Você está na página 1de 33

CAMPUS COLINAS

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
VI PERÍODO
DOCENTE: FRANCISCO ALAN SOUZA
DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA
DISCENTES;
Annarelly Morais Mendes;
Gardênia Taveira Santos.
Keuri Silva Rodrigues;
Letícia Feitosa Santos.
CÓLERA
É uma doença infecciosa intestinal
aguda causada pela enterotoxina do
Vibrio cholerae O1 ou O139.
ETIOLOGIA/ECOLOGIA

Dentre os fatores abióticos mais estreitamente relacionados à


sobrevivência do agente da cólera, destacam-se:

Temperatura
Salinidade pH Umidade
da água
RESERVATÓRIO E FONTES DE INFECÇÃO

São fontes de infecção A persistência da


Os reservatórios os doentes no período infecção nas zonas
comprovados de incubação, na fase endêmicas é facilitada,
das manifestações também, pela curta
são o homem e o clínicas e na duração da imunidade
ambiente convalescença, bem pós-infecciosa, o que
aquático; como os portadores permite frequentes
assintomáticos; reinfecções.
FORMAS DE SECUDÁRIA
PRIMÁRIA
TRANSMISSÃO
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Vômito Diarréia
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

FORMA LEVE FASE GRAVE


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FORMA LEVE

Diarreia discreta;

INICIA DE MANEIRA
INDICIOSA Sem diarreias comuns;
APRESENTANDO:

Apresentação de vômitos.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
FORMA LEVE
Abundante e incoercível

Diarreia aquosa;
Inúmeras dejeções diárias
INICIA DE FORMA
SÚBITA,
APRESENTANDO:
Como água amarelo-esverdeada

Fezes podem apresentar:


Muco ou sangue Sem pus
A evolução desse processo pode apresentar manifestações de
desequilíbrio hidroeletrolítico e metabólico constatadas por:

Sede Perda do turgor da pele,


Voz sumidiça principalmente das mãos Prostração

Olhos fundos com olhar


Cãibras Rápida perda de peso
parado e vago
DIAGNÓSTICO

Diagnóstico
Diagnóstico Diagnóstico
clínico-
diferencial laboral
epidemiológico
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL

Com todas as outras doenças


diarreicas agudas,
principalmente nos casos
ocorridos em crianças.
DIAGNÓSTICO
LABORAL

Consiste, habitualmente, no cultivo de


fezes e/ou vômitos em meios
apropriados, objetivando o isolamento e a
identificação bioquímica do Vibrio
cholerae O1 toxigênico, bem como a sua
subsequente caracterização sorológica
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO

É o critério utilizado na avaliação de um


caso suspeito, no qual são
correlacionadas variáveis clínicas e
epidemiológicas capazes de defi nir o
diagnóstico sem investigação laboratorial.
ÃO PROIBIDOS!

 Exames que são considerados discriminatórios não poderão ser


realizados, como:

Os testes de gravidez Teste de esterilização Exame de HIV


TRATAMENTO

A terapêutica correta se fundamenta na reposição


rápida e completa da água e dos eletrólitos
perdidos ou fluidos endovenosos, dependendo da
gravidade do caso

 O início da terapêutica independe dos resultados


dos exames laboratoriais.
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE

Observação dos sinais e dos sintomas é fundamental


para que se possa classificar o paciente quanto ao seu
estado de hidratação no decorrer da diarréia de qualquer
etiologia, inclusive a causada pela cólera, com a
finalidade de identificar o grau de desidratação e decidir
sobre o plano de reposição.
FLUIDOTERAPIA

A avaliação do estado de hidratação indica a conduta terapêutica, como se segue:

Plano A – pacientes sem sinais de desidratação


O tratamento é domiciliar, com a utilização:
da solução de sais de reidratação oral (SRO); e
dos líquidos disponíveis no domicílio (chás, cozimento de farinha
de arroz, água de coco, soro caseiro, etc.).

Tais líquidos devem ser usados após cada episódio de


evacuação ou vômito, de acordo com as indicações a seguir:
menores de 2 anos: 50 a 100ml;
maiores de 2 anos: 100 a 200ml;
adultos: a quantidade que aceitarem.
Plano B – pacientes com desidratação
 Todos os pacientes desidratados, mas com capacidade de
ingerir líquido, devem ser tratados com solução de sais de
reidratação oral (SRO).
 Não é necessário determinar o volume exato a ser
administrado, mas recomenda-se que seja contínuo,
conforme a sede do paciente, até a completa recuperação
do estado de hidratação.
 Deve-se observar se a ingestão é superior às perdas.
ANTIBIÓTICOTERAPIA

Nos casos graves de cólera, a antibióticoterapia contribui para reduzir o


volume e a duração da diarréia, oferecer o volume de fluidos de reidratação
necessário e encurtar a duração da excreção da bactéria.

 Plano C – pacientes com desidratação grave ou choque


 Se o paciente apresentar sinais e sintomas de desidratação grave,
com ou sem choque (palidez acentuada, pulso radial filiforme ou
ausente, hipotensão arterial, depressão do sensório), a sua
reidratação deve ser iniciada imediatamente por via endovenosa.
 Antibióticos que podem ser utilizados em casos de cólera com
desidratação grave:
COMO PREVENIR A CÓLERA?

 Lave sempre as mãos com sabão e água limpa principalmente antes de preparar ou ingerir
alimentos, após ir ao banheiro, após utilizar conduções públicas ou tocar superfícies que
possam estar sujas, após tocar em animais, sempre que voltar da rua, antes e depois de
amamentar e trocar fraldas;

 Lave e desinfete as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de


alimentos;

 Proteja os alimentos e as áreas da cozinha contra insetos, animais de estimação e outros


animais (guarde os alimentos em recipientes fechados);

 Trate a água para consumo


 Guarde a água tratada em vasilhas limpas e com tampa, sendo a “boca” estreita para evitar a
recontaminação;

 Não utilize água de riachos, rios, cacimbas ou poços contaminados para banhar ou beber;

 Evite o consumo de alimentos crus ou mal cozidos (principalmente os frutos do mar) e


alimentos cujas condições higiênicas, de preparo e acondicionamento, sejam precárias.

 Ensaque e mantenha a tampa do lixo sempre fechada; quando não houver coleta de lixo, este
deve ser enterrado em local apropriado;

 Use sempre o vaso sanitário, mas se não for possível, enterre as fezes sempre longe dos
cursos de água.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA CÓLERA

Características
• A deficiência do sistema de
• Alta densidade populacional
abastecimento de água tratada
• Carências habitacionais e a
• Falta de saneamento básico higiene inadequada favorecem
a instalação e rápida
• O destino inadequado dos disseminação do V. cholerae.
dejetos

Foto: Siphiwe Sibeko/ Reuters


Fonte: borgogniels/iStock
 A cólera, causada pelo Vibrio cholerae chegou ao Brasil
em 1991 pela fronteira do Amazonas com o Peru,
expandindo-se de forma epidêmica para as regiões;
A partir de 1995, a doença tornou-se endêmica, com
95% dos casos concentrados na região Nordeste.
Após o início da epidemia no país, o ano de 1993 registrou
o maior número de casos (mais de 60.000) e de óbitos
(670).
A partir daí, o número de casos oscilou, com declínio
gradativo até 2001, quando foram registrados 7 casos,
procedentes dos estados do Ceará, Alagoas, Sergipe e
Pernambuco.
Fonte: http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=sl26 em 26 de novembro de 2019
Os últimos casos autóctones foram registrados em 2004
(21 casos em Pernambuco) e em 2005 (5 casos em
Pernambuco).
Posteriormente, 3 casos importados foram identi"cados,
sendo um caso procedente de Angola, em 2006, um caso
procedente da República Dominicana, em 2011, e um
caso procedente de Moçambique, em 2016.
OBJETIVOS

Reduzir a incidência e a Impedir ou dificultar a


letalidade propagação da doença
Prevenir a morbimortalidade
por cólera

Controlar surtos
DEFINIÇÕES DE CASO Caso suspeito

 Qualquer individuo, independentemente de faixa etária


provenientes de áreas com ocorrência de casos de cólera que
apresente diarreia aquosa aguda até o 10° dia de sua chegada;

 Contactante de individuo que retornou de áreas com ocorrências


de casos há no máximo 20 dia e que apresente diarreia aquosa
aguda em até 10 dias após o contato, independentemente da
faixa etária.

 Todo indivíduo com mais de 10 anos de idade que apresente


diarreia súbita, liquida e abundante. A presença de desidratação
rápida, acidose e colapso circulatório aumenta a suspeita.
NOTIFICAÇÃO

Todo caso suspeito ou confirmado de cólera deverá ser notificado de


forma imediata pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço
assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, em até
24 horas, pelo meio mais rápido disponível.

A autoridade de saúde que receber a notificação compulsória


imediata deverá informá-la, em até 24 horas desse
recebimento, às demais esferas de gestão do SUS.

A notificação, independentemente da forma como for realizada, também


deverá ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan) e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do
SUS estabelecido pela SVS/MS.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de
Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde : volume 1 / Ministério
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação-Geral de Desenvolvimento da
Epidemiologia e Serviços. – 1. ed. atual. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 3 v. : il.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


Epidemiológica. Manual integrado de Vigilância Epidemiológica da Cólera / Ministério da Saúde,
Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 2. ed. rev. –
Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 170 p. : il.
Boa tarde!!!

Você também pode gostar