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Sistema Tegumentar

Sistema Tegumentar
• O sistema tegumentar é formado pela pele e anexos. Ele atua para evitar a
perda de água, impedir a entrada de micro-organismos, garantir a proteção
contra a radiação ultravioleta, proporcionar a perceção sensorial, além
de estar relacionado com a termorregulação e a secreção de substâncias como
suor e sebo.
Sistema Tegumentar

Pele Anexos

Pelos

Unhas

Glândulas
sebáceas

Glândulas
sudoríparas
Pele
• PELE: superfície corporal.

DIVISÃO

• EPIDERME - porção epitelial, origem ectodérmica.


 Pele fina: maior parte.
 Pele espessa: palma da mão, sola do pé,
articulações.

• DERME - porção conjuntiva, origem mesodérmica.


 Papilas dérmicas - encaixe na epiderme.
 Cristas epidérmicas - coesão entre as
camadas.

• HIPODERME (= tecido celular subcutâneo)


 União com órgãos subjacentes.
 Tecido conjuntivo frouxo.
 Células adiposas formando um panículo
adiposo.
Pele
• Constitui 16% do peso corporal.

• Funções:

 Proteção contra desidratação, radiação e atrito


(queratina, melanina).
 Recepção de estímulos (células sensoriais).
 Termorregulação e excreção (glândulas
sudoríparas).
 Síntese de vitamina D.
 Imunidade primária.

• Anexos:
 Pelos
 Unhas
 Glândulas (sebáceas e sudoríparas).
EPIDERME
• Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado.

• Células componentes
 Queratinócitos: produção de queratina.
 Melanócitos: produção de melanina.
 Células de Langerhans: resposta imunológica.
 Células de Merkel: recepção de estímulos.

• Cinco camadas ou estratos


 Basal
 Espinhosa
 Granulosa
 Lúcida
 Córnea
EPIDERME

• CAMADA BASAL (= germinativa)

 Células cuboides ou prismáticas,


basófilas, sobre a membrana basal
dérmica.
 Rica em células-tronco
epidérmicas.
 Intensa atividade mitótica (renovação a
cada 15-30 dias).
 Filamentos intermediários de queratina.

• CAMADA ESPINHOSA

 Células cuboides, núcleo central.


 Citoplasma contendo feixes de queratina
(=tonofilamentos).
 Aspecto espinhoso - união mantida por
desmossomos.
 Resistência ao atrito.
EPIDERME
 CAMADA GRANULOSA

 3-5 fileiras de células achatadas.


 Grânulos de querato-hialina como fonte de proteínas; não possuem
membrana.
 Grânulos lamelares como fonte de lipídeos (impermeabilização);
possuem membrana.

 CAMADA LÚCIDA
 Células achatadas, anucleadas e sem  CAMADA CÓRNEA
organelas.  Células mortas.
 Compactação dos filamentos de  Aglutinação dos tonofilamentos +
queratina no citoplasma. grânulos de querato-hialina.
 Descamação contínua.
DERME

• Apoio para a epiderme, união com a


hipoderme.

• Espessura variável.

• Papilas dérmicas promovem o aumento da


área de contato com a epiderme.

OBS.: As papilas são mais frequentes em áreas


sujeitas à maior pressão e atritos.

• Divisão: camadas papilar e reticular.


DERM
E

CAMADA PAPILAR (superficial) CAMADA RETICULAR (profunda)

 Delgada.
 Espessa.
 Tecido conjuntivo frouxo.
 Tecido conjuntivo denso não
 Fibrilas de colágeno.
modelado.
 Pequenos vasos sanguíneos: nutrição
 Fibras elásticas.
e oxigenação da epiderme.
 Vasos sanguíneos e linfáticos; nervos.

 Presença de folículos pilosos e

glândulas.
HIPODERME

• Tecido conjuntivo frouxo.

• União instável da derme com os órgãos


subjacentes.

• Promove o deslizamento.

• Panículo adiposo: proteção, modelação e


reserva de energia.
VASCULARIZAÇÃO E INVERVAÇÃO

 Artérias: plexos papilar-reticular e derme-


hipoderme.
 Alça vascular nas papilas dérmicas
(arterial ascendente e venoso
descendente)
 Veias: plexos papilar-reticular, derme-
hipoderme e região média da derme.
 Vasos linfáticos: mesma orientação dos
sanguíneos.
VASCULARIZAÇÃO E INVERVAÇÃO

 Artérias: plexos papilar-reticular e derme-


hipoderme.
 Alça vascular nas papilas dérmicas
(arterial ascendente e venoso
descendente)
 Veias: plexos papilar-reticular, derme-
hipoderme e região média da derme.
 Vasos linfáticos: mesma orientação dos
sanguíneos.
VASCULARIZAÇÃO E INVERVAÇÃO

• A pele é o mais extenso receptor sensorial.

• Presença de corpúsculos receptores na


derme

 Encapsulados: Vater-Pacini (pressão


forte), Meissner (pressão fraca),
Krause (frio)
 Não encapsulado: Ruffini (calor)
 Terminações livres (dor)
PÊLOS

• Desenvolvimento: invaginação da epiderme.


• Crescimento descontínuo: fases de repouso e crescimento.
• Morfologia sofre influência da região corporal, cor da pele e hormônios.
PÊLOS

• Estruturas:
 Folículo piloso - invaginação da
epiderme sobre uma papila dérmica.
 Bulbo piloso - dilatação terminal.
 Raíz do pelo - cobertura da papila
dérmica.
 Eixo do pelo (o pelo, propriamente
dito).
 Medula do pelo - formada por
células
fracamente queratinizadas.
PÊLOS

• Estruturas

 Córtex do pelo - células compactadas e queratinizadas.


 Cutícula do pelo - células periféricas; "escamas".

 Bainhas epiteliais (interna/externa) - envolvem o eixo na porção


inicial Interna -> desaparece na altura das glândulas sebáceas.
Externa -> continua com o epitélio da epiderme.

 Membrana vítrea - lâmina basal que separa o folículo piloso do tecido


conjuntivo.
 Bainha conjuntiva - conjuntivo que envolve o folículo.
 Músculos eretores - inseridos entre a bainha conjuntiva e a camada
papilar.
PÊLOS

• Diferenças no processo de queratinização


(epiderme/pelo):

 Queratina compactada e enrijecida.

 Diferenciação intermitente no bulbo


piloso.

 Atividade mitótica heterogênea.


UNHAS

• Placas de células queratinizadas.

• Superfície dorsal das falanges terminais.

• Raíz da unha:
 porção proximal.
 proliferação e diferenciação das células
epiteliais.
 queratinização por meio da formação de
uma placa córnea.
UNHAS

• Cutícula: camada córnea envolvente.

 Constituição geral: escamas córneas


compactadas.

• Crescimento: deslizamento sobre o leito


ungueal (epitélio subjacente).

OBS.: a transparência da unha permite avaliar a


oxigenação do sangue.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS

• Situadas na derme.

• Atividade estimulada pelos hormônios

sexuais.

• Natureza holócrina.

• Ductos: epitélio estratificado.

• Desembocam, geralmente, nos folículos

pilosos.

• Ausente na pele espessa.


GLÂNDULAS SEBÁCEAS
• Configuração acinosa.
 Ducto curto.
 Células epiteliais achatadas +
membrana basal.
 Acúmulo de secreção lipídica no
citoplasma.
 Condensação e desaparecimento dos
núcleos.
 Morte das células centrais - formação do
sebo (triglicerídeos, ácidos graxos e
colesterol)
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS (merócrinas)

• Mais abundantes.

• Tubulosas simples enoveladas.

• Células secretoras: piramidais.

• Auxílio de células mioepiteliais.

• Composição do suor:

 Sais: sódio, potássio, cloreto.

 Água e excretas nitrogenadas.

• Inervadas por fibras colinérgicas.


GLÂNDULAS SUDORÍPARAS (merócrinas)

• Células escuras:
 Adjacentes ao lúmen.
 Grânulos de secreção ricos em glicoproteínas.
 Citoplasma rico em RER.
• Células claras:
 Interpostas entre as células escuras e as
mioepiteliais.
 Sem grânulos de secreção.
 Citoplasma pobre em RER, porém rico em
mitocôndrias.
 Presença de canalículos intercelulares.
 Dobras na membrana - produção da parte
aquosa do suor.
• Ductos:
 Abertura na superfície.
 Curso helicoidal.
 Epitélio cúbico estratificado (2 camadas).
 Realizam reabsorção do Na+ para o
sangue.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS (apórcrinas)

• Axilas, região perianal e pubiana.

• Maior tamanho (3-5mm)

• Ductos desembocam em folículos pilosos.

• Secreção adquire odor em decorrência da

ação de bactérias.

• Inervadas por fibras adrenérgicas.

OBS.: Nomenclatura contestável. Uso


consagrado.
OBS.2: Glândulas de Moll (pálpebras) e a do
ouvido são casos especializados.
Cuidados de
Higiene
A HIGIENE é um conjunto de meios e regras que procuram garantir o
bem-estar físico e mental, promovendo a saúde e prevenindo a doença.
Na vida quotidiana, satisfazemos as nossas próprias necessidades, no
entanto durante o envelhecimento e durante a doença, a capacidade de nos
Auto cuidarmos diminui e a carência de cuidados de higiene aumenta.
A falta de higiene não é apenas um problema que pode interferir com a
saúde. Contribui também, e de forma decisiva, para uma diminuição da
autoestima e dificulta a integração social. Sublinhemos que alguns
residentes podem já sentir-se diminuídos nestas áreas por negligenciarem
habitualmente a sua própria higiene.
Esta realidade faz com que os pacientes, particularmente os mais
dependentes, tenham uma grande necessidade de ajuda, seja parcial ou
integral, para a manutenção da sua higiene corporal, integridade da pele,
asseio pessoal e estética necessária para assegurar a sua dignidade e
manutenção de seus papéis sociais frente a si mesmo e à família.
Os profissionais devem assegurar o
cumprimento de boas práticas na
prestação de cuidados de higiene e
imagem, nomeadamente, no que respeita
à disponibilização de um conjunto de
ajudas técnicas institucionais - ajudas
técnicas / tecnologias de apoio para
cuidados de higiene e imagem pessoais -,
assegurando deste modo a promoção da
sua manutenção e autonomia
No caso de ajudas técnicas/tecnologias de apoio para cuidados de higiene e
imagem individual, como sejam pentes adaptados, entre outros, a
responsabilização pela sua aquisição é do cliente, sendo os mesmos pessoais
e intransmissíveis, no sentido de salvaguardar o respeito pelas regras e
condições de higiene e segurança individuais e coletivas.
Na prestação dos cuidados de higiene e imagem, cada paciente tem de ser
tratado com respeito pelos seus direitos e deveres, pela sua identidade,
hábitos e modos de vida e ser-lhe assegurada privacidade, autonomia,
dignidade e confidencialidade, sob pena de se estar a violar os direitos dos
indivíduos e, consequentemente, não se garantir a qualidade dos serviços.
O conforto é um objetivo e um resultado desejável a partir dos cuidados de saúde. O
conforto pode ter influências com estímulos físicos, psicossociais, ambientais e psicológicos,
além da maneira como ocorre o cuidado prestado pelos profissionais de saúde. Assim cabe
ao profissional de saúde estar atento aos sinais de desconforto.

O espaço físico onde o paciente está acomodado deve favorecer conforto, acolhimento e
proteção de riscos externos à
sua condição clínica atual. O quarto do doente deve estar sempre limpo e arrumado, sem
cheiros desagradáveis, para evitar assim o desconforto.
Cuidados de Higiene

1. Cuidados Parciais:
 Cabelo
 Pele
 Ouvidos
 Olhos
 Boca - prótese, dentes e língua
 Mãos
 Pés
 Unhas
 Períneo e órgãos genitais
Cuidados de Higiene

2. Cuidados Totais:
• Banho na banheira/chuveiro
• Banho na cama

 A pessoa dependente
 A pessoa independente
Higiene – Cuidados Parciais

Cuidados de Higiene parciais são os cuidados a ter com cada parte específica do corpo.
Também podem ser chamados cuidados de higiene parciais à higiene de parte do
corpo, frequentemente a regiões com secreção abundante e maior carência de higiene
(cara, mãos, axilas e genitais).
Principais Cuidados:
cabelo, barba,boca,
próteses dentárias, unhas,
pés, mãos, ouvidos, olhos,
períneo e órgãos genitais
CABELO
 Os cuidados básicos dos cabelos incluem: observar,
lavar, escovar, pentear e cortar.
 Devemos atender a alguns aspetos importantes:
 Reunir o material necessário
Se possível lavar cabelo no chuveiro;
Higiene -  Observar alterações do couro cabeludo (lesões,
Cabelo parasitas, etc.);
 Aplicar produtos do utente;
 Respeitar hábitos do utente (frequência de
lavagem, no caso das senhoras a ida ao
cabeleireiro, etc.);
 Massajar couro cabeludo com as pontas dos dedos;
 Se possível manter o cabelo do curto, cortando se
necessário e houver consenso;
Higiene -  Considerar cabeleiras postiças;
Cabelo
Etapas (no leito):

Reunir o material necessário: luvas, bacia, caneca, toalhas ou


resguardo, produtos de higiene do utente, pente, escova,
tesoura, secador, etc.;
Informar o utente da necessidade e do desenrolar do cuidado e
solicitar a sua participação em função das suas capacidades.

Colocar o utente de barriga para cima de forma que a cabeça


fique livre. Para isto, pode-se retirar o travesseiro e colocar alguns
lençóis enrolados por baixo dos ombros ou dispositivo próprio;

Forrar a cama para que não fique molhada e colocar uma bacia
debaixo da cabeça do utente (quando realizado no leito);

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Pentear o cabelo e proteger os ouvidos (compressas ou
algodão), se necessário;

Molhar o cabelo, aplicar o Shampoo;


Massajar couro cabeludo com as pontas dos dedos e
enxaguar com bastante água (pode utilizar outra bacia
para auxiliar);

Enxugar o cabelo com uma toalha, e, se for possível, usar


um secador;

Pentear e escovar o cabelo do utente (de acordo com os


desejos da pessoa, propondo que se veja ao espelho).

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 A higiene dos cabelos deve ser feita no mínimo
três vezes por semana. Diariamente inspecione o
couro cabeludo observando se há feridas, piolhos,
coceira ou áreas de quedas de cabelo.
Cabelo –
Cuidados  Os cabelos curtos facilitam a higiene, mas lembre-
se de consultar a pessoa antes de cortar seus
cabelos, pois ela pode não concordar por questão
religiosa ou por outro motivo.
Cuidados básicos de higiene e apresentação:
Cabelo

http://pope.esenf.pt/wordpress/sample-page/unidades-curriculares/unidade-
curricular/cuidados-de-higiene/lavar-cabelo/
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Barba
Barba

 Barbear : reduz o crescimento de bactérias sobre a face;


melhora o conforto do utente ao remover pelos que
poderiam coçar e irritar a pele, bem como produzir uma
aparência descuidada.

 Como cortes e arranhões ocorrem com maior frequência


ao serem utilizadas lâminas de barbear, o uso de um
barbeador elétrico será indicado para utentes com
problemas de coagulação ou que estejam em tratamento
com anticoagulantes.

 O barbear pode ser contraindicado para utentes com


problemas de pele ou ferimentos na face.

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 Assim como os cabelos, a barba
também acumula impurezas ao
longo do dia e, por isso, precisa ser
higienizada diariamente. A
necessidade torna-se ainda maior para
homens com bigode, pois este entra
em contato direto com alimentos e
bebidas. A solução? Lavar o rosto duas
vezes ao dia ou após as refeições com
um sabonete neutro, que é menos
propenso a causar irritações.

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PELE
A higiene de toda a superfície corporal é
indispensável, tendo em conta alguns detalhes:
1. Produtos utilizados
 Utentes semidependetes sem alterações da
pele pode-se utilizar sabão, sabonete ou gel de
banho convencional;
 Utentes dependentes deverá ser utilizado
Higiene - sabão hipoalergénico, pois tem menor potencial de
provocar alergias, promove higiene e não carece de
Pele passar por água limpa.

Poder-se-á aplicar cremes ou óleos, dando


preferência ao creme hidratante. Não utilizar pós
(talco), pois impedem os poros da pele de respirar.
 2. Observação
 Verificar alterações de toda a pele, desde feridas
por traumatismos ou pressão, alergias,
desidratação, alterações da pigmentação, da
temperatura, sensibilidade, etc.

Higiene –  3. Relação Interpessoal


Pele  Durante o banho dever-se-á reunir condições para
promover um momento agradável, de diálogo com
o Idoso (evitar falar apenas com o outro elemento
que presta cuidados, esquecendo o Idoso),
conversando sobre situações positivas e do
interesse do Idoso.
 Por isso, é importante que os cuidadores saibam
Higiene – como realizar uma boa higienização do idoso
acamado, evitando sérios problemas, como a
Pele Ulcera de pressão, infeções, entre outros.
OUVID
OS/OR
ELHAS
 A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar
ulceração e infeção, pelo que também devem ser
considerados determinados aspetos importantes na sua
higiene:
1. Durante o banho lavar com água e sabão as orelhas,
Higiene – não esquecendo a parte posterior da mesma;
2. Preparar o material necessário: luvas, toalhetes,
Orelhas e algodão, compressas, etc.;
ouvidos 3. Utilizar toalhete, compressas (não utilizar cotonete),
mas sem introduzir no ouvido, pois pode traumatizar o
tímpano e o objetivo é retirar a sujidade e não
introduzi-la no ouvido;
4. Observar presença de cerúmen (cera);
5. Observar alterações;
6. Considerar próteses auditivas.
OLHOS
 Os olhos devem ser lavados durante o banho, com
água (alguns produtos podem provocar irritação),
no entanto por vezes é necessário promover uma
higiene particular, em caso de excesso de secreção
ocular. A limpeza dos olhos deve ser realizada com
Higiene - compressas, utilizando o soro fisiológico. Sendo
Olhos necessária uma compressa para cada olho.
Nota:
Higienização dos olhos:
 Para evitar a infeção dos olhos, resultante muitas vezes da
diminuição da lubrificação dos olhos, deve efetuar-se uma
boa limpeza, com o intuito de eliminar as secreções
Caso o paciente esteja em abundantes e encrostadas.
coma ou semiconsciente,
O TAS deve:
é recomendado deixar  Limpar cuidadosamente o olho do canto interno (junto ao
uma gaze com soro nariz) para o externo (água morna/soro fisiológico e toalhete
fisiológico sobre o olho, ou bola de algodão/gaze)
para manter a humidade  Limpar cada olho com uma parte diferente do toalhete;
das pálpebras, prevenindo  Evitar uso de sabões que causem irritação nos olhos;
contra as úlceras na  Em secreções secas colocar toalhete ou bola de algodão/gaze
córnea. embebidos em água morna/soro fisiológico sobre os olhos.
PÉS
 Os idosos costumam ter sérios problemas nos pés,
devido a mudanças circulatórias, deformações
ósseas, diabetes, entre outros. Por isso, é
Higiene - Pés fundamental prestar atenção na forma correta de
fazer a limpeza.
1. Lavá-los com água e sabão;

2. Secar bem, principalmente entre os dedos;

3. Hidratar com cremes, óleos e sempre aplicar


vaselina nos locais de maior calosidade, como
Higiene –
calcanhares;
Pés: Como?
4. Cuidar das unhas;

5. Observar a coloração dos pés e verificar se


existem lesões cutâneas.
UNHAS
Unhas

Os cuidados a ter em conta são:

 Preparar material necessário: luvas, bacia, esponja, toalhas,


sabão, tesoura ou corta-unhas, creme, óleo, vaselina, etc.

 Durante o banho, lavar com água e sabão, introduzir as


mãos e os pés do utente na bacia de água (posteriormente
trocar de água), lavando especialmente as unhas e espaços
interdigitais, assim como ter o cuidado de secar bem os
mesmos;

 Hidratar com creme, óleos ou aplicar vaselina nos locais de


maior calosidade (por exemplo os calcanhares);

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 Cuidar das unhas, corta-las ou lima-las se
necessário, cortar as unhas de forma amendoada
(mão). Para as unhas dos pés deve ter os mesmos
cuidados, mas a unha é cortada a direito, forma
reta, e não muito próximo da pele; amolecendo-as
previamente em água morna;

 Observar as alterações dos pés, mãos e unhas,


verificando presença de lesões cutâneas;

 Não cortar calosidades (pode provocar


hemorragia);

 Considerar micoses (usar instrumentos de uso


pessoal ou desinfetá-los).

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Considerações Importantes:
 As mãos são vetores que favorecem a contaminação e as

unhas são recetoras de numerosas bactérias. Por isso se


deve propor ao utente para lavar as mãos quando:
regresse da casa de banho, antes e depois das refeições,
antes de tomar medicamentos, antes de se deitar e de
acordo com as suas necessidades.

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BOCA
Importância:
Higiene –
Boca: A higiene da boca é um hábito saudável e agradável

prótese, que deve ser mantido ao longo de toda a vida.


dentes e
As alterações da mucosa oral, perda de dentes,
língua
(higiene próteses mal ajustadas, gengivites, diminuição da

oral) produção de saliva, são fatores que podem

ocasionar infeções na cavidade oral.


É muito importante fazer a higiene da boca das

pessoas acamadas para evitar cáries, dor de dente


Higiene – e inflamação da gengiva:
Boca:
COMO?
prótese,
dentes e  Escovar os dentes diariamente, duas ou mais vezes
língua ao dia, sendo uma delas à noite antes de dormir:
(higiene
oral) Usar uma escova de dentes com filamentos de

textura macia, a escova de dentes é um objeto

pessoal e intransmissível;
 Limpar os espaços entre os dentes, onde a escova não chega;

 Utilizar escovilhões ou fio dentário. O escovilhão ou fio dentário


é um complemento para uma boa higiene oral, devendo ser
Higiene – utilizado diariamente, pelo menos uma vez por dia;
Boca:  Escovar um ou dois dentes naturais de cada vez, com
prótese, movimentos vaivém e circular;
dentes e  Escovar ligeiramente a língua e o resto da boca;
língua
 Escovar os dentes postiços por cima e por baixo com ajuda de
(higiene uma escova;
oral)
 Passar a placa por água fria antes de a colocar;

Durante a noite colocar a placa num copo com água ou numa


solução de limpeza.
Higiene –
Boca:
prótese,
dentes e
língua
(higiene
oral)
 É muito importante oferecer água ao longo do dia
Higiene – para evitar a desidratação e manter a boca sempre
Boca: húmida, diminuindo assim o aumento da
prótese, concentração de bactérias que se instalam na boca.
dentes e
língua
(higiene A higiene da boca deve ser feita após cada refeição, e
oral) sempre que for necessário.
 Se o paciente for capaz, ele mesmo poderá fazer sua higiene bocal, mas
caso contrário, siga as instruções passo a passo:
1. Reunir todo o material: luvas, escova de dentes ou espátula com
compressa, pasta de dentes, antisséptico oral, copo,bacia,toalha,
resguardos, palhinha, vaselina ou pomadas.

Higiene – 2. Posicionar o paciente


3. Misturar, num recipiente, o antisséptico e a água em partes iguais;
Boca: 4. Se possível pedir ao utente para gargarejar com o líquido previamente
prótese, preparado (podendo utilizar a palhinha), relembrando que não pode
deglutir;
dentes e 5. Pegar numa espátula e envolvê-la com a gases, para que ela seja
embebida na solução preparada anteriormente;
língua 6. Fazer a limpeza da língua com a espátula, movendo-a de um lado para
o outro para evitar náuseas (não esquecer de limpar também as
(higiene laterais e a parte superior - céu da boca - e inferior da boca, além das
gengivas);
oral) 7. Caso o paciente possua prótese dentária, esta deve ser retirada e
lavada (água morna), escova e pasta de dentes, devendo-se lavar a
boca normalmente; colocar a prótese dentária em locais apropriados
(não embrulhar em lenços ou outro material)
8. Hidratar os lábios do paciente com manteiga de cacau ou vaselina.
Importante seguir as seguintes
instruções:

 Posicionar o utente, de preferência sentado, ou em


decúbito lateral (de lado) se inconsciente; Se o
doente estiver inconsciente passe suavemente nos
dentes, gengivas e língua uma compressa
embebida em elixir ou espátula com
compressa/esponja dentária;

 Se o utente morder a escova, não tente retirá-la


à força, o maxilar acabará por descontrair.

71
 No caso de utentes semi-dependentes,
promover uma correta higiene oral,
aconselhando escovar os dentes após as
refeições, lavando todas as faces dos dentes,
língua, gengivas, palato e parte interna das
bochechas, em movimentos circulares,
utilizando uma escova com cerdas suaves. Pode
também ser aconselhada a utilização do fio
dentário.

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Prótese

 A prótese é importante tanto para manter a

Higiene – autoestima da pessoa, como manter as funções


Boca: dos dentes na alimentação, na fala e no sorriso.
prótese, Por todos esses motivos e sempre que possível a
dentes e prótese deve ser mantida na boca da pessoa,
língua mesmo enquanto ela dorme.
(higiene
oral)
Prótese
Higiene –
Boca: 1. Retire a prótese e a escove fora da boca, com escova
prótese, de dente de cerdas mais duras e sabão neutro ou
pasta dental;
dentes e
2. Para a limpeza das gengivas, bochechas e língua o
língua cuidador pode utilizar escova de cerdas mais macias
(higiene ou com um pano ou gaze humedecidas em água. O
movimento de limpeza da língua é realizado de
oral) dentro para fora, sendo preciso cuidar para que a
escova não toque o final da língua, pois pode
machucar a garganta e provocar ânsia de vómito;
3. Enxaguar bem a boca e recolocar a prótese.
 No caso do utente possuir prótese dentária, esta
deve ser retirada e lavada (água morna), escova e
pasta de dentes, devendo-se lavar a boca
normalmente como anteriormente foi referido
(escovar os dentes, gengivas e língua); colocar
prótese dentária em locais adequados e recipiente
apropriado (não embrulhar em lenços ou outro
material). Não se deve usar água muito quente na
lavagem, pois pode deformar a dentadura. Se o
utente apresentar feridas na boca, colocar a
dentadura apenas na hora das refeições.

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Cuidados básicos de higiene e apresentação:
Higiene Oral

http://pope.esenf.pt/wordpress/sample-page/unidades-curriculares/unidade-
curricular/cuidados-de-higiene/lavar-a-boca/
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 Cárie Dentária:

Higiene –
Boca:  A cárie é a doença causada pelas bactérias
prótese, que se fixam nos dentes. Essas bactérias
transformam em ácidos os restos de
dentes e alimentos, principalmente doces, que ficam
língua agarrados nos dentes. Os ácidos corroem e
furam o esmalte dos dentes.
(higiene
A alimentação saudável e boa higiene da boca
oral) e dentes ainda é a melhor e mais eficiente
maneira de se prevenir a cárie dos dentes.
 Sangramento das Gengivas:
 Quando não é feita uma boa limpeza da boca,
dentes e prótese, as bactérias presentes na
Higiene – boca formam uma massa amarelada que irrita
a gengiva provocando inflamação e
Boca: sangramento.
prótese,  Para prevenir e tratar a irritação das gengivas
dentes e e acabar com o sangramento é necessário
melhorar a escovação no local da gengiva que
língua está vermelha e a sangrar.
(higiene  Durante a limpeza haverá sangramento, mas
oral) à medida que for sendo retirada a placa de
bactérias e melhorada a escovação, o
sangramento diminui até desaparecer.
 Durante doenças graves e de longa duração pode
Higiene –
ocorrer sangramento nas gengivas, por isso é preciso
Boca:
que o cuidador tenha uma atenção redobrada com a
prótese,
higiene da boca da pessoa cuidada. Ao observar
dentes e
sangramento mais constante e presença de pus nas
língua
gengivas o cuidador precisa comunicar o fato à equipe
(higiene
de saúde.
oral)
Feridas na Boca
Durante a limpeza da boca o cuidador deve
observar a presença de ferida nas bochechas,
gengivas, lábios e por baixo da língua e
Higiene – comunicar à equipe de saúde.
Boca:
prótese,  Atenção:
dentes e  É comum a pessoa idosa ter uma diminuição
língua da estrutura óssea da boca. Essa perda óssea
(higiene faz com que a prótese fique solta,
aumentando o movimento, o desconforto e a
oral) possibilidade de lesões na gengiva. Lembrar
que dentes partidos podem ferir a boca.
Higiene –
Boca:
É comum que pessoas doentes tenham
prótese, o apetite diminuído, mas é preciso estar
Atenção
dentes e atento, a recusa em se alimentar ou a
agitação no horário das refeições pode
língua ser decorrente de prótese mal
adaptada, cárie, dentes fraturados,
(higiene feridas, alterações e inflamação das
oral) gengivas.
Prestar atenção especial a
Higiene – pacientes com presença de sonda
Boca: nasogástrica ou necessidade de
aspiração de secreções, pois
prótese, tendem a apresentar maior
Atenção
dentes e acumulação de sujidade na boca
língua e maior desidratação da mucosa
oral. Pelo que é fundamental a
(higiene higiene cuidada da mesma.
oral) Dever-se-á trocar o adesivo de
fixação da sonda nasogástrica
diariamente, após o banho.
PERÍNEO E
ORGÃOS
GENITAIS
 Este tipo de higiene deve ser realizado
diariamente, e sempre que se fizer necessária:
 Após a evacuação;

 Antes de se colocar a sonda vesical (na bexiga);


Higiene do
 Cada vez que mudar a fralda do paciente
Períneo e
incontinente.
Órgãos
Genitais
 No Homem:
 Colocar o paciente de barriga para cima;

 Começar a lavar com movimentos circulares pela ponta do pénis,


puxando o prepúcio para baixo e lavando a glande, posteriormente
o pénis e o escroto;

 Lavar bem com água e sabão;

Higiene do  Enxaguar com água até remover todo o sabão, e secar suavemente;

Períneo e  Baixar o prepúcio para que não apareça edema na glande (parte da

Órgãos ponta do pénis, popularmente, a "cabeça do pénis").

Genitais
https://www.youtube.com/watch?v=GU8swsUKVro
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 Na mulher:
 Colocar a paciente de barriga para cima, com as pernas
flexionadas;
Higiene do
Períneo e  Lavar da frente para trás (do meato urinário para orifício

Órgãos vaginal e posteriormente para a região anal), prestando

Genitais atenção à sujidade acumulada entre os lábios, utilizando


uma mão para afastar os lábios e outra para lavar;

 Enxaguar a área com água até retirar todo o sabão;

 Secar bem, dando ênfase às pregas para que a humidade


não provoque assaduras.
https://www.youtube.com/watch?v=zgZFkHfAr0U
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 Região Anal:
 Colocar o paciente na lateral;
Higiene do  Lavar a região com uma esponja embebida em
Períneo e água e sabão, de frente para trás;
Órgãos  Enxaguar com água e secar;
Genitais  Caso a mucosa anal esteja irritada, passar algum
creme apropriado, recomendado pelo especialista.

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