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Helena Azevedo
helena.azevedo@aepas.org
22 de novembro de 2017
Agrupamento de Escolas D. Dinis
Ser Escola
Promoção de Comportamentos Positivos
I. Do enquadramento…
O que é que pode ser considerado indisciplina?
Onde é que a indisciplina ocorre?
Quais os fatores que explicam a indisciplina?
Que modelos de intervenção são eficazes?
Que estratégias são eficazes?
Que intervenientes são essenciais na intervenção?
Disrupção
Violência
Comportamento anti-social na escola
institucional
(Amado, 2004)
Indisciplina em contexto escolar
Complexidade do fenómeno
Ex.: temperamento, fase do desenvolvimento,
dificuldades de aprendizagem
Individuais
Escolares
Ex.: inconsistências entre professores, métodos de ensino,
burnout, expetativas em relação aos alunos, organização
escolar, lideranças
Intervenção na indisciplina em contexto escolar
Abordagem tradicional
Meramente remediativa
Abordagem inovadora
Foco nos problemas de comportamentos Proativa – (re)ensina comportamentos
de alunos específicos sociais adequados
Utilização da punição como estratégia Reconhece e reforça o comportamento
para eliminar os comportamentos adequado
desadequados
Utiliza consequências lógicas e
Tolerância zero consistentes em resposta ao
comportamento desadequado
Cria um ambiente escolar seguro,
consistente e previsível
School-Wide Positive Behavior Support (SWPBS)
Promoção de comportamentos positivos na escola
ELEMENTOS ESSENCIAIS
Construção de uma cultura de escola partilhada que sustente o sucesso académico e social;
Ênfase na identificação precoce e prevenção dos problemas de comportamento;
Ensino direto de competências sociais a todos os alunos;
Introdução de mudanças no contexto escolar, sempre que necessário, tendo em vista a
prevenção de problemas de comportamento;
Distinção de níveis de intervenção (RtI), alargado a vários sistemas da escola
Monitorização/Avaliação contínua e sistemática e utilização dos dados para a tomada de
decisão;
Liderança/ equipa responsável pela implementação (sistema de suporte a práticas eficazes)
Resposta à Intervenção
(5%)
Comportamento social
1.52/hora 19.20/hora 1 : 12.6
(White, 1975)
Projeto Ser Escola
Projeto de promoção de comportamentos positivos em contexto escolar
Ser Escola
Promoção de comportamentos positivos
Da avaliação à implementação
Das conceções
Da remediação à promoção
pessoais à visão de
Da ação especializada à ação universal
escola
Da ação isolada às práticas colaborativas
Ser Escola
Contexto de implementação
PONTO DE PARTIDA
2015/2016
AE Prof. Abel Salazar
Estabelecimentos de ensino
1 escola EB2,3 | 7 escolas EB1 | 5 jardim-de-infância
Características socioculturais
NSE médio/baixo
Baixa valorização da escola
Ser Escola
AVALIAÇÃO
Observação
Conceção catastrófica e determinista da indisciplina na escola
Atuação essencialmente do tipo corretivo/punitivo, com enfoque nos alunos-problema
Conceção,
Modelo integrado de
implementação e
Formação atuação do Constituição de equipa
avaliação de propostas
agrupamento
de atuação
INTERVENÇÃO INTENSIVA N
Procedimentos disciplinares ív
el
Planos de intervenção individuais
APRENDIZAGEM III
Estamos na escola para
aprender. INTERVENÇÃO SUPLEMENTAR
Tutoria
Monitorização
Assembleias de turma Nível II
Família
RESPEITO Planos de intervenção individuais
Respeitamos os outros.
Cuidamos do nosso INTERVENÇÃO UNIVERSAL
espaço escolar. Definição e ensino de expetativas e comportamentos
claros esperados por TODOS
RESPONSABILIDADE Lembretes de atuação e correções
Somos responsáveis Reforço de comportamentos – Melhor Turma
Nível I
pelas nossas ações. Continuum de procedimentos para comportamentos
inapropriados
Envolvimento dos alunos (assembleias de turma,
assembleia de delegados, associação de estudantes)
Ser Escola
RESULTADOS PRELIMINARES
Ocorrências disciplinares
Era uma vez um rapaz que se portava mal muito bem, chamava-se Zé. Era até muito bom a portar-se
mal. Havia colegas que eram muito bons em Português, Inglês, Educação Física ou Matemática,
alguns eram mesmo bons a tudo, o Zé só era bom a portar-se mal. Mas nisso, repito, era mesmo
bom, o melhor da escola.
O Zé conseguia ter sempre a nota máxima a mau comportamento, não que ele fosse mau, só se
portava mal muito bem.
Os professores não gostavam assim muito do Zé, mas os colegas, a maioria dos colegas, gostava do
Zé e pareciam gostar mais quando ele se portava pior. Achavam que o Zé fazia coisas mesmo
difíceis, é que um tipo portar-se mal muito bem não é fácil e estavam sempre à espera que o Zé
fizesse algo de novo que os divertisse, à custa dos professores é claro.
Sempre que o Zé fazia das suas ou era castigado, os colegas chegavam-se mais perto e faziam-no
sentir popular e cada vez mais convencido de que os colegas gostavam dele.
E como o Zé precisava que gostassem dele. Tanto, tanto, que até se portava mal que era coisa de que
ele nem gostava assim muito.
22 de novembro de 2017
Agrupamento de Escolas D. Dinis
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