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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG

DOR ABDOMINAL CRÔNICA

Dr. ZOROASTRO SANTANA


INTRODUÇÃO

“A medicina é a ciência da
incerteza e a arte da
probabilidade”
INTRODUÇÃO

 Dor abdominal crônica é o quadro álgico com


duração superior a três meses
 Incidência anual é de 15 casos para cada
1000 pessoas
 A maior dificuldade é decifrar a origem da
dor
 Cabe ao médico a correta investigação
diagnóstica separando os diferentes tipos de
dor
INTRODUÇÃO

 Causas das síndromes dolorosas abdominais:


 Disfunções das vísceras abdominais
 Disfunções das vísceras torácicas

 Doenças do cordão espinhal

 Doenças dos últimos nervos torácicos (dor


neuropática)
 Lesão ou doença dos músculos e fáscias

 Dor relacionada com distúrbios psicossomáticos


ou psiquiátricos
TIPOS DE DOR ABDOMINAL CRÔNICA

 DOR ABDOMINAL FUNCIONAL CRÔNICA


 Dor abdominal funcional
 Síndrome do intestino irritável

 DOR DE ORIGEM ORGÂNICA


 DOR DE ORIGEM NA PAREDE ABDOMINAL
 DISTENSÃO ABDOMINAL FUNCIONAL
DOR ABDOMINAL FUNCIONAL CRÔNICA

 Dor crônica recorrente ou contínua


 Em geral mal localizada no abdome e sem
relação aparente com o funcionamento do
aparelho digestivo
 Relação ocasional ou ausente da dor com
eventos fisiológicos (p.ex. comer e defecar)
 A dor não é dissimulada
 Sintomas insuficientes para atingir o critério
para outro distúrbio GI funcional que
explicariam a dor.
DOR ABDOMINAL FUNCIONAL

 Fisiopatologia
 Alteração do sistema nervoso entérico (SNE)
interligado ao SNC, criando uma via bidirecional
de comunicação
 Estimulações diversas sensibilizam receptores de
alto limiar e nociceptores silenciosos, previamente
não responsivos
 Sensibilização dos nociceptores persiste mesmo
após a cessação do estímulo nociceptivo
 Traduzindo em alteração sensitiva e motora-
hiperalgesia visceral
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL

 Dor ou desconforto abdominal recorrente, por


pelo menos três dias ao mês, nos últimos três
meses, associado a pelo menos dois dos
seguintes critérios:
 Alívio com a defecação ou eliminação de gases
 Início com a mudança na frequência das evacuações:
três ou menos evacuações por semana ou três ou
mais evacuações por dia
 Início com a mudança na forma ou na aparência das
fezes
DOR DE ORIGEM ORGÂNICA
 Doenças das vísceras torácicas
 Espasmo esofágico
 Refluxo gastroesofágico

 Isquemia miocárdica e pneumonites

 Doenças gástricas – úlcera péptica


 Intestinais
 DII e Isquemia mesentérica crônica
 Pancreáticas – pancreatite crônica
 Gincelógicas
 Endometriose e gestação ectópica
DOR DE ORIGEM ORGÂNICA

 Dados importantes da anamnese


 Presença de sinais de alarme
 Início dos sintomas após os 50 anos

 Sangramento retal

 Emagrecimento

 Icterícia

 Febre

 Mudança recente do hábito intestinal


ÚLCERA PÉPTICA

 Sintomatologia
 Dor epigástrica em queimação
 Sensação dolorosa de estômago vazio

 Ritmicidade – dor ato de comer e alívio

 Periodicidade – dor por algumas semanas,


intercalada por períodos de acalmia.
 “Clocking” – melhora da dor ao comer
Pancreatite crônica

 Sintomatologia
 Diarreia crônica, desnutrição pela má-absorção e
diabetes mellitus
 Dor em abdome superior
É o sintoma mais precoce
Epigástrica, podendo irradiar-se para as laterais
e para as costas
É uma dor crônica, intermitente, por vezes
continua piorada com ingestão de alimentos e
álcool
DOR DE ORIGEM NA PAREDE ABDOMINAL
(DOPA)

 Prevalece nas mulheres


 Maior ocorrência no abdome superior
 Longa duração dos sintomas – média dois anos
 Tende a ser localizada ou em um dermátomo
 Associa-se a obesidade
 Associa-se a depressão
CAUSAS DA DOPA
 Encarceramento do nervo cutâneo anterior
 Dor miofascial: alterações em fibras
musculares de mm. encurtados e fracos
 Neuromas: lesões das fibras nervosas
periféricas – procedimentos cirúrgicos
 Neuralgia intercostal: irritação dos nn. da
borda inferior das costelas
 Hérnias: inguinais, femorais, ciáticas
DIGNÓSTICO DA DOPA

 Diferenciar dor de origem visceral ou de


DOPA
 Teste ou manobra de Carnett
 Pede-se ao paciente que aponte o local de
máxima dor abdominal e então contraia a
musculatura da parede anterior levantando a
cabeça e o tronco.
 Teste positivo: aumento da dor quando há
contração da parede abdominal
DISTENSÃO ABDOMINAL

 Acomete 10 a 30% da população sadia


 Até 96% dos pacientes com doenças funcionais do
aparelho digestivo
 Quase sempre coexiste com borborigmo, distensão,
flatulência excessiva, aerofagia e eructação
 Quase sempre está associado com outros distúrbios,
como SII, constipação funcional, dispepsia funcional
e até mesmo com síndrome pré-menstrual
DISTENSÃO ABDOMINAL

 Sintomas iniciados há pelo menos seis meses,


preenchendo os seguintes critérios nos últimos
três meses:
 Sensação frequente de distensão ou distensão
abdominal visível, por pelo menos três dias no mês,
nos últimos três meses
 Não preenche critérios diagnósticos para dispepsia
funcional, síndrome do intestino irritável ou outro
distúrbio gastrintestinal funcional
BIBLIOGRAFIA
Tratado das enfermidades gastrointestinais e
pancreáticas/ Joaquim Prado P. Moraes – Filho –
São Paulo: Roca. 2008
Tratado de gastroenterologia: da graduação à
pós-graduação/Schlioma Zaterka, Jaime N. Eisig
– São Paulo: Editora Ateneu. 2011
Emergência em Gastroenterologia – J. Galvão
Alves, Copyright 2002, Livraria Rubio Ltda.
DOR ABDOMINAL AGUDA

OBRIGADO!

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