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Disciplina de Fisioterapia

Musculoesquelética

Tipos de Fratura
Formas de Fixação

Prof. Me. Ranulfo Carvalho

MOSSORÓ-RN 18/09/2018
Classificação das fraturas
• Lesão traumática: alta intensidade e
mecanismo de lesão único MACROFRATURAS

• Lesão não traumática (repetitiva, fadiga,


estresse, OVERUSE): baixa intensidade e alta
repetição do mecanismo de lesão
MICROFRATURAS
Fratura traumática

• ETIOLOGIA – A # é causada
por uma força aplicada ao
tecido ósseo com
intensidade suficiente para
vencer sua resistência.
Fratura traumática
Definições:

- Interrupção na continuidade óssea que pode ou não


causar lesões nos tecidos moles ao redor da lesão;

- Corresponde à divisão brusca e violenta de um osso.

- A incidência é maior no sexo masculino, devido a uma


maior exposição aos traumas, porém se inverte na idade
avançada em virtude da osteoporose pós-menopausa.
Fratura traumática
• Tipo: completa ou incompleta
• Direção da linha: oblíqua,
transversal ou espiral.
Fratura traumática
• Com desvio ou sem desvio
Fratura traumática
• Nº de Fragmentos: simples ou
cominutiva.
Fratura traumática

Incompleta
• Galho verde
Classificação quanto à exposição
• FECHADAS
• EXPOSTAS
Fraturas Expostas
• Se caracterizam por apresentar uma fratura
associada com lesão de partes moles,
colocando o meio interno em contato com o
meio externo.
• São, na traumatologia, as fraturas com maior
indicação do uso de fixadores externos.
• Se classificam em grau I, II e III, de acordo com
a extensão de lesão das partes moles.
Classificação das Fraturas
Expostas
• Grau I – Ocorre uma fratura com pequena extensão de
lesão de partes moles (1cm) com pouca exposição dos
fragmentos ósseos;
• Grau II – Ocorre uma fratura, associada com lesão
significativa de partes moles (1 a 10cm), e uma maior
exposição dos fragmentos ósseos, podendo ou não ter
alguma lesão de estruturas nobres.
• Grau III – Ocorre fratura associada com grande lesão de
partes moles (>10cm), promovendo uma grande
exposição dos fragmentos ósseos e lesão de estruturas
nobres.
Fratura Exposta Grau II com
Fixador Externo
Fratura Exposta Grau III
Fratura não
traumática

• Impactada
FRATURA FRATURA POR FADIGA
PATOLÓGICA (STRESS)
Fraturas por estresse - overuse
Principais Sintomas:
• Incômodos e dor nas atividade de
rotina do treinamento;
• Diminuição da frequência;
• Diminuição da Intensidade.
Fratura por estresse - overuse
Causas Frequentes:
• Falta de experiência e falta de orientação
adequada;
• Lesões anteriores;
• Alto rendimento;
• Cargas excessivas de treinamento.
Fratura por estresse - overuse
TIPOS DE CONSOLIDAÇÕES DE FRATURAS
• PRIMÁRIA SEM CALO
(fixação rígida: contato com compressão entre os fragmentos
ósseos. Não permite micromov., mais lenta, sustentação de
peso tardia, fixação não compartilha estresse)

• SECUNDÁRIA COM CALO


(fixação não rígida: fragmentos ósseos não ficam,
necessariamente, encostados. Permite micromov., mais
rápida, sustentação de peso precoce, fixação compartilha
estresse)
DISPOSITIVOS P/ FIXAÇÃO
DE FRATURAS
• Aparelhos gessados
• Hastes intramedulares
• Fio de aço
• Placas de compressão
• Fixadores externos lineares
• Fixador externo de Ilizarov
TALA GESSADA
(CONSOLIDAÇÃO SECUNDÁRIA)
HASTE INTRAMEDULARE PARAFUSADA
(CONSOLIDAÇÃO PRIMÁRIA ou SECUNDÁRIA)

DESCARGA DE PESO PRECOCE


FIO DE KIRSCHNER
(CONSOLIDAÇÃO SECUNDÁRIA ou PRIMÁRIA)
PLACAS DE COMPRESSÃO
(CONSOLIDAÇÃO PRIMÁRIA)
FIXADOR EXTERNO LINEAR
FIXADOR EXTERNO ILIZAROV
REPARO ÓSSEO
Tempo de consolidação depende de:

• Espessura do osso;

• Tipo de fratura;

• Aporte sanguíneo / estado nutricional;

• Idade do Paciente;

• Forma de redução.
COMO SABER SE A FRATURA
CONSOLIDOU?
• DOR À PALPAÇÃO?

• MOVIMENTOS ANORMAIS NO
FOCO DA FRATURA?

• CONTROLE RADIOLÓGICO (Rx)!!!


CONSOLIDAÇÃO VICIOSA
TRATAMENTO
EVITAR OS EFEITOS DO IMOBILISMO
(ou tentar desfazê-los)

FAVORECER A CONSOLIDAÇÃO
TRATAMENTO
Cuidados e Precauções

Descarga de peso (parcial ou


completa) no tempo correto;

Placas epifisárias X Calor Profundo;


Disciplina de
Fisioterapia Musculoesquelética

Doenças Reumáticas dos


Tecidos Moles

Prof. Me. Ranulfo Carvalho

MOSSORÓ-RN 18/09/2018
REUMATISMOS DE PARTES MOLES

Definição:

Conjunto de afecções reumáticas que


afetam os tecidos periarticulares, como tendões,
ligamentos, bursas, cápsulas, fáscias e outros
tecidos adjacentes a articulação, podendo ser
manifestações isoladas ou fazer parte de outras
doenças.
Loco-Regionais: Tendinites, bursites, capsulites,
fascites, etc.

Difuso: Fibromialgia.
EPIDEMIOLOGIA
• 40% do total das doenças
reumáticas;
• Adultos em idade produtiva;
• + no gênero feminino;
• No Brasil: 80% a 90% dos
afastamentos temporários do
trabalho;
• Forte impacto social.
ETIOLOGIA
Causados por diferentes agentes ou
fatores, como:
-Microtraumas cumulativos;
-Manutenção prolongada de postura
inadequada;
-Sobrecarga estática;
-Movimentos repetitivos;
-Jornada de trabalho prolongada (ergonomia
inadequada);
-Fraqueza ou hipotrofia;
-Encurtamentos musculares.
MICROTRAUMATISMOS
INFLAMAÇÃO
TECIDUAIS CUMULATIVOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• A dor surge com os movimentos;


• A dor é mais forte á noite;
• A dor melhora com atividade, e piora a
medida que se prolonga;
• Tensões, fraquezas e desequilíbrios
musculares.
• Casos crônicos: dor espontânea e
hipotrofia.
QUADRO CLÍNICO

• Dor;
• Edema;
• Inflamação;
• Hipotrofia;
• Diminuição da ADM;
• Formigamento/dormência;
• Fadiga precoce;
• Limitações/incapacidades funcionais;
• Diminuição da qualidade de vida;
REUMATISMOS DE PARTES MOLES

• BURSITES;
• TENDINITES;
• TENOSSINOVITES;
• EPICONDILITES;
• CAPSULITES;
• SÍNDROMES TUNELARES (STC, STT);
• FASCITES;
BURSITES
Bursite
- Inflamação da bursa;
- Mecanismo: atrito excessivo de um
tendão ou trauma externo;
- Edema/dor;
- Limitações funcionais;
- Subacromial / Subdeltóidea;
- Trocantérica.
BURSITES
- Isquiática
- Causa: Assentos rígidos (mulheres magras)
BURSITES
- Olecraniana;
- Causa:
Apoio excessivo do cotovelo
em mesas ou Quedas.
TENDINITE
Tendinite da pata de Ganso (bursite anserina)

Bursa
anserina.
(Embaixo da pata
de ganso)
TENDINITE
Tendinite do calcâneo
Tendinite do Calcâneo
• Há uma área avascular de 2 a 6 cm acima da inserção que se
torna causa do frequente surgimento de lesão local (tendinite
do calcâneo);
• Surgimento da lesão é silenciosa e gradual;
• Quadro clínico:
- dor intensa e constante durante e após a atividade;
- dor ao alongamento e na contração resistida;
- pequeno edema no tendão e espessamento;
- hipersensibilidade na área hipovascularizada.
• PREVENÇÃO:
Calçados apropriados;
Evitar Overuse;
Manter boa flexibilidade;
Fortalecimento.
TENOSSINOVITE DE DeQUERVAIN

•Acomete os tendões
extensor curto e abdutor
longo do polegar;

• Comum em mulheres
de 30 a 50 anos;

•Dor na região do processo


estilóide;

•Causa: excesso de extensão e


abdução.
SÍNDROME DO CANAL DE GUYON

Síndrome do canal de Guyon


= Nervo ulnar.
(Neurite do ciclista)
SÍNDROME DO TÚNEL DO TARSO

• Compressão do nervo
tibial posterior no
interior do túnel do
tarso. Apresentando dor
em queimação,
formigamento e
fraqueza dos dedos dos
pés .
CONTRATURA DE DUPUYTREN
- Contratura da aponeurose palmar, acomete mais homens (40 anos), etiologia
desconhecida;
- Fatores que predispõe = alcoolismo, tabagismo, imunodeficiência, diabetes e
epilepsia;
- Espessamento, enrugamento da pele na palma da mão;
- Extensão dos dedo fica diminuída, incapacidade de colocar a palma da mão
completamente em uma superfície plana;
- Geralmente sem dor, queixa principal é diminuição da mobilidade de extensão
dos dedos (dificuldade de abertura da mão);
- Cordões tendíneos visíveis na palma (principalmente de 4° e 5° dedos)
DEDO EM GATILHO
• Impossibilidade de extensão completa dos
dedos após flexão máxima;
• Polegar, 2º e 3º dedos;
• Nódulo doloroso próximo à MCF;
FASCITE
- Encurtamento  inflamação  calcificação da fáscia plantar.

- Quadro doloroso na região


plantar medial do retro-pé

- 40% pacientes obesos

- 60% ocasionam esporão


FASCITE COM ESPORÃO
TRATAMENTO DOS
REUMATISMOS
DE PARTES MOLES
OBJETIVOS
• Eliminar o mecanismo de lesão e os fatores
agravantes (repouso);
• Eliminar dor e inflamação;
• Ganhar ADM;
• Fortalecer musculatura (adaptar ao estresse);
• Treinar funcionalidade.
TRATAMENTO DOS
REUMATISMOS
DE PARTES MOLES
CONDUTAS
Fase de dor (crise):
- Crioterapia e/ou TENS;
- US pulsátil;
- PRICE
- Brace funcional;
- EAL para articulações livres;
- Isometria para articulações
envolvidas;
- Orientações de repouso e
gelo.
TRATAMENTO DOS
REUMATISMOS
DE PARTES MOLES
Fase de retorno
CONDUTAS
- Alongamento;
- Exercícios de fortalecimento (resistido);
- Treino funcional;
- Crioprevenção.

OBS: O paciente realizará exercícios e estará autorizado a


retornar à prática esportiva ou atividade laborativa quando
for capaz de realizar exercícios de repetição até o cansaço
sem que ocorra dor e exista força muscular comparável aos
níveis que precederam a doença.
Obrigado, estudem!

ranulfocarvalho@gmail.com

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