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MINISTÉRIO DA SAÚDE
GERÊNCIA-GERAL
SSPS
PÓS - COMERCIALIZAÇÃO
Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
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CAUSALIDADE
“Farmacovigilância é a identificação e a
avaliação dos efeitos do uso, agudo e
crônico, dos tratamentos farmacológicos
no conjunto da população ou em
subgrupos de pacientes expostos a
tratamentos específicos.”
(LAPORTE & TOGNONI, 1989)
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CAUSALIDADE
Principais Objetivos da Farmacovigilância:
Quantificar riscos:
Identificar as Reações Adversas
incidência, gravidade →
não descritas e graves
avaliação do impacto
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CAUSALIDADE
Ações Reguladoras em Farmacovigilância
Novos conhecimentos na relação benefício/risco podem conduzir a:
• Modificação da informação sobre o medicamento, inclusive textos de
bula
• Limitar ou adicionar indicações
• Adicionar contra-indicações
• Reduzir doses recomendadas
• Modificar o status do medicamento: venda livre ↔ venda sob
prescrição médica ↔ com retenção de receita
• Retirada do mercado.
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CAUSALIDADE
Notificação Espontânea
“É a notificação de uma suspeita de
reação adversa a um medicamento a
um centro regional ou nacional, de
forma espontânea, por parte de um
profissional de saúde.”
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Formulário de
Notificação de
Suspeita de Reação
Adversa a
Medicamento
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Fluxo Geral de Notificação
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Passos / Critérios
3. Relevância da reação:
• RAM descrita na literatura (causalidade extrínseca) ou texto de bula
do medicamento?
• Possui valor científico ou educacional?
• É uma RAM de medicamento novo ( > 5 anos no mercado)?
• É uma RAM grave?
4. Comunicação com o notificador:
• Carta de agradecimento
• Material bibliográfico sobre o relato
5. Avaliação do duplo-relato:
• Existe outra notificação sobre o mesmo caso ?
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Passos / Critérios
6. Identificação de vieses:
• Dose, via de administração e posologia estão fora das
especificações de uso para o caso do paciente?
• O evento pode ser em decorrência de interações ou
incompatibilidade com outros produtos concomitantes?
• O evento pode ser explicado pela maneira que o medicamento
foi administrado?
• A automedicação pode de alguma forma ter contribuído para o
acontecimento do evento?
• O evento está relacionado com qualquer outro problema
relacionado com medicamento?
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Erros de Medicação
• Podem estar relacionados aos relatos de reações adversas
em cerca de 60% dos casos
Tipos de Erros
• Não Administração
• Medicamentos não prescritos
• Erros na dose
• Erros na via
• Erro na freqüência de administração
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Passos / Critérios
7. Avaliação da Causalidade: (Causalidade intrínseca)
I. A relação temporal (ou espacial), entre a administração do
medicamento e o evento adverso são compatíveis?
II. A farmacologia do medicamento (considerando a natureza e a
freqüência da RAM) é compatível com o relato?
III. Existe plausibilidade médica ou farmacológica (considerando sinais e
sintomas, teste de laboratório, laudo de anatomia patológica ou
mecanismo da doença/medicamento)?
IV. Existe possibilidade de outra explicação para o evento?
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CAUSALIDADE
Passos / Critérios
8. Processamento dos dados:
• Digitalização + Backup de segurança e
• Arquivamento da notificação
9. Avaliação dos dados:
• Detecção precoce de sinais ou geração de hipóteses,
• Proposição de estudos específicos e
• Ações regulatórias (inclusão de RAMs, advertências, precauções
em texto de bula, restrição de uso, alteração da indicação, retirada do
mercado)
10. Educação e comunicação:
• Disseminação da informação por Alertas e
• Educação continuada (graduação e pós-graduação)
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CAUSALIDADE
Estudo da relação etiológica
entre uma exposição e o
aparecimento de determinado
desfecho.
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Avaliação de Causalidade:
Atribuição de um grau de probabilidade de
determinado evento adverso estar relacionado
ao uso de determinado medicamento.
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CAUSALIDADE
Considerações universais para avaliação da causalidade
1. Conexão associativa:
• tempo (administração - retirada - re-administração)
• lugar (p.ex. dermatite de contato; reação no local da
aplicação)
2. Explicação farmacológica:
• consideração da natureza e freqüência da RAM
• conhecimento prévio dos efeitos do medicamento
• níveis séricos do medicamento
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CAUSALIDADE
Considerações universais para avaliação da causalidade
3. Presença de características clínicas - critérios para
diagnóstico:
• sinais e sintomas
• exames de laboratório de parâmetros dos fluidos
biológicos
• laudos de anatomia patológica
• mecanismo da doença
4. Probabilidade ou exclusão de outras possíveis causas.
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CAUSALIDADE
Fatores que dificultam o diagnóstico
• Reação adversa relacionada com a doença tratada
(discinesia tardia/neurolépticos)
• Reação adversa sem relação com a atividade do fármaco
• Pouca tendência a atribuir a reação adversa a fármacos
prescritos para o tratamento
• Polifarmácia
• Automedicação
• Período de indução longo (carcinoma vaginal/
dietiletilbestrol)
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CAUSALIDADE
6- Indústria Farmacêutica:
• Programa de treinamento em farmacovigilância dos
encarregados de vendas e representantes
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Detecção de novo Sinal
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Estudo de casos de novas RAMs
Proporção do conhecimento acumulado de RAM
100 %
Avaliação do Sinal //
0% //
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VisãoCAUSALIDADE
Geral do Processo de Avaliação
Detecção de novo Sinal
Benefício - Risco
Coleta de máximo
Avaliação do Sinal
de Informações
SIM
Aval. B/R Ident.
Subgrupos de risco
SIM
Comunicar Análise opcional
Tomada de Decisão
Análise do impacto
Implementação Monitorar,
Comunicação Investigar
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CAUSALIDADE
Suspensão de Comercialização - Espanha
Ebrotidina
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CAUSALIDADE
CATEGORIAS DE CAUSALIDADE – OMS
PROVÁVEL
Um evento clínico, incluindo anormalidades de
exames laboratoriais, com um tempo de seqüência
razoável da administração do medicamento, com
improbabilidade de ser atribuído à doença de base ou
por outros medicamentos ou substâncias químicas, e
que segue uma resposta clinicamente razoável; após
a retirada. A informação de reintrodução não é
necessária para completar esta definição.
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CAUSALIDADE
POSSÍVEL
Um evento clínico, incluindo anormalidades de
exames laboratoriais, com um tempo de seqüência
razoável da administração do medicamento, mas que
poderia, também, ser explicado pela doença de base ou
por outros medicamentos ou substâncias químicas A
informação sobre a retirada do medicamento pode ser
ausente ou não ser claramente conhecida.
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CAUSALIDADE
IMPROVÁVEL
Um evento clínico, incluindo anormalidades de
exames laboratoriais, com uma relação de tempo com a
administração do medicamento que determina uma
improvável relação causal, e no qual outros
medicamentos, substâncias químicas ou doenças
subjacentes fornecem explicações plausíveis.
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CAUSALIDADE
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CAUSALIDADE
CENTRO NACIONAL DE MONITORIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS (CNMM)
UNIDADE DE FARMACOVIGILÂNCIA (UFARM/GGSPS)
Provável
Condicional/
34%
Não Classificado
16%
Improvável
3% Possível
32% CNMM/UFARM - 2001
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CAUSALIDADE
Algoritmo de KRAMER et al.
+ 5 ou + 4 Provável
+ 3, + 2, + 1 ou 0 Possível
– 1, – 2, – 3, – 4,
Improvável
– 5, – 6 ou – 7
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CAUSALIDADE
Algoritmo de Naranjo et al.
Soma
Questões Sim Não desconhecido
Scores
1. Existem notificações conclusivas sobre esta reação ? +1 0 0
2. A reação apareceu após a administração do fármaco ? +2 -1 0
3. A reação melhorou quando o fármaco foi suspenso ? +1 0 0
4. A reação reapareceu quando da sua re-administração ? +2 -1 0
5. Existem causas alternativas (até mesmo outro fármaco) ? -1 +2 0
6. A reação reaparece com a introdução de um placebo ? -1 +1 0
7. A Concentração plasmática está em nível tóxico ? +1 0 0
8. A reação aumentou com dose maior ou reduziu com dose menor
? +1 0 0
9. O paciente já experimentou semelhante reação anteriormente
com medicamentos de mesmo fármaco ? +1 0 0
10. A reação foi confirmada por qualquer evidência objetiva ? +1 0 0
Total
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Algoritmo de Naranjo et al.
5a8 Provável
1a4 Possível
0 ou - Duvidosa
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CAUSALIDADE
Algoritmo de Karch e Lasagna. – Tabela II
Questionário Seleção
Intervalo de tempo apropriado entre o agente – evento N S S S S S S S S S
Reação conhecida provocado pelo agente - N N S S S S S S S
Evento razoavelmente explicado pelo estado clínico do pac. - S N S S N N N N N
Promovido a suspensão do agente - - - - - N S S S S
Reação melhorou com a suspensão do agente - - - - - - N S S S
Re-administração do agente realizada - - - - - - - N S S
Re-aparecimento da mesma reação com a re-administração - - - S N - - - N S
Definida X
Provável X X X
Possível X X
Condicional X
Não relacionada (não é uma RAM) X X X
Vá para a tabela III X X X X X X X
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CAUSALIDADE
UNIDADE DE FARMACOVIGILÂNCIA
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SEPN 515 BL.B 2º ANDAR, ED. ÔMEGA
BRASÍLIA - DF CEP - 70770 - 502
FONE: (61) 448-1219 FAX: (61) 448-1275
farmacovigilancia@anvisa.gov.br
www.anvisa.gov.br/farmacovigilancia/index.htm
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