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• Recorre a este termo para escapar de ESTRUTURA que estava em voga. Como Foucault
define dispositivo:
• Ao falar de LOUCURA, Foucault que escreve que encontrará no século XVI o discurso da
DESRAZÃO que ponha em jogo todo um dispositivo.
• Veyne escreve p. 54. “um conjunto decididamente heterogêneo, que comporta
DISCURSOS, INSTITUIÇÕES, CRIACOES ARQUITETONICA, DECISOES REGULAMENTARIAS,
LEIS, MEDIDAS ADMINISTRATIVAS, ENUNCIADOS CIENTIFICOS, PROPOSTAS FILOSOFICAS,
MORAIS, FILANTROPICA, em suma coisas ditas assim como não ditas. (Ditos e Escritosp.
299. ).
• Entre os componentes de um dispositivo está a própria verdade.. Cada sociedade tem
seu regime de verdade, sua politica de verdade (p. 56).
• Saber, poder e verdade vocábulos que impressionam o Foucault (p. 55)
• P. 85 “A postura epistemologia de Foucault NÃO CONSISTIA EM REDUZIR O REAL AO
DISCURSO, mas em lembrar que, desde que um real é enunciado ele já está sempre
discursivamente estruturado”.
A ARQUEOLOGIA - arqueo genealogia
CIENCIA
• “O poder do saber é particularmente poderoso nas sociedades ocidentalizadas, mas não nos
enganemos: ele não se exerce apenas sobre o complexo militar industrial ou na comissão de
energia atômica! O poder médico não é o da lei, mas de um saber: purga-se, sangra-se porque
se sabe e o paciente se deixa levar: quando a Faculdade falou, é preciso inclinar-se.
• Mas o poder não se reduz a saberes especializados e a instituições de poder normativo, a
medicina e seu ministério da saúde, a psiquiatria...
• Em toda parte no mundo, o que é considerado verdadeiro num dispositivo
tem o poder de fazer-se obedecer e forma os sujeitos humanos para a
obediência; é verdade que o poder do príncipe é legitimo, é verdade que
é preciso obedecer a seu príncipe, do qual nos tornamos sujeitos nos dois
sentidos da palavra - 153-154 (ler a página 156)
• “O discurso comanda, reprime, persuade, organiza: ele é “o ponto de
contato, de atrito, eventualmente de conflito entre as regras e o
individuo”. Seus efeitos sobre o conhecimento podem ser assim efeitos de
poder. 169.
• De tal maneira que contestar o discurso “desqualificar enunciados”
pode ajudar a derrubar o dispositivo que os apoia... 172.
• Estruturalismo - critica - 173-174.
Palavras e as coisas (1966) e ARQUEOLOGIA DO
SABER (1969)
• Na obra AS PALAVRAS E AS COISAS Foucault dá a conhecer ao senso comum que
as Ciências Humanas são mais que um saber. Na sua opinião elas seriam uma
“prática”, uma instituição.
• Foucault analisa a gênese e a filosofia da Ciência e mostra como é recente o
aparecimento do homem na história do saber
• Estudou nesta obra a mudança no interior da cultura dos séculos XVIII ao XIX,
• através da gramática geral que se tornou Filologia.
• a análise das riquezas que se tornou a Economia Política
• a história natural que se tornou a Biologia
As ciências humanas não existiam antes do Século XIX. A dimensão humana só terá surgido a partir
de necessidades empíricas derivadas do Triedro dos Saberes onde se encontram as Ciências
dedutivas, ciências empíricas e reflexão filosófica.
Foucault dividiu a ciência em regiões, a exemplo da espacialidade geográfica, conferindo espaços
delimitados dentro do âmbito das Ciências Humanas. História nasce da tríade, não está deslocada,
precisa de conceitos e instrumentos prestados das outras ciências. Ela é ferramenta auxiliar das
mesmas ciências Daí o privilegio de interdisciplinaridade. Retoma a discussão concernente ao
nascimento da Psicanalise, bem como sua ligação com a Etnologia. Seriam regiões que tornaram
possíveis um saber de fato real sobre o homem. O filosofo prossegue as investigações acerca das
origens do conhecimento e das formas de controle político que é incorporado à vida moderna
ocidental. Pretendia demonstrar o caráter arbitrário das ideias e práticas sociais.
O filosofo descreve como na modernidade que ele situa no final do Século XVIII-XIX houve uma
maneira de pensar o mundo. O homem é uma ausência na Idade Clássica (séculos XVII-XVIII). Este
é situado como problema recente para os saberes filosóficos e científicos. Emerge uma ciência
positiva, independente da Teologia e a Revolução Francesa defendendo os ideais humanos de
liberdade, igualdade e fraternidade. O homem destrona Deus para sentar em seu lugar. O homem
é uma invenção recente.
BASE PARA O CONHECIMENTO (OU A EPISTEME)
Nesse sentido, se separa os níveis dos saberes, de um lado a ciência ligada a empiria, as
experiencias e a comprovação sensível e de, outro, a filosófica do sujeito como possibilidade para
o conhecimento.
Para Kant o sujeito não é empírico, pois jamais pode ser dado a experiencia, justamente por ser ele
condição de possibilidade da experiencia, logo transcendental –
As ciências empíricas surgem para entender o que cerca o sujeito, precisando responder o que é a
Vida (Biologia), o Trabalho (a Economia) e a linguagem (a filologia). Integrando as três empirias
surge uma pergunta: o que é o homem? Esta pergunta é o embaraço da modernidade que abriu o
precedente para o surgimento das ciências humanas.
CIENCIAS HUMANAS CORREM PERIGO E SÃO
PERIGOSAS.
• Por seu caráter de instabilidade e de nebulosidade em definição, elas não
participam do tríade dos saberes. Elas estão nos interstícios, nas fronteiras
entre ciências exata, empíricas e a filosofia.
• Perigos: o antropologismo comum - coloca como centro absoluto (sem sua
definição – Homem possui uma unidade)]
• Mas o apoio em outros domínios do saber, a precariedade, e a dificuldade das
Ciências humanas não é devido à extrema densidade do seu objeto, nem ao
estatuto metafisico ou a transcendência desse homem de que eles falam, porem
A COMPLEXIDADE DA CONFIGURAÇÃO EPISTEMOLOGICA em que estão
colocadas, sua relação constante com as três dimensões - exata, empírica e
filosófica) que lhe confere seu espaço.
• Ciências humanas são perigosas, pois permitem desconstruir o caráter
NATURALIZADOR e supressão de outros saberes, questionando ao mesmo tempo
suas positividades.
VISÃO DAS CIENCIAS IMPLODIDA POR FOUCAULT.