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História da Música III

A música na Península Ibérica


Segunda metade do século XVII
A quebra a Coroa Ibérica
• 1640 Portugal restaura a Coroa
– Dom João IV que instalada a Dinastia de Bragança
• Palácio da Ribeira mantinha o que talvez fosse um dos
maiores acervos de música da Europa
– Vilancicos
» Tradição da música ibérica que remonta ao século XVI
» Origem espanhola, mas que tem em Portugal um grande
centro de difusão
Vilancico
• Um gênero híbrido
– Finalidade religiosa, mas também se apresenta dentro de um
universo do cancioneiro palaciano
• Ensaladas – Mateo Flexa
– Temas “alimentares”
• Origem religiosa
– Abertura a uma expressão da religiosidade que via na
simplicidade campesina uma expressão do divino
• Cristo nasce num ambiente campesino
– Os primeiros vilancicos nascem desse sentido natalino de Cristo
• Um gênero da expressão sincrética da ^Península Ibérica
– Negrillas
• Vilancicos com letras em dialetos diversos
– Quechuas (antiplano boliviano); Dialetos africanos
O Vilancicos
Español Portugues
(Estribillo) • (Mote:)
Riu, riu, chiu, Enforquei minha Esperança;
La guarda ribera,
Dios guardó el lobo de nuestra cordera.
Mas Amor foi tão madraço,
(Mudanza)
Que lhe cortou o baraço.
El lobo rabioso
La quiso morder, (Mudança)
Mas Dios poderoso Foi a Esperança julgada
La supo defender, Por sentença da Ventura
Quizole hazer que Que, pois me teve à pendura,
No pudiesse pecar, Que fosse dependurada:
Ni aun original
Vem Cupido com a espada,
(Vuelta)
Esta virgen no tuviera.
(Volta)
(Estribillo) Corta-lhe cerce o baraço
Riu, riu, chiu, Cupido, foste madraço.
La guarda ribera,
Dios guarde el lobo
De nuestra cordera
(Copla Introducción)

Os “negritos” Sã qui turo zente pleta


He he,
turo zente de Guine Música
he he, A
ou “negrillas” tambor, flauta y cassaeta
Y carcavena sua pé,
he he.

(língua (Estribillo)
Vamos o fazer huns fessa
o menino Manué, Estribillo
vernácula) he he he.
(Mudanza)
Canta Baciao
canta tu Thomé
canta tu,
canta tu Flansiquia
canta Caterija
canta tu,
canta tu Flunando Música
canta tu Resnando
canta tu.
A’
Canta tu.
Oya, oya:
turo neglo hare cantá,
(Copla peroratio)
ha cantamo e bayamo
que forro ficamo,
ha tanhemo y cantamo
ha frugamo e tanhemo Estribill
(Volta)
ha tocamo pandero ha flauta y carcavé,
ha dizemo que biba
(Recurrência como estribillo)
biba mia siola y biba Zuzé.
A Tradição polifónica portuguesa
• Portugal teve seu auge musical entre 1560 a
1650
– Modelo tridentino
• No Brasil se encuentram cópias, do sec. XVIII, de
compositores portugueses
– Pero de Cristo
• Escola de Évora
– Manuel Cardoso, Felipe de Magalhães, entre otros
– Diogo Melgaz é o último representante dessa escola,
já com um estilo absolutamente romano
Pero de Gamboa
Mafra
Música em el Palacio de
Buen Retiro
• Corte de Felipe IV
– Tonos Humanos
• Mateo Romero, Manuel Machado e Carlos Patiño
– Escrevem toda espécie de música litúrgica, com especial
atenção para missas
» Modelo Tridentino – Estilo Declamatório Romano
• Dilui a antiga polifonia da escola de Madrid de Tomás
Luís de Victoria
Teatro Musicado
• Gêneros de Teatro Cantado (Espanha)
– Grande impulso desse gênero devido a grandeza
da literatura esppanhola´, pós Cervantes
• Lope de Vega e António de Calderón
– Suas poesias recebem música de José Marín, Gaspar Sanz,
entre outros

• Portugal
– Teatro Jesuítico
Música Instrumental
• Grande impulso da música de dança para
guitarra
– Tradição espanhola de música cortesã
• Gaspar de Sanz a Santiago de Murcia
– Ritmos característicos
» Canario (Isla Canárias)
» Villano
» Jacara
» Fandango
» Cumbé (gênero sincrético)

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