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Prova especialmente adequada destinada a avaliar a capacidade para a frequência do

ensino superior para maiores de 23 anos

PORTUGUÊS (LÍNGUA)

Leia, atentamente, o texto da autoria de José Saramago.

TEXTO

Da língua portuguesa e seu ensino

Uma língua, num instante dado, ainda não existe, noutro instante depois já poderemos
identificá-la, reconhecê-la, dar-lhe nome. Entre esses dois instantes, por assim dizer unívocos, é
grande a dificuldade de apurar até que ponto o que há-de ser já está sendo, ou se o que foi já se
transformou o bastante para que seja possível anticipá-lo [sic] como forma do que será. É a mil
vezes repetida metáfora da crisálida, vida entre duas vidas, simultaneamente criadora e criatura.
Assim se terá feito a passagem do latim ao português, com aquela crisálida linguística pelo meio
a tentar chegar aos mesmos significados através doutros significantes.
Abusando dos privilégios generalizadores do ficcionista, em quem sempre habita alguma
animadversão contra a inamobilidade dos factos, tenho afirmado que bem mais importante do que
o facto em si é o momento em que ele se produz, e que, sem uma compreensão geral de quanto
no tempo os envolve, os factos tornam-se, não raro, ininteligíveis, apenas os salvando de se
tornarem em enigmas o seu próprio peso bruto, que acaba por instituí-los como evidências mais
ou menos incontornáveis. É por isto que alusões à hora, ao instante, ao momento, à época
regressam com insistência a uma reflexão que deveria orientar-se unicamente para a situação
actual, uma vez que é do estado actual da língua portuguesa que me propus ocupar aqui. Ainda
que, confesso-o, me fosse de grande gosto, além do proveito que me traria, saber que causas se
congregaram para que o português escrito, e presumo que também o falado, atingisse um tão alto
grau de beleza e precisão no século XVII, por exemplo, e que enfermidades o atacaram depois e
o trouxeram, com algumas intermitências fulgurantes (Almeida Garrett em primeiro lugar), a esta
outra crisálida em que se está preparando não sei que se insecto, por todos os indícios,
provavelmente, um mutante.
Porém, muito mais do que saber que maleitas terão surgido nesse e noutros passados,
importaria averiguar as causas, e propor os remédios, se ainda os há, para a acelerada degradação
que está corroendo a língua portuguesa, essa que tanto nos envaidece chamar a língua de Camões,
sem nos perguntarmos se o mesmo Camões não a cuspiria da sua boca. Eu sei, ai de mim, que os
optimista [sic] são doutro parecer: dizem eles que a língua não precisou de quem a cuidasse
durante todos estes séculos e nem por isso se finou, que uma língua é um ser vivo, como ele
eminentemente adaptável, que essa capacidade de adaptação é a própria condição da vida, e que,
outra vez metaforicamente falando, depois de bem baralhados os naipes, sempre estarão na mesa
as mesmas cartas, isto é, ainda haverá língua portuguesa bastante para que os portugueses saibam
do que estão a falar. Oxalá. Mas, se é preciso dizê-lo, por deformação original do espírito ou
cepticismo que veio com a idade, não sou optimista. A convivência pacífica nunca foi a
característica principal das coexistências linguísticas (…).
Ora, as línguas, hoje, batem-se. Não há declaração de guerra, mas a luta é sem quartel. (…)
Claro que desta guerra de falantes e escreventes não se esperam, apesar de tudo, resultados
definitivos em pouco tempo. A inércia das línguas é um factor de retardamento, mas as
consequências derradeiras, verificáveis não sei quando, mas previsíveis, mostrarão, então
demasiado tarde, que o emurchecimento prematuro daquela árvore anunciava já a extinção de
toda a floresta.

Línguas que hoje se apresentam como apenas hegemónicas em superfície tendem a penetrar
nos tecidos profundos das línguas subalternizadas, sobretudo se estas não souberem, a tempo,
encontrar em si próprias uma força vital que lhes permitisse resistir ao desbarato a que, de forma
quase sistemática, se vêem sujeitas, agora que as comunicações no nosso planeta são o que são.
Num livro que escrevi há alguns anos, chamado Viagem a Portugal, dei a um breve capítulo da
parte consagrada ao Algarve o título «O português tal qual se cala». Não é preciso explicar porquê.
Hoje, uma língua que não se defende, [sic] morre. Não de morte súbita, já o sabemos, mas irá
caindo aos poucos num estado de agonia desesperada que poderá levar séculos a consumar-se,
dando em cada momento a ilusão de que continua viva, e por esta maneira afagando a indolência
ou mascarando a cumplicidade, consciente ou não, dos seus suicidários falantes.
O quadro é, evidentemente, sombrio. Não faltará entre nós quem alegue, para contrariá-lo,
a nova possibilidade de renovação e florescimento da língua portuguesa que nos é oferecida pelos
países de África que, miraculosamente, no acto da sua independência, decidiram adoptar o
português para a sua língua oficial. Foi um acontecimento de grande importância, sem dúvida,
mas que não seria prudente sobrestimar: mais do que uma decisão motivadamente sociocultural,
foi um gesto de política pragmática que o futuro virá a confirmar ou não, quer por força das razões
próprias quer pela pressão envolvente das línguas periféricas. Acresce ainda que seria um acto de
inadmissível abdicação entregar a outrem responsabilidades que são conjuntamente nossas, de
nós, portugueses, que, sendo certo não merecemos mais do que outros a língua por termos sido
os seus criadores, também seguramente a não merecemos menos, quer nos direitos quer nos
deveres. Aliás, a frente principal (perdoai o arrebatamento bélico…) da luta pela sobrevivência
da língua portuguesa está no próprio país de origem: se nele se perder, há muitas probabilidades
de que venha a perder-se também noutros lugares do mundo que a falam. Não esqueçamos que as
línguas se cercam umas às outras, não esqueçamos que a língua inglesa as cerca a todas e a todos
nos cerca.
Uma reflexão mais, esta sobre o ensino da língua nas nossas escolas. Não quero duvidar da
competência de quem ensina nem da vontade de saber que morará no espírito de quem aprende,
mas interrogo-me com apreensão sobre os motivos do baixíssimo nível de conhecimentos e da
confrangedora inépcia com que gerações de estudantes de todos os graus lidam com a nossa língua
quando a escrevem e quando a falam. Dizem-me que se trata de um fenómeno mundial, dizem-
me que também no estrangeiro o erro de ortografia é rei e pouco lhe vai faltando para ser lei. Será
assim, mas evidentemente não é dos males alheios que poderemos esperar a cura das nossas
próprias doenças. A escola, que tão mal ensina a escrever, não ensina, de todo, a falar. A
aprendizagem elementar da fala e o desenvolvimento do falar estão entregues às famílias, ao meio
técnico e cultural em que a criança vai crescer, o que em si mesmo não é um mal, uma vez que
assim costuma decorrer todo o processo de aprendizagem, pelo exemplo e pela exemplificação,
sucessivos e constituidores. Mas a escola, não intervindo, como efectivamente não intervém, no
processo edificador da fala, demite-se de uma responsabilidade em que deveria ser parte
privilegiada, e, pelo contrário, vai receber o influxo negativo de surtos degenerativos externos,
assim «oficializando», indirectamente, o errado e o vicioso contra o harmonioso e o exacto. E é
facilmente verificável que a escola, não só não ensina a falar, como fala mal ela própria.

in JL (15-11-2000, p. 9)
Grupo I (50 PONTOS)
Resuma o texto que acabou de ler em cerca de 400 palavras.

Grupo II (100 PONTOS)


Redija um texto expositivo/argumentativo, partindo da ideia central, expressa no título,
do texto lido e resumido.

Grupo III (50 PONTOS)


Apresente, na sua folha de exercício, a resposta certa dos dez exercícios sobre o
funcionamento da Língua Portuguesa.

1- Qual a relação entre as palavras «conselho» e «concelho»? (2,5 PONTOS)


a) São palavras homófonas.
b) São palavras sinónimas.
c) São palavras antónimas.
d) São palavras homógrafas.

2- Qual o nome do sinal de acentuação da palavra «mão»? (2,5 PONTOS)


a) Acento agudo
b) Acento circunflexo
c) Acento grave
d) Til

3- Das quatro frases seguintes, apenas uma está correta. Qual? (5 PONTOS)
a) Obrigado pela mensagem que me mandas-te!
b) Obrigados pela mensagem que me mandasteis!
c) Obrigado pela mensagem que mandas-te-me!
d) Obrigado pela mensagem que me mandaste!

4- No excerto de uma notícia extraída de um jornal diário, apenas uma hipótese


não apresenta qualquer tipo de incorreção. Qual? (5 PONTOS)
a) «A notícia surge um mês depois de o Vietname (...) ter lançado uma campanha
maciça de vacinação de aves domésticas.»
b) «A notícia surge um mês depois do Vietname (...) ter lançado uma campanha massiça
de vacinação de aves domésticas.»
c) «A noticia surge um mês depois de o Vietname (...) ter lançado uma campanha
massiva de vacinaçâo de aves domésticas.»
d) «A notícia surge um mês depois de o Vietname (...) ter lançado uma campanha
massiva de vacinação de aves domésticas.»

5- Apenas uma frase está correta. Qual? (5 PONTOS)


a) Houveram dois alunos que vieram.
b) Ouve dois alunos que vieram.
c) Houve dois alunos que vieram.
d) Ouveram dois alunos que vieram.

6- Apenas uma palavra é antónima de «alto». Qual? (2,5 PONTOS)


a) Altitude
b) Baixo
c) Altura
d) Elevado

7- Qual o nome dado a um conjunto de dois músicos? (2,5 PONTOS)


a) Dueto
b) Dístico
c) Parelha
d) Quarteto

8- Complete os enunciados propostos com o particípio adequado do verbo indicado


entre parêntesis. (5 PONTOS)
a) Se forem ___________ (aceitar) as nossas condições, assinamos o contrato.
b) A polícia já havia ____________ (prender) os criminosos antes da denúncia.
c) O governo tem ____________ (empregar) alguns licenciados.
d) A sala estava ____________ (imergir) na escuridão.
e) A imagem foi ____________ (imprimir) com grande qualidade.

9- Faça a concordância adequada nas frases abaixo indicadas. (10 PONTOS)


a) Um dos rapazes que ____________ (fazer) barulho conseguiu escapar sem punição.
b) Isto __________ (ser) favas contadas, como se costuma dizer.
c) Somos sempre nós quem ____________ (comer) os chocolates no Natal.
d) Vós __________ (partir) amanhã às oito horas.

10- No texto que se segue, substitua o verbo ver por verbos mais expressivos, não
repetindo nenhum deles. (10 PONTOS)

Quando te vi (1), na semana passada, na piscina, falámos longamente, mas vi (2) que não
estavas a ver (3) onde eu queria chegar. Vi (4), por isso, que era melhor desistir.
Ontem, só te vi (5) ao longe, mas vi (6) logo que estavas apressado, pois vi (7) que levavas
pastas debaixo do braço e vi (8) que terias imensos testes para ver (9) quando chegasses
a casa, por isso, vi (10) que era melhor não te chamar.
Prova especialmente adequada destinada a avaliar a capacidade para a frequência do
ensino superior para maiores de 23 anos

PORTUGUÊS (LÍNGUA)

Grupo I (50 PONTOS)


Resuma o texto que acabou de ler em cerca de 400 palavras.

RESUMO
Da língua portuguesa e seu ensino

O nascimento de uma língua configura-se na transformação que ocorre na repetidíssima


metáfora da crisálida. A passagem do latim ao português foi assim. Não interessa tanto o facto
em si, mas o momento em que se produz e é o estado presente da língua portuguesa que importa
considerar. No entanto, seria interessante conhecer as causas que proporcionaram ao português
escrito (e, decerto, ao falado) atingir um ponto culminante no século XVII, assim como as
posteriores enfermidades que o foram atacando. Interessaria, também, encontrar as causas da
rápida degradação que corrói a língua portuguesa e descobrir os remédios adequados, se os
houvesse. Os optimistas/otimistas consideram que a língua não precisa desta intervenção por ser
como um ser vivo que se adapta. Ninguém cuidou dela durante estes séculos e não morreu.
Esperemos que assim seja, mas não é possível ser optimista/ otimista porque a coexistência das
línguas nunca foi pacífica. A luta das línguas é, hoje, sem quartel e a inércia de algumas apenas
retarda a sua perda. Todavia, tudo culminará com a sua extinção, como a deterioração de uma
árvore é reveladora do fim da floresta.
Hoje, se uma língua não luta para sobreviver, morre. Cairá gradualmente, agonizando.
Este cenário assustador pode levar séculos a concretizar-se. Para o contrariar, haverá quem
considere o reflorescimento da língua portuguesa nos países africanos porque, aquando da sua
independência, escolheram o português como língua oficial. Corresponde a uma opção política
concreta que o tempo confirmará ou não, por diversas razões, incluindo a pressão das línguas
contíguas. Além disso, remetendo para outrem, seria inaceitável, nós, portugueses, abdicarmos
da nossa responsabilidade. A principal frente da luta pela vitalidade da língua portuguesa está
no país de origem. Se se perder aí, isso, provavelmente, acontecerá nas outras frentes, visto que
a batalha das diversas línguas entre si é dominada pela força da língua inglesa. O vigor da língua
portuguesa passará pela escola. Porém, as interrogações apreensíveis existem acerca das causas
dos reduzidos conhecimentos de gerações de alunos, de todos os níveis de ensino, relativamente
à nossa língua escrita e falada. A escola não ensina nem a escrever bem, nem a falar. Não
agindo no processo da fala, desresponsabiliza-se, quando deveria ser um interveniente
privilegiado. É como se «oficializasse» o errado em vez do certo. Aliás, a própria escola fala
mal.

(Resumo de 388 palavras, incluindo o título)


Grupo II (100 PONTOS)
Redija um texto expositivo/argumentativo, partindo da ideia central, expressa no título,
do texto lido e resumido.

Ter em conta vários itens, entre os quais:


 a adequação linguística do texto: ortografia, pontuação, sintaxe, coesão,
coerência, articulação entre as ideias, os parágrafos e as partes, entre outros
parâmetros a considerar;
 o respeito pelo tema: a língua portuguesa e o seu ensino;
 a apresentação de um título para o próprio texto expositivo/ argumentativo;
 a estrutura do texto redigido, nomeadamente com introdução,
desenvolvimento e conclusão.

I- Tópicos para a introdução

Considerar, entre outros tópicos, estes que se apresentam:


a) O português surgiu de uma metamorfose (metáfora da crisálida), formando-se a
partir do latim.
b) José Saramago tem uma visão pessimista sobre o presente estado da língua
portuguesa.
c) Esta ideia negativa da evolução da língua é posterior ao século XVII (período de
ouro da língua portuguesa).
d) Salvo alguns casos muito pontuais, o declínio da língua portuguesa foi
acontecendo desde esse período, mantendo-se no presente.
e) Se não se afirmar contra as outras línguas, sobretudo a inglesa, a língua
portuguesa vai extinguir-se paulatinamente.
f) A própria escola portuguesa não garante a vitalidade da língua materna porque
não a ensina (convenientemente).
g) A escola domina mal a língua.
h) Tomar posição relativamente à opção de José Saramago expressa no texto.
II- Tópicos para o desenvolvimento (a favor ou contra)

1- A favor do posicionamento de José Saramago: apresentar argumentos que


corroborem a concordância com o pensamento do autor

Entre outros argumentos, considerar os seguintes:


a) Por causa das políticas educativas, os planos curriculares e os programas
estão constantemente a mudar.
b) Os manuais escolares não têm grande qualidade e nunca são os mesmos,
variando de escola para escola, se um aluno é transferido.
c) Os próprios manuais de língua portuguesa têm falhas a nível do ensino da
língua.
d) Falta sensibilidade linguística aos docentes das várias áreas que acabam por
não dominar, convenientemente, a língua materna.
e) Os professores não têm tempo para acompanhar, individualmente, cada
aluno.
f) Há muitos alunos por turma (por vezes mais de 30).
g) Os estudantes têm muitas disciplinas e pouco tempo para estudar,
aprofundadamente, cada uma.
h) Durante muito tempo, a disciplina de Português, sobretudo no Ensino
Secundário, teve um ensino centrado na Teoria Literária e na História da
Literatura, com uma fraca insistência no funcionamento da língua.
i) Fazem-se poucos exercícios gramaticais para sistematizar os conteúdos
ensinados e os que se realizam têm sempre um grau de dificuldade muito
baixo.
j) O ensino da Gramática da Língua Portuguesa está mais baseado na
memorização do que na compreensão e na reflexão.
k) Nas aulas de língua materna, os professores não ensinam a escrever textos
porque eles próprios têm algumas dificuldades de expressão escrita.
2- Contra a visão de José Saramago: apresentar argumentos que reforcem a
discordância com o posicionamento do autor

Entre outros argumentos válidos, considerar os seguintes:


a) A tutela procura avançar com políticas educativas que aumentem os níveis
de aprendizagem em língua materna e a escola esforça-se por ensinar os
alunos a escrever, assim como a falar, convenientemente, a língua
portuguesa.
b) Os novos programas de português já incluem matérias como a História da
Língua Portuguesa, para que os estudantes compreendam a sua língua
materna.
c) Os professores seguem formações, nomeadamente no âmbito do Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 e do Dicionário Terminológico,
com a “nova” terminologia gramatical.
d) Para cada aluno, os professores e os Conselhos Pedagógicos escolares
traçam planos de recuperação individuais, incluindo para a língua
portuguesa.
e) Desde o 1º Ciclo, as aulas de língua portuguesa incentivam à leitura de
autores portugueses e lusófonos.
f) Os estudantes são incentivados à leitura integral de obras literárias pelo
Plano Nacional de Leitura, desenvolvendo a sua competência linguística.
g) A partir de vários temas que constam dos programas e dos manuais, os
professores incentivam a escrita criativa dos alunos.
h) Nas aulas, fazem-se exercícios de leitura e interpretação de textos literários e
não literários.
i) Estuda-se a Gramática da Língua Portuguesa, fazendo, nomeadamente, os
exercícios recomendados no manual.
j) Os professores dão trabalhos de casa relacionados com a língua portuguesa.
k) O problema do domínio da língua portuguesa por parte dos estudantes não
está na escola, mas nas famílias, onde já se “trata mal” a língua.
III- Tópicos para a conclusão

Considerar, entre outros tópicos, estes que se apresentam:


a) Posicionar-se, de novo, face à visão de José Saramago.
b) Reforçar a opção tomada (concordância/ discordância), sintetizando-a.
c) Relacionar a posição individual com o tema do texto.
d) Pensar na importância da escola para a vitalidade de uma língua.
e) Apresentar exemplos concretos.
f) Ligar as políticas educativas às políticas linguísticas.
g) Interligar o tema com outros afins que se poderiam ter desenvolvido, mas
que ficaram por tratar, como, por exemplo: os bons e os maus professores, o
ensino público e o privado, os “ranking” das escolas, os analfabetos e a
iliteracia, o abandono escolar, os exames de português no 4º ano do 1º Ciclo.

Grupo III (50 PONTOS)


Apresente, na sua folha de exercício, a resposta certa dos dez exercícios sobre o
funcionamento da língua portuguesa.

1- Qual a relação entre as palavras «conselho» e «concelho»? (2,5 PONTOS)


a) São palavras homófonas.

2- Qual o nome do sinal de acentuação da palavra «mão»? (2,5 PONTOS)


d) Til

3- Das quatro frases seguintes, apenas uma está correta. Qual? (5 PONTOS)
d) Obrigado pela mensagem que me mandaste!

4- No excerto de uma notícia extraída de um jornal diário, apenas uma hipótese


não apresenta qualquer tipo de incorreção. Qual? (5 PONTOS)
a) «A notícia surge um mês depois de o Vietname (...) ter lançado uma campanha
maciça de vacinação de aves domésticas.»

5- Apenas uma frase está correta. Qual? (5 PONTOS)


c) Houve dois alunos que vieram.
6- Apenas uma palavra é antónima de «alto». Qual? (2,5 PONTOS)
b) Baixo

7- Qual o nome dado a um conjunto de dois músicos? (2,5 PONTOS)


a) Dueto

8- Complete os enunciados propostos com o particípio adequado do verbo


indicado entre parêntesis. (5 PONTOS)
a) Se forem aceites (aceitar) as nossas condições, assinamos o contrato.
b) A polícia já havia prendido (prender) os criminosos antes da denúncia.
c) O governo tem empregado (empregar) alguns licenciados.
d) A sala estava imersa (imergir) na escuridão.
e) A imagem foi impressa (imprimir) com grande qualidade.

9- Faça a concordância adequada nas frases abaixo indicadas. (10 PONTOS)


a) Um dos rapazes que fizeram (fazer) barulho conseguiu escapar sem punição.
b) Isto são (ser) favas contadas, como se costuma dizer.
c) Somos sempre nós quem come (comer) os chocolates no Natal.
d) Vós partis (partir) amanhã às oito horas.

10- No texto que se segue, substitua o verbo ver por verbos mais expressivos, não
repetindo nenhum deles. (10 PONTOS)

Quando te avistei (1), na semana passada, na piscina, falámos longamente, mas


notei (2) que não estavas a compreender (3) onde eu queria chegar. Deduzi (4), por
isso, que era melhor desistir.
Ontem, só te vislumbrei (5) ao longe, mas verifiquei (6) logo que estavas
apressado, pois apercebi-me (7) que levavas pastas debaixo do braço e constatei (8)
que terias imensos testes para corrigir (9) quando chegasses a casa, por isso, concluí
(10) que era melhor não te chamar.

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