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MARXISTAS DA
CONCEPÇÃO DO
ESTADO
AULA 3
Marx considerava as condições materiais (o modo
como as coisas são produzidas, distribuídas e
consumidas) de uma sociedade como a base de sua
estrutura social e da consciência humana. A forma
do Estado, portanto, emerge das relações de
produção, não do desenvolvimento geral da mente
humana ou do conjunto das vontades humanas.
Não é o Estado que molda a sociedade, mas a
sociedade que molda o Estado. A sociedade, por sua
vez, se molda pelo modo dominante de produção e
das relações de produção inerentes a esse modo.
O Estado, emergindo das relações de produção, não
representa o bem-comum, mas é a expressão política da
estrutura de classe inerente à produção.
Valer notar que Gramsci não acreditava que esta crise fosse
resultado de uma crise econômica; esta poderia criar
condições para que aquela ocorresse, no entanto, seria o
desenvolvimento da consciência das massas que
produziria a transformação revolucionária, e não a taxa
decrescente de lucro – “o empobrecimento cada vez
maior é apenas um elemento dentro das possibilidades de
elevar essa consciência” (p.107).
b) a guerra de posição – estratégia para contornar o paradoxo
“proletariado mais extenso e menos desejoso de derrubar o
capitalismo”. Controlar o Estado não significa controlar a
sociedade, já que ele é apenas uma peça no sistema de
poder. Assim, mais do que isso, é preciso desenvolver
também a superestrutura ideológica. É aí que entra a guerra
de posição: a criação de uma nova consciência, uma
hegemonia da classe subalterna, gerada dentro dela mesma,
para que quando tomasse o poder do poder do Estado, não
ficasse um vácuo.