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GORDURINHAS!
Por Raquel Fortuna,
Sugestão de cardápio
Café-da-manhã
- Ovos mexidos
- Omeletes simples
- Chá
- Pão diet (após 15 dias)
- Presunto
- Queijo
- Salaminho
- Margarina ou manteiga
Almoço
- Saladas em geral
- Carne de vaca, porco ou frango,
- Peixes, camarão ou atum
- Lingüiça
- Ovos mexidos
Sobremesa
- Gelatina diet
- Geléia diet de morango
Lanche
- Chás
- Queijo
- Presunto
- Salaminho
Jantar
- Ovos mexidos
- Omelete simples
- Verduras e legumes
Fonte:
Revista 7 Dias Com Você, Nº 145 – páginas 16 e 17.
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NOTAS
Leia com atenção, o texto abaixo, escrito pela pesquisadora norte-
americana T S Wiley e Bent Formby, Ph.D., no livro “Apague a
Luz!” durma melhor e: perca peso, diminua a pressão arterial e
reduza o estresse, Rio de Janeiro, Campus, 2000.
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precisar. Carboidratos reais e integrais, tais como verduras, grãos
integrais e frutas contêm, todos eles, vitaminas B e minerais em
suas cascas externas, como uma espécie de pacote. A farinha
branca, cuja casca é descartada durante o refinamento, é o único
tipo de farinha usado nos alimentos processados – e vem sem
embalagem, no que toca a vitaminas e minerais. Quando você joga
fora a parte externa mastigável, fica com açúcar puro.
Sem as fibras da cana ou da beterraba, o açúcar refinado é o
mesmo tipo de alimento incompleto. Quando você tenta digerir o
açúcar refinado ou a farinha branca, não apenas lhe são negadas
as vitaminas das quais os produtos foram privados durante o
processo de refinamento; você tem que contribuir para o processo
com suas reservas de vitaminas B para que a digestão possa
ocorrer. O mesmo processo de refinamento remove o germe
(semente) e a casca dos grãos integrais (carboidratos complexos) e
deixa o pó branco que conhecemos como farinha. É por isso que
dizemos que pão e massa não existem na natureza.
Tanto o pão quanto as massas são tão refinados quanto uma
barra de chocolate.
Há 10 mil anos, os grão eram moídos entre pedras. Esse
processo consumia a mesma quantidade de energia (ou mais) que
era ingerida (comida) ao final do trabalho. Dessa forma, como os
fazendeiros originais, o ato de manejar o próprio arado
compensava, em termos da energia utilizada, o maior consumo de
carboidratos. Mais tarde, as operações de moagem em maior
escala, que alimentavam grandes massas humanas, ainda eram
movidas a energia humana. Finalmente, as pedras foram
substituídas por rolamentos de aço, e a água e, em seguida, o
vapor substituíram a força humana.
A história sociopolítica do açúcar refinado é inteiramente
econômica, e tem como pontos altos a ascensão do Islã, a queda
do Islã (foi tudo por causa do açúcar e das cruzadas), a viagem de
Colombo, a ascensão do Império Britânico (o açúcar de beterraba
refinado, uma fonte mais barata do que a cana, custeou a
ascensão), a Guerra Revolucionária, a escravatura no Novo Mundo
e, numa relação distante, a bebida (a Rebelião do Uísque e os
produtores de rum), a Proibição que se seguiu e a Proibição que o
crime organizado provocou. Resultado: o açúcar refinado é de fato
muito ruim para as pessoas, mas particularmente bom para os
governos e para as empresas que o vendem. Veja bem, esses são
os nossos representantes.
Até que ponto o açúcar vicia?
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Que quantidade dele nós consumimos?
Quem está ganhando dinheiro alimentando esse nosso hábito?
O quadro não é nada agradável.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos nos informa
que, em 1993, o americano médio consumia 75 quilos de açúcar e
outros adoçantes naturais por ano. Isso representa um aumento de
20% em relação às estatísticas de 1983. Em 1993, estávamos
ingerindo cerca de um quilo e meio por mês, por pessoa. Metade
disso vinha do xarope de milho com alto teor de frutose presente
nos alimentos processados. Vale mencionar, aqui, que o xarope de
milho com alto teor de frutose é seis vezes mais doce que o açúcar,
mas isso não significa que a gente esteja ingerindo um sexto dele.
Quem está ganhando todo esse dinheiro?
O preço internacional do açúcar bruto é a metade do preço
doméstico – cerca de 12 centavos de dólar por meio quilo – em
comparação com os artificialmente elevados 22 centavos de dólar
por meio quilo, cobrados internamente. As cotas limitam
severamente as importações. As cotas e os subsídios que mantêm
o açúcar importado, que é mais barato, fora dos Estados Unidos
custam, na verdade, cerca de US$3 bilhões ao ano. Todos os
alimentos processados, especialmente os de baixa caloria, estão
cheios de xarope de milho com alto teor de frutose. E todo
alimento de baixo teor de gordura é caro, principalmente os
vendidos em fast-foods. Entre 1994 e 1999, o mercado de fast´food
com baixo teor de gordura explodiu. Só em 1999, a indústria de
alimentos processados fabricou mais de 3.500 produtos novos com
baixo teor de gordura ou nenhuma gordura. Quase dois terços do
açúcar que a gente consome vem dos processados. Sacou o
esquema sórdido?
Todas as fábricas e os produtores de alimentos dos Estados
Unidos foram literalmente reaparelhados para produzir alimentos
feitos com gorduras falsas e cada vez mais açúcar. Os analistas
estimam que só a nova linha de produtos Healthy Choice pode
representar tanto quanto 100 milhões de dólares em vendas anuais.
Isso só os novos produtos. A partir de 1988, a Healthy Choice vem
crescendo continuamente. A Healthy Choice é controlada pela
ConAgra, a segunda maior empresa processadora de alimentos do
país depois da Kraft. Só as vendas anuais geradas pela Healthy
Choice são estimadas em US$1,3 bilhão. A empresa licenciou a
marca Healthy Choice para a Nabisco, a criadora do biscoito sem
gordura SnackWell’s. Trinta e dois por cento do volume total de
vendas da Nabisco em 1988 foi gerado pelos produtos de baixa
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ou nenhuma gordura. Só os biscoitos responderam por meio milhão
de dólares desse total.
Os fabricantes lhe dirão que só fizera isso em resposta à
demanda do público. O que eles não vão lhe dizer é que o xarope
de milho com alto teor de frutose é um ingrediente barato que
melhora o teor de umidade, dá uma textura boa de mastigar e
aumenta a vida de prateleira do produto mais do que qualquer outro
tipo de gordura ou óleo. E acredite: se você retirar a gordura
dos produtos assados e dos frios, ninguém consegue comê-
los, a menos que o teor de açúcar seja dobrado. E quando o teor
de açúcar dobra, os fabricantes e os produtores de frutose se dão
bem como bandidos.
A seguinte notícia foi publicada na edição de 6 de janeiro de 1995
do New York Times:
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