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Aula de Homilética

– Cemec –
Prof. Edemir Antunes Filho
São Paulo, 05 de Julho de 2008
Proposta de trabalho
1 – Exposição e Construção da prédica

2 – Questões Introdutórias

3 – Descobertas

4 – Preparo

5 – Tipos de Prédica

6 – Voz, vestimentas e gestos


CONSTRUÇÃO
DA
PRÉDICA
Texto bíblico: Lamentações 3,17-23
17 Afastou a paz de minha alma; esqueci-me do
bem. 18 Então disse eu: já pereceu a minha glória,
como também a minha esperança no Senhor.
19 Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do
absinto e do veneno. 20 Minha alma, continuamente,
os recorda e se abate dentro de mim.
21 Quero trazer à memória o que me pode dar
esperança. 22 As misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim; 23 renovam-se a cada
manhã. Grande é a tua fidelidade. [Lamentações
3,17-23]
Estrutura da prédica
TÍTULO: Quando se abate a esperança;

TEXTO: Lamentações 3,17-23;

EXÓRDIO: A angústia da família que teve o seu sonho soterrado.

EXPLICAÇÃO: 1) A destruição dos sonhos do povo de Israel ocasionado por


Nabucodonosor; 2) A captação da desesperança do povo por parte de
Jeremias.

ASSUNTO: Esperança;

TEMA: Esperança em Deus.

PROPOSIÇÃO: No texto bíblico nota-se que a renovação da esperança em Deus


se dá em um processo que nem sempre ocorre como se espera. Como?
Estrutura da prédica
ARGUMENTAÇÃO

Transição: Em primeiro lugar nota-se que...


I – A ESPERANÇA CEDE À DOR
Versos 17-18

Transição: Em segundo lugar nota-se que...


II – A ESPERANÇA LEVANTA UM CLAMOR
Versos 19-20

Transição: Em terceiro lugar nota-se que...


III – A ESPERANÇA MOSTRA A SUA COR
Versos 21-23

PERORAÇÃO
Transição: Concluindo...
Questões introdutórias
Conceitos

1 – Homilética

2 – Pregação

3 – Homilia

4 – Prédica/Sermão
Algumas descobertas a
partir da leitura de um texto
bíblico
 Situação histórica
 Localização geográfica
 Pessoas envolvidas
 Conjuntura vivida
 Conteúdo geral do texto
 Idéias teológicas
 Qual é a forma utilizada
 Quem está falando

 Para quem está falando
 Qual é a situação e as
condições em que se
está falando
Alguns passos para o
preparo da prédica
1 – Reflexão própria sobre o texto

2 – Consulta de material exegético

3 – Confronto pessoal com o texto

4 – Confronto da comunidade cristã com o texto

5 – Consulta a auxílios homiléticos e prédicas

6 – Definições

7 – Estrutura e “recheio”

8 – Formulação do rascunho

9 – Controle do rascunho e formulação definitiva


Alguns dados gerais
importantes
1 – O/A homem/mulher que prega
fundamentado/a em um único texto
bíblico tem condições de aprofundar-se
no conhecimento das Escrituras, e, até
mesmo, ser estimulado/a a manter uma
prática devocional mais presente e ativa.

2 – Há pelo menos três aspectos que


influenciam as decisões e a forma de
uma prédica, a saber, a condição da
época, as necessidades da comunidade
cristã local, a personalidade do/a
pregador/a.
3 – Algumas orientações para quem deseja
realizar uma boa prédica:

Oração
Preparar-se continuamente e com extremo
cuidado
Desenvolver uma disciplina geral
Aproveitar bem o tempo.
Conhecer a si mesmo/a (seu estado de
espírito, suas atitudes, suas condições).
Estabelecer um programa de estudos
Ordenar e organizar seus dias
Ler
A Prédica Clássica
1 – As origens na retórica clássica
2 – Estrutura

2.1 – Exórdio
2.2 – Assunto, tema e título
2.3 – Explicação
2.4 – Proposição
2.5 – Argumentação
2.6 – Peroração

3 – Exercícios: Êxodo 40,34-38; Salmo 133;


Miquéias 6,6-8; João 8,1-11; Efésios 6,1-4; I
João 1,27-29.
A Prédica Temática
Aspecto positivo

 Focar apenas um tema

Aspectos negativos

 Desconsiderar o contexto; não ser fiel à


mensagem do texto; superficialidade na
exposição; dificuldade em reter os
ensinamentos; etc.
A Prédica Textual-tópica
Pontos positivos

Fixar-se num tema; Não ir além do texto;


Não esgotar o texto; Permite outros
olhares.

Pontos negativos

Não analisar uma perícope; Não dar


oportunidade para uma aplicação
pastoral; Tornar-se superficial se o texto
for longo.
A Prédica Expositiva
Pontos positivos

Expor as Escrituras
Estabelecer o tema a partir do texto
As divisões são tiradas do texto.
Procura não esgotar o texto.
A mensagem é o próprio texto quem dá.
Não permite a alegorização
Diminui a tentação de se interpretar mal um
texto
Permite a exortação, despertamento,
estímulo
Unidade
Aspectos Negativos

Pode ocupar-se de uma passagem longa,


bem curta, e até uma parte de uma
sentença.

Dá abertura para citações de outras


passagens

O perigo de tornar-se longo e cansativo


Alguns cuidados no púlpito
V
O
Z
Abuso vocal gerador de nódulos, edemas,
pólipos, úlceras, câncer etc.:

Falar competindo com ruído ambiental; gritar;


tossir ou pigarrear constantemente; falar, rir
ou chorar excessivamente; falar muito ao
telefone; cantar demasiadamente sem pré-
aquecimento e técnica são considerados
abusos vocais e devem ser evitados.

Outras práticas que geram e/ou acirram


problemas nas cordas vocais: fumo, álcool e
o uso constante de pastilhas e sprays.
 Grito não é sinônimo de espiritualidade
ou unção, mas falta de respeito ao/à
próximo/a e à você.

Especialistas capacitados/as para


tratamento de problemas vocais:
fonoaudiólogo/a e otorrinolaringologista.

Fotos de cordas (pregas) vocais


lesionadas:
O abuso vocal pode gerar muitos
problemas

Nódulos

Câncer
Pólipos
Respiração:
 Perigo: falar enquanto se está inspirando e/ou continuar
falando quando o ar já terminou. Respiração mais indicada:
inspiração costo-diafragmática e expiração costo-abdominal.

A entrega vocal e expressividade da fala


 Idéias e sentimentos são transmitidos com a fala

A altura da voz, o impacto, o progresso e a pausa


 O problema da falta de controle da altura da voz
 Uso recomendado: voz natural e forte
 Venenos para as cordas vocais: gritos e sussurros
 Utilizar a intensidade no momento oportuno
 Destaque no conteúdo, silêncios pensativos
Dicção:

 Problemas de negligência: omissão do “r” ou “s”


finais

 Trocas do “u” pelo “l”. Ex: “Brasiu” no lugar de


Brasil.

 Omissões de sílabas: “pcisa” no lugar de precisa

 Hipértese: transposição de som de uma sílaba


para outra da mesma palavra. Ex.: trigue (tigre),
drento (dentro)
 Metátese: transposição de som dentro de uma
mesma sílaba. Ex.: troce (torce), proque
(porque).

 Rotacismo: troca do “l” por “r”. Ex.: crássico


(clássico), Cráudio (Cláudio), Cróvis (Clóvis).

 Lambdacismo: troca do “r” pelo “l”. Ex.: talde


(tarde), folte (forte)

 Sugestão: ler em voz alta com um lápis na


boca.
Vocabulário

 Sofisticado

 Pobre

 Técnico ou profissional

 O mais adequado

 Sugestão: a leitura e a compreensão do que se


lê enriquece o vocabulário
V
E
S
T
I
M
E
N
T
A
S
Elegância e Roupas

Apropriadas para o auditório, a situação, e


o/a preletor/a.

A influência da aparência.

Selecionar o guarda-roupa.
Existem alguns truques
- Trajes Masculinos -
para usar terno sem
Algo a considerar e pensar: passar por apertos: O
muitos homens reclamam do verão, por exemplo,
terno e da gravata, e pode ser perfeitamente
justificam este superado sem grandes
descontentamento dizendo problemas graças ao
que se sentem sufocados ou tecido de microfibra, às
que sofrem com o calor do camisas de algodão,
verão. Independente do aos cortes esportivos,
motivo da insatisfação
tecidos leves e cores
ou do descontentamento,
suaves. A composição
dependendo da posição
hierárquica ou da profissão, o harmônica e perfeita é
terno e a gravata continuam aquela que combina o
sendo sinônimo de respeito, estilo com o jeito de ser
seriedade e profissionalismo. do homem, seja ele
tradicional ou moderno.
- Trajes femininos -

 Embora a moda para as mulheres seja


mais abrangente e flexível que para os
homens, a roupa ideal para se usar em
eventos, cultos, entrevistas, não varia muito.

 Classificação das roupas femininas:

1. Tailleur
2. Conjunto de blazer, saia e blusa
de tecidos diferentes
3. Saia e blusa
4. Vestido
5. Calça comprida e blazer
6. Calça comprida com blusa
Não exagerem no púlpito!
Roupas Elegantes e Discretas
G
E
S
T
O
S
Movimentos e gestos
 Gestos enfatizam as palavras
 Gestos mantêm o interesse e atenção
 Gestos ajudam na identificação com o
público.

A posição das pernas, mãos e


cabeça
 Equilíbrio
 Naturalidade

Gestos espontâneos
 O perigo da prática mecânica
 O ridículo
Gestos positivos
 Quando você faz um gesto, faça-o.
 Utilizar movimentos variados.

Gestos devidamente sintonizados


 Palavra e gestos devem estar em equilíbrio.

O contato com os olhos


 Feedback, Empatia, Manter contato com os olhos.

 Sugestão
 Para que as nossas prédicas atinjam os objetivos
propostos é necessário atentar-se para os seguintes
fatores: o que falamos, como falamos, para quem
falamos, de que maneira falamos, em que condições
falamos.
Atenção!

 Gesticular não significa fazer um “show” de


gestos.

 A realização exagerada de gestos pode tornar-


se ridícula.

 Se você não estiver seguro/a com relação ao


uso do gesto... NÃO FAÇA!
http://edemirantunes.blogspot.com/

FIM

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