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Catarina Decome Poker

MÉTODOS E TÉCNICAS DE
PESQUISA EM PSICOLOGIA

Aula 2:
Contextualização histórico-social da produção
científica em Psicologia
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CONHECIMENTO CIENTÍFICO
 Séc XVIII : As máquinas, em especial, o relógio
contribuíram para a construção da lógica
científica a partir das premissas de René

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Descartes.

 Séc XIX: Crença de que a ciência superaria todos

as mazelas da humanidade;

 Séc XX: Recursos metodológicos e técnicos

alavancaram o seu desenvolvimento;
A PSICOLOGIA E O SEU STATUS
CIENTÍFICO

Século XIX

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 Ciência jovem;

 (1875) Primeiro Laboratório de Psicologia em

Leipzig na Alemanha coordenado por Wilhelm
Wundt.
 O método introspectivo;

 XIX – Crise da Filosofia

A PSICOLOGIA E O SEU STATUS
CIENTÍFICO
Século XX
 Mecanicismo;

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 Positivismo;

 Behaviorismo;

 Karl Marx e o materialismo histórico dialético;

PSICOLOGIA
 Ciência no nível pré-paradigmático

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Qual o objeto
de estudo da
psicologia?
ESCOLAS DA PSICOLOGIA DO SÉCULO XX
Psicanálise:
método de escuta clínica;

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 Fenomenologia :
Indivíduo compreendido como ser único

 Psicologia experimental:
O fenômeno humano pode ser estudado por uma
consciência comum.
CIÊNCIA TRADICIONAL
 Psicologia Experimental tem sua base nos
pressupostos de Karl Popper – pai do positivismo.

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 Proporcionou leis universais, no entanto, nem
tudo nos sujeitos pode ser universalizável.

“Só é considerado ciência o que é observável,

mensurável e testável”
FORMAS DE CONHECIMENTO

DOGMA CIÊNCIA

Fé; Avaliar;

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 

 Crenças;  Criticar;

 Não é passível de  Rebater argumentos;

verificação;  Objetivismo
 Subjetivismo
FORMAS DE CONHECIMENTO
EMPÍRICO RELIGIOSO

Senso comum; Buscar transcender a

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 
razão;
 Baseado na
 Respostas à finitude do
experiência de cada ser.
pessoa;

Três características Três características

principais: principais:
1. Ametódico;
1. Dogmatismo;
2. Não testável;
2. Assistemático ;
3. Depende da crença/fé.
3. Dependente
EMPIRIA

“Não se deve desconsiderar a experiência

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individual, mas sim compreende-la como fruto
da vivência do sujeito e não como regra irrestrita,
cuja a validade é sempre ampla e inquestionável”
(Ferrari, 1982 APUD Campos, 2008, p. 30)
RELIGIÃO

“ ...o conhecimento religioso surgiu paralelamente

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ao conhecimento empírico, sendo uma forma de
explicar fenômenos para os quais a experiência
individual não conseguia fornecer elementos
suficientes para a sua compreensão”.
(Campos, 2008, p. 30)
FORMAS DE CONHECIMENTO
FILOSÓFICO CIENTÍFICO

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 Intelectualista;  Método;
 Crítica  Sistemático

 Não-experimental  Objetivo

“Estabelecer relação de “Algo é verdadeiro até

sentido “ que se prove o contrário”
DEFINIÇÃO DE CIENCIA

“...conjunto de atitudes e de atividades racionais,

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dirigido ao sistemático conhecimento com o objetivo
limitado, capaz de ser submetido á verificação”.

(Ferrari, 1982 APUD Campos, 2008, p. 40)

CIÊNCIA
 Do latim = scientia
Aprender a conhecer

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(Abbagnano, 1970)

 Método ( Epistemologia da Grécia Antiga)

Como percorrer um longo caminho

,ou seja,
Regras que irão nortear a conduta neste caminho.

Inspiração – A Odisséia de Homero.

CIÊNCIA
FORMAL FACTUAL

Objetos abstratos; Objetos materiais ou

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 

 Dedução; empíricos;
 Lógica sem  Observação;

experimentos.  Experimentação
STATUS DA CIÊNCIA TRADICIONAL
1. Replicabilidade: Possibilidade de se
realizar novamente a pesquisa com

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o mesmo padrão de conduta
metodológica e se atingir resultados
semelhantes;

2. Fidedignidade: Quanto mais

replicável mais generalizável se
torna aquela regra.
STATUS DA CIÊNCIA TRADICIONAL

3. Generabilidade: se os
resultados replicados são

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fidedignos, eles podem ser usados
utilizados para a explicação de
fenômenos;

4. Falseabilidade: o conhecimento
só é científico se demonstrar que
sua validade não é total.
MATERIALISMO HISTÓRICO
 Estuda como os fenômenos sociais
atingem as relações entre os sujeitos.

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 Como a superestrutura e a
hiperestutura moldam os sujeitos;
 Conflito entre classes sociais como o
“motor da história”
 Critica o idealismo das ciências
tradicionais
MATERIALISMO HISTÓRICO
 Dialética – A partir de uma
afirmação (tese) e uma negação

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(antítese) se chega a uma síntese;
 Análise dos conflitos sociais –
tensão entre forças opostas na
sociedade;
 Análise dos modos de produção –
como isso é traduzido para o
funcionamento da estrutura da
sociedade.
Marx (1982) explica:

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“O modo de produção da vida material
condiciona o processo da vida social,
política e espiritual em geral. Não é a
consciência do homem que determina o
seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser
social é que determina a sua
consciência.”
BIBLIOGRAFIA
 Básica:
CAMPOS, L. F. L. (2008) Métodos e técnicas de
pesquisa em psicologia. Campinas: Átomo & Alínea.

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(pp. 17- 43)

 Complementar:

Schultz, D. P., & Schultz, S. E. (2002). História da

Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix.

Karl Marx, Prefácio - Introdução à Contribuição para a

Crítica da Economia Política. Edições Progresso
Lisboa - Moscovo, 1982.