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HERÓIS E SUPER-

HERÓIS NA ÁFRICA E
NA ÁSIA
O Imperialismo do
século XIX não foi
apenas um fenômeno
econômico ou político.
A esfera
ideológica e
cultural
também
reproduziu seus
preceitos de
superioridade
europeia em
todos os
níveis de
entretenimento
Podemos
tomar um
exemplo bem
marcado deste
processo nas
aventuras das
histórias em
quadrinhos.
Herói das selvas
africanas criado
em 1912, para
uma revista de
aventuras.
Tarzan é filho de aristocratas ingleses
que desembarcam em uma selva
africana após um motim. Com a
morte de seus pais, Tarzan é criado
por macacos ("manganis", na
linguagem dos símios, criada por
Burroughs) na África. Seu verdadeiro
nome é John Clayton III, Lorde
Greystoke. Tarzan é o nome dado a
ele pelos macacos e significa "Pele
Branca".
Mandrake, o mágico, é um
personagem criado em 1934. Ele era
um ilusionista que se valia de uma
impossível técnica de hipnose
instantânea, aplicada com os olhos e
gestos das mãos, e de poderes
telepatas. Quando o narrador
informava que ele executava seu
gesto hipnótico, a arma do vilão se
transformava em um buquê de rosas
ou numa pomba.
Ao contrário de
outros heróis
fantasiados da
ficção, o
Fantasma não
tem superpoderes
e confia em sua
força, inteligência
e imortalidade de
renome para
derrotar seus
inimigos.
A história conta
as aventuras de
um combatente
do crime,
mascarado e
usando uma roupa
característica. O
personagem atua
em um fictício
país africano
chamado Bangalla.
Aventuras de
um herói que
luta contra
piratas,
comerciante de
escravos e um
vilão chamado
Cobra, além de
enfrentar os
perigos da
selva.
Tintim é um
personagem
criado em
1929 e suas
aventuras
ocorrem nos
lugares mais
exóticos do
planeta.
Tintim “pinta e
borda” entre os
africanos com todas
a prerrogativas que
a cor de sua pele
permite. Sendo o
preconceito, o
aspecto que mais
desponta, demais
valores negativos
também são
veiculados.
Na aventura “Tintim na África” há
um reforço no preconceito sobre a
África e sobre o negro, estereotipado
na obra como criatura inferior e
ingênua.
Não espere do “herói” nenhuma consciência ecológica ou respeito pela vida
animal: ambientalismo não era um tema em voga na década de trinta.
Vários animais são cruelmente mortos como gorilas, antílopes, cobras e até
um elefante de quem o rapaz retira as presas. Evidencia-se a “natureza
servil” do continente ao bel prazer do homem branco.

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