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INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

CASO 1 - NOTA IMPORTANTE:


•Todas as informações referentes ao Caso ´1´ fazem parte de uma
obra de ficção, criada pela Docente ESTER DE OLIVEIRA GIMENES
exclusivamente para realização de uma dinâmica em Sala de Aula
para os alunos do Curso Técnico de Segurança do Trabalho – da
Escola SENAC – Taubaté.
•Portanto, qualquer semelhança com nome de pessoas, de empresas
ou com acontecimentos reais terá sido mera coincidência.
Empresa : PLASTMET - Componentes Industriais Ltda.
Expediente Normal: De segunda a sexta-feira – Das 07h30 – 17h00
Nome do Acidentado: J. M. Silva
Idade: 34 anos – Casado
Função: Empilhadeirista – Formado pela Escola Técnica Municipal
Tempo na Empresa: 10 anos - Tempo na função: 05 anos
Atividades pertinentes a função: Transportar matéria-prima do
Almoxarifado para os setores produtivos. Recolher a sucata
armazenada nos setores e descartar nas caçambas externas.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
No dia 29 de Novembro, as 16h45 o Sr. J.M. Silva sofreu um acidente do
trabalho, cuja descrição podemos resumir abaixo:

O funcionário utilizava uma empilhadeira para


descarregar uma pequena caçamba contendo sucata
(bobinas de metal provenientes do Setor de Prensas), e ao
perceber que a referida caçamba estava com defeito,
impossibilitando o uso da empilhadeira, resolveu fazer o
descarte manual das bobinas e ao tentar lançar uma delas
dentro da caçamba, a fita metálica da bobina ficou
enroscada na demais bobinas e o empregado
acidentalmente deslizou a mão na fita e como não usava
luvas de proteção, sofreu a lesão – corte nas mãos
esquerda e direita.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
PARA DESENVOLVER EM SALA:

Com base apenas nestes primeiros dados coletados,


responda as perguntas abaixo:

1-) Qual foi a causa do acidente? (ato ou condição insegura)?

2-) Descreva a causa do acidente:

3-) Existe um responsável pelo acidente? Sim ou Não?


Em caso afirmativo, quem?
Em caso negativo, por que não existe um responsável pelo
acidente
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

PARA ENFATIZAR A IMPORTÂNCIA DE ANALISAR


TODOS OS FATORES ENVOLVIDOS NA
OCORRÊNCIA DO ACIDENTE, VAMOS CONHECER
MELHOR A ROTINA DA EMPRESA, DAS ATIVIDADES
DO SETOR DO ACIDENTADO E ALGUNS FATORES
PESSOAIS.

APÓS A ANÁLISE DESTES NOVOS DADOS,


VOLTAREMOS AS PERGUNTAS ANTERIORES PARA
VERIFICAR QUE ESTAS INFORMAÇÕES CONFIRMAM
AS RESPOSTAS AS 03 (TRÊS) PRIMEIRAS
PERGUNTAS:
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

As atividades do acidentado e o processo produtivo:

O empilhadeirista J. M. Silva trabalha no Almoxarifado e é


responsável por levar até as linhas de produção, a matéria-
prima (bobinas contendo fitas metálicas) utilizadas na fabricação
de componentes produzidos pela Empresa.

•No processo de fabricação, os operadores do Setor, usando luvas de


raspa, alimentam as prensas com a bobinas de metal. As prensas
operam automaticamente, sem que o operador tenha qualquer contato
com o ponto de prensagem. O processo consiste em perfurar as fitas
metálicas para fazer os componentes (pequenos discos metálicos que
servirão como tampa de um produto).
• Após a operação, um sistema automático faz com que as fitas
perfuradas (sucata) sejam enroladas novamente em outra bobina que
será armazenada na caçamba do setor para posterior descarte na
caçamba externa.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

As atividades do acidentado (continuação):


O empilhadeirista J.M.Silva tem também como
responsabilidade retirar a sucata do setor onde são
fabricados os componentes. Em geral os funcionários do
setor, ao longo do dia colocam a sucata metálica numa
pequena caçamba dentro da própria área de trabalho.
• A sucata são as mesmas bobinas de fita metálica, só que agora
perfuradas após o processo produtivo.

A cada 02 (duas) horas, J.M.Silva, utilizando a empilhadeira,


leva a pequena caçamba para descartar a sucata numa
caçamba grande localizada no pátio da Empresa.

Nesta operação, não há manuseio das bobinas, tendo em


vista que o descarte do material é feito com a empilhadeira.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

A Empresa, sua política de crescimento e a relação com


seus empregados:

A Empresa vive um bom momento e o volume de produção


aumentou em cerca de 30%. No entanto, a Empresa não
aumentou o seu efetivo, optando por trabalhar em regime de
horas extras.
A maioria dos funcionários gostou da idéia, pois possibilitou
uma renda extra. Tanto que a maioria trabalha diariamente
até as 19h00 e aos sábados, das 07h30 as 17h00.

•O Sr. J.M.Silva é um excelente funcionário, nunca falta e


além disso, como sua esposa excedeu os limites do
orçamento, achou uma boa idéia trabalhar em regime de
horas extras.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

A Empresa, sua política de crescimento e a relação com


seus empregados (continuação):

• Mesmo quando está cansado, ele colabora com seu


Supervisor sempre que é solicitado trabalhar em regime
de horas extras, sendo que na última quinzena de
novembro, devido a férias do outro empilhadeirista do
Setor, trabalhou diariamente até as 19h00, incluindo
sábados, domingos e feriados.
• Ele deseja ser reconhecido profissionalmente e quem
sabe conseguir uma promoção e como a Empresa não vê
com bons olhos quem se recusa a fazer horas extras,
ele está sempre a disposição do seu Supervisor.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

A Empresa, sua política de crescimento e a relação com


seus empregados (continuação):

Faz um bom tempo que o Sr. J. M. Silva não participa de


treinamentos na Empresa, pois devido ao volume de trabalho
do Setor, seu Supervisor – Sr. Antonio M. não abre mão de
tê-lo a disposição durante todo o dia.
Apesar de ser um excelente colaborador, trabalhando na
Empresa há mais de 30 anos, o Supervisor – Sr. Antonio M.
é o que podemos chamar de ´cabeça dura´. Pouco aberto a
novidades, ainda prefere fazer tudo a moda antiga e acha
que treinamentos acabam atrasando o trabalho do Setor.
Geralmente, nas avaliações de desempenho, os empregados
que fazem horas extras recebem melhores conceitos. É uma
forma sutil de pressionar os funcionários que estudam e
portanto não podem fazer horas extras.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
A Empresa, sua política de crescimento e a relação com
seus empregados (continuação):
O Sr. José M. Silva nunca reclama do cansaço ou das
condições de trabalho, pois teme ´perder pontos´ no
conceito de seu Supervisor. Além disso, comenta-se que a
Empresa pretende automatizar alguns processos e
consequentemente reduzir o quadro de funcionários.

Ele sabe que o mercado de trabalho anda disputadíssimo e


ele teme pelo futuro, visto que acabou de comprar sua casa
própria através de um programa de financiamento do
governo. As prestações são pequenas e cabem no
orçamento, no entanto, ele planeja poupar o dinheiro das
horas extras para fazer algumas reformas na nova casa, para
atender algumas exigências de sua esposa que tem
reclamado muito do bairro onde passaram a residir.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES

A Empresa, sua política de crescimento e a relação com


seus empregados (continuação):
O Sr. José M. Silva tem chegado muito tarde em casa, pois
agora, passou a residir num bairro mais distante. Mesmo
tendo que acordar 30 minutos mais cedo para chegar ao
trabalho pontualmente, ele está muito feliz com a aquisição
da casa própria .
Devido ao trabalho extra, abandonou o futebol de quarta-
feira, o qual ele gostava muito, pois sentia-se menos
estressado após a brincadeira com os amigos. Aliás faz
tempo que ele não pratica qualquer atividade física e sua
única diversão tem sido a cerveja com os amigos aos
sábados e domingos.
O stress faz com que ele fume muito também. Ele gostaria
de deixar de fumar, mas sente que precisa de algum tipo de
apoio.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
A Empresa, sua política de crescimento e a relação com
seus empregados (continuação):

Mas o Sr. José M. da Silva já fez mil promessas para o novo


ano que está prestes a começar. Pretende pagar algumas
dívidas com o décimo terceiro salário e espera que o volume
de trabalho não o sufoque a ponto de ter que fazer horas
extras constantemente. Na última semana, devido a alguns
atrasos na entrega de matéria-prima, o trabalho do
Almoxarifado acumulou e o Chefe do Setor de Prensas
passava o dia pressionando os empilhadeiristas para
abastecerem com mais agilidade as linhas de produção.
A pressão fica ainda maior quando chega o final do mês,
porque todos querem cumprir as metas de produção. Tanto
que o Sr. J. M. Silva mal tem tempo para um cafézinho durante
o expediente, pois teme não cumprir suas tarefas e ser
advertido.

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