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BRUXARIA, ORÁCULOS E MAGIA

(1937)

Evans-Pritchard (1902-1973)
Bruxaria, Oráculos e Magia

■ Primeiro trabalho de campo e sua tese de doutorado


■ Aluno de Malinowski, de quem sofreu forte influência.
■ Conviveu, entre os Azande , em diferentes períodos de 1926 a 1932.
■ Bruxaria não era o primeiro objeto de investigação, o mesmo se impôs por
conta da constante presença entre os nativos o pela importância atribuída a
ela. O antropólogo notou sua importância para os Azande desde o primeiro
contato.
■ O objetivo de Pritchard ao eleger a Bruxaria como objeto foi o de demonstrar
que as crenças nativas, aparentemente irracionais e desprovidas de sentido
para um observador europeu, possuía uma base lógica solidamente
elaborada.
Bruxaria, Oráculos e Magia
O livro se tornou referência para outras áreas de conhecimento como a psicologia, a antropologia da
religião.

Leitura obrigatória para os estudantes de Antropologia e para o exercício do ofício do Antropólogo, que
é ver, ouvir, descrever e analisar.
■ A Bruxaria é um fenômeno orgânico e hereditário
■ Fonte de explicação de infortúnios
■ É acionada quando por um jogo de acusações que envolvem ciúme, inveja, ódio e
cobiça, que desencadeia uma série de infortúnios a quem se destina
■ Faz parte de um sistema de pensamento coerente e racional.
■ O oráculo, a magia, a feitiçaria, os adivinhos e as drogas fornecem sentido tanto
para os infortúnios.
■ Bruxaria – está no corpo da pessoa, “substância bruxaria”. É um ato psíquico.
■ Os bruxos não praticam rituais, não proferem encantamentos e não recorrem a
drogas de natureza mágica.
■ A “substância bruxaria” quando intrínseca a um dado indivíduo, cresce à medida
que se desenvolve. Um bruxo idoso é mais experiente assim como mais perigoso. As
crianças seriam bruxos inofensivos.
■ Feitiçaria – feita através de rituais mágicos, recorrem a drogas de natureza mágica
e proferem encantamentos. Os feiticeiros possuem objetivos, normalmente
maléficos.
■ Grande parte dos infortúnios, doenças e até mesmo morte, são vistos como
consequência da bruxaria.
■ “Em bruxaria, oráculos e magia entre os Azande, Evans-Pritchard consegue mostrar
o enorme descompasso entre a religião como um quadro de referência institucional
e político e o sistema de crenças partilhado por uma comunidade mais extensa, que
existe sem referência direta a essas formas institucionais.
■ Bate tambor com energia
■ Hoje meu samba tem fé na vida O índio dança pra cura alnaçar,
Fé no homem e no que virá O alquimista transforma a pedra em
Exorcizando a tristeza encanta,vem ouro e faz brilhar
sonhar Voa bruxa voa, no céu da imaginação
E viajar, como um raio de luz na Pisa forte no terreito,
imensidão Quiromantes, curandeiros
Na astrologia busco a solução O povo canta em oração
O futuro decifrar
E a batucada chegou pra abalar
Sai pra lá gato preto E a batucada chegou pra abalar
Debaixo da escada não vou passar Imperial é magia, é feitiçaria
A minha figa sempre voiu carregar É Carnaval.
Junto com meu patuá

Ê cigana, ê cigana ■ https://www.ouvirmusica.com.br/and


Na palma da mão um destino re-ricardo/lendas-crencas-e-
Em cada vida um caminho supersticoes/
Tem gente que acredita na ciência
E só escuta a voz da razão
Mas lá da antiguidade
O homem trouxe a superstição
Dos rituais alta magia,
Tem bruxaria a luz do luar
■ https://www.letras.mus.br/mocidad
e-independente-de-padre-
miguel/371178/
■ Bruxaria e histórias do arco da
velha
■ Nesta obra, Evans-Pritchard dialoga com as principais teorias então correntes sobre
a razão humana. Ao identificar a racionalidade que subjaz à bruxaria zande, a
monografia avança em relação à teoria da mentalidade primitiva de Lucien Lévy-
Brühl (1857-1939) e à noção de representações coletivas de Émile
Durkheim (1858-1917), que lhe serviram de ponto de partida. A obra suscitou
também uma pluralidade de linhas de descendência e abriu caminhos para o
posterior desenvolvimento de subáreas no interior da filosofia, da psicologia, dos
estudos da religião e da sociologia do conhecimento; serviu ainda de inspiração
para os estudos de micropolítica, na medida em que mostra a dimensão
sociológica, os conflitos e as relações de poder produzidos pelas acusações de
bruxaria e feitiçaria, e para os estudos da transformação social em contextos
coloniais e pós-coloniais, ao apontar alguns dos efeitos da administração anglo-
egípcia na organização social e nas crenças dos Azande. A preocupação do autor
em nuançar, e mesmo em colocar em questão, as diferenças entre os chamados
povos tradicionais e os ocidentais-modernos, entre “nós” e “eles”, tem sido
observada por autores das safras mais recentes da antropologia, que localizam
neste estudo os germens do que veio a ser chamado posteriormente de
antropologia simétrica.
■ (http://ea.fflch.usp.br/obra/bruxaria-or%C3%A1culos-e-magia-entre-os-azande)

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