Você está na página 1de 57

Obras de Transporte

Profª Sabrina Moreno


Aula 2

-Introdução a disciplina
-Terminologia e Noções Gerais sobre tecnologias
de pavimentos

Prof. Ms. Samuel Dereste dos Santos


Material elaborado pela equipe de professores do Programa Asfalto na Universidade, uma iniciativa da
Abeda junto à Petrobrás para incentivar o ensino sobre tecnologias de pavimentos nas graduações em
engenharia
Importância e Conceituação
A proporção de agregados em misturas asfálticas é de aproximadamente 93 a
97% em peso.

100
90

Percentual Influência (%)


80
70
60 Agregado
50 Ligante
40
30
20
10
0
1
ATR 2
Fadiga 3 Térmico
Trinc.

Influência do agregado e do ligante no desempenho de uma mistura


asfáltica. Fonte: FHWA (2002).
Agregados

Os materiais pétreos usados em pavimentação,


conhecidos genericamente como agregados, podem
ser naturais ou artificiais: encontrados diretamente na
natureza ou passam por algum tipo de processo para
sua adequação.

Exemplo: Areia, Seixo Rolado, Pedra Britada, Escória,


etc.
Classe Tipo Família

Origem Calcário
Calcário
Dolomita
Folhelo
Sedimentar Arenito
Silício Sílex
Conglomerado
Brecha
Granito
Sienito
Diorito
Intrusivo
(textura grossa)
Gabro
Peridoto
Piroxênio
Hornblendito
Ígneo
Obsidiana
Púmice
Tufo
Extrusivo
(textura fina) Riolito
Traquito
Andesito
Basalto
Gnaisse
Foliáceo Xisto
Anfibolito
Metamórfico Ardósia
Quartzito
Não Foliáceo Mármore
Serpnetinita
Fonte: Manual do Asfalto - AI (2002)
Classificação

Natural (areia, seixo rolado etc)


NATUREZA Artificial (areia de brita, pedra britada etc)
Reciclado (agregado de resíduo sólido )

Graúdo (retido na peneira de 12,7 mm)


Miúdo (passante na peneira de 12,7mm)
TAMANHO De enchimento (65% a 100% passante na
peneira 200
e 100% passante na peneira 40)

Graduação Densa
DISTRIBUIÇÃO Graduação Aberta
DOS GRÃOS Graduação Uniforme
Graduação em Degrau (descontínua)
Graduações
1- PRODUÇÃO DE AGREGADOS

Esquema Simplificado do Processo de Britagem


Exemplo de pedreira
Vista geral de uma britagem
Tipos de Britagem

Impacto

Impacto
+
Desgaste por atrito
Impacto
+
Cisalhamento
+
Compressão

Impacto
+
Compressão
AMOSTRAGEM DE AGREGADOS

DNER PRO 120/97 e NBR NM 26 (NBR 7616)


Coleta de Amostra de Agregados

DNER PRO 199/94 e NBR NM 27 (NBR 9941)


Redução de Amostra de Campo de Agregados para
Ensaios de laboratório
Caracterização Tecnológica
As características tecnológicas dos agregados servem para assegurar
uma fácil distinção de materiais, de modo a poder comprovar sua
homogeneidade, bem como selecionar um material que resista, de
maneira adequada, às cargas e à ação ambiental às quais o pavimento
irá sofrer.

▪ Graduação ▪ Forma

▪ Absorção ▪ Limpeza

▪ Durabilidade ▪ Adesividade

▪ Massa específica real e aparente ▪ Textura

▪ Resistência ao Choque e ao
Desgaste
Agregado Graúdo >12,7mm
Amostragem – deve ser feita diretamente na correia transportadora ou em
diversos pontos do monte, e então misturada e quarteada.
Redução de amostra
Quarteamento Manual
Redução de amostra

2
1

4
3
Análise Granulométrica

Pode ser com ou


sem lavagem.

Manual ou em
peneirador
automático.
Exemplo de Frações Típicas de Agregados em Misturas
Asfálticas
Massa Específica Real, Aparente e Efetiva do Grão
Massa específica Real do Grão e Aparente do Grão

Massa específica real do grão Massa específica aparente do grão

M g MM g
Gsa = ( 3)
Gsb==
Gsb ( g (3 ) 3)
Vs + V pi cm Vs ++VV
V pi + V+
pp V
cm cm
s pi pp

Massa específica efetiva do grão

M g Vppn= volume de poros


Gse = ( 3)
permeáveis não

Vs + V pi + V ppn cm
preenchidos com
asfalto
No Laboratório
Cesto metálico e balança com dispositivo
para pesagem hidrostática

Dr = massa específica real


Da = massa específica aparente
a = absorção (%)
Ensaios para Determinação da Densidade de Agregados

Agregados Graúdos: ASTM C127 - AASHTO T85


DNER ME 081/94 - NBR 9937

Gsa = A Densidade Real


A – Peso do agregado seco em estufa A-C
B – Peso do agregado na condição Saturada
Gsb = A Densidade Aparente
Superfície Seca
C – Peso do agregado imerso em água B-C
a = (B - A) x 100 Absorção
A
AGREGADO GRAÚDO
DNER-ME 081/98 e
ASTM C 127-88
No Laboratório -
Enxugamento da superfície dos Agregados
Agregado Miúdo <12,7mm
▪ Amostragem – amostra deve ser representativa;
▪ Segregação é menor;
▪ Granulometria (igual ao graúdo);
▪ Densidade e Massa específica real e aparente;
▪ Angularidade (FAA);
▪ Matéria Orgânica;
▪ Equivalente de Areia.
Densidade Real dos Grãos (Dr)
Utilização do Picnômetro

Onde: A: Picnômetro vazio


B: Picnômetro + Material
C: Picnômetro + Material +
Água (ºC)
D: Picnômetro + Água (ºC)
AGREGADO MIÚDO
DNER-ME 084/95
(Picnômetro de 500 ml)
Gsa = A Densidade Real
B+A-C
Gsb = A Densidade Aparente
B+D-C
a = (B - A) x 100 Absorção
A

DNER ME 084/94 “Densidade real dos Grãos


Densidade Efetiva – (dosagem de mistura asfáltica) –
NBR 12891

quando absorção <1%

quando absorção >1%


Massa Específica Aparente – DNER ME
195/97

É a relação entre a massa e o volume do material


sem levar em conta os vazios de ar.

Utilizado para transformar unidades volumétricas


em gravimétricas e vice-versa.
Perda por Abrasão
A perda por abrasão Los Angeles consiste em submeter cerca de 5.000g de agregado a 500 até 1.000 revoluções no interior do cilindro de uma máquina Los Angeles. 10 esferas padronizadas
de aço são adicionadas ao agregado, causando um efeito danoso a este quando a máquina é ligada. Com auxílio de uma análise granulométrica calcula-se a perda por abrasão:

LA = Perda por abrasão Los Angeles (%)


mi = massa inicial
mf = massa final

Parâmetro fundamental em Tratamentos Superficiais e Britas Graduadas.


Utilização da Máquina Los
Angeles
Exemplos da Máquina Los
Angeles
Forma
▪ Utilização da placa de lamelaridade;

▪ Índice que varia de 0 (cúbico) a 100 (lamelar);

▪ Agregados muito lamelares levam as misturas a ter uma grande rigidez e podem romper-se
durante a compactação, deixando algumas faces do agregado sem cobertura betuminosa.
Placa de Lamelaridade
Metodologia Superpave
Aparelho para a medida das dimensões dos agregados para o cálculo da lamelaridade.
Resistência ao Choque - DNER
ME 399/99

O ensaio de impacto ou choque


consiste em dar uma série de golpes
com um soquete padrão no agregado
colocado dentro do cilindro do aparelho
Treton. Calcula-se a perda de massa
após o impacto.
Treton
Esmagamento -
DNER ME 197/97
O ensaio de esmagamento mede a resistência do
agregado submetido à compressão de uma carga
variável de até 40tf, aplicada uniformemente sobre os
agregados colocados dentro de um cilindro. A razão
de carga é de 4tf/min. Determina-se a carga que
conduz a uma quebra de 10% do material.
10% finos
Sanidade -
DNER ME 089/94
▪ Visa determinar a resistência do agregado à desintegração
química – intemperismo;

▪ O basalto, por exemplo, se deteriora formando argila que não é


desejável em uma mistura asfáltica;

▪ O ensaio consiste em atacar o agregado com uma solução


saturada de MgSO4 (Sulfato de Magnésio) ou Na2SO4 (Sulfato
de Sódio) por cinco ciclos de 16 a 18 horas a 21ºC. O resultado
é expresso como a perda de peso que deve ser inferior a 12%.
Sanidade
Sanidade

Antes Após
Textura ou Microtextura

microtextura
▪ A resistência ao
cisalhamento
depende da textura
macrotextura superficial.

▪ Superfície específica
alta – maior consumo
de ligante asfáltico.
Adesividade
Capacidade de uma mistura de se manter coesa durante toda sua vida de
serviço.

▪ Ensaios visuais – DNER ME 078/94 e


ME 079/94.

▪ Ensaios mecânicos – Lottman


Modificado AASHTO T-283.
Massa Aparente

▪ É a relação entre a massa e o volume do material,


sem levar em conta os vazios de ar;

▪ Utilizado para transformar unidades volumétricas


em gravimétricas e vice-versa;

▪ Utilizar caixa de madeira com 12cm de lado.


Equivalente de Areia (EA)
Tem por finalidade a identificação de Proveta graduada
finos plásticos no agregado miúdo.
Colocar o material na proveta com Solução
solução padronizada; deixar em floculada
repouso; agitar; ler a altura da
suspensão (h1) e da sedimentação
Leitura da suspensão h1
(h2). Para misturas asfálticas, EA>55%. Argila em
suspensão

Leitura da sedimentação h2
Agregado
sedimentado
Equivalente de Areia (EA)
Proveta graduada

Solução
floculada

Leitura da suspensão h1
Argila em
suspensão

Leitura da sedimentação h2
Agregado
sedimentado
Matéria Orgânica

▪ Comparação de coloração de uma


amostra com branco após 24 horas de
imersão em ácido tânico.

▪ Em misturas a quente, a matéria


orgânica é queimada no secador da
usina.
Material de Enchimento - Fíler

Amostragem - amostra deve ser representativa:

▪ Evitar grumos;

▪ Densidade Real – Frasco Le Chatelier;

▪ Superfície específica;

▪ Exemplo: Cal, Cimento, Pó de Pedra, etc.


Produção e Controle

maciço
Qualidade equipamentos
estocagem
Produção e Controle
Produção e Controle
Fracionamento
Estocagem

Você também pode gostar