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Ligações químicas

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC - CCT


Química Geral Profª Fabíola Corrêa viel
Ligações Químicas

Vitamina E
Sacarina

Fulereno
Amônia
LIGAÇÕES IÔNICAS

Acontece por atração eletrostática de íons com cargas opostas

Como se formam as ligações iônicas?


O NaCl tem energia mais baixa que Na+ e Cl-
1. Na perde elétrons
2. Elétrons ligam-se ao Cl
3. Íons agrupam-se como um cristal
LIGAÇÕES IÔNICAS

Propriedades gerais dos sólidos iônicos:


a) sólidos cristalinos (duros e quebradiços)
b) pontos de ebulição e fusão altos
c) condução de eletricidade no estado líquido
Cloro d) Solubilidade alta em água
Sódio
Ligação covalente

Estrutura de Lewis e a fórmula estrutural

Exemplo: Molécula do ácido clorídrico (HCl).

H 1s1 1 e- na camada de valência


Cl 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 7 es- na camada de valência

H. . Cl
¨: Regra do octeto

¨
Ligações múltiplas
-Compartilhamento de dois pares de elétrons:

Ex.: ligação C-O na molécula de CO2

¨:
¨ : :C : :O
:O
-Compartilhamento de três pares de elétrons:

Ex.: ligação C-N na molécula de HCN

H . . C .: .: N̈
Ligações sigma () e pi ()

As ligações sigma () ocorrem pela interpenetração de


orbitais atômicos no eixo da ligação.

Orbitais s-s Orbitais s-p

Molécula de H2
Molécula de HF
Ligações sigma () e pi ().

Orbitais p-p

Molécula de O2
Ligações sigma () e pi ().

Os orbitais px e py estão perpendiculares ao eixo


internuclear e a sobreposição ocorre lado a lado formando uma
ligação do tipo pi ().

Ligação dupla Ligação tripla


Todas as ligações covalentes simples são do tipo sigma

As ligações pi () são como nuvens de energia entre os orbitais


p, semipreenchidos e paralelos entre si.

As ligações  sempre acompanham uma ligação sigma. E são


mais fraca que a ligação 
Corrigindo o modelo covalente: Eletronegatividade

Todas as ligações são híbridos de ressonância de estruturas


covalentes e iônica

Cl - Cl  Cl- Cl+  Cl+ Cl- Molécula apolar

H - Cl  H+ Cl-  H- Cl+ Molécula polar


Polaridade das ligações

Em moléculas onde os átomos são iguais a ligação é


puramente covalente, pois nenhum dos átomos tem tendência
a atrair os elétrons.

Já as moléculas formadas por átomos diferentes as


estruturas iônicas podem ter contribuição diferente, se
afinidade eletrônica de um dos átomos é maior que a do outro
então ocorre a formação de cargas parciais sobre os átomos
formando com isso uma ligação covalente polar.
Os átomos em uma ligação covalente polar
formam o dipolo elétrico (quando uma carga parcial
positiva está próxima a uma carga parcial negativa).

A medida da magnitude das cargas parciais (dipolo


elétrico) é o momento dipolar ().

-
+
Unidade: debye (D)
•Linus Pauling, 1932  eletronegatividade ()
(o poder de atração dos elétrons por um átomo quando
este é parte de uma ligação)

Átomos com alta eletronegatividade atraem os


elétrons

A maneira mais simples de estabelecer uma escala de


eletronegatividade foi desenvolvida por Mulliken.

 = ½ (I + Ea)
Não existem fronteiras muito definidas entre as ligações
covalentes polares e as ligações iônicas, mas pode-se
considerar:
•ligação iônica quando a diferença de  for ~ 2 unidades
•ligação covalente quando a diferença de  for < 1,5
unidades

C  = 2,6 CO diferença 1,2 então é covalente


O  = 3,4 CaO diferença é 2,1 então é polar
Ca  = 1,3
Tabela de Eletronegatividade
REPULSÃO DOS PARES ELETRÔNICOS E GEOMETRIA
MOLECULAR

Método VSEPR:
Quando numa moléculas os átomos unem-se, orientam-se de
maneira a minimizar as repulsões entre elétrons .

 Os pares eletrônicos tendem a se orientar de forma que sua


energia total seja mínima. Os elétrons ficam tão próximos quanto
possível do núcleo e o mais afastado possível de si.
 As forças repulsivas decrescem bruscamente com o aumento
do ângulo entre os pares.
90º > 120º > 180º
Força da repulsão
 A magnitude na repulsão entre pares depende do fato dos
pares eletrônicos estarem compartilhados ou livres.

Átomo
ligado
Distância longa Distância intermediária Distância curta
entre pares: entre pares: repulsão entre pares:
repulsão fraca intermediária repulsão forte

Átomo Átomo Átomo


Átomo Átomo
central central central
ligado ligado
Número estérico e orientação do par eletrônico.
Primeiro passo do método VSEPR é escrever a estrutura de
Lewis e quantos pares de elétrons estão localizados ao redor do
átomo central.

O número total de pares elétrons


(compartilhados ou não) ao redor do
átomo central chama-se número estérico

Para o número estérico 4  geometria quadrado


planar (ângulos são de 90º entre si)
Tetraédrica os ângulos são de 109,50 e a repulsão
é menor entre os pares de elétrons.
Número estérico 4
Exemplo Estrutura Descrição

Tetraédrico

Piramidal 1 par de elétrons livres

Angular 2 pares de elétrons livres


Exemplo Estrutura Descrição

Número estérico 5
Bipirâmide
trigonal

1 par de elétrons livres


Gangorra

Forma de
T 2 pares de elétrons livres

Linear 3 pares de elétrons livres


Exemplo Estrutura Descrição
Número estérico 6

Octaédrica

Pirâmide
de base 1 par de elétrons livres
quadrada

Quadrado-
planar
2 pares de elétrons livres
Ligações intermoleculares

União das moléculas

• Forças de van der Waals


São ligações fracas, mas são universais.
As mais importantes são as forças dipolo-dipolo e as
forças de London (dipolo induzido).

• Ligações de Hidrogênio
Forças dipolo-dipolo
• São atrações elétricas entre moléculas polares.
• As moléculas se alinham com as cargas parciais
opostas o mais perto possível
• Quanto mais fortes as forças, maior é a energia para
separar as moléculas, portanto maior será o ponto de
ebulição.
Cl Cl
Cl

p-cloro benzeno o-cloro benzeno


(p.e = 174°C) Cl (p.e. = 180°C)
Forças dipolo-induzido
• São geralmente muito fracas;
• Ocorrem nas moléculas apolares;

Uma região da molécula terá durante um breve tempo uma


carga positiva parcial e a outra região terá durante este
tempo, uma carga parcial negativa

CH3
CH3CH2CH2CH2CH3 CH3 C CH3
CH3
p.e. = 36°C
p.e. = 10°C
Ligações de hidrogênio

• Só ocorrem em moléculas que possuem o átomo de H


preso a átomos muito eletronegativos como F, O e N.

O
H H O H O H O
CH3 C C CH3
H O H O

Moléculas
de água Moléculas de
H F F
ác. acético
H F H

Moléculas
de HF

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