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Hospital Santa Marcelina

Serviço de Neurorradiologia

Artigo Científico:
Nefropatia induzida por contraste

Winston Seixas Fontes

R1
R1 de
de Neurorradiologia
Neurorradiologia Intervencionista
Intervencionista
17
17 de
de junho
junho de
de 2019
2019
New England Journal of Medicine
Introdução

 Queda da função renal dias após infusão de


contraste iodado intravascular.

 Ao longo do tempo, com a descoberta de no-


vos agentes, melhorou o reconhecimento de
fatores de risco e métodos de prevenção.

 O risco é atualmente hiperestimado


Patofisiologia / Definição

 Patofisiologia não completamente elucidada.


 Toxicidade direta às células epiteliais tubulares.
 Perda de função, apoptose e necrose.
 Mudanças vasomotoras por agentes vasoativos.

 Definição clássica: aumento da creatinina em


0,5 mg/dl ou 25% de aumento em relação ao
valor de base, 2 a 5 dias após a exposição.
Patofisiologia / Definição

 Definição da KDIGO:
 Aumento de 1,5x ou mais na creatinina de base em
7 dias de exposição;
 Aumento de pelo menos 0,3 mg/dl do valor de base
em até 48 horas de exposição;
 Volume urinário de menos de 0,5 ml/kg de peso por
hora, persistindo por pelo menos 6 horas;

 Questionável, devido às variações da Cr.


Estimativa de Risco

 DRC prévia é o fator de risco relacionado ao


paciente mais importante.

 DRC severa foi o fator de risco independente


mais expressivo.

 Diabetes mellitus não se mostrou um fator de


risco independente (apenas em caso de DRC).
Estimativa de Risco

 Agentes hiposmolares e isosmolares tiveram


menor risco associado.

 Volumes elevados (> 350 ml / > 4 ml/kg) ou re-


petir infusão < 72 horas elevou o risco.

 Arteriografia
tem maior risco que TC, pelo vo-
lume maior utilizado e pelo perfil mais grave
dos pacientes de arteriografia.
Reações Adversas Severas
 Aumento de mortalidade.
 Piora da progressão de DRC

Aocorrência de IRA por uso de contraste é o


marcador de aumento de risco, não mediador

 Pacientes
com DRC são mais improváveis de
se submeter a um procedimento contrastado.

 Incerteza de risco/beneficio: Cardio x DRC (?)


Nefrotoxicidade do Contraste
 Sem diferença de risco de IRA em pacientes
que usaram ou não contraste iodade (10a)

 A incidência de diálise e mortalidade também


foi similar em ambos os grupos

 Menor risco nos paciente com AVC agudo que


fizeram TC com contraste em relação a sem.

 Vieses ainda confundem os estudos


Nefrotoxicidade do Contraste
 Administraçãode contraste intravascular pa-
rece não aumentar risco de IRA.

O mesmo aumento da creatinina no paciente


submetido ao contraste é encontrado no que
está hospitalizado em geral.

Aincidência de IRA severa por contraste é


muito baixa.
Nefrotoxicidade do Contraste
 1,2
% dos paciente com DRC submetidos a
angiografia coronariana apresentaram até
50% de elevação da creatinina.

 Nenhum apresentou 100% ou necessitou de


diálise (mostrou bastante infrequência).

 Osdados atualmente disponíveis não autori-


zam afirmar que contraste iodado não é
nefrotóxico.
Estratégias de Prevenção
 Estudos escassos sobre hidratação venosa.

 100ml/h por 6-12 horas antes e 4-12 horas a-


pós angiografia (Sociedade Americana)

 1 a 1,5 ml/kg/hora por 12 horas antes e 24 ho-


ras após (Sociedade Européia)

 Não houve diferença significante na incidên-


cia dos que receberam ou não a hidratação.
Estratégias de Prevenção
É cedo para concluir que a hidratação é inefi-
caz ou desnecessária por esse estudo apenas.

 Foivista redução do risco de IRA quando rea-


lizada hidratação guiada por monitorização
da pressão no ventrículo esquerdo.

 Salinaisotônica, bicarbonato de sódio isotô-


nico ou acetilcisteína não mostraram eficácia.
Estratégias de Prevenção
 Apesar do efeito anti-inflamatório e antioxi-
dante, estatinas necessitam de m ais estudos.

 Em pacientes de alto risco, utilizar o mínimo


de contraste possível.

 Não há dados suficientes para defender a in-


terrupção de diuréticos, IECAs e BRAs.

 É apropriado suspender drogas nefrotóxicas.


Conclusão
 São necessários novos estudos para definir
a controvérsia da toxicidade do contraste.

 Avaliarse existe de fato indicação de limi-


tar seu uso em pacientes com alto risco.

 Determinar o possível benefício na sobre-


vida de prevenir uma iatrogenia.
Bibliografia

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