Você está na página 1de 23

Contribuições Sindicais

Direito Coletivo do Trabalho


Direito Coletivo do Trabalho
Sindicatos
Contribuição Sindical;
Contribuição Assistencial;

Conteúdo Contribuição Confederativa;


Contribuição Associativa;
Contribuições Sindicais
Exigibilidade de não associados;
Recolhimento das contribuições;
Direito Coletivo
do Trabalho
Direito Coletivo do Trabalho é o
segmento do Direito do Trabalho
encarregado de tratar da organização
sindical, da greve e da representação
dos trabalhadores.
O Sindicato

Sindicato é a associação de pessoas físicas ou jurídicas que tem


atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos
interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria.

É uma associação espontânea entre as pessoas.

As entidades sindicais, como pessoas jurídicas de direito privado que


são, necessitam, para o desempenho de suas atividades, de recursos
financeiros.
O Sindicato

O fato de a CLT prever onde os recursos da


contribuição sindical devem ser aplicados demonstra
(art.592), segundo a visão corporativa em que o
modelo pátrio se estruturou, que, além do papel de
auxiliar do Estado e defensor da categoria que
representa, ao sindicato cabe, também, função
assistencial.
Contribuições Sindicais
Contribuição Sindical

A contribuição sindical depende da


vontade da pessoa em querer contribuir,
arts. da CLT 545, 578, 579, 582, 583, 587.

Tem natureza facultativa a contribuição


sindical.
A Contribuição Sindical

Corresponde a contribuição sindical a um dia de trabalho para


os empregados (art. 580, I, da CLT). É descontada no mês de março e
recolhida pela empresa no mês de abril.

Calculada sobre o capital da empresa, para os empregadores (art. 580,


III, da CLT), e para os trabalhadores autônomos e profissionais liberais
toma-se por base um porcentual fixo (art. 580, II, da CLT).
“Não há a possibilidade da
criação de mais de uma organização
sindical, em qualquer grau,
De acordo com nosso sistema representativa de categoria
sindical, consagrado no inciso II profissional ou econômica,
do art. 8º da Constituição:
na mesma base territorial,
que não poderá ser
inferior à área de
um município.”
A Contribuição Assistencial

Essa contribuição devida aos sindicatos possui


fundamento de validade no disposto no art. 513, e, da CLT. É
estipulada em acordo coletivo de trabalho, convenção
coletiva de trabalho ou sentença normativa, no momento da
celebração dos dois primeiros, ou prolação da última.
Contribuição Assistencial

Consiste a contribuição assistencial num pagamento


feito pela pessoa pertencente à categoria profissional ou
econômica ao sindicato da respectiva categoria, em
virtude de este ter participado das negociações coletivas,
de ter incorrido em custos para esse fim, ou para pagar
determinadas despesas assistenciais realizadas pela
agremiação.
Contribuição Assistencial

É encontrada nas sentenças normativas, acordos e


convenções coletivas, visando custear as atividades assistenciais
do sindicato, principalmente pelo fato de o sindicato ter
participado das negociações para obtenção de novas
condições de trabalho para a categoria, e compensar a
agremiação com os custos incorridos naquela negociação.

O Supremo Tribunal Federal entende que só pode ser exigida


dos associados ao sindicato.
A Contribuição Confederativa

Nos trabalhos da Assembleia Constituinte, houve


entendimento no sentido de, eliminando o imposto sindical,
promover a criação de novo meio de sustentação financeira
das entidades sindicais que fosse objeto de deliberações da
própria categoria interessada.
A Contribuição Confederativa

A primeira característica da contribuição confederativa é a sua


finalidade, qual seja a de custear a estrutura confederativa sindical
pátria, diferentemente da assistencial, que, deve ser destinada apenas à
entidade participante do processo negocial.

A segunda é o fato de ser ela instituída em assembleia geral sindical,


diversamente das outras duas, porquanto a sindical é prevista em lei e a
assistencial pode ser estipulada diretamente pela entidade sindical, com
vistas em ressarcir-se das despesas decorrentes da atividade negocial,
não obstante a praxe de ser ela estipulada em assembleia.
A Contribuição Associativa

Um empregado, ao ser contratado por um empregador, ou


um empresário, ao constituir um negocio, independentemente de
suas vontades passam a ser representados em negociações
coletivas pelo sindicato respectivo, tomando-se por base para o
enquadramento a atividade preponderante do empregador, ou a
atividade do empregado, quando pertencente a categoria
diferenciada.
Contribuição Associativa
Vê-se, assim, que essa representação é inafastável,
involuntária. Mas o empregado ou o empregador podem
pretender desenvolver um trabalho mais dedicado à entidade
sindical que os representa, ou utilizar-se daqueles serviços por
estatuto destinados apenas aos sócios da entidade sindical. Para
tanto, necessário se faz que eles se filiem, associem-se,
voluntariamente, a tal entidade, cumprindo os requisitos fixados
nos estatutos.
Exigibilidade de Não
Associados
Exigibilidade de Não Associados

Dados os excessos em que incorreram muitas entidades


sindicais ao fixar os valores a ser descontados sobretudo dos
empregados, a título de contribuições assistencial e/ou
confederativa, a tendência jurisprudencial pátria é de que apenas
os associados sejam devedores dessas duas contribuições.

Não sendo essas duas contribuições devidas pela totalidade dos


representados pelas entidades sindicais.
Recolhimento &
Cobrança
Recolhimento & Cobrança das
Contribuições Sindicais

A contribuição sindical, devida pelos empregados,


empregadores ou profissionais liberais, deverá ser depositada na
rede bancária oficial; tais valores, quando não forem
depositados diretamente na Caixa Econômica Federal, a ela
deverão ser repassados pela entidade arrecadadora (CLT, art.
586).
Recolhimento & Cobrança das
Contribuições Sindicais

Desde o inicio de 2005, a competência material para a


cobrança dessas contribuições sindicais passou a ser da Justiça
do Trabalho, em face do disposto no art. 14, III, da CF (com
redação da EC n. 45/2004), o que levará à revogação do
entendimento sedimentado na sumula 222 do STJ.

SÚMULA 222- Compete à Justiça Comum processar e julgar as


ações relativas à contribuição sindical prevista no art. 578 da CLT.
Faculdade de Boituva
Direito Coletivo do Trabalho
Felipe Jorge Brancaccio
Rogério de Arruda Pires
Marcos Daniel Shimiti Garofalo Nascimento

Referências:
Direito Coletivo do Trabalho. Diniz, Henrique Macedo.
Instituições de Direito Publico e Privado. Martins, Sergio Pinto.

Você também pode gostar