanta flor, quando a pessoa não pode cheirar uma flor mais, não pode ver a beleza de
uma rosa mais, não pode nem agradecer por aquele gesto.
As vezes nós vamos expressar amor por alguém como Davi expressou para seu filho Absalão.
Absalao viveu a vida inteira sem escutar talvez do seu pai, meu filho eu te amo, Davi nunca chamou seu
filho para ter uma conversa com ele, para confronta-lo, para exorta-lo, para dizer para ele que ele
precisava mudar de vida. No dia que Absalão morreu Davi chorou e disse: Meu filho Absalão! Absalão
meu filho! Mostrou amor mas tarde demais, quando seu filho não podia escutar mais.
Meu amado irmão e irmão, tomem a decisão em nome de Jesus de ser uma pessoa amorosa.

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