Modo de Produção Comunal Primitivo – s/ prop da terra – s/ gdes
disparidades de riqueza - s/ chefes em tempos de paz – matrilineares - s/ fixação territorial – guerras sazonais
Chegada dos Romanos ao Reno – séc I – estratificação interna nas
tribos – diplomacia romana inflamava disputas entre guerreiros e tribos – guerreiros usados no exército imperial - Roma acelerou diferenciação social – aumento da pressão bárbara – conseqüências estruturais da sua existência e do seu êxito PRIMEIRA ONDA DE INVASÕES (406) 406 p/ Reno, Suevos, Vândalos e Alanos – 410 p/ Roma, Visigodos - 439 p/ Cártago, Vândalos – 480, primeiro Estado bárbaro – Burgúndios na Savóia – Visigodos na Aquitânia – Vândalos no Norte da África – Ostrogodos na Itália Invasão inicial – arquétipo terrível de destruição – invasão conservadora IR foi fragmentado no Ocidente - Províncias em desordem – administração sucumbiu – rebelião social – banditismo Tribos germânicas s/ criar novo universo, eram comunidades primitivas – s/ Estado territorial – religião pagã – s/ linguagem escrita – s/ sistema de propriedade Padrão Geográfico – imensas peregrinações em todo o Continente – limitados em número – se apoiavam nas estruturas imperiais que conservaram – dualismo institucional Terras – hospitalitas – 2/3 da área p/ hóspedes + 1/3 de escravos e ½ de florestas – s/ alterar estrutura – cobriram pouco território – pactos de romanos e germanos – proprietários e sócios se tornam iguais x camponeses dependentes + guerreiros livres – surge em uma geração a aristocracia germânica Formação de Estados Germanos rudimentares – duas populações segregadas – dois corpos administrativos - dois códigos jurídicos – cópia das legislações imperiais Invasores Pagãos – conversão ao cristianismo – Não é fruto da igreja – ignorava ou desprezava invasores – mudança de fé interior das elites germanas – abandono do mundo subjetivo – adotaram o arianismo – igreja germânica paralela à igreja católica SEGUNDA ONDA DE INVASÕES (fim do séc. V e início do séc. VI) Francos da Bélgica p/ Gália / Anglo-Saxões do Norte da Alemanha p/ Bretanha / Lombardos da Áustria p/ Itália Expansão modesta / Povoaram as Províncias / Colonização Armada / Alterações Linguísticas / Onda Inicial tinha varrido a resistência / Dualismo desapareceu / Processo de Fusão Novo sistema agrário / Duplo modelo de colonizações / Latifúndios Nobres + Comunidades Aldeãs + Terras das Aldeias Comunais + Terras Senhoriais + Lotes Camponeses Alodiais Acima destas colônias / chefes e senhores locais c/ poderes pessoais / Aristocracia hereditária Tendência Geral p/ Aumento da Dependência Rural Desmoralização dos Legados Jurídicos Romanos / Novo código de normas germano em latim / Caem taxações romanas que passam para os reinos francos, saxões e lombardos Diminui separatismo religioso / Conversão ao catolicismo / Assimilação p/ casamentos / Consolidação de única Aristocracia Rural S/ nova fórmula política / Regressão da Sofisticação do Estado /s/ cunhagem de moedas / comércio deficiente / s/ diplomacia / s/ administração SÍNTESE Mistura de elementos romanos ou germanos s/ importância / Nacionalismos x Universalismos / Tipologia é necessária e não pedigree Vassalagem – Duas formas de corte aristocrática - Comitatus Germânico x Clientela galo-romano Domínio que forma o feudo – Últimas práticas eclesiásticas romanas x distribuições de terras nas tribos germânicas Manor (imensas propriedades auto-suficientes cultivadas por coloni que entregavam prod. em espécie) - S/ equivalente bárbaro – derivado do fundus ou villae galo- romano Comunidades Aldeãs Medievais – herança germana c/ evolução do campesinato bárbaro de regime alodial p/ o de rendeiros dependentes – concomitante ao Manso Servil Servidão – estatuto de colonos romanos + degradação de camponeses germânicos Sistema legal híbrido / justiça popular x tradição de obrigações Monarquia feudal / líder de guerra germânico semi-eletivo com funções seculares + governante imperial romano que era autocrata sagrado com poderes ilimitados IGREJA Igreja contribuiu p/ enfraquecimento do Estado Romano - Aparato clerical / sobrecarga parasítica / Determinante no colapso do Império Romano Realizações extraordinárias da civilização greco-romana – produto de um pequeno estrato governante dissociado da produção / arte, filosofia x estar isento de trabalhar / Estagnação técnica Herança cultural e intelectual do Império Romano / restrita às camadas governantes provinciais e metropolitanas / população só conhecia latim vulgar pq língua era monopólio Única instituição que abarcou a tradição / reservas culturais do mundo clássico / vitória da igreja não alterou a escravidão ou tecnologia/ Igreja grande proprietária de escravos e colonos / aconselhava escravos a serem obedientes e senhores a serem justos Longe do aparato eclesiástico / surge a vida monacal No Egito - Eremitas / Religiosidade Anacoreta Ascética no final do séc. III / Surge Cenobitismo Comunal no início do séc. IV c/ trabalho agrícola, leitura, prece e jejum 370 – Basílio reuniu ascetismo, trabalho manual, instrução intelectual c/ regimento monástico Século VI – Benedito de Núrcia – organiza os princípios monásticos Surgem as Ordens Monásticas no Ocidente c/ união de trabalho manual e intelectual Dignidade do trabalho agrícola – trabalho pesado divinizado - monges letrados – Laborare est orare S/ barreiras à invenção técnica e progresso (igreja – elemento civilizador) Ímpias ciências Não foi a igreja – mas todo o complexo social que fixou os papéis econômicos e culturais do monasticismo Igreja – papel cultural / vulgarização e corrupção da cultura clássica / assimilação p/ pop vasta (ex: linguagem – latinização – séc. IV/V) Antiguidade – Sofisticação Superestrutural x Estruturas Materiais Rústicas Igreja – herança superestrutural / sobreviver num recipiente específico / cultura superior ao feudalismo até o renascimento Igreja – ponte entre duas épocas /mentor da tentativa de renascer o império na época da monarquia carolíngia IMPÉRIO CAROLÍNGIO Começou o feudalismo- feudalidade/ Expansão da dinastia Franca/ Unificação política e militar do Ocidente/ Derrota dos Árabes – Poitiers Carlos Martel - 733(deteve avanço do Islã)/ Anexação da Itália Lombarda-Saxônia-Frísia-Catalunha/ Único Governante do Ocidente cristão/ 800 – Imperador do Ocidente Não foi só acréscimo territorial/ Renascimento administrativo e cultural/ Cunhagem de moedas/ Renovação da literatura, filosofia, artes e educação/ Missões religiosas / Germânia convertida/ Rede administrativa centralizada Condado – unidade administrativa (como civitatis romana)/ Nobres nomeados condes c/ poderes jurídicos e militares/ Recebimento de rendimentos reais, locais e terras/ Casamento de famílias proprietárias Aristocracia supra-regional e supra-étnica/ Ideologia imperial/ Magnatas clericais e seculares/ Missi dominici (agentes imperiais diretos) – aos pares, documentos escritos (máquina estatal) Surgimento gradual de instituições feudais / já existia juramento de fidelidade ao monarca + concessão de terrras aos nobres (beneficium)/ Combinados agora num sistema único / Com Carlos Magno : Síntese entre doações de terras e serviços (XI) Séc VIII: Fundiram-se Vassalagem (homenagem pessoal) + benefício (terras) Séc XI: benefício se tornou mais assimilado à honra Tornam-se arrendamentos hereditários vassi dominici – vassalos do imperador surge classe proprietária do campo – terras locais Núcleo do exército carolíngio c/ imunidades reais e isenções jurídicas/ Estende-se p/ guerreiros seculares Surge o “feudo” – terra delegada / c/ poderes jurídicos e políticos / c/ serviço militar Guerra – cavalaria armada, pesada – prerrogativa dos nobres Campesinato trabalhando, desarmado/ Deterioração da população agrária – camponês dependente / Tomou forma a unidade feudal de produção Resposta econômica ao Isolamento = Fortificação + Sistema Senhorial Imensa prop. Autárquica (nobres e clericais) 800 – 1600 hectares + mansão senhorial + multidão de peq lotes camponeses + manso senhorial + manso servil Produção agrícola baixa Palavra servo – séc. VIII – famílias legadas ao solo/ Obrigações em espécie e serviços + livres + escravos Prop. Alodiais / aldeia Instituições centrais do Feudalismo/ sob a égide do Império centralizado psedo-romano Morte de Carlos Magno/ I. C. se desmoronou/ Guerras de sucessão Regionalização da aristocracia Ataques externos por terra e mar (vikings, sarracenos, magiares) 850 – benefícios hereditários 870 – missi dominici desapareceu/ 880 – vassi dominici – tornou-se senhores hereditários Séc. IX – termo feudum França cheia de castelos erigidos s/ permissão imperial/ proteção e prisão p/ pop rural/ servidão generalizada/ enraizamento de condes e senhores locais nas províncias MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL REGIDO PELA TERRA E PELA ECONOMIA RURAL ONDE NEM O TRABALHO NEM OS PRODUTOS DO TRABALHO ERAM BENS – PRODUTOR ESTAVA UNIDO AO MEIO DE PRODUÇÃO – SERVOS TINHAM RESTRIÇÃO DE MOBILIDADE EXTRAÇÃO DO EXCEDENTE ATRAVÉS DE UMA RELAÇÃO POLÍTICO-LEGAL DE COAÇÃO – COERÇÃO EXTRA-ECONÔMICA NA FORMA DE SERVIÇOS, ARRENDAMENTOS EM ESPÉCIE OU OBRIGAÇÕES CONSUETUDINÁRIAS – REALIZADAS NA TERRA DIRETA DOS SENHORES E NOS LOTES ARRENDADOS AMÁLGAMA DE EXPLORAÇÃO ECONÔMICA E AUTORIDADE POLÍTICA DIREITOS DE PROPRIEDADE ERAM APENAS DE GRAU – SENHOR ERA INVESTIDO POR UM NOBRE SUPERIOR A QUEM DEVIA SERVIÇOS DE CAVALEIRO PROPRIEDADES ERAM FEUDOS – RELAÇÃO DE SUSSERANIA E VASSALAGEM – HIERARQUIAS INTERMEDIÁRIAS – CASTELANIA, BARONATO, CONDADO, PRINCIPADO SOBERANIA POLÍTICA NUNCA ESTAVA NUM ÚNICO CENTRO – CONCESSÕES VERTICAIS SUCESSIVAS PARCELARIZAÇÃO DA SOBERANIA SOBREVIVÊNCIA DAS TERRAS ALDEÃS COMUNAIS E LOTES CAMPONESES ALODIAIS – SETORES SIGNFICATIVOS DA AUTONOMIA E RESISTÊNCIAS CAMPONESAS SOBERANIA FEUDAL DIVIDIDA EM ZONAS PARTICULARIZADAS COM LIMITES SUPERPOSTOS CRIAÇÃO DE UM LABIRINTO JURÍDICO DE SOBERANIAS FEUDAIS – JUSTIÇA DO SENHORIO DIRETO X JUSTIÇA DO SENHORIO TERRITORIAL X PROPRIEDADE DE DIVERSOS SENHORES COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA NÃO ERA SENHORIAL MAS GEOGRÁFICA MUNDO SOCIAL DE DIREITOS E PODERES SOBREPOSTOS PLURALIDADE DE INSTÂNCIAS DE EXPLORAÇÃO COEXISTÊNCIA DE TERRAS COMUNAIS, ALÓDIOS, LOTES CAMPONESES E TERRAS SENHORIAIS ERA CONSTITUVIDA DO FEUDALISMO CIDADE MEDIEVAL – RESULTADO DA PARCELARIZAÇÃO DAS SOBERANIAS - ECONOMIA MEDIEVAL PERMITIA AUTONOMIA DAS ATIVIDADES URBANAS EM UMA ECONOMIA AGRÁRIA FUNÇÃO SOCIAL DAS CIDADES ERA MAIS AVANÇADA AS CIDADES ROMANAS ERAM SUBORDINADAS AO GOVERNO DE NOBRES QUE VIVIAM NELAS MAS SOBREVIVIAM DO CAMPO AS CIDADES MEDIEVAIS ERAM AUTOGOVERNADAS ISOLADAS DA NOBREZA E DA IGREJA SURGIU UMA OPOSIÇÃO CIDADE X CAMPO PRÓPRIA DA SOCIEDADE FEUDAL – ECONOMIA URBANA DE COMÉRCIO DE BENS CONTROLADA POR MERCADORES E ORGANIZADA EM ASSOCIAÇÕES E CORPORAÇÕES X ECONOMIA RURAL DE TROCA NATURAL CONTROLADA PELOS NOBRES E ORGANIZADA EM TERRAS SENHORIAIS E PEQUENAS PROPRIEDADES COM ENCLAVES CAMPONESES INDIVIDUAIS DETERMINADA PELA COMPLEXA UNIDADE DE SUAS DIFERENTES REGIÕES E NÃO PELO PREDOMÍNIO DOS SENHORES NÍVEL MAIS ALTO DA HIERARQUIA ERA DIFERENTE APENAS EM GRAU DOS NÍVEIS SUBORDINADOS – MONARCA ERA UM SUSERANO DOS SEUS VASSALOS E NÃO UM SOBERANO SUPREMO – SEUS RECURSOS PROVINHAM DOS SEUS DOMÍNIOS PESSOAIS MONARCA NÃO TINHA ACESSO À TODA POPULAÇÃO – JURISDIÇÃO REAL INTERMEDIADA POR MUITAS CAMADAS DE SUBFEUDOS MODELO ACABADO DE TAL FORMA DE GOVERNO NUNCA EXISTIU NA EUROPA – UMA COMPLETA FRAGMENTAÇÃO DA SOBERANIA ERA INCOMPATÍVEL COM A UNIDADE DE CLASSE DA NOBREZA – POTENCIAL ANARQUIA DO FEUDALISMO CONTRADIÇÃO FEUDAL – TENDÊNCIA À DECOMPOSIÇÃO DA SOBERANIA X EXIGÊNCIA DE UMA AUTORIDADE CENTRAL A MONARQUA FEUDAL SEMPRE EXISTIU – JAMAIS FOI REDUTÍVEL À SUSERANIA DO REI – PODER ALÉM DAS RELAÇÕES DE SUSERANIA E VASSALAGEM – AUTORIDADE JAMAIS ALCANÇADA POR POTENTADOS, DUQUES OU CONDES – PODER QUE SEMPRE TEVE QUE SER CONQUISTADO E DEFENDIDO A IGREJA – ÚNICA FONTE DE AUTORIDADE RELIGIOSA – AUTÔNOMA – PODIA DEFENDER SEUS INTERESSES – CONFLITOS ENTRE SENHORIO LEIGO E RELIGIOSO ERAM ENDÊMICOS – HAVIA CISÃO NA ESTRUTURA DA LEGITIMIDADE FEUDAL JUSTIÇA ERA MODALIDADE CENTRAL DO PODER POLÍTICO FEUDAL – FUNÇÃO DOS GOVERNANTES FEUDAIS ERA PRESERVAR AS LEIS TRADICIONAIS E NÃO INVENTAR NOVAS LEIS – INTERPRETAR E APLICAR LEIS EXISTENTES JUSTIÇA – SIGNIFICAVA MUITO MAIS ATIVIDADES PQ REGULAMENTAVA QUASE TODAS AS RELAÇÕES FEUDAIS ALTA (séc.V a X) BAIXA (séc.X a XV) • invasões bárbaras • Cruzadas • descentralização política • renascimento comercial • ruralização da sociedade • ressurgimento urbano • formação do feudalismo • crise do feudalismo • consolidação da Igreja • surgimento da burguesia e do capitalismo
ANTIGA IDADE MÉDIA MODERNA
476 dC 1453 Queda de Roma Queda de Constantinopla ORIENTE CIVILIZAÇÃO ÁRABE (séc.VII: Império Islâmico) SURGIMENTO DO FEUDALISMO IMPÉRIO CAROLÍNGIO – SÉC IX - X ESTABELECIMENTO DOS FEUDOS – CONSTRUÇÃO FORTIFICADA – MANSO SERVIL- RESERVA SENHORIAL – TERRAS COMUNS – ALDEIA COMUNAL – AGRICULTURA DE SUBISTÊNCIA - COMÉRCIO E ARTESANATO LOCAIS – DIREITO CONSUETUDINÁRIO OBRIGAÇÕES E IMPOSTOS CORVÉIA (OBRIGAÇÃO DE CULTIVAR A RESERVA SENHORIAL) TALHA (3/4 DA PRODUÇÃO É DO SENHOR) BANALIDADES (IMPOSTO PAGO PARA UTILIZAR MOINHO, FORNO, FERRAMENTAS) DÍZIMO (10% - IMPOSTO PAGO À IGREJA) FORMARIAGE (PRIMAE NOCTIS – NOITE DE NÚPCIAS DO VASSALO É DO SUSERANO) COMEDORIAS (DIREITO DO SENHOR AO POUSO, ALIMENTAÇÃO E PARTICIPAÇÃO NAS COLHEITAS) CAVALARIAS (PAGAMENTO DEVIDO AOS DESCENDENTES DO SENHOR) JANGADA (TRIBUTO PAGO NA PROPORÇÃO DE CADA DOIS BOIS EMPREGADOS NA LAVOURA) LUTUOSA (IMPOSTO PAGO NA MORTE DO VASSALO PELO SEU SUCESSOR) MONTADEGO (TRIBUTO PARA PASTAR O GADO NO MONTE DO SENHORIO) CAPTAÇÃO (IMPOSTO ANNUAL PELO SIMPLES FATO DE ESTAR VIVO) VILLA ROMANA – ESCRAVISMO X COLONATO (EX-ESCRAV0S- HOMENS LIVRES SEM TERRA – PEQUENOS PROPRIETÁRIOS ARRUINADOS) IMPÉRIO ROMANO E PRESSÃO GERMANA FEUDO FEUDO