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Aula 4

Agregados para a
Misturas asfálticas:
Caracterização Brasileira

ASFALTOS Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos


Lista dos assuntos
do cd completo
Este CD contém 30 aulas, em 10 blocos
organizados por assunto:
 Bloco 1 – Introdução
 Bloco 2 – Asfaltos
 Bloco 3 – Agregados e Fíler
 Bloco 4 – Tipos de Revestimentos Asfálticos
 Bloco 5 – Dosagem de Misturas Asfálticas e de Tratamento superficial
 Bloco 6 – Propriedades Mecânicas de Misturas Asfálticas
 Bloco 7 – Materiais de Bases e Soluções de Pavimentação Asfáltica
 Bloco 8 – Técnicas Executivas
 Bloco 9 – Avaliação de Pavimentos Asfálticos
 Bloco 10 – Técnicas de Restauração e Reabilitação de Pavimentos Asfálticos

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Observação

O conteúdo das aulas aqui apresentadas tem caráter educacional


e foi elaborado pelos quatro autores a partir das respectivas
experiências em ensino, pesquisa e extensão. As informações
possuem a contribuição de alunos e profissionais envolvidos
nestas atividades.

Na melhor de suas possibilidades, os autores registraram o crédito


devido nas diversas informações, incluindo fotos e figuras.
Nenhuma informação deverá ser entendida como conselho ou
recomendação de qualquer ordem.

Os materiais referidos não poderão ser copiados, reproduzidos,


adaptados, publicados ou distribuídos em qualquer forma sem o
consentimento prévio dos autores.

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Importância e Conceituação
A proporção de agregados em misturas asfálticas é de aproximadamente
93 a 97% em peso.

100
90
Percentual Influência (%)

80
70
60 Agregado
50 Ligante
40
30
20
10
0
1
ATR 2
Fadiga 3 Térmico
Trinc.

Influência do agregado e do ligante no desempenho de uma mistura


asfáltica. Fonte: FHWA (2002).

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Agregados

Os materiais pétreos usados em pavimentação,


conhecidos genericamente como agregados,
podem ser naturais ou artificiais: encontrados
diretamente na natureza ou passam por algum
tipo de processo para sua adequação.

Exemplo: Areia, Seixo Rolado, Pedra Britada,


Escória, etc.

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Classe Tipo Família

Origem
Calcário
Calcário
Dolomita
Folhelo
Sedimentar Arenito
Silício Sílex
Conglomerado
Brecha
Granito
Sienito
Diorito
Intrusivo
(textura grossa)
Gabro
Peridoto
Piroxênio
Hornblendito
Ígneo
Obsidiana
Púmice
Tufo
Extrusivo
(textura fina) Riolito
Traquito
Andesito
Basalto
Gnaisse
Xisto
Foliáceo
Anfibolito
Metamórfico Ardósia
Quartzito
Não Foliáceo Mármore
Serpnetinita
ASFALTOS Associação
Fonte: Manual do Asfalto - AI (2002) Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos
Classificação

Natural (areia, seixo rolado etc)


NATUREZA Artificial (areia de brita, pedra britada etc)
Reciclado (agregado de resíduo sólido )

Graúdo (retido na peneira de 2,0 mm)


Miúdo (passante na peneira de 2,0mm)
TAMANHO De enchimento (65% a 100% passante na
peneira 200
e 100% passante na peneira 40)

Graduação Bem-graduada ou Densa


DISTRIBUIÇÃO Graduação Aberta
DOS GRÃOS Graduação Uniforme
Graduação em Degrau (descontínua)

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Graduações

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Produção de Agregados

Esquema Simplificado do Processo de Britagem


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Exemplo de pedreira

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Vista geral de uma britagem

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Tipos de britagem

Impacto

Impacto
+
Desgaste por atrito

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Tipos de britagem
Impacto
+
Cisalhamento
+
Compressão

Impacto
+
Compressão

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Amostragem de Agregados

DNER PRO 120/97 e NBR NM 26 (NBR 7616)


Coleta de Amostra de Agregados

DNER PRO 199/94 e NBR NM 27 (NBR 9941)


Redução de Amostra de Campo de Agregados para
Ensaios de laboratório

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Caracterização Tecnológica

As características tecnológicas dos agregados servem para


assegurar uma fácil distinção de materiais, de modo a poder
comprovar sua homogeneidade, bem como selecionar um
material que resista, de maneira adequada, às cargas e à ação
ambiental às quais o pavimento irá sofrer.

 Graduação  Forma

 Absorção  Limpeza

 Durabilidade  Adesividade

 Massa específica real e aparente  Textura

 Resistência ao Choque e ao
Desgaste

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Agregado Graúdo
Amostragem – deve ser feita diretamente na correia transportadora ou
em diversos pontos do monte, e então misturada e quarteada.

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Redução de amostra

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Quarteamento Manual

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Redução de amostra

1 2

3 4

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Análise Granulométrica

Pode ser com ou


sem lavagem.

Manual ou em
peneirador
automático.

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Exemplo de Frações Típicas de
Agregados em Misturas Asfálticas

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Massa Específica Real, Aparente e
Efetiva do Grão

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Massa específica Real do Grão e
Aparente do Grão

Massa específica real do grão Massa específica aparente do grão

M g MM g
Gsa  ( 3)
Gsb
Gsb ( g (3 ) 3)
Vs  V pi cm Vs VV
V pi  V
s
pp V
cm
pi
cm pp

Massa específica efetiva do grão

M g Vppn= volume de poros


Gse  ( 3)
permeáveis não

Vs  V pi  V ppn cm preenchidos com


asfalto

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No Laboratório

Cesto metálico e balança com


dispositivo para pesagem hidrostática

Dr = massa específica real


Da = massa específica aparente
a = absorção (%)

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Ensaios para Determinação da
Densidade de Agregados
Agregados Graúdos: ASTM C127 - AASHTO T85
DNER ME 081/94 - NBR 9937

Gsa = A Densidade Real

A – Peso do agregado seco em estufa A-C


B – Peso do agregado na condição Saturada
Gsb = A Densidade Aparente
Superfície Seca
C – Peso do agregado imerso em água B-C

ASFALTOS
a = Associação
(B - A) Brasileira
x 100das Empresas
AbsorçãoDistribuidoras de Asfaltos
Ensaios para Determinação da
Densidade de Agregados
AGREGADO GRAÚDO
DNER-ME 081/98 e
ASTM C 127-88

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No Laboratório - Enxugamento da
superfície dos Agregados

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Agregado Miúdo

 Amostragem – amostra deve ser representativa;

 Segregação é menor;

 Granulometria (igual ao graúdo);

 Densidade e Massa específica real e aparente;

 Angularidade (FAA);

 Matéria Orgânica;

 Equivalente de Areia.

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Densidade Real dos Grãos (Dr)

Utilização do Picnômetro

Onde: A: Picnômetro vazio


B: Picnômetro + Material
C: Picnômetro + Material +
Água (ºC)
D: Picnômetro + Água (ºC)

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Densidade Real dos Grãos (Dr)
AGREGADO MIÚDO
DNER-ME 084/95
(Picnômetro de 500 ml) A

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Densidade Efetiva – (dosagem de
mistura asfáltica) – NBR 12891

quando absorção <1%

quando absorção >1%

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Massa Específica Aparente –
DNER ME 195/97

É a relação entre a massa e o volume do


material sem levar em conta os vazios de ar.

Utilizado para transformar unidades


volumétricas em gravimétricas e vice-versa.

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Perda por Abrasão
A perda por abrasão Los Angeles consiste em submeter cerca de 5.000g de agregado a 500 até 1.000 revoluções no interior do cilindro de uma máquina Los Angeles. 10 esferas padronizadas
de aço são adicionadas ao agregado, causando um efeito danoso a este quando a máquina é ligada. Com auxílio de uma análise granulométrica calcula-se a perda por abrasão:

LA = Perda por abrasão Los Angeles (%)


mi = massa inicial
mf = massa final

Parâmetro fundamental em Tratamentos Superficiais e Britas


Graduadas.

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Utilização da Máquina
Los Angeles

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Exemplos da Máquina
Los Angeles

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Forma de Agregados
 Utilização da placa de lamelaridade;

 Índice que varia de 0 (cúbico) a 100 (lamelar);

 Agregados muito lamelares levam as misturas a ter uma grande rigidez e podem romper-se
durante a compactação, deixando algumas faces do agregado sem cobertura betuminosa.

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Placa de Lamelaridade

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Metodologia Superpave

Aparelho para a medida das dimensões dos agregados para o cálculo da lamelaridade.

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Resistência ao Choque -
DNER ME 399/99

O ensaio de impacto ou choque


consiste em dar uma série de golpes
com um soquete padrão no
agregado colocado dentro do cilindro
do aparelho Treton. Calcula-se a
perda de massa após o impacto.

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Treton

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Esmagamento -
DNER ME 197/97
O ensaio de esmagamento mede a resistência
do agregado submetido à compressão de uma
carga variável de até 40tf, aplicada
uniformemente sobre os agregados colocados
dentro de um cilindro. A razão de carga é de
4tf/min. Determina-se a carga que conduz a uma
quebra de 10% do material.

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10% finos

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Sanidade -
DNER ME 089/94

 Visa determinar a resistência do agregado à desintegração


química – intemperismo;

 O basalto, por exemplo, se deteriora formando argila que não é


desejável em uma mistura asfáltica;

 O ensaio consiste em atacar o agregado com uma solução


saturada de MgSO4 (Sulfato de Magnésio) ou Na2SO4 (Sulfato de
Sódio) por cinco ciclos de 16 a 18 horas a 21ºC. O resultado é
expresso como a perda de peso que deve ser inferior a 12%.

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Sanidade

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Sanidade

Antes Após

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Textura ou Microtextura

microtextura
 A resistência ao
cisalhamento
depende da textura
macrotextura superficial.

 Superfície
específica alta –
maior consumo de
ligante asfáltico.

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Adesividade

Capacidade de uma mistura de se manter coesa durante toda sua vida de serviço.

 Ensaios visuais – DNER ME 078/94 e


ME 079/94.

 Ensaios mecânicos – Lottman


Modificado, AASHTO T-283, entre
outros.

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Massa Aparente

 É a relação entre a massa e o volume do


material, sem levar em conta os vazios de ar;

 Utilizado para transformar unidades


volumétricas em gravimétricas e vice-versa;

 Utilizar caixa de madeira com 12cm de lado.

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Equivalente de Areia (EA)
Tem por finalidade a identificação de
Proveta graduada
finos plásticos no agregado miúdo.
Colocar o material na proveta com Solução
solução padronizada; deixar em floculada
repouso; agitar; ler a altura da
suspensão (h1) e da sedimentação (h2).
Para misturas asfálticas, EA>55%. Leitura da suspensão h1
Argila em
suspensão

Leitura da sedimentação h2
Agregado
sedimentado

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Equivalente de Areia (EA)

Proveta graduada

Solução
floculada

Leitura da suspensão h1
Argila em
suspensão

Leitura da sedimentação h2
Agregado
sedimentado

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Matéria Orgânica

 Comparação de coloração de uma


amostra com branco após 24 horas
de imersão em ácido tânico.

 Em misturas a quente, a matéria


orgânica é queimada no secador da
usina.

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Material de Enchimento - Fíler

Amostragem - amostra deve ser representativa:

 Evitar grumos;

 Densidade Real – Frasco Le Chatelier;

 Superfície específica;

 Exemplo: Cal, Cimento, Pó de Pedra, etc.

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Produção e Controle

maciço
Qualidade equipamentos
estocagem

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Produção e Controle

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Produção e Controle

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Fracionamento

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Estocagem

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