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RODA DE BHASKARA

MOTO PERPÉTUO
HISTÓRIA
No século XII, o matemático indiano Bhaskara, que ficou conhecido por sua célebre fórmula
algébrica, descreveu um projeto de uma roda de movimento contínuo, o primeiro moto perpétuo
que se tem registro na História.
MECANISMO

Um conjunto de tubos igualmente distribuídos ao longo de


uma roda, contendo a mesma quantidade de mercúrio .

A roda gira, primeiro, devido ao torque resultante que parte


das forças peso de todos os tubos de mercúrio causam
nela.

A componente de peso que atua no torque é dada por


P.cosθ e como o líquido pode estar na extremidade ou no
centro, o braço da força ou é praticamente zero ou é igual
ao raio da roda.
EM MOVIMENTO
FORÇAS FÍSICAS ENVOLVIDAS NO FUNCIONAMENTO
Se considerarmos todos os tubos, existirá um
torque resultante em um dos lados da roda que
fará o sistema rodar.

Quando a roda está parada o lado direito tem


torque resultante maior do que o esquerdo,
assim, a roda girará no sentido horário.

Os tubos superiores têm o braço da força


pequeno, então o torque causado é pequeno, e o
líquido no centro não têm componente da peso
causador de torque (θ=90º), portanto o mesmo,
será nulo.
PORQUE NÃO FUNCIONA
O movimento perpétuo deveria ocorrer, pois, em teoria, as energias dentro do sistema deveriam se
conservar em todos os instantes. O líquido que cai dá à roda energia cinética, que faz com que o
líquido do outro lado vá para cima, transformando em energia potencial, que será novamente
transformada em cinética do outro lado, criando assim, um sistema infinito.

Mas, devido à dissipação de energia em diversas formas, como térmica, sonora, principalmente atrito,
e pela colisão inelástica entre a estrutura da roda, isso não ocorre.

As forças externas também influenciam na descontinuidade do movimento, por exemplo, a resistência


do ar. Até mesmo os sons ao redor podem alterar o sistema, uma vez que o som se propaga pela
movimentação das partículas do ar, as quais podem colidir na parede da roda. De acordo com a
Primeira Lei da Termodinâmica, toda energia é conservada, nunca é criada ou destruída [2]. A Segunda
Lei afirma que é impossível construir um dispositivo que aproveite toda a energia térmica inicial e
consiga transformá-la de modo a ser utilizada [3]. Todos esses fatores são essenciais para concluir que
a energia continua se conservando, mas “foge” do sistema para o ambiente, reduzindo o seu
movimento até que pare.

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