Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Química da Madeira
(20 horas /aula)
Andréia S. Magaton
anmagaton@yahoo.com.br
2009
1
1
Evolução da Demanda Mundial de Celulose de Mercado
por Produto – 1970 a 2015
- Million tons -
70 70
Forecast Sulphite
Unbleached kraft
60 2001-2015 60
50 50
40 40
Bleached hardwoodkraft
30 30
20 20
Bleached softwoodkraft
10 10
Semichemical
0 Mechanical 0
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015
Fonte: JPC
O9EY02A
3
30 Birch
25
Eucalyptus
20
15 Mixed
N orthern
10 Mixed
S outhern
5 Acacia
Mixed T ropical
0
70 75 80 85 90 95 00 05 10 15
19 19 19 19 19 19 20 20 20 20
Fonte: JPC 4
2
Principais Tipos de Células de Folhosas e Coníferas
3
Composição elementar da madeira
Constituinte, Coníferas Folhosas
% Larix Pinus Abeto Carvalho Faia Eucalipto
Carbono 49,6 50,2 50,0 49,2 48,9 48,7
Hidrogênio 5,8 6,1 6,0 5,8 5,9 5,6
Nitrogênio 0,2 0,2 0,2 0,4 0,2 0,2
Oxigênio 44,2 43,3 43,5 44,2 44,5 45,1
Inorgânicos 0,2 0,2 0,3 0,4 0,5 0,4
Composição Geral
• Polissacarídeos
• Celulose
• Hemiceluloses
– Xilanas
– Mananas
• Pectinas
• Amido
• Ligninas
• Extrativos
• Constituintes Inorgânicos (cinzas)
4
Seção Transversal de Traqueídeo de Conífera
S1, S2 e S3 - Camadas
da parede secundária
pr - ‘’Parede primária
ml - Lamela média
W - - celulose
10
5
Arranjo ultra estrutural da celulose, hemiceluloses e
lignina na parede celular (Goring)
11
12
6
Química da Madeira de Climas Frios
Maa n a n a s 20 5
Hemiceluloses
{ X ila n a s 10 20 - 3 0
L ig n in a s 2 5 -3 0 2 0 -2 5
Extrativos 4-10 1-4
Inorgânicos 0.2-0.3 0.4-0.5
13
14
7
Composição dos Componentes Principais
• Celulose → constituída 100% de glicoses
• Xilanas
– Xiloses
– Arabinoses
– Galactose
– Ramnoses
– Grupos acetila
– Grupos de Ácidos Urônicos
• Mananas
– Glicoses
– Manoses
– Grupos acetila
• Ligninas
– Guaiacila
– Co-polímero Siringila-Guaiacila
• Extrativos
– Mais de 5000 compostos identificados
• Inorgânicos
– Mais de 50 elementos identificados
15
16
8
Composição química variável da madeira
• Entre classes : coníferas x folhosas x gramíneas
• Entre gêneros : Picea spp x Pinus spp; Eucalyptus x Acacia x Bétula
• Dento do gênero: Eucalyptus grandis x Eucalyptus globulus
• Dentro da Espécie
– diferentes clones de E. grandis
• Dentro da mesma árvore
– base → topo
– medula → casca
– cerne → alburno
– lenho primaveril → lenho outonal
– Crescimentos anormais
• madeira de compressão (coníferas)
• madeira de tração (folhosas)
• Dentro da mesma fibra : M+P x S
• Variações do micro-clima, do solo e da idade também afetam a química
da madeira
– Clima tropical x clima temperado
– Precipitação
– Físico-química do solo
– Adubação, etc.
17
18
9
Reações químicas da madeira
B. Ácidos
19
C. Álcalis (Bases)
Bases fortes dissolvem lignina, carboidratos e extrativos
• Em temperatura ambiente ocorre ligeira degradação
• Em temperaturas elevadas (100 a 180oC) ocorre
significativa dissolução de CH2O, lignina e extrativos (ex:
polpação soda e kraft):
– Hidrólise alcalina de ligações glicosídicas e reações de
despolimerização terminal nos CH2O
– Clivagem de ligações éter da lignina
– Saponificação de extrativos
20
10
100 kg Madeira Eucalyptus grandis
MADEIRA
Extrativos Ligninas Hemiceluloses Celulose Cinzas
2,1 kg 26,7 kg 21,0 kg 50,2 kg 0,4 kg
11
CARBOIDRATOS DA
MADEIRA
• Celulose
• Hemiceluloses
• Substancias pécticas
• Amido
• Açúcares
– Sacarose, glicose, manose, galactose, xilose,
arabinose, fucose, ramnose, etc
23
24
12
ESTEREOQUÍMICA DA GLICOSE
• A glicose possui 4 átomos de carbono assimétricos(*) que
podem formar estereoisômeros
• No de Estereoisômeros = 2n, onde n = número de carbonos
assimétricos (C*) → D - glicose possui 16 estereoisômeros
• C assimétrico (C*) = possui 4 grupos diferentes ligados a
ele.
CHO CHO
H OH HO H
C* C*
HO H H OH
C* C*
C* C*
H OH HO H
C* C*
H OH HO H
CH2OH CH2OH
D-Glicose L-Glicose
25
1CHO
2
H C OH
HO 3 C H
H 4C OH
H 5C OH
6 CH OH
2
6 CH2 OH 6 6CH2 OH
CH2 OH
H
5C O 5C 5C O
H O
4
*
OH
4 OH 4 OH
C C C OH CH O C C
1 1 1
2 2 2 H
OH C C OH C C OH C C
OH
3 * 3 3
OH OH OH
Acima=
CH2 OH O CH2 OH O
HO HO
Abaixo =
HO HO OH
OH OH
OH
26
13
Síntese da celulose na planta
1. invertase
2. hexoquinase
3. Fosfoglico-
mutase
4. UDP-glicose
fosforilase
UTP = uridina
trifosfato
UDP = uridina
difosfato
PPi = pirofosfato
ATP = adenosina
trifosfato
ADP = adenosina
difosfato
27
Desidrogenase
C-4-epimerase UDP-D-
GALACTOSE
Descarboxilase Descarboxilase
C-4-epimerase
UDP-D-XILOSE UDP-L-ARABINOSE
28
14
CELULOSE
29
Celobiose Glicose - H2 O 2
CH2 OH OH CH2 OH
O O
HO
O
HO
OH
+ n HO CELULOSE
HO HO OH
O
OH CH2 OH OH
30
15
Estrutura da celulose
OH OH
Haworth: CH2 OH CH2 OH
H O O H H O O
OH OH OH H, OH
OH
H H O O H H O
OH
OH CH2 OH OH CH2 OH
Instável CH2 OH
OH
OH CHO
O
OH
Conformacional:
OH 4 OH 1 CH2 OH
1 CH2 OH O 4
HO HO O
O O
O HO O HO O
O O
4 CH2 OH OH 1 4 CH2 OH OH
1 2 3
Grupo terminal Unidade central de celobiose Grupo terminal 31
não redutor redutor
Estrutura da celulose
32
16
Fontes de celulose
• Algas marinhas
• Pêlos de frutos-pericarpo
Ex: algodão, casca de côco da Bahia, etc.
• Líber = fibras do floema (ex: Juta, linho, cânhamo,
rami, casca da madeira, etc.)
• Gramíneas-monocotiledôneas (ex: sisal, esparto,
bagaço de cana, bambu, Abacá, BANANEIRA, palhas
de cereais, etc.)
• Lenho = Fibras do xilema (madeira)
33
34
34
17
35
35
36
18
Cristalinidade da Celulose
• Influenciada pelo número de ligações de H
– Cada unidade de glicose possui 5 oxigênios, o que facilita
a formação de muitas ligações H
• Alta cristalinidade diminui reatividade da celulose
• Cristalinidade depende da origem da celulose
¯ Ramie > algodão > madeira > celulose regenerada
(celulose II)
• > cristalinidade > densidade
– celulose cristalina = 1,59
– celulose amorfa = 1,49
• Possíveis causas das regiões não-cristalinas
– Presença de hemiceluloses
– Curvatura das microfibrilas
– Descontinuidade das microfibrilas 37
m orfa
a
a lina
crist
d002 = 4.6 nm
2 nm
l=6
38
19
Organização Microfibrilar da Parede
Celular
39
Wood Pulp
74
Degree of cristallinity, %
72
70
68
66
64
62
60
58
E. glob ulus E. E. grandis B. Pendula A.
urograndis mangium
40
20
Higroscopicidade da Celulose
(Celulose: mais higroscópica que P2O5)
Fenômeno da Histerese
Absorção de água, %
14
12 secagem
Secagem
10
8
Umidecimento
6
4
2
0
0 25 50 75 90 100
Umidade Relativa, % 41
42
21
Mudança das ligações de hidrogênio durante a
remoção de água de duas cadeias de celulose
adjacentes
43
Inchamento da celulose
• Ocorre devido à sua alta polaridade (grupos OH)
• Inchamento inter cristalino: pela água
– ocorre entre as regiões cristalinas
• Isto é, ocorre nas regiões amorfas das microfibrilas
22
Mercerização da celulose
• Técnica desenvolvida por John Mercer em
1844
• Consiste no tratamento da celulose com álcali
– Celulose alcalina I
• Celulose tratada com NaOH 8-12%
• Produção de viscose / rayon
– Celulose alcalina II
• Celulose tratada com NaOH > 21%
• Utilizada na fabricação de outros derivados 45
Dissolução da celulose
• Insolúvel em solventes comuns
– Devido a alta polaridade e cristalinidade
• Dissolução da celulose:
– Solubilização em solventes específicos
– Via transformação em um derivado solúvel
• Nitrato - solúvel em acetona
• Acetato - solúvel em clorofórmio ou acetona
• Xantato - solúvel em hidróxido de sódio
46
23
Solventes da Celulose
• Solventes alcalinos
– Inorgânicos: somente causam inchamento
– Orgânicos: solubilizam a celulose
• Dimetilacetamida / cloreto de Lítio (p/ análise de
distribuição de DP por Cromatografia de permeação em
gel – GPC)
• Hidróxido de etilenodiamina cúprica ou CED - p/ medição
da viscosidade da polpa (DP médio)
{Cu (NH2 - CH2 - CH2 - NH2) 2 } (OH) 2
• Solventes salinos: ZnCl2, CaI2, SrI2, NaCSn,
Ca(CSn)2, à quente
47
48
24
Peso Molecular Viscométrico (Mv)
49
25
Propriedades do Polímero :
Polidispersividade
• É calculada pela relação entre pesos moleculares
mássico e numérico (Mw / Mn)
• Se MW / Mn = 1 (polímero monodisperso)
• Para a celulose da parede secundária Mw / Mn =
1,5-2.0
• Celulose da parede primária tem alta
polidispersividade, i.e., larga distribuição de peso
molecular;
• O oposto ocorre para a celulose da parede
51
secundária
26
Estrutura da celulose
CH2 OH
OH
OH CHO
O
OH
OH 1 4 CH2OH OH 1 CH2 OH
O 4
HO HO O
O O
O HO O HO O
O O
4 CH2OH OH 1 4 CH2 OH OH
1 2 3
Grupo terminal Unidade central de celobiose Grupo terminal
não redutor redutor
53
27
Reações de degradação da celulose
- Ação de ácidos:
CH2 OH OH
O
HO HO
O
O O
O
OH CH2 OH
Fragmento de celulose
(polissacarídeo presente na madeira)
hidrólise (H+ )
+ 2 H2 O
CH2OH CH2 OH
O O
HO HO
HO OH HO OH
OH OH
55
Glicose Glicose
CH2 OH OH
O CH2 OH OH
HO HO +
O
OH H HO
HO
HO O H OH
O HO O
OH CH2 OH O
OH +
CH2 OH
CH2 OH OH
O
HO HO
OH
HO HO
+ O
OH CH2 OH
+ H2 O
CH2 OH CH2 OH
O O
HO HO
OH HO
HO
OH OH
56
OH
28
Reações de degradação da celulose
• Pela ação de álcali - hidrólise alcalina
CH2 OH OR
CH2 OH -
O OH
RO HO O
HO OR
OH OR O-
- RO-
CH2 OH
O
HO
HO OR
OH 57
- OH
HOH2C OH HOH2C OH -
O HOH2C OH
O H
O
OH - OR OH OH
RO RO
HO HO HO
29
Quebra das Ligações Glicosídicas
Ácido: clivagem homogênea → perda de viscosidade
Unidade de Glicose
Grupo Terminal Redutor
59
30
61
61
62
62
31
HEMICELULOSES
63
HEMICELULOSES
32
HEMICELULOSES
65
OH
CH2 OH O CH2OH O CH2 OH
O
HO HO OH
HO OH HO OH HO
OH OH
OH
66
33
Constituintes das Hemiceluloses
OH
O O
HO
OH
HO OH
OH CH2 OH
OH
-D-xilose -L-arabinose
67
Ácido Ácido
-D-galacturônico -D-glicurônico
COOH
O
H3 CO
HO
OH
OH
Ácido 4-O-metil-
68
-D-glicurônico
34
Classificação das Hemiceluloses
• Madeiras de Folhosas
– Acetato de 4-O-metilglicourono-xilana
– glicomananas
• Madeiras de Coníferas
– Arabino-4-O-metilglicourono-xilana
– Acetato de Galactoglicomananas
69
Folhosas:
Acetato de 4-O-metilglicouronoxilana
70
35
Folhosas: Estrutura da O-Acetil-4-O-metilglicuronoxilana
Estrutural: COOH
O
H3 CO
HO 1
OH
OH O 1 OH
O 4
AcO HO O O
O O HO
2 O
O AcO O Xil O
O O O AcO
OH O
OAc OAc
HO HO
O
O OH O OH
Xil (ramificação) = O O
O OH
O
AcO
n
Simbólica:
1
Ac Ac 7 4-O-Me--D-AGlc 71
72
36
Total de Grupos Acetila em Clones de Eucalipto,
em percentagem do peso da madeira
Clone Eucalyptus Eucalyptus Eucalyptus nitens
Brasileiros globulus - Aust -Aust
1 2.4 3.8 5.1
2 2.7 3.5 4.9
3 2.5 3.6 5.1
4 2.3 3.6 4.6
5 2.5 3.6 4.7
6 2.5 3.5 4.9
7 2.2 3.5 4.7
8 2.6 3.6 -
9 2.6 2.8 -
10 2.6 3.0 -
73
37
Folhosas: Acetato de 4-O-metilglicourono-xilana
• Reatividade
– Grupos carboxílicos:
• formam ésteres com celulose, outras hemiceluloses e
lignina
• Estabilidade ao álcali:
– ligações xilosídicas: facilmente hidrolisadas
– Ligações entre ácidos urônicos e xiloses: resistentes
devido a formação dos ácidos hexenourônicos
– Grupos acetila: facilmente hidrolisados
• Estabilidade ao ácido
– ligações xilosídicas: facilmente hidrolisadas
– Ligações entre ácidos urônicos e xiloses: resistentes
– Grupo acetila: resistentes
75
H3CO
H glicurônico
HO
OH
O
O
O
HO O Xilp-Xilp-Xilp
O
HO O HO O
O
OH OH
cozimento
HOOC
O
Ácido
hexenurônico
HO
OH
O
O
O HO
O
O Xilp-Xilp-Xilp
HO O HO O 76
O
OH OH
38
Folhosas:
Acetato de 4-O-metilglicourono-xilana
Propriedades do Polímero
E. globulus 31 16
E. urograndis 31 14
E. grandis 25 13
B. pendula 24 14
A. mangium 28 13
78
39
Folhosas: Glicomananas
• 3-5% da madeira
• Relação glicose:manose (1:1-1:2)
• Lineares e de difícil isolamento (baixa
solubilidade em álcali
• Peso molecular exato desconhecido
• Boa estabilidade em ácido
• Baixa estabilidade em álcali
79
Folhosas: Glicomananas
- Estrutural:
CH2 OH CH2 OH
O O
O HO HO
O O
HO O OH OH
O HO O
OH CH2 OH OH O
CH2 OH
- Simbólica:
4--D-Glcp-14--D-Manp-14- -D-Glcp-14--D-Manp-14
80
40
Coníferas: Arabino 4-O-metilglicouronoxilana
- Simbólica:
1 1
4-O-Me--D-AGlcp 2 L-Araf 82
41
Xilanas de Coníferas x Xilanas de Folhosas
• Mais ácidas que as xilanas de folhosas (2 ud ácido:
10 ud xiloses)
– Nota: xilanas de eucalipto podem também conter 2 ud
ácido: 10 ud xiloses)
• Não possuem grupos acetila
• Possuem grupos laterais de L-arabinofuranose
• Grupos laterais
– Os grupos laterais de arabinofuranose são facilmente hidrolisados
em ácido, mas resistentes ao álcali
– Os grupos laterais de ácido urônico aumentam a resistência dessas
xilanas ao álcali
83
42
Coníferas : Galactoglicomananas
85
CH2 OH O CH2 OH
O HO O
O OAc HO
-
OH O
HO O HO O OH
OH O O
CH2 O CH2 OH
OH
HO
O
CH2OH
OH
- Simbólica:
4--D-Glcp-14--D-Manp-14- -Manp-14--D-Manp-14
6 2 3
86
-D-Galp Ac Ac
43
Xilanas de Gramíneas
87
Função
88
44
Reações
• Semelhantes às da celulose
Reação de adição nos grupos OH
Ligações éter e ésteres nos grupos OH (metilação, nitração)
Oxidação de grupos OH grupos carbonila
Oxidação de grupos OH grupos carboxílicos
Reação de descascamento (meio alcalino)
Hidrólise das ligações glicosídicas (meio ácido e alcalino)
Desacetilação
Conversão de ácidos glicurônicos em hexenurônicos
89
Reatividade
45
Implicação na produção de derivados
92
46
OUTROS CARBOIDRATOS DA MADEIRA
93
Pectinas
94
47
Amido
95
LIGNINAS
96
48
LIGNINA : GENERALIDADES
• Descoberta por Anselme Payen em 1838
• Klason em 1907: unidades de álcool coniferílico
• Do Latin “lignum” = madeira
• Macromolécula aromática, heterogênea,
ramificada e amorfa
• Estrutura básica de fenilpropano (C6-C3) unidas
por ligações éter e C-C
• Composição distinta dependendo da madeira
97
LIGNINA: FUNÇÃO
• Aumenta a rigidez da parede celular
• Cimenta as células umas às outras
• Reduz a permeabilidade da parede celular a água
• Protege a madeira contra microorganismos
• Aumenta a resistência da planta à compressão,
permitindo o seu crescimento vertical
98
49
LIGNINA: BIOSSÍNTESE
• Proveniente do metabolismo secundário da planta
• Derivada de 3 precursores primários:
– Álcool p-coumarílico
– Álcool coniferílico
– Álcool sinapílico
• Os precursores primários são gerados a partir de:
• Rota metabólica do ácido shiquímico
• Rota metabólica do ácido cinâmico
• A síntese da lignina é um processo intracelular
99
NH2
HO CH2CHCOOH
CH2COCOOH Tirosina
HO
COOH
NH2
CH2CHCOOH
Ácido prefênico
Fenilalanina
100
50
Rota do ácido cinâmico
NH2
CH2 CHCOOH CH CHCOOH
FENILALANINA
AMÔNIA LIASE
FENILALANINA ÁCIDO CINÂMICO
FENOLASES
NH2
TIROSINA
HO CH CHCOOH
HO CH2 CHCOOH AMÔNIA LIASE
101
1- C3-Fenolases 1- C5-Fenolases
2- C3-Metiltransferases OCH3
2- C5-Metiltransferases H3CO OCH3
OH OH OH
Ácido p-cumarílico Ácido ferúlico Ácido sinápico
102
51
Álcoois p-hidroxi-cinamílicos =
Precursores das Ligninas
CH2OH CH2OH CH2OH
OCH3 H3 CO OCH3
OH OH OH
Álcool p-cumarílico Álcool coniferílico Álcool sinapílico
Biossíntese da lignina
PAL- fenilalanina amônialiase
TAL – tirosina amônialiase
C4H- cinamato 4-hidroxilase
C3H – p -cumarato 3-hidroxilase
COMT – cafeato O-metil transferase
F5H – ferulato 5-hidroxilase
4CL – 4 – coumarato coezima A-
ligase ou hidroxicinamato CoA ligase
CCoAOMT - cafeoloil CoA-O-
metiltransferase;
CCR - cinamil CoA redutase;
CAD - cinamil álcool desidrogenase
CALD5H - coniferaldeído 5-
hidroxilase
104
52
Inovações genéticas
CHO CHO CHO CH2OH
O Processo de Lignificação
• Geração dos álcoois p-hidroxi-cinamílicos nas vesículas de
golgi
• Armazenamento dos precursores no câmbio na forma de um
glicosídeo (estável)
• Transporte dos precursores através da membrana até sítios de
lignificação na parede celular
• Liberação do precursor no sítio de lignificação pela enzima -
glicosidase
– A -glicosidase existe somente na parede celular das células
em fase de lignificação
106
53
Álcoois p-hidroxi-cinamílicos =
Precursores das Ligninas
CH2OH CH2OH CH2OH
OCH3 H3 CO OCH3
OH OH OH
Álcool p-cumarílico Álcool coniferílico Álcool sinapílico
CH2OH
O
HO
HO O CH CH CH2OH
OH
CH3 O
108
54
Liberação do álcool coniferílico na região de
lignificação pela -glicosidase
CH2 OH CH2 OH
CH CH
CH CH
-D -glicosidase
CH2 OH
O OCH3 - glicose OCH3
HO
HO O OH
OH
Coniferina Álcool
coniferílico
109
OCH
3
OH
Lacases, peroxidases - (e- + H+ )
(desidrogenases)
CH 2 OH CH 2 OH CH 2 OH CH 2 OH CH 2 OH
HC HC HC HC HC
CH CH CH CH CH
55
Modos de Acoplamento do Radical Fenóxido
I II III IV
II -O-4 - -5 -1
111
CH2OH CH
CH2OH
HC CH
CH CH + RO- C H2OH OCH3
+ HC O
CHOR
OCH3 OCH 3
O O
OCH3
OH
Ligação -O-4
112
56
Modelo Lignina Folhosas
C HO
C H
C H
H C O OC H
3 3
H C O C H OH O
3 C H OH 2
2
C H C H OH
[ O 3 C H 2
C H CH
C HOH
H C O C HOH
3
O
4 C H OH
5 2 H C
HOCH 6 2 C H
2H C O OC H C H 2
3 3 H C C H
HC O OH OC H
3
C H O [ O C H HO C H
C O C H OH
2
[
HC
9 10 11
2 C HOH
HOCH C H OH
2 H C O OC H 2 H C O OC H OC H
H CO 3 3 3 3 3
3 O C H O OH
O C H
HOCH 8 C H
2
C HOH H C O OC H
3 3
[ HC O
15
7 [ O C H H CO OC H C H OH
3 3 2
H C O OC H
3 3 O C H
OH C H OH C H OH
12 2 2 O
C HOH
OC H C H C H HO C H C H C
3 2
O C H C H H
O 16
H CO OC H
3 3
13 14 17
O
H C O H CO OC H
3 3 3
OH [ O O
H C C H
2
H C CH
2
O
18
H CO OC H
3 3
OH
Moraes, 1994 113
HC O
HCOH H 2 COH
HC O
16 H 2 COH
HCOH
[CH 2 OH]
H 3 CO HC O
HC O OH
O CH 12 OCH 3
HC H 2 COH
CH H 3 CO 11
HC
15 O
HCOH
H 3 CO HOH 2C CH CH O
1
OH
H 2 COH 14
H 3 CO
O CH H 2 COH OCH O
3 H2C
HCOH HC O CH
HC CH
HCOH H 2 COH
2 HC CH
HO 9 CH 2
H 2 COH O
13
HCOH
O CH H 3 CO OCH 10
3
HC O OCH3
8
O
HOCH HOCH 2 H CO
2 3 3
HC HC O
OCH
HC O 3 HCOH
4 7
H 2 COH HOCH 2 H 3 CO
H 3 CO
O CH HC O
HCOH C O
5 6
H 3 CO OCH 3
OH
114
OH GIERER
57
A Relação Siringila / Guaiacila da
Lignina e sua importância
115
90
80 S G H
70
60
Mole %
50
40
30
20
10
0
E. globulus E. E. grandis B. pendula A.
urograndis mangium
58
Conteúdo de Lignina e Relação S/G de Várias
Espécies de Eucalipto
Espécie Lignina Klason,% S/G, mol/mol
globulus -Chile 21.0 4.7
nitens - Chile 23.2 3.3
urograndis 24.2 2.5
urograndis 23.8 2.6
grandis 24.2 2.7
grandis 21.3 2.9
grandis 22.8 3.2
grandis 20.4 2.9
urophylla 22.3 2.6
urophylla 23.6 2.2
117
118
59
Alguns fatos sobre S/G da Lignina
119
70
S G H
60
50
Mole %
40
30
20
10
0
E. globulus E. E. grandis B. pendula A. mangium
urograndis
120
60
Impacto da Relação Siringila/Guaiacila na Polpação e
Branqueamento
7 2
E. globulus
6 E. globulus
1,6
5
4 1,2
S :G
S:G
3
0,8
2
1 0,4
0
0
12 14 16 18 20 22 24 26 28
3 4 5 6 7 8 9
121
122
61
Principais subestruturas de lignina
C
C C
C O
C C
C O C
-O-4 -O-4
C
A ligação mais C
C C
C C C
importante para C
C C C
C O
C
coníferas ou
folhosas
O O
O O
-5 5-5
Condensada C2, C6
C
C C
C C C
C O
C C C C
C
C C C
O O O O
124
62
Percentagem dos diferentes tipos de ligações
com lignina isolada (MWL) de Bétula
Tipos de ligações Guaiacila Siringila Total
-O-4 22-28 34-39 60
-5 6-12 6-12
Condensadas C2, C6 1-1,5 0,5-1 1,5-2,5
5-5 4,5 4,5
4-O-5 5,5 5,5
- 4 3 7
-1 1 2 3
125
0,6
Wood pulp
0,5
0,4
b -O-4 / C6
HO
0,3
RO
O
OCH
3 0,2
OCH
3
O
0,1
0
E. globulus E. E. grandis B. pendula A.
urograndis mangium
126
63
Impacto do conteúdo de estruturas B-O-4 (13C NMR) da polpa Kraft
(kappa 16-19) na branqueabilidade da polpa
0,35
0,3
b - O-4 content / C6
E. globulus
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
3 4 5 6 7 8 9
ClO2 consumption, % / pulp
127
64
Composição elementar de ligninas
Espécie %C %H %O % OCH3
CONÍFERAS:
Picea abies 63,8 6,0 29,7 15,8
Araucaria angustifolia 59,1 5,6 35,3 17,8
Pinus taeda 61,6 5,9 32,5 14,0
FOLHOSAS:
Eucalyptus regnans 59,2 6,3 33,6 22,9
Populus tremuloides 60,0 6,1 33,9 21,5
Gmelina arborea 58,7 5,8 35,5 19,3
Eucalyptus grandis 60,6 6,0 32,4 22,0
129
130
65
Classificação geral das ligninas
131
• Grupos de carbonila
• Grupos alcoólicos
66
Grupos Metoxílicos
R
- 90% em coníferas
- Pode chegar a 180% em algumas folhosas
- Reagem facilmente com HO- e HS-
- Responsáveis pela formação de
OCH3
mercaptanas e metanol no cozimento kraft
OR
133
R R
OCH3 OCH3
OH OR
Grupo Fenólico Grupo Fenólico
Livre(20% ) eterficado (80% )
134
67
Conteúdo de estruturas contendo fenóis livres (1H NMR) em ligninas de
várias madeiras e polpas Kraft (kappa 16-19) – ligninas extraídas com
dioxano
R 0,5
PhOH / C9
0,4
0,3
0,2
OCH3 0,1
OH 0
E. glob ulus E. E. grandis B. pendula A.
urograndis mangium
135
Grupos Carbonila
136
68
Grupos Alcoólicos
CH2 OH CH2 OH
CH CH OR
CH CH OH
OCH3 OCH3
OR OR
137
C C C
C
C OH C O C C O C
C OH
138
69
Estruturas condensadas em C-5 e
C2/C6 (15-20% em coníferas)
CH2OH
C OR
C5 H C OH
C6 C2
C4-O OCH3
Câ OR OCH3
OR
139
70
Ligações entre a lignina e polissacarídeos
CH2OH CH2OH
O CH O CH
OH
CH O C O CH O CH2
O
H3 CO
OH
HO O
OH
O Xilp Xilp
O Xilp Xilp
CH3 O CH3O
O O
O CH
C O
CH3O
O
OH
HO
O
CH2OH
Manp Glip Manp O
141
III- Ligação de fenil-glicosídeo
Distribuição da lignina
71
Distribuição da lignina
143
Lenho de S 94 82 22
Fim de LM 4 10 60
Estação CC 2 9 100
144
72
Distribuição da lignina no xilema de Bétula
Branca (Betula papyrifera)
145
Isolamento da lignina
Lignina como resíduo de reações
• Hidrólise ácida dos carboidratos (quantitativo) - Método de Klason
•Método perfeito para coníferas, porém no caso de folhosos ele
deve ser acompanhado da mediçao de lignina solúvel por
espectroscopia de UV
• Oxidação dos polissacarídeos com HIO4 (quantitativo)
73
USOS DA LIGNINA: GENERALIDADES
• Comercialmente produzida como um co-produto da
indústria de celulose e papel
• Liberada durante o processo de polpação química da
madeira
• Utilizada industrialmente desde 1880 em curtimento de
couro e corantes
• Atualmente utilizada em vários segmentos industriais
147
148
74
PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE LIGNINAS
• Lignina sulfito ou lignosulfonatos
• Derivada dos processos de polpação sulfito, onde não há
recuperação química
• Apresenta um comportamento hidrofílico
• De grande importância comercial
• Precisa ser processada e beneficiada
• Normalmente comercializada na forma de sal
• Principalmente na forma de sais de cálcio, sódio e
amônio
149
FORMAÇÃO DE LIGNOSULFONATOS
Cascas
Branqueamento
Neutralização
Máquina de secagem
Destilação
Evaporação
Máquina de papel
Processamento
Lignina Álcool
Papel Celulose sulfito etílico 150
75
USOS DA LIGNINA: AGENTE COLANTE
• A lignina naturalmente apresenta características de adesão
das fibras em plantas lenhosas
• Utilizada normalmente como co-reagente ou diluente
• Produz um adesivo muito efetivo e econômico
• Não causa danos ao meio ambiente, como no caso do uso
de adesivos a base de formaldeído
• São utilizadas com agente colante na fabricação de:
• Cerâmicas; madeira compensada; fibra de vidro;
asfalto; argamassa colante; etc.
151
152
76
ESQUEMATIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO
DISPERSANTE DA LIGNINA
153
154
77
USOS DA LIGNINA: SEQÜESTRANTE
• São aplicados visando remoção de íons metálicos dissolvidos
no meio aquoso, evitando a formação de depósitos escamosos
155
EXTRATIVOS
156
78
Extrativos: características gerais
• Componentes da madeira não pertencentes a parede
celular
• Extraíveis em água e ou solventes orgânicos neutros
• 1-4% da madeira de folhosas; 4-10% coníferas
• Baixo e médio peso molecular, exceto:
– Taninos → alguns de alto PM
• Influenciam nas propriedades físicas da madeira - cheiro,
cor, resistência à microrganismos, etc.
157
79
Componentes de Baixo Peso Molecular
159
80
Teor de Extrativos Lipofílicos na Madeira e na Polpa Kraft
de Eucalyptus globulus
1400
Madeira Polpa
1200
mg/Kg madeira
1000
800
600
400
200
0
ácidos Álcoois Esteróis outros Total
graxos graxos
Silvestre, A.J.D. et al. 7th BSCLWC, p. 69-76, Belo Horizonte, Brazil, 2001. 161
Extrativos: Classificação
• Compostos alifáticos
• Terpenos e terpenóides
• Compostos fenólicos (polifenóis)
• Outros
162
81
Extrativos : Função
• Material de reserva
– ácidos graxos, gorduras, ceras, amido, açúcares, etc
• Material de proteção
– terpenos, polifenóis, etc
• Hormônios vegetais
– Terpenóides (sitosterol, betulinol, etc.)
163
Extrativos - Localização
• Canais de resina (coníferas)
– Células epiteliais do parênquima secretam extrativos para
o interior da cavidade
• Resinas oleosas: 50% diterpenos, 20-30%
monoterpenos, terpenóides e ésteres de ácidos graxos
• Canais de goma (folhosas)
– Terpenos - poliprenóis (borracha natural)
– Terpenos - breu (árvore de breu - Protium paraensis)
• Extrativos do Cerne
– polifenóis
• Células de parênquima
– Associadas com o raio da madeira (95%)
– Amido, ácidos graxos e seus ésteres (ceras, gorduras,
esteróis, alcalóides, etc.) 164
82
Compostos alifáticos
• Alcanos
• Álcoois graxos (traços)
– Aracinol (C20), behenol (C22) e lignocerol (C24)
– Lipofílicos e estáveis
• Ácidos graxos
– saturados (ex: palmítico)
– insaturados (ex: linoleico)
• Gorduras (ésteres do glicerol)
• Ceras (ésteres de outros álcoois)
• Suberinas (poliestolídeos) : típicas da casca
165
166
83
Ácidos graxos mais abundantes na madeira, responsáveis pela
formação de pitch
COOH
Ácido Hexadecanóico ou palmítico
COOH
Ácido 3-metilhexadecanóico
COOH
Ácido octadecanóico ou esteárico
COOH
Ácido octadec-9-enóico ou oléico
COOH
COOH
COOH
168
84
Terpenos e Terpenóides: Classificação
• Terpenos - (C10H16)n
– Monoterpenos → C10H16(n=1)
– Sesquiterpenos → C15H24 (n=1,5)
– Diterpenos → C20H32 (n=2)
– Triterpenos → C30H48 (n=3)
– Politerpenos (n>4).
• Terpenóides
– tri- e politerpenos contendo grupos funcionais (ex: grupo
hidroxila na posição C3 = esteróide)
169
170
85
Monoterpenos
A
OR
1
4 5 1- -pineno
2 3
2- - pineno
3 -careno
4- Canfeno
5- Borneol
OH
6- Bornil acetato
8
6 7
7-Limoneno
8- Dipenteno
171
Sesquiterpenos
H OH
H 1- -muroleno
2- -cadineno
H H 3- -cadinol
H
4--cedreno
2 3
1 5-Longifolene
6- Juniperol
OH
4 6
5
172
86
Diterpenos
1- Ác. pimárico
COOH 3 2- Ác. sandaracopimárico
2
1 3- Ác. isopimárico
4- Ác. abiético
5- Ác. levopimárico
6- Ác. palustrico
6
COOH 5
7- Ác. Neoabiético
4
8- Ác. deidroabiético
7 8
173
Triterpenos
CH 2O H
HO
HO 2
1
OH
HO HO 1- -Sitosterol
4
3
2- Betulinol
3- Serratenediol
4- Cicloartenol
5- Tremulone
O
174
5
87
Politerpenos
H3 C H H3 C CH2
C C C C
H2 C CH2 H2 C H
n n
Hexeaprenol Balataprenol
CH3
H CH2 C CH CH2 OH
6-9
Betulataprenol
175
88
Fenólicos e Similares: Classificação e
Exemplos
• Taninos hidrolisáveis: pouco comuns na madeira
– ex: ácidos gálico e elágico
• Flavonóides taninos condensados
– ex: crisina, taxofolina
• Lignanas
– ex: pinoresinol, conidendrina
• Estilbenos
– pinosilvina
• Tropolôneos
– -tujaplicina
177
178
89
Fenólicos e Similares : Flavonóides (taninos
condensados
• Esqueleto de carbono do tipo: C6C3C6
• Alto peso molecular (após condensação), solúveis em álcool e
insolúveis em éter, benzeno ou tolueno
• Oxidados em condições alcalinas
• Instáveis na presença de luz
• Indesejáveis para a produção de celulose → coloridos e
dificultam o branqueamento
• Condensação de taninos → meio ácido → madeira mais velha
→ maior teor de taninos condensados
179
180
90
Tropolôneos
• Caracterizado por anel de 7 átomos de carbono
insaturados
• Típico de coníferas
• Ex: , e -tujaplicina, thujaplicinol e dolabrina
• Problemas de corrosão durante a produção de celulose
• São potentes agentes patológicos
181
H O C O O H H O O H
H O O
H O
O
O H
H O O
H O O
H O O
OH
H O O
Crisina
Taxofolina 182
91
Fenólicos e similares (Flavonóides)
OH
OH H 3C O CH 2 OH
OH
HO COOH
HO O OH
H 3C O OH
OH
HO OH
H O O
O H
Genisteína
183
O H
H 3C O
O
O
H C C H H 2C CO
2
H C C H H C C H
H 2C C H H C CH2
O
OCH 3
O C H3
O CH HO HO
3
H O
Pinoresinol Conidendrina
184
92
Fenólicos e Similares
(Estilbeno) (Tropolôneo)
O H
C H
3
H O
H C
3
H C C H
H O
O
185
186
93
PRINCIPAIS EXTRATIVOS DO
EUCALIPTO
187
COOH
n = 11
COOH
COOH
HO
HO COOH
n = 17
HO COOH
n = 19
HO COOH
HO n = 21
Esteróis Ácidos Alifáticos
94
Lipofílicos : Extrativos co-responsáveis pelo Pitch
C
O
Ésteres de esteróis
O
C O
n= 18
H OH
H O
HO
HO O O C H3
H OH OH
H H
Glicosídeos de Esteróis Ésteres do Ácido Ferúlico
Extrativos Polares
O
CO2H CO2H
O OH
HO OH
OH O CH3
OH HO O OH
O
C HO
CHO CHO
O C H3 H3C O O C H3 H3C O O C H3
OH OH OH
OH OH
OH OH
HO O HO O
OH
OH OH
OH OH
95
Os Extrativos são os principais
causadores do Pitch
191
O que é pitch ?
• Pitch é um depósito adesivo e muito pegajoso
de origem natural (vegetal) formado em polpa,
papel e no maquinário da fábrica e é
responsável pela redução da produção,
aumento no custo de manutenção do
equipamento, aumento no custo da operação, e
um aumento incidente de defeitos na qualidade
do produto final .
192
96
Componentes Lipofílicos da Polpa Kraft
Não-branqueada
• A polpa retém 40% dos ácidos graxos e 72% dos
esteróis após o cozimento.
• Ácidos graxos identificados na polpa:
– Ácido 22-hidroxidocosanóico
– Ácido 24-hidroxitetracosanóico
– Ácido 2-hidroxidocosanóico
– Ácido 2-hidroxitetracosanóico
193
HO HO OH
OH
24-Etil-6-colesteno-3,5-diol 24-Etil-5-colesteno-3,7-diol
(7-hidroxi-b-sitosterol)
97
MINERAIS DA MADEIRA
195
Minerais da Madeira
• Normalmente associados à compostos orgânicos onde tem
função fisiológica
– Cálcio, magnésio, potássio, sódio, fósforo, silício, ferro, cobre e
manganês na forma de carbonatos, cloretos, oxalatos, fosfatos
e silicatos
• Abundantes na casca
• Predominantemente localizados na M+P e em células do
parênquima
• Indesejáveis na fabricação de celulose
196
98
Impactos Negativos dos Minerais da Madeira
• Mn, Fe, Cu, Co, Zn resultam em perda de eficiência do
branqueamento com reagentes derivados do ar aumento de
consumo de reagentes, perda de viscosidade e reversão de alvura
• Ca, Al, Si, Ba, Mg, Mn Incrustações na caldeira de recuperação,
evaporadores e lavadores
• P, N Nutrientes que afetam qualidade do efluente
• K, Cr Corrosão e entupimentos na caldeira de recuperação
• Cd, Cu, Ni, As, Hg, Zn, Cr Aumentam toxidez do efluente
• Nota: ânions associados a esses metais causam incrustações no
digestor (carbonatos, fosfatos) e no branqueamento (carbonatos e
oxalatos). Também causam entupimentos e corrosão na caldeira de
recuperação (cloretos)
197
198
99
CASCA
199
• Fibras
– celulose, hemiceluloses e lignina
• Células corticosas
– Suberina
• Células de parênquima
– Polifenóis
200
100
Química da Casca: Geral
• Maior teor de extrativos (até 30-40%)
• Alto teor de minerais (até 5%)
• Menor teor de lignina (15-20% base peso seco)
• Maior teor de taninos (exceto quebracho e sequóias)
• Menor teor de celulose (20-30%) - DP = 10.000
• Menor teor de hemiceluloses (15-20%)
• Constituintes típicos:
– Cutina
– Pectinas
– Calose
– Suberina
201
202
101