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Prem Sammasati Tantra
Formação em Tantra
Terapia e Desenvolvimento
História Raízes do Tantra
A palavra Tantra
O Sanskrit-English Dictionary de Monier-Williams traduz o termo Tantra
como encordoamento de um instrumento musical; regulado por uma regra
geral; relativo aos tantras; a música de um instrumento de cordas.
A palavra Tantra pode ser analisada sob diferentes pontos de vista, como, por
exemplo, trama do tecido ou teia. Interpretada de maneira poética e iniciática,
Noutra abordagem, a palavra TANTRA pode ser dividida em duas partes.
Portanto, de caráter mais filosófico, Tantra é definido como “aquilo que esparge
a sabedoria”.
“Tantra é um corpo de doutrinas e, principalmente, de práticas milenares ou
instrumento de expansão do campo da consciência comum, para alcançar a
supraconsciência, raiz do ser e receptáculo de poderes desconhecidos, que o
tantra quer despertar e utilizar. Pode ainda designar doutrina mística e mágica,
ou obra nela inspirada. André Van Lysebeth”
O Berço onde nasceu
A civilização antiga da Índia foi denominada
pelos historiadores de Drávida e os
dravidianos se fortaleceram através de um
sistema sócio-político-cultural matriarcal e
democrático, diferentemente da maioria
das outras civilizações que eram baseadas
em um sistema patriarcal ou totalitário.
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Cultura Matriarcal
Nascidos de uma visão matriarcal da existência, os mitos dessa sociedade
não seriam figuras ligadas à violência ou à guerra, o mito principal dos
dravidianos era a Grande Mãe representando a mãe natureza fértil e amorosa.
Sua natureza é rural, tendo seus princípios completamente
fundamentados em uma visão de mundo estabelecida a partir da relação que
essas populações estabeleciam com a Grande Mãe Natureza: por isso a
sacralização dos rios, lagos (água como elemento vital para a sobrevivência e
enriquecimento desses povos), montanhas e astros celestes (Sol, Lua, estrelas a
astrologia ainda é essencial aos hindus), plantas e árvores.
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A análise das ruínas das cidades do vale do rio Indo e do agora seco Rio
Sarasvati e seus afluentes cobrindo uma área de 1,25 milhões de km2 o que a
coloca como a civilização antiga de maior extensão geográfica do mundo leva a
inúmeras hipóteses e a algumas conclusões. As cidades possuíam um lugar
especial, sempre sendo um lugar central e mais elevado, como uma grande
praça, onde a população se reunia. Embora algumas casas fossem maiores do
que outras, as cidades harapeanas não fornecem pistas sobre diferenças sociais.
Não foram encontradas construções de palácios, templos ou um centro de
poder. Há uma uniformidade extraordinária nos artefatos e adornos pessoais
que não permitem distinguir ricos e poderosos de pobres e subalternos. A
sociedade harappiana parece ter sido igualitária e com baixa concentração de
riqueza.
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As energias no tantra
Como deus da fertilidade, Shiva é representado pelo Linga (órgão reprodutor masculino) e Parvati pelo Yoni
(órgão reprodutor feminino). O "Shiva linga" simboliza a materialização da energia vital que existe dentro
do corpo de todo o ser vivo.
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(gunas) são três: tamas, rajas e sattva. Tamas é o poder da inércia, da tristeza,
das trevas, da morte; rajas é o poder da vitalidade, do ego, da força, do prazer e
da violência; sattva é o poder da luz, da felicidade e da sabedoria. Os três Devas
principais do hinduísmo (Shiva, Brahma e Vishnu) estão associados
respectivamente a esses três poderes (tamas, rajas, sattva). Esses Devas são
seres que só podem atuar no universo porque a Grande Deusa lhe empresta
uma parte de seu Poder. Nenhum deles tem todo o poder da Shakti.
Shiva
uma cobra enrolada, esta representa o ego (é venenoso quando ataca) sob
controle usado como adorno somente; em sua cabeça a lua como enfeite (lua =
memória,ego); sua arma é o trishula ou tridente simbolizando não só a
destruição do ego e seus três tipos de desejos: físicos, emocionais e mentais,
mas também a transcendência dos três mundos, dos três gunas (sattva, rajas e
tamas) e dos três períodos de tempo (passado, presente e futuro). Pendurado
no trishula está o tambor de Shiva ou Damaru que representa o som, o
fenômeno da criação do qual fazem parte da manutenção e a destruição. No
movimento do trishula, ou das gunas, o tambor toca e a criação ocorre. O
cabelo comprido mostra seu poder, todos os tipos de energia concentrados na
busca do conhecimento. Do topo de sua cabeça nasce o ganges (conhecimento,
amrita); seu corpo está coberto de cinzas simbolizando a queima da ignorância,
da ilusão e de todos os desejos; ele está sentado sobre uma pele de tigre, que
morreu de morte natural, porque o sábio senta-se no corpo (não está
identificado com ele) enquanto os mortais sentam-se no chão. O seu veículo é o
Touro Nandi, símbolo da sexualidade, o controle de shiva sobre o touro
simboliza o domínio sobre a natureza física. O longa é um outro símbolo de
Shiva e representa a força criadora voltada para si mesmo, voltada para o
autoconhecimento. Shiva tem junto de si o Kamandalu, ou pote para água,
representando a renúncia, o ascetismo, o viver com o mínimo necessário;
também leva consigo o Damaru ou tambor que representa o som, o fenômeno
da criação do qual fazem parte a manutenção e a destruição. Shiva possui vários
mãlas (colares e pulseiras) de rudrãkshas (representa o olhos de shiva) que
servem para disciplinar a mente e preparar para a meditação.
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Brahma
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Vishnu
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A mitologia indiana tem também muitas histórias que mostram que os Devas
não são tão poderosos quanto a Shakti. Em alguns mitos, um demônio (Asura)
muito poderoso vence todos os Devas (masculinos) e eles vão então pedir ajuda
à Grande Deusa, que assume uma de suas formas mais terríveis (como Durga ou
Kali) e destrói todos os demônios.
Kali
Maa Kali – mãe Kali – é a temível forma da deusa Durga, uma das manifestações
da deusa Parvati. De acordo com a tradição, os demônios Shambhu e
Nishambhu, durante muito tempo, perturbaram a paz do deus Indra e do céu.
Após muitas batalhas, os demônios tornaram-se mais fortes. Os deuses foram
buscar refúgio nos Himalayas, a morada do Senhor Shiva e Parvati. Eles
buscaram proteção na deusa Shakti – aspecto feminino de deus. Kali, deusa
negra com seu aspecto horrendo, então, nasceu da fronte de Durga para salvar
o céu e a terra do ataque dos demônios.
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Saraswati
Na mitologia hindu, o cisne é a ave sagrada à qual se for oferecida uma mistura
de leite e água, é capaz de beber só o leite, distinguindo a essência do
superficial e o eterno do evanescente. Representa a qualidade de discriminação
entre o bom e o mau.
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Lakshmi
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Embora Shiva seja um Deva muito poderoso, ele não é nada, comparado com
a Shakti. Ela é ativa, ela tem todos os poderes, ele não tem nenhum poder sem
ela. Por isso, muitas vezes ele é representado como um cadáver acima do qual
Shakti dança, ou com o qual ela tem relações sexuais.
Enquanto Shiva e Shakti estão separados, o universo é dinâmico, ele se
transforma, está ativo. Quando Shiva e Shakti se unem e se fundem em uma
unidade, toda multiplicidade desaparece, o tempo pára.
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Yoni = Vagina.
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O Despertar
Com o objetivo de despertar a consciência, o Tantra prescreve muitas
formas para que o discípulo adquira consciência e desenvolva seus poderes e os
utilize, não só para o seu crescimento, mas também para o crescimento da
humanidade. No Tantrismo, há toda uma busca de levar o ser humano para uma
maior consciência.
Nossos corpos são criações milagrosas. Devem ser respeitados, admirados,
apreciados. Se acreditamos que Deus é onipresente, isso significa que Deus está
em cada célula de nossos corpos. Então, quando uma pessoa admira outro
caminhando pela rua, Deus admira a própria criação de Deus. E aquele que é
admirado é também Deus desfrutando a própria criação de Deus.
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oposições e não em ser moral, e ser moral faz parte de todo indivíduo que busca
ser consciente, alerta e desperto, princípios básicos do Tantra antigo da Índia.
Por tudo isto, pode-se concluir que o Vamah Tantra se desmorona em suas
próprias bases, se constituindo apenas em uma forma de contestação
anárquica, de prazer pelo prazer, do gozo pelo gozo, sem nenhuma relação com
princípios éticos, responsáveis e conscientes.
Dessa forma, não se constitui em uma escola concretamente moral e
norteadora de uma ação no mundo consciente e construtiva. No que diz
respeito à prática do Yoga erótico e da massagem sexual, ela tem demonstrado
ser apenas uma fórmula de escape de impulsos sexuais, sem uma ligação com o
caminhar de um processo de Vida Yogue.
O Tantra, na sua essência, não é nem Dakshnah e nem Vamah, o Tantra é uma
filosofia comportamental, moral, espiritualista, amorosa, não-violenta (matar
animais é uma violência), é uma filosofia nascida no bojo do matriarcalismo,
onde impera a sensibilidade, a afetividade e o amor.
Admirar, agradecer, doar, reverenciar e respeitar: Tantrismo. Agora, fazer sexo
sem nenhuma consciência, comer carnes, sem qualquer ética, beber álcool pelo
gozo que seus efeitos propiciam, isto pode ser denominado de qualquer coisa,
menos de caminhos tântricos.
Quanto às linhagens de Vamahcharyatantrik, mesmo que sejam de escolas
antigas, essas escolas caminharam em um sentido outro que não o do Tantra
tradicional, pois, ao afirmar que o “divino” está presente em tudo e em todos as
ações e que, por isso, o ato de comer carnes, beber álcool e fazer sexo sem
restrições seria algo sagrado, está-se fugindo da segunda parte do corolário
tântrico: “você é livre para agir da forma que quiser, mas você não é livre para
fugir das consequências de suas ações”.
Referencias Bibliográficas :
- LYSEBETH, A. Van. Tantra – o culto da feminilidade. São Paulo: Summus, 1994.
- Feuerstein, Georg - Tantra Sexualidade e Espiritualidade
- Osho - Tantra o caminho da Aceitação
- Ferrara, Guilhermo - El Arte Del Tantra
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