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Adilson de Oliveira,
Departamento de Física
Universidade Federal de São Carlos
20/06/2008
Ao final do dia, quando retorna para casa, o trânsito faz com que a
viagem de volta seja mais longa e lenta. De nada adianta ter pressa.
O relógio marca 20h quando estaciona o carro na garagem,
completando mais um ciclo que durou cerca de 14 horas. A sensação,
que se repete todos os dias, é a de que o relógio andou muito
rapidamente e que poucas coisas foram realizadas.
Uma das primeiras formas que utilizamos para marcar o tempo foi a
alternância entre o dia e a noite. Atualmente sabemos que esse efeito
se deve à rotação da Terra ao redor de um eixo inclinado
aproximadamente 23 graus em relação a uma linha perpendicular ao
plano de sua órbita em torno do Sol. A Terra completa uma rotação a
cada 23h56m04s. Esse período é chamado de dia sideral.
Por outro lado, 24 horas é o tempo médio que leva para que o Sol,
visto da Terra, volte ao mesmo ponto do céu. Esse período é chamado
de dia solar médio. Ao longo do ano, ele chega a variar até 15
minutos, para mais ou para menos. A diferença de 4 minutos entre o
dia sideral e o dia solar médio ocorre devido ao movimento de
translação da Terra ao redor do Sol. Isso significa que, para que o Sol
volte ao mesmo ponto do céu, ele gasta um tempo extra além do da
rotação, pois a Terra caminhou aproximadamente 2.500.000
quilômetros ao redor do Sol e, dessa forma, há uma mudança na sua
posição no céu.
Adilson de Oliveira
Departamento de Física
Universidade Federal de São Carlos
20/06/2008
Fonte:
http://cienciahoje.uol.com.br/122254
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Viagem no tempo
20/11/2005
Marcelo Gleiser,
é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover
(EUA), e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"
Tudo isso vejo agora, com os olhos de quem vive em 2005. Por isso
gostaria de viajar até 2100, para que possa me surpreender com a
inventividade das pessoas, para provar que essa minha negatividade
toda é produto do nosso momento atual, que vai dar tudo certo, que
vamos conseguir sobreviver a nós mesmos. Se soubesse disso ficaria
em paz, acreditaria que o homem, finalmente, começou a evoluir
moralmente. Depositamos esperança demais nas tecnologias,
achamos que seremos capazes de resolver todos os problemas
através de soluções técnicas. Como cientista, é claro que apoio esse
esforço. É graças aos grandes avanços tecnológicos que temos luz
elétrica, telefones, antibióticos, vacinas, carros e aviões. Mas para que
2100 não seja o pesadelo que descrevi, outra revolução é necessária,
moral, e não material. Acredito que seja possível, mesmo se acusado
de ingenuidade. A alternativa é inaceitável.
Fonte:
Jornal Folha de São Paulo, Folha Mais! Página 9, Seção: Ciência,
Micro/Macro, 21 de novembro de 2005
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Livros recomendados::mg
“Micro Macro 2”, Marcelo Gleiser, "Micro Macro 2" é uma reunião
das colunas de Marcelo Gleiser, publicadas no caderno "Mais!" da
Folha de S.Paulo de 2004 a 2007. Publifolha.
https://cid-0a52feaf7be37185.skydrive.live.com/home.aspx