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PPGCEM

X
UFERSA
X
Desenvolvimento regional
Areia  Branca  Mossoró
POTENCIAL ECONÔMICO DO RN Alto do Rodrigues Pendências
Carnaubais Porto do Mangue
Grossos Serra do Mel
Guamoré Tibau
Macau

Região salineira
 374 Km², ~25.000 habitantes

 Condições naturais:

 Clima semi-árido com suas elevadas temperaturas;


 Baixa pluviosidade;
 Ventos constantes;
 Elevada salinidade oceânica;
 Localização da área salineira em baixas latitudes;
Região salineira

95% da produção nacional


~6,0 x 106 Ton/ano
Composição da água do mar:
30 g/l de NaCl
374 km²
• Cl- (cloreto) 56%
• Na+ (sódio) 28%
• SO4 2-(sulfato) 8%
• Mg2+ (magnésio) 4%
• Ca2+ (cálcio) 1.5%
• K+ (potássio) 1%
• HCO3 - (bicarbonato) 0.5%

Ordem de precipitação
óxido de ferro(III) > carbonato de
cálcio > sulfato de cálcio > cloreto de
sódio > sulfato de magnésio > cloreto
de magnésio > cloreto de potássio >
brometo de sódio
Outros produtos:

Petróleo e Gás Natural - Maior reserva, em terra, de petróleo e gás natural do Brasil

05 Indústria de beneficiamento do calcário


03 Fábricas de Cimento (Mizu, Nassau e Apodi)
Calcário 01 Fábrica de Argamassa
01 Indústria de Cal

Melão
Fruticultura Castanha de Cajú
irrigada Melancia
Manga

Energia eólica: 75 usinas produzindo, totalizando 2,02 gigawatts de potência instalada, liderando
Energias nacionalmente
renováveis Energia solar: Incidência de radiação solar variando entre 5.000 e 6.500 Wh/m² dia, 300 dias de sol
por ano
APLICACOES TECNOLÓGICAS DE MATERIAIS REGIONAIS
Uso de novas tecnologias, preferencialmente tecnologias limpas, para processamento de materiais em geral (volume
e superficie), particularmente aqueles oriundos de resíduos e matérias primas regionais e/ou de arranjos produtivos
locais, bem como sua caracterização quimica, térmica, mecânica, estrutural e morfológica.

1. Síntese de óxidos nanoestruturados da indústria cerâmica local: Aplicação como pigmentos, catalisadores,
sensores, etc.
2. Produção e caracterização de adsorventes oriundos de rejeitos agrícolas: adsorventes oriundos de rejeitos
agrícolas visando sua utilização no tratamento de efluentes industriais contendo moléculas orgânicas
3. Uso de novas tecnologias na cadeia produtiva do sal marinho: descarga por barreira dielétrica (DBD) será
utilizada para extracao de metais como Na, Ca, K, Br e Mg, paralelamente ao cloro.
4. Aplicação de materiais regionais na área de telecomunicação: desenvolver materiais para materiais para
aplicação eletro-eletrônicas como antenas de microfita, materiais absorvedores para guias de ondas, capacitores
e sensores, materiais isolantes, entre outros, utilizando tecnologias de processamento como a sol-gel,
processamento a plasma e metalurgia do pó.
SINTESE DE NANOPARTICULAS, BIOPOLIMEROS E MATERIAIS
NANOESTRUTURADOS
Esta linha de pesquisa compreende a sintese, modificação e caracterização de materiais adsorventes para
encapsulamento/incorporação de moleculas e/ou nanoparticulas com funções de separação, imobilização e sequestro de
subststâncias poluentes bem como sistemas de armazenamento e liberação controlada de nutrientes, biomoléculas e fármacos
em geral. Também compreende modelagem computacional de estruturas e processos complexos de interesse na área.

1. Síntese, modificação e caracterização de produtos regionais: desenvolver quitosanas, fibras naturais, compostos a partir da
água do mar, etc., para agregar valor tecnológico e comercial.
2. Síntese e caracterização de filmes compostos de quitosana, argilas e tensoativos: síntese e caracterização de filmes
compostos de quitosana, argilas e tensoativos, com respeito às propriedades de barreira a gases e vapor de água,
propriedades ópticas e mecânicas, visando sua utilização como filmes e revestimento na preservação e conservação de
alimentos
 
3. Produção e caracterização de pós nanométricos de TiNxOy: produzir compostos com diferentes razoes oxigenio/nitrogenio
usando processamento a plasma. Serao utilizados, como materiais de partida, pos micrometricos e nanometricos de Ti e
TiO2, os quais serao tratados termoquimicamente em plasma com diferentes misturas N2+O2
 
Ciências dos Materiais

Professores
Clodomiro Alves Junior
José Alzamir Pereira da Costa

Aula 1 14/03/2020
CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Número de créditos: 4 Carga Horária: 60h
Professor: Clodomiro Alves Junior

1. Introdução: História e perspectiva; Ciência e Engenharia de Materiais; Porque estudar CEM; Classificação de materiais;
Materiais avançados; Necessidade de novos materiais
2. Estrutura atômica e ligação interatômica: Estrutura atômica; conceitos fundamentais; Elétrons em átomos; A
tabela periódica; Ligação em sólidos; Forças de ligação e energias; Ligações primárias; Ligações secundárias ou de van der Waals
3. Estrutura cristalina: Conceitos fundamentais; Arranjos cristalinos; Rede espacial e Células unitárias; Sistemas
cristalográficos e rede de Bravais; Direções e planos cristalográficos; Sólidos monocristalinos, policristalinos, nanocristalino e
amorfos. Sólidos compósitos.
4. Defeitos, Difusão, diagrama de fase: Defeitos pontuais; Vacâncias e sítios intersticiais; Impurezas em sólidos;
Discordâncias; Defeitos interfaciais; Defeitos de volume; Difusão em sólidos; Diagrama de fase; Transformação de fase em metais
5. Propriedades mecânicas: Definições; curva tensão-deformação; Dureza; ensaios de dureza e microdureza; resistência
ao cisalhamento e à torção; Fluência; Resistência ao choque e ao impacto; fadiga

6. Propriedades térmicas: Condutividade térmica; capacidade térmica; expansão térmica.


7. Propriedades elétricas, magnéticas e ópticas: Condutividade elétrica; resistividade; condutor, isolantes e
semicondutores; ferromagnetismo; diamagnetismo; paramagnetismo; permeabilidade; ponto de Curie; opacidade, transparência,
absorbância e luminescência, laser
MATERIAL DIDÁTICO

+ Artigos clássicos e atuais

Aulas teóricas e práticas; avaliação através da participação nas aulas práticas, nas soluções dos problemas e seminários
HISTÓRIA E PERSPECTIVA

 “Materials Science and Engineering (MSE)”: ‘50, Northwestern University - Illinois


-Chicago – USA, Metallurgy
 1970 - UFSCar e UFCG – 1os Cursos no Brasil

 1976 – UFSCar – Início do PPGCEM

 1982 – IME

 1989 – UEPG

 Atualmente - > 45 cursos


Ciência e Engenharia de Materiais - é a área da atividade humana associada com a
geração e aplicação de conhecimentos que relacionem composição, estrutura e processamento do
materiais às suas propriedades e desempenho nas aplicações. Dessa forma, ela é uma ponte
importante na Ciência e Engenharia de Materiais (CEM).
CIÊNCIA DOS MATERIAIS

Investigação das relações entre


estruturas e propriedades dos
materiais

ENGENHARIA DE MATERIAIS

Monta estratégia de processos para


atingir um conjunto pré-determinado
de propriedades e desempenho
Extração e Material
refino básico
Mineração/colheita

Material de
engenharia
Reciclagem

Descarte Material
manufaturado
CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS

Metais Polímeros Cerâmica Compósitos

Ferrosos Não- Ferrosos Termo- Termo- Elastô-


plásticos fixos meros
Amorfos

Aços carbono Aluminio Acrílicos Epóxi Borracha Óxidos Polímeros reforçados


Aços inoxidáveis Cobre ABS Fenólicos Silicone Nitretos Matriz metálica
Aços ferramentas Titânio Polietilenos Poliamida Poliuretano Carbetos Matriz Cerâmica
Ferro fundido Tingstênio Nylon Outros Vidros Laninados
outros Outros PVC Grafite Outros
Outros Diamante
Biomedical Inteligentes
Hidroxiapatita, Ligas de PZT, Ni-Ti, Gel
Ti, Aços inoxidáveis, poliméricos,
ligas de memória de corantes orgânicos,
forma, polímeros, etc etc.

Aeroespacial Óticos
Substâncias oticamente
Compósito C-C, ligas de
sensíveis
Al, superligas, Zircônia
SiO2, Al2O3, Vidros

MATERIAIS
Estrutural FUNCIONAIS Eletrônico
Materiais de importância em
Aços, ligas de alumínio,
circuitos eletrônicos
concreto, fibra de vidro,
Si, GaAs, BaTiO3, Ge, etc.
fibra de carbono

Magnéticos Energéticos
substâncias ou misturas substâncias ou misturas que
que reagem quimicamente reagem quimicamente para
para libertarem a energia libertarem a energia
necessária à aplicação a necessária à aplicação a que
que se destinam se destinam
Fe, Fe-Si, Fe2O3,Ta UO2, Ni-Cd, Si-amorfo-H,etc
Materiais inteligentes
materiais que possuem uma ou mais propriedades que podem ser alteradas de forma
controlada através de estímulos externos, tais como: stress mecânico, mudanças de
temperatura, de pH, eletricidade, campos magnéticos, etc. que equipados com sensores e
controles, “se comportam” como sistemas biológicos.
i) Materiais piezoelétricos: quando um campo elétrico é aplicado, o material apresenta uma
deformação mecânica; por outro lado, quando o material sofre uma carga mecânica, um potencial
elétrico é gerado
ii) Materiais ferroelétricos: materiais que têm uma alteração de forma devido a uma aplicação de um
campo elétrico
iii) Materiais de memória de forma: capacidade de recuperar uma forma previamente definida a partir
de um processo de carregamento termomecânico apropriado
iv) Materiais magnetoestrictivos: materiais que têm uma alteração de forma devido a uma aplicação de
um campo magnético
v) Materiais termo/foto/eletro - cromáticos
NÍVEIS HIERÁRQUICOS DA ESTRUTURA DOS
MATERIAIS

1. Nível subatômico (elétrons em átomo)

2. Nível atômico (Ligações)

3. Nível cristalino

4. Nível de defeitos (microscópio)

5. Nível macroscópico
FORÇA INTERATÔMICA

(Energia
repulsiva)
repulsão r0
br -n
Energia potencial

r0 r
atração

E0

-ar -m (Energia atrativa)


O ÁTOMO
Modelo de Bohr

Nêutrons
e Prótons
Carga do próton e do elétron: 1,602 x 10-19 C.
Massa do próton:1,673 x 10-27 kg
Elétrons
Massa do Nêutron: 1,675 x 10 kg.
-27

Massa do elétron: 9,1095 x 10-31kg.


Número atômico: Número de prótons dentro do núcleo.
Massa atômica: Soma do número de prótons e do número de nêutrons dentro do núcleo.
MODELO QUÂNTICO

i. Cada elétron em um átomo é caracterizado por quatro números quânticos (n,l,ml,ms)


ii. Não existem dois elétrons com os mesmos números quânticos.

a) Número quântico principal n


n = 1, 2, 3, 4, 5,… (ou K, L, M, N, O,.…)

b) Número quântico orbital (ou secundário) l: subcamadas s, p, d, f,…


l = 0, 1, 2, 3, 4,…, (n -1)

c) Número quântico orbital magnético (ou terceiro) ml


ml = - l, (- l +1),…, (l - 1), l

d) Número quântico de spin (ou quarto): ms = -1/2, +1/2.


Modelo quântico

Átomo
de sódio

Número de elétrons possíveis


Camada: 2 n2
M. angular l : 2(2 l +1)
Tabela periódica
Metal
Não-metal
Semi-metais
S p d f
TIPOS DE LIGAÇÃO

Covalente: Formada Iônica: Um átomo ganha Metálica: Formada pelo


pelo compartilhamento elétrons (íon negativo) compartilhamento de elétrons
de elétrons entre e o outro perde (íon pouco localizados
dois núcleos positivo)

H + + +

H C H
+ + +
+ + +
H
Ligações secundárias: Originada devido à formação de dipolos
atômicos ou moleculares

Dipolos Dipolos molécula Ligações do


permanentes apolar - polar hidrogênio

Ligação covalente com


flúor, nitrogênio ou
oxigênio
Transição contínua entre tipos de ligação
FORMAÇÃO DOS SÓLIDOS
Adequação geométrica, eletrônica, conformacional e elétrica

Monocristais

Policristais

Amorfos

Quasi-cristais

Nano-cristais
ARRANJOS ATÔMICOS

Tipo de ligação ( direcional ou


não-direcional)

Tamanho relativo dos átomos

+ - Balanço de cargas eletrostáticas


DIRECIONALIDADE DAS LIGAÇÕES COVALENTES X ESTRUTURAS

FORMAÇÃO DO POLIETILENO
Carbono – 1 s2 – 2s2- 2p2

Etileno

Hidrogênio – 1s1
ESTRUTURA DO POLIETILENO
Ortorrômbica
a≠b≠c; α=β=γ
ESTRUTURA CRISTALINA DOS SÓLIDOS

Qual a configuração de equilíbrio? Há periodicidade?

Qual a menor unidade de repetição?

𝑛
F2  
F1 F4 ∑ 𝐹 =0
𝑘 =0

F3

Célula unitária

Pontos de rede
REDES DE BRAVAIS

4 Tipos de células unitárias:


Primitiva - (P)
Corpo centrado – (I)
Face centrada – (F)
Lado Centrado (C)

7 Classes de células
14 redes de Bravais
FORMAS ALOTRÓPICAS DO CARBONO

Diamante
Material duro

σ
σ σ
σ Resistentes à
ruptura sob tração,
ligações sp3 sendo 100 vezes
mais resistentes
que o aço e
Grafite ra n do a ária possuindo apenas
b d
Lubrificante Que o secun 1/6 de sua
ã
ligaç densidade
C
σ
σ
C C σC Muito duro, leve,
π
quase
C
transparente,
excelente condu
tor de calor e
ligações sp3 eletricidade
FORMAS ALOTRÓPICAS DO FERRO

a0=2,93 Å

a0=3,64 Å

a0=2,86 Å
ENERGIA DE LIGAÇÃO E TEMPERATURA DE FUSÃO PARA VÁRIAS
SUBSTÂNCIAS
Tipo de ligação Substância Energia de ligação Temperatura
(kJ/mol) de fusão (K)
Iônica NaCl 640 801
MgO 1000 2800
Covalente Si 450 1410
C (diamante) 713 3550
Hg 68 -39
Metálica Al 324 660
Fe 406 1538
W 849 3410

Wan der Walls Ar 7,7 -189


Cl2 31 -101
Hidrogênio NH3 35 -780
H2 O 51
TAMANHO RELATIVO E NÚMERO DE COORDENAÇÃO
Qual o número de primeiros vizinhos que pode ter um átomo de raio r?

R
r

30o

R
cos 30o  0,866   0,155
rR

Cos
  30 R(1-0,866)=0,866r   =0,155
NÚMERO DE COORDENAÇÕES PARA LIGAÇÕES IÔNICA
CONCEITOS IMPORTANTES

Distância
interplanar

Parâmetro
de rede
DISTÂNCIA INTERPLANAR
NÚMERO DE ÁTOMOS POR CÉLULA UNITÁRIA
(1/2x2+1/6x12) at.

1/8x8 at.

Cúbica simples(CS) Hexagonal simples(HS)

(1+1/8x8) at. (1/2x2+1/6x12)+3 at.

Cúbica de corpo centrado(CCC)

Hexagonal compacta(HC)
(1/2x6+1/8x8) at.

Cúbica de faces centradas(CFC)


RAIO ATÔMICO E PARÂMETRO DE RÊDE

CFC
HC
2 2
 ( 4 𝑟 ) =2 𝑎 0
2 2
16
  𝑟 =2 𝑎 0
𝑎
  0= √ 8 𝑟 =2 √ 2𝑟 𝑎
  0=2 r

CCC

(  4 𝑟 )2=3 𝑎20
𝑎
  0=4/ √ 3 𝑟
FATOR DE EMPACOTAMENTO

Fração do volume de uma célula unitária preenchido por esferas sólidas, assumindo
o modelo da esfera atômica rígida.

CCC (Fe, Nb, Cr) CFC (Al, Cu, Au, Ag) HC (Ti, Mg, Zn)

  2 ×4 / 3 𝛱 𝑟 3 4
𝐹𝐸= =0,68 3  
6𝑥 𝛱𝑟
3
64 𝑟
3   4 𝑥 16 √ 2 𝑟 3
𝐹𝐸= 3
=0.74 𝐹𝐸= =0,74
3 √3 16 √2 𝑟 24 √ 2 𝑟
3
DENSIDADE TEÓRICA

Ferro
Estrutura – CCC; a0 – 2,866Å; M.atômica – 55,86 g/mol

=
DIREÇÕES CRISTALOGRÁFICAS
Direções mais compactas possuem maior módulo de elasticidade; planos mais compactos possuem maior facilidade de
deslizamento; planos de hábito para crescimento de precipitados; etc.

1. Um vetor com comprimento conveniente é posicionado de tal z


modo que ele passa através da origem;
2. O comprimento da projeção de vetor é medido em termos das
dimensões da célula unitária a, b e c;
3. Estes 3 números são multiplicados ou divididos por um fator c
comum; 3
4. Os 3 índices, não separados por vírgulas, são colocados entre
colchetes: [uvw]
5. Os índices negativos são representados por uma barra sobre os y
2 1
mesmos;. a
Direção 1 [110] Direção 2 [210] Direção 3 [223]
x y z x y z x y z x
b
a b 0 a b/2 0 a b 3c/2
1 1 0 1 1/2 0 1 1 3/2
1 1 0 2 1 0 2 2 3
Direção do Sistema hexagonal

As direções são indicadas pelos índices u, v, t e w,


apresentados entre colchetes [uvtw];
os índices u, v e t são relativos aos eixos a1, a2 e a3,
respectivamente, e o índice
w é relativo ao eixo c; u+v = -t

Indices de Miller-Bravais

1. a1 = –½, a2 = 1, a3 = –½, c
=0
2. Elimina frações (reduz ao
menor inteiro)
3. A notação da direção [1210]
Conversão de índices de Miller para Miller-Bravais

[u’v’w’] [uvtw]
Alguns aspectos sobre o uso dos índices de Miller para direções

1. Como as direções são vetores, uma direção e sua negativa não são idênticas; elas representam a mesma linha, mas
possuem sentidos opostos.
- Exemplo: [100 ] ≠ [100 ]
2. Direções proporcionais são idênticas; por este motivo é que se devem reduzir os índices para menores inteiros.
- Exemplo: [100] = [200] = [300] = ...
3. Direções de certos conjuntos são equivalentes; elas possuem índices específicos em virtude da maneira como o sistema
de coordenadas foi construído.

EXEMPLOS:
PLANOS CRISTALOGRÁFICAS
Os metais deformam-se ao longo de planos de átomos que apresentam compacidade mais alta (planos mais densos).
Procedimento básico para determinar os índices de Miller de planos em um cristal cúbico
deve seguir a seguinte orientação:
1. Identificar os pontos nos quais o plano intercepta os eixos x, y e z em termos do número de
parâmetros de rede; deve ser observado que se o plano passa na origem, essa deve ser movida (ou
utiliza-se um plano paralelo que não passe pela origem);
2. Obter os inversos das interseções;
3. Eliminar os índices fracionários, mas não reduzi-los ao menor inteiro;
4. Colocar os índices entre parênteses, observando que, se algum deles for negativo, deve ser
representado com uma barra sobre ele.
Genericamente, as letras h, k e l entre parêntese são usadas para indicar os índices de Miller de um
plano, ou seja, (hkl).
Alguns aspectos com relação ao uso dos índices de Miller para planos

1. Um plano e seus negativo são idênticos;


- Exemplo: (020) = (020)
2. Planos e seus múltiplos não são idênticos;
3. Em cada célula unitária, uma família de planos representa o conjunto de planos
equivalentes, que têm seus índices específicos por causa da orientação das coordenadas;
os conjuntos de planos equivalentes são apresentados com a notação entre chaves ({}).
- Exemplo: No sistema cúbico, os planos da família {110} são mostrados abaixo:
{110 } = (110 ) (101) (011) (110 ) ( 101) (011)
4. No sistema cúbico, uma direção que tem os mesmos índices de um plano é
perpendicular ao plano (Figura 3.17).
- Exemplo: [100] ^ (100) .
EXEMPLOS SISTEMAS CÚBICOS
PRÁTICA 1 – ESTRUTURA CRISTALINA

Para maximizar a ligação, átomos em metais se arranjam de maneira mais próxima possível.
De acordo com Bravais, várias estruturas são possíveis. As propriedades dos metais são muito
dependentes de sua estrutura cristalina, podendo ser modificada por processamentos
térmicos, químicos e/ou mecânicos.

Material: 26 bolas de isopor e 16 palitos de dente


Procedimento: Cada bola poderá representar um átomo e as pontas do palito a ligação entre
os átomos.
1. Junte dez (10) bolas ligadas por palitos de modo que forme um triângulo com 4 bolas na
base (ver ilustração!)
2. Esta é a primeira camada do arranjo estrutural. Observe que alguns interstícios possuem
triângulo com vértice para cima e outros com vértice para baixo
3. Coloque a segunda camada em cima da primeira com "átomos" da segunda camada
aninhando nas cavidades entre os "átomos" da primeira camada. Isso cria a maior
quantidade de átomos possíveis.
4. A terceira camada pode ser colocada em cima da segunda camada em uma das duas
posições:
a) Diretamente sobre os átomos da primeira camada – ordem ABABAB - HCP
b) Desencontrado dos átomos da primeira camada – ordem ABCABC - FCC
Montagem das bolas
QUESTÕES
22. Quais são os índices de Miller para os planos indicados nas figuras abaixo?

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