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GERENCIAMENTO DE CRISES

CORONEL QOPM PÉRICLES DE MATOS


COMANDANTE-GERAL DA PMPR
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Introdução
Mostraremos ao mundo nosso grau de preparo quando uma crise eclodir em
nosso território;

A eclosão de uma crise é um “termômetro”


que mede esse grau de preparo da
Corporação envolvida no gerenciamento do
evento crítico.

O despreparo potencializa o risco para os


envolvidos no evento crítico.
Goioerê, PR – 1988
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Introdução

A Doutrina de Gerenciamento de Crises é recente no Brasil. Em muitas regiões e


localidades (no Brasil e no mundo) é pouco difundida e/ou valorizada.

Gerenciamentos e primeiras intervenções mal feitas podem provocar tragédias,


com inocentes mortos e feridos;

As crises mal gerenciadas ainda continuam gerando mortes, feridos e imagens


grotescas e os responsáveis poderão ser responsabilizados.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
10 out. 2018

Santo André, SP - 2008

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Crises policiais são ocorrências que geram grande audiência e,
portanto, a imprensa explora de maneira enfática e os políticos
aproveitam para aparecer;

São Paulo, SP - 2001 Rio de Janeiro, RJ – 20 ago. 2019


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Histórico, Normas e Legislação
de GC no Paraná

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


EUA: 1960/70
BRASIL: 1980/90
PARANÁ: a partir de 1990
PMPR:
• 1988: Criação do COE - Comandos e Operações Especiais;
• 1994: 1º Curso de Gerenciamento de Crises;
• 2003: Criação da Equipe de Negociação (EN) na Cia P. Choque,
hoje BOPE;
• 2005: Estabelecimento da Doutrina de PIC; 1º Curso;
• 2008: 1º Curso de Negociação em Crises;
• 2010: Criação do BOPE, com a base da Cia. P. Choque;
• 2011: Diretriz nº 005/2011 – GC na PMPR.

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Decreto Estadual nº 8.234, de 27 out. 2010

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


COE EAB EN
Comandos e Operações Especiais Esquadrão Antibombas Equipe de Negociação

RONE CHOQUE COC


Rondas Ostensivas de Natureza Especial Companhias de Polícia de Choque Companhia de Operações com Cães
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Diretriz do Comando-Geral nº 005/2011

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Diretriz do Comando-Geral nº 005/2011
2 REFERÊNCIAS
3 OBJETIVOS
4 ASPECTOS CONCEITUAIS (20 Conceitos)
5 EXEMPLOS DE OCORRÊNCIAS CRÍTICAS
6 CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO
7 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
ANEXOS
A – OS 10 PASSOS DA PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
B – ESQUEMATIZAÇÃO DO TEATRO DE OPERAÇÕES
C – MODELO DE RELATÓRIO DO EVENTO CRÍTICO

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Estatísticas de crises no Paraná

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


PERGUNTA FATAL
A ocorrência de
tentativa de suicídio é
de responsabilidade
da PM ou dos
bombeiros?

Colombo, PR – 12 jun. 2003 Ceará-Mirim, RN – 15 out. 2015


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Procedimentos Operacionais Padrão (POP) Série 200
Primeira Intervenção em Crises e Outras Situações Policiais Emergenciais
(Aprovados pelo CG em 22 jul. 2019 e publicados no BG nº 141/2019)
Nº NOME DO POP
200.1 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES POLICIAIS
200.2 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES ENVOLVENDO ATIRADORES
ATIVOS
200.3 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES DE TENTATIVA DE SUICÍDIO
200.4 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIAS DO TIPO “NOVO
CANGAÇO”
200.5 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM MANIFESTAÇÕES E TUMULTOS
200.6 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIAS COM EXPLOSIVOS
(AMEAÇA DE BOMBA)
200.7 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIAS COM EXPLOSIVOS
(OBJETO LOCALIZADO)
200.8 PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIAS COM EXPLOSIVOS
(EXPLOSÃO DE BOMBA)
200.9 ATENDIMENTO
PRIMEIRA PRÉ-HOSPITALAR
INTERVENÇÃO EM CRISES EM COMBATE (APHC)
Características de uma Crise
(Silva, 2016)

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Imprevisibilidade

Toda crise é imprevisível,


não se sabendo quando e
nem onde ocorrerá.

Canoas, RS – 2006

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Urgência

A urgência indica que


uma crise necessita de
um atendimento
imediato, não podendo
ser adiado nem
subestimado.

Belém, PA – 2007

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Risco iminente à vida

Durante a eclosão de uma


crise qualquer, a vida dos
envolvidos é exposta a um
perigo imediato, sob ameaça
do Causador do Evento
Crítico (CEC).

Manila, Filipinas – 2002

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Complexidade

Uma crise policial não é uma


ocorrência simples de ser
administrada.
Há muitas variáveis envolvidas no
processo e o caminho para conduzi-
la a um desfecho aceitável é
complicado e perigoso.
Bangcoc, Tailândia – 5 abr. 2012

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Baixa incidência

A crise policial não ocorre


com a mesma frequência de
outras ocorrências policiais
corriqueiras, daí sua baixa
incidência.

China – 2005

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Características de uma crise policial (SILVA, 2016)

Imprevisibilidade
Urgência
Risco iminente à vida

Complexidade
Baixa incidência
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Objetivos do GC

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Objetivos do GC
Preservar Vidas

Aplicar a Lei

Restabelecer a ordem
Joaquim Távora, PR – 10 e 11 jan. 2013
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Critérios de Ação

Norteadores e facilitadores para o processo decisório no


curso de uma crise.

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Critérios de Ação
Traduz-se pela imprescindibilidade da tomada de
Necessidade determinada ação na crise.

Estabelece que uma ação poderá ser


implementada se seu risco for válido para a
Validade do risco preservação de um bem maior, como a vida de
inocentes.

Aceitabilidade Qualidade do que é aceitável. Em uma crise, traduz-se


em ações nas dimensões legal, moral e ética.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Conceitos da Doutrina de GC

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Crise Policial
• Um evento ou situação crucial, que exige uma resposta especial da POLÍCIA, a
fim de assegurar uma solução aceitável (FBI);
• É uma ocorrência diferenciada, de risco extremado e que excede a capacidade de
atendimento dos grupos policiais regulares, evocando a necessidade imperiosa de
grupos especialmente treinados para seu gerenciamento. (SILVA, 2016, p. 63).

Marechal Cândido Rondon, PR – 1995


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Gerenciamento de Crises (GC)
• É um sistema amplo que congrega diversas etapas,
atores e funções, e que estabelece as diretrizes
gerais para o atendimento das ocorrências críticas;
• O foco primordial desse processo sistemático é
conduzir a crise ao encerramento adequado por meio
de um trabalho conjunto e harmonioso de todos
envolvidos, com a utilização de procedimentos técnicos
e amparados pelos ditames legais vigentes (SILVA,
2016).
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Ponto Crítico PCE, Piraquara – 2013

• Ponto crítico é definido como o local onde se


instalou a crise, ou seja, onde se encontra o
Causador do Evento Crítico (CEC), com ou
sem reféns ou vítimas;
• Em outras palavras, é todo o espaço físico
controlado pelo causador, onde ele tem
acesso e pode modificar sua estrutura (SILVA,
2015, p. 39);
• Qualquer lugar poderá ser um ponto crítico;
quanto maior o ponto, mais difícil o
gerenciamento.
Pinheirinho, Curitiba – 9 mar. 2008
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Causador do Evento Crítico (CEC)
• É todo aquele indivíduo que dá causa a uma crise.
Suas motivações ou fatores desencadeantes podem
ser os mais variados possíveis, determinando com
isso, o tipo de crise a ser gerenciada (SILVA, 2015, p. 40).
• Ao tratar o CEC de forma ampla, evitam-se
qualificações equivocadas e não técnicas.
• Três tipos: criminosos, terroristas e mentalmente
perturbados.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Causador do Evento Crítico (CEC)

Araucária, PR – 15 maio 2013


Araucária, PR – 2013
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Intermediário
• É qualquer pessoa (policial ou não) cujo contato verbal com o CEC
se torna uma importante ferramenta de barganha por alguma
vantagem junto a ele;
• Entretanto, esse contato somente poderá ser permitido desde que
seja analisado criteriosamente, protegido, orientado e
acompanhado pelos Negociadores da equipe especializada (SILVA,
2015, p. 49).
• O contato mais aconselhável é por telefone; outras formas, somente
com extrema segurança;
• Pessoas que são pivôs da “desgraça” do CEC jamais podem ser
autorizadas a serem intermediárias.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Pinhais, PR – 5 jun. 2014

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Condição
analisada Refém X Vítima
(SILVA, 2016)

Quanto ao
motivo Garantia de vida, liberdade, Pessoa capturada, envolvida na crise
valores ou qualquer outro por questões emocionais, transtornos
benefício para o CEC. mentais do CEC ou vingança.

Quanto ao
Tem valor, portanto, é Não tem valor, portanto, não é
valor
negociável: pode ser trocado negociável: é objeto do ódio do CEC,
por alguma exigência. e a ele só interessa essa pessoa para
satisfação dos desejos.
Quanto ao
vínculo Geralmente não há vínculo Sempre há vínculo com o CEC
com o CEC. (funcional, parentesco,
emocional, amizade, etc.).

Quanto ao
ponto crítico Conhecido (refém tomado) e Geralmente o ponto crítico é
desconhecido (refém conhecido.
sequestrado). PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Fases do GC

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES



Fase
Pré-
Crise
Fases do GC


4ª Fase
Fase
Primeira
Pós- Intervenção
Crise

GC
Propriamente Dito

Fase
Fonte: SILVA, 2016.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Tipologia dos CEC

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Criminosos Terroristas

Mentalmente perturbados Presos rebelados


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Terroristas
• São indivíduos que agem por motivações políticas,
religiosas, ideológicas, sociais, entre outras;
• Agem com o intuito de intimidar, coagir e
desestabilizar o estado constituído, afetando
comportamentos pela instauração do medo;
• Suas ações são baseadas na violência e traduzidas
em assassinatos, sequestros, explosões em locais
públicos, etc. (SILVA, 2016).
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
3 DIAS DE CRISE

1.200 REFÉNS

32 TERRORISTAS CHECHENOS

331 MORTOS

SENDO 186 CRIANÇAS

E 12 MILITARES

700 FERIDOS

1 TERRORISTA SOBREVIVEU: PRISÃO PERPÉTUA

Beslan, Ossétia do Norte, Rússia – 1º a 3 set. 2004


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Criminosos
• São indivíduos que causam uma crise em razão de sua
prática delituosa;
• Geralmente tornam-se CEC quando flagrados por
equipes policiais no momento do crime, do qual o
roubo é o mais comum;
• Nesse estado de flagrância podem fazer reféns ou se
barricarem sozinhos e armados no ponto crítico contra
a ação policial. (SILVA, 2016)
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Mentalmente Perturbados
• O mentalmente perturbado age com comportamento
alterado e apresenta uma linha de raciocínio confusa,
condições desencadeadas por diversos fatores;
• Sua conduta coloca em risco tanto a própria vida
quanto a de outras pessoas que estão nas
proximidades, que fazem parte de sua perturbação ou,
ainda, integram o plano maior que rege seus atos.
(SILVA, 2016).

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Mentalmente Perturbados
• Fatores que geram perturbações mentais:
– Transtornos mentais;
– Abalos emocionais súbitos;
– Abuso de drogas lícitas e ilícitas.

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Presos rebelados
• Indivíduos que geram crises em virtude das especificidades
da vida em cárcere, podendo ou não apresentar alterações
comportamentais e/ou adotar ações com características
terroristas. (RONCAGLIO, 2017).

• Uma crise com presos rebelados costuma ser violenta e não


são raras as vezes em que termina com mortos e feridos,
cujos líderes da rebelião desafiam as autoridades gestoras da
crise e exigem ações pontuais que os favoreçam, em troca da
libertação de reféns ou vítimas.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Tipologia das Crises

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Roubos ou outros crimes frustrados com tomada de reféns

Extorsões mediante sequestro

Rebeliões com reféns em estabelecimentos prisionais, unidades de internação, cadeias


públicas e delegacias

Mentalmente perturbados, barricados ou não, com tomada de vítimas, reféns


ou sozinhos

Criminosos sozinhos e barricados contra a ação da polícia

Movimentos sociais ou grupos sociais específicos com tomada de


reféns ou vítimas
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Ocorrências que envolvem artefatos explosivos

Ações terroristas (atentados ou tomadas de


reféns ou vítimas)

Ocorrências com atiradores ativos

Tomada de aeronaves por criminosos, terroristas ou


perturbados

Acidentes de grandes proporções

Tentativas de suicídio

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Elementos Essenciais do GC

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Gerente da Crise
• É a mais alta autoridade policial responsável pelo gerenciamento
do evento crítico e que tem o poder de decisão sobre as ações a
serem tomadas;
• O Gerente da Crise determina a política de administração do
evento e as medidas a adotar para sua solução, sendo
assessorado pelo Comandante do Teatro de Operações (Cmt.
TO) e pelos integrantes das equipes especializadas;
• Pode estar presente ou não no Teatro de Operações (TO) e é
uma função que geralmente recai sobre o Comandante do
Batalhão responsável pela área onde a crise está ocorrendo.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Gerente da Crise

Pinhais, PR – 12 jan. 2012


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Comandante do Teatro de Operações (Cmt. TO)
• Oficial da Polícia Militar (ou o responsável por outras
Corporações) que administra os recursos e estabelece os
procedimentos operacionais que o caso requer, juntamente
com as equipes especializadas e o pessoal de apoio;
• Sua presença física é obrigatória no local da crise, podendo
acumular a função de gerente se for necessário;
• Com seus assessores técnicos e de apoio, o Cmt. TO tem a
missão de planejar as ações necessárias para a resolução
da crise e coloca-las em prática com a autorização do
gerente.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Comandante do Teatro de Operações (Cmt. TO)

Joaquim Távora, PR – 10 e 11 jan. 2013


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Comandante do Perímetro (CP)
• É o responsável pela
coordenação das equipes
policiais encarregadas de
executar o isolamento do
local visando possibilitar a
consecução dos
perímetros de
segurança, tanto interno
quanto externo (SILVA, 2016).

Curitiba, PR – 7 out. 2019


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Comandante do Perímetro (CP)
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Posto de Comando
• É a estrutura física montada para possibilitar o trabalho dos
responsáveis pelo gerenciamento e servir de local para a tomada das
decisões.

Vitória, ES – 2012
Joaquim Távora, PR – 10 e 11 jan. 2013
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Equipe de Negociação (EN)
• Formada por Negociadores Policiais
(operadores especializados na área de
Negociação em Crises), uma Equipe de
Negociação (EN) é responsável pela
aplicação da primeira alternativa tática a ser
considerada durante o gerenciamento de
um evento crítico (SILVA, 2015, p. 53).

Rebelião na Penitenciária Estadual do Paraná 2, Piraquara, PR – 12 set. 2014


PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
• Especializado em Ações Táticas
Especiais, é o grupo formado
por policiais concludentes de
Curso de Operações Especiais,
que tem por missão garantir o
desfecho da crise com o
emprego de força letal ou não,
bem como auxiliar os outros
elementos operacionais nas mais
Grupo de Intervenção variadas ações;
• Utiliza armas e equipamentos
(GI) especiais em ações
padronizadas e específicas.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Grupo de Atiradores Policiais de Precisão (GAPP)
• É o grupamento policial especializado, formado
pelos Atiradores Policiais de Precisão da
corporação, também conhecidos como Snipers
Policiais;
• Missões:
– Observação e coleta de informações do ponto
crítico;
– Apoio ao GI durante as ações táticas (como
cobertura de fogo);
– E em último caso, execução do tiro de Joaquim Távora, PR – 10 e 11 jan. 2013

comprometimento, neutralizando o risco que o CEC


proporciona.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
• Integrantes do
Serviço
Reservado das
Unidades PM,
policiais federais
ou civis
responsáveis
pela busca de
informações
Elementos de Inteligência acerca da crise.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Equipes de Socorro Médico
• As ambulâncias do SAMU ou dos socorristas dos Corpos de
Bombeiros devem permanecer em local seguro e pré-estipulado para
aguardar qualquer acionamento.

Curitiba, PR – 16 set. 2005 Curitiba, PR – 9 jan. 2014

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Assessor de Comunicação Social
• Repassa informações selecionadas e de maneira periódica à
imprensa.
Joaquim Távora, PR – 10 e 11 jan. 2013

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Grupos de Apoio
• São todos os grupos de pessoas,
policiais ou não, que de alguma forma
prestam apoio aos gestores do
evento crítico.
• Incluem-se aqui os bombeiros
acionados para o combate a
eventuais incêndios no ponto crítico
ou imediações, funcionários de
empresas de telefonia, energia
elétrica, alimentação, entre outras.
Rebelião na PPC, Ahú – Curitiba, 2000
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
Alternativas Táticas do GC

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Alternativas Táticas do GC – PM
Grupo de Grupo de
Equipe de Grupo de
Atiradores Intervenção
Negociação Intervenção
de Precisão (GI)
(EN) (GI)
(GAP)

Comprometimento
Não-Letais

Solução da
Negociação

Técnicas

Invasão
Tática

Crise
Tiro de

PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES


Conclusões
• Gerenciar crises é uma atividade complexa;
• Para tanto, é necessária toda uma estrutura compatível,
com equipes treinadas, com materiais e armamentos
adequados, além de gestores conhecedores da doutrina;
• Uma crise é uma ocorrência grave que se mal gerenciada
poderá trazer resultados trágicos para os operadores e
para toda a Corporação;
• Primeiras intervenções técnicas auxiliam na resolução
aceitável da crise pelo processo de GC.
PRIMEIRA INTERVENÇÃO EM CRISES
POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ
Sua proteção é o nosso compromisso!

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