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Radiofarmácia

Interação da Radiação com a Matéria

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A
Medicina Nuclear
 Uso de fontes de radiação não-seladas (radioisótopos) ligadas a um
‘carreador’ para diagnóstico e terapia.

 Baseada na interação da energia gama com os tecidos;

 Informação obtida segundo o tipo de emissão e de energia.

 Imagens funcionais.

 Imagens moleculares.

 Áreas metabolicamente hiperativas ou hipoativas.

 Detectar precocemente anormalidades na função ou estrutura de um


órgão.
Princípio de Detecção
Princípio de Detecção
POR QUE UTILIZAR CINTILOGRAFIA / MEDICINA NUCLEAR E
NÃO OS OUTROS METODOS DE IMAGEM TRADICIONAIS?

Métodos tradicionais de imagens radiológicas:


• Tomografia computadorizada
• Ressonância Magnética Alterações
• Ultra-sonografia anatômicas
• Rx

Métodos cintilográficos se baseiam na Localização de


fisiologia dos processos, alterações antes da
modificação anatômica
Conceitos
 Radionuclídeo ou Radiosótopo: É um nuclídeo emissor de

radiação.
 Radiofármaco*: Composto, sem ação farmacológica, que,

quando complexado a um radionuclídeo, pode ser utilizado


em diagnóstico e/ou em terapia em Medicina Nuclear.
Antes da realização do Controle de Qualidade, deve ser
denominado Composto Radioquímico.
* Por definição da ANVISA, o kit de reagente liofilizado (“kit frio”), mesmo não-
marcado, também é denominado radiofármaco.
Radionuclídeo ideal
 Alta especificidade para o estudo;

 Tempo curto entre a realização do exame e seu resultado;

 Fácil manuseio e disponibilidade em vários locais;

 Relação de concentração tecido alvo/ tecido adjacente alta;

 Facilidade de ligação a compostos orgânicos e proteínas sem prejuízos nas


condições fisiológicas do paciente;

 Baixa dose de exposição ao paciente e ao manipulador;

 Emissor γ puro;

 Energia: 100-200 keV;

 Baixo custo.
Radionuclídeos para Diagnóstico

RADIONUCLÍDEOS PARA DIAGNÓSTICO EM MEDICINA NUCLEAR


NUCLÍDEO MEIA-VIDA (h) DECAIMENTO ENERGIA (keV)
99mTc 6 IT 140
131I 193 -, t 364
123I 13 EC 159
67Ga 78 EC 300, 394
111In 67 EC 171, 245
201Tl 73 EC 135, 167
Nuclear Oncology - Diagnosis and Therapy. 2001.
Radionuclídeos para Terapia
RADIONUCLÍDEOS PARA TERAPIA EM MEDICINA NUCLEAR
NUCLÍDEO MEIA-VIDA (d) DECAIMENTO ENERGIA (MeV)
90Y 2,67 - 2,28
188Re 0,71 - 2,12
32P 14,3 - 1,71
89Sr 50,5 - 1,49
186Re 3,77 - 1,08
153Sm 1,95 - 0,81
131I 8,04 - 0,61
67Cu 2,58 - 0,57
177Lu 6,7 - 0,497
117mLu 13,6 - 0,16
213Bi 45,6 min  8,0
212Bi 60,6 min  9,0
211At 0,30  7,5
125I 60,3 EC 0,4 keV (Auger e-)
Nuclear Oncology - Diagnosis and Therapy. 2001.
Gerador 99Mo/99mTc
Gerador 99Mo/99mTc

Filtro
Estéril

Frasco à
Coluna vácuo
de
alumi-
Solução salina na
0,9% NaCl
Eluato
99m
Tc
Al2O3 (1 g)
Placa Porosa
Gerador 99Mo/99mTc
Mo
99 99m
Tc

T1/2 (h) 66 6

Decaimento β- TI

Derivados Tc /
99m
Tc
99 99
Tc

Energia fóton 740 keV 140 keV


γ
Gerador 99Mo/99mTc
Curvas de Eluição
RADIOFÁRMACOS

Radionuclídeo + Fármacos

Elemento instável Comportamento fisiológico - molécula


α
com biodistribuição conhecida
β Emissor de radiação
γ Grupamentos químicos
Permite a aquisição das
imagens “Carreador do radioisótopo”
ECD
TRODAT-1
Principais Clientes MIBI
TETROFOSMINA

Pertecnetato de DMSA
131I-NaI
Sódio DTPA

FITATO FITATO

MAA FITATO
DTPA HIDROXIAPATITA
(com 90Y ou 153Sm)

FITATO
DISIDA Leucócitos
marcados (HMPAO)
Ciprofloxacina

MDP
153Sm-EDTMP
Boas Práticas de Manipulação

Conjunto de normas e atividades, relacionadas


entre si, destinadas a garantir que os produtos
farmacêuticos elaborados tenham e
mantenham suas principais características,
como a identidade, pureza, concentração,
potência e inocuidade.
Boas Práticas de Manipulação

Garantia da Qualidade
Produção
Boas Práticas

CQ
Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Normas e Procedimentos de Proteção


Radiológica
PROCESSO DE MARCAÇÃO DE KITS LIOFILIZADOS
- Uso de gaze nas blindagens
- Blindagens específicas
- Álcool etílico 70 %
- Preparo de seringas para marcação
e dispensação de doses
- NaCl 0,9 %:
- Bolsas (sistema fechado)
- Ampolas plásticas por manipulação
- Contaminação com sistemas
abertos
- Etiquetagem dos radiofármacos não
tecnécio (tabela de controle)
- Uso de EPI’s (física)
TÉCNICAS DE INJEÇÃO E MARCAÇÃO

 Todas as doses devem ser liberadas com etiquetas

contendo nome do radiofármaco, radionuclídeo com o qual


foi marcado, nome do paciente e dose liberada.

 Troca de plantão:

 Radiofármacos marcados e liberados Tabelas de


registro!
 Logística de eluição de geradores
CUIDADOS NA RADIOFARMÁCIA
 Toda a dose dispensada pode aceitar o atraso de, no máximo, 1
hora. Depois desse período, retornar dose para Radiofarmácia. Vale
para todos os RF, exceto:

 99mTc-MAA: 20 min de atraso


 NaI-131: 1 dia de atraso
 99mTc-hemácias: 10 min de atraso entre as etapas
 99mTc-hemácias desnaturadas: 10 min de atraso entre as etapas
 Citrato de Ga-67: 6 horas de atraso
 99mTc-fitato + alimento: 20 min atraso
 99mTc-fitato aerosol: 30 min

◦ Este tempo de atraso leva em consideração a meia-vida física e a


instabilidade farmacêutica.
CUIDADOS NA INJEÇÃO - GERAL
 Lavar 3 vezes todas as doses, exceto:

 99mTc-HEMÁCIAS
 99mTc-MAG3 / DTPA / EC (estudo renal dinâmico e/ou fluxo
renal)
 99mTc- para estudos com imagens de fluxo
 99mTc- pacientes com difícil acesso venoso (crianças,
quimioterapia, pacientes obesos, etc)

 Para administração de células sangüíneas:


 Usar scalp 23 ou 25G
 Administração lenta do volume
 Coleta lenta do sangue total
Controle de Qualidade em Radiofarmácia

 Inspeção visual do eluato e do RF;


 Observação do volume final do eluato;
 Eficiência de eluição (>90%);
 pH do eluato e do RF;
 Pureza química;
 Pureza radionuclídica;
 Pureza radioquímica.
Controle de Qualidade em Radiofarmácia
Pureza Química

Limite: 10 µg/mL
Pureza Radionuclídica
• Fração da atividade total que está presente na forma
desejada do radionuclídeo.

• Procedimento:
– Inserir o frasco contendo o eluato em uma blindagem de
chumbo de 6 mm;
– Determinar a atividade de 99Mo no curiômetro;
– Retirar a proteção de chumbo e colocar o frasco com eluato
diretamente no suporte (canister) ou levantar a alça do
CAPMAC;
– Determinar a atividade de 99mTc + 99Mo no curiômetro.

Limite: 140 keV


0,15 µCi 99Mo / mCi 99mTc
740 keV
Pureza Radionuclídica

Multiplicar por 3,5


Pureza Radionuclídica

- 99Mo em 99mTc
- 202Tl+ em 201TlCl
- 124I em 123I

Capmac Canister
• Percentual da atividade total devido ao radionuclídeo
Pureza Radioquímica
considerado, presente na forma química desejada.

• Cromatografia em Camada Delgada.

• Procedimento conforme protocolo.


Pureza Radioquímica

• Principais impurezas radioquímicas:


– Pertecnetato livre (99mTcO4-), devido à sua não-

redução (falta de Sn2+);


– Colóide (TcHR), devido à redução e não-
complexação (excesso de Sn2+).
Pureza Radioquímica - CCD

Tampa

% de complexação

Gama-câmara
Contador de poço
FASE
ESTACIONÁRIA
Placa FASE MÓVEL
Solvente 99m
Tc
Rf = 1

Colóide + 99mTc-Fármaco
Rf = 0
Pureza Radioquímica

MDP MIBI
Butanona NaCl 0,9% Metanol NaCl 0,9%
Pureza Radioquímica - Cálculos

% de impurezas = ativid metade (impureza) da placa x 100


atividade toda placa

Eficiência da marcação (%) = 100% – %HRTc - %Tc livre


Efeito da Pureza Radioquímica na Qualidade da Imagem do 99mTc-MIBI
PRq > 95 % PRq ~ 85 %

Eixo Curto

Eixo Longo
Vertical

Eixo Longo
Horizontal

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