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Materiais Não

Metálicos
Carga Horária – 8h
Lucas da Costa dos Passos
e-mail: lucas.petrobras@hotmail.com
Lucas da Costa dos Passos
Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Pleno
Graduando em Engenharia Mecânica
Técnico em Eletromecânica
Inspetor de Líquido Penetrante Nível II
Inspetor de Ultra-Som Nível I
Mecânico de Automóveis
Conteúdo
Estrutura interna dos materiais:
Composição dos Átomos;
Distribuição Eletrônica;
Interações Atômicas;
Ligações Químicas;
Estruturação dos sólidos.
Materiais Cerâmicos:
Classificação das estruturas cerâmicas;
Estruturação interna dos materiais cerâmicos;
Imperfeições nas cerâmicas;
Propriedades Físico-químicas;
Propriedades Térmicas;
Propriedades Mecânicas;
Propriedades Elétricas.
Materiais Poliméricos:
Estruturação interna dos materiais poliméricos;
Classificação dos materiais poliméricos;
Polimerização;
Estruturação interna x aplicações;
Principais propriedades;
Processamento dos materiais poliméricos.
Materiais Compósitos:
Classificação;
Aplicações;
Propriedade dos compósitos;
Evolução da utilização dos materiais;
Compósitos poliméricos
Bibliografia:
Livros:
 
VAN VLACK, Lawrence H.___Princípios de Ciência e
Tecnologia dos Materiais;
CALLISTER, William D. Jr.___Ciências e Engenharia
dos Materiais: Uma Introdução.
SILVA TELLES, Pedro C.___Materiais Para
Equipamentos de Processo;
SMITH, William F.___Princípios de Ciência e
Engenharia dos Materiais;

Sites: 
www.matweb.com
Estrutura Interna dos Materiais
Composição dos Átomos
Núcleo: Prótons e Nêutrons unidos
por uma força extremamente
intensa.
Eletrosfera: Elétrons girando em
órbitas, e em altíssima velocidade,
formando uma espécie de nuvem.

OBS: Para o estudos dos fenômenos eletromagnéticos existentes entres os


elementos químicos foi feita a seguinte conversão.
•Nêutrons: Carga elétrica nula;
•Prótons: Carga elétrica positiva (+);
•Elétrons: Carga elétrica negativa (-).
Estrutura Interna dos Materiais

Distribuição Eletrônica
Para cada próton (+) existente no núcleo
atômico de um elemento químico, existe um
elétron (-) distribuído na eletrosfera;
Quanto maior o número de prótons de
elemento químico, maior será seu núcleo, sua
eletrosfera, e consequentemente maior será
seu tamanho e massa;
Esta distribuição é feita através de
sucessivas camadas, sempre das camadas
mais internas para as camadas mais externas;
Cada camada suporta um determinado
número máximo de elétrons;
Estrutura Interna dos Materiais

Distribuição Eletrônica
A camada mais externa (Camada de Valência) é sempre a camada mais
instável, e conseqüentemente a mais reativa;
Os únicos elementos estáveis, ou seja, que tem a camada de valência
totalmente preenchidas, são os gases nobres.
Todos os átomos querem “se estabilizar” como um gás nobre, ou seja,
querem completar sua camada de valência. Para que isso ocorra estes
elementos instáveis doam ou recebem elétrons.
Para conseguirem a estabilidade eletrônica os elementos químicos devem
conter a camada de valência preenchida com oito elétrons. (Regra do
Octeto)
Estrutura Interna dos Materiais

Interações Atômicas
Forças e Energia de União dos Átomos
A magnitude das forças de união dos átomos é função da distância
estabelecida entre os átomos.
Quanto menor a distância interatômica maior a intensidade das forças
atrativas e repulsivas;
A magnitude das forças atrativas depende do tipo específico de ligação
química existente entre os dois átomos (iônica, covalente, metálica,....);
A forças repulsivas passam a se intensificar quando as camadas eletrônicas
mais externas dos átomos passam a se sobrepor, ocorrendo a aproximação dos
núcleos;
Existe uma ponto de equilíbrio, que ocorre quando as forças atrativas e
repulsivas se igualam estabilizando uma determinada distância interatômica.
Estrutura Interna dos Materiais
Ligações Químicas
Entidades responsáveis pela união dos átomos, determinando as
propriedades de resistência,
resistência elétricas e térmicas;
térmicas
Ex: Ligações fortes propiciam pontos de fusão elevados, distâncias
interatômicas pequenas, baixos coeficientes de dilatação térmica, e
módulos de elasticidade bem elevados.
São as entidades responsáveis por unir todos os elementos químicos
existentes no universo, formando diversos tipos de compostos;
Podem ser classificadas em ligações primárias e secundárias;
secundárias
Estrutura Interna dos Materiais
Classificação das Ligações Químicas
Ligações Primárias: São a ligações mais fortes e representativas para o
estudo dos materiais sólidos.
Ligação Iônica;
Ligação Covalente;
Ligação Metálica.
Obs: Em grande parte das substâncias ocorre claramente a predominância
de um tipo de ligação sobre as outras.
Ligações Secundárias:
Ligação de Van der Walls.
São a ligações menos intensas;
Existem entre todos os átomos e moléculas;
Ocorrem devido a polarização causada pelo desequilíbrio eletrônico
São melhores observadas nos gases nobres, devido a ausência de ligações
primárias.
São subdivididas em dipolo permanente e dipolo flutuante, que ocorrem
devido a assimetria na distribuição eletrônica das moléculas e dos átomos
respectivamente.
Estrutura Interna dos Materiais
Ligação Iônica
São Ligações químicas baseadas na atração eletrostática entre dois íons
carregados com cargas opostas, devido a doação ou recebimento de elétrons (Lei de
Coulomb);
Sempre encontrada na ligação de elementos metálicos e não metálicos, ou seja,
entre os elementos que estão posicionados nas extremidades da tabela na posição
horizontal, e possuem um maior diferencial de potencial eletrônico;
Neste tipo de ligação os elementos adquirem configurações estáveis (a regra do
octeto é atendida) e uma carga elétrica transformando-se em íons (cátions e
ânions);
As energias desse tipo ligação são relativamente altas, o que é refletido nos
elevados pontos de fusão dos materiais que assim são ligados;
Os materiais que estabelecem este tipo de ligação, são maus condutores de calor e
eletricidade, fatos relacionados com a intensidade da interação dos elétrons com
seus respectivos núcleos.
Estrutura Interna dos Materiais

Lei de Coulomb, lei que governa a interação eletrostática entre


duas cargas pontuais. Entre as muitas manifestações da
eletricidade, encontramos o fenômeno da atração ou repulsão
entre dois ou mais corpos eletricamente carregados que se
encontram em repouso.
A lei de Coulomb afirma que a intensidade da força F entre
duas cargas pontuais Q1 e Q2 é diretamente proporcional ao
produto das cargas, e inversamente proporcional ao quadrado
da distância R que as separa.
Estrutura Interna dos Materiais
Ligação Covalente:
Ocorre o compartilhamento de elétrons entre os átomos adjacentes;
È uma ligação que ocorre preferencialmente em uma certa direção (ligação
direcional);
Ocorre expressivamente nos polímeros, podendo compor também parte das
ligações de alguns materiais cerâmicos;
Quanto mais próximos estiverem os átomos na tabela periódica (menor
diferença de eletronegatividade), maiores serão os índices de ocorrência da
ligação covalente;
Exemplos: H2, H2O, NH3, CH4, HF, CL2, F2, HNO3...
Estrutura Interna dos Materiais
Estruturação Molecular dos Materiais sólidos
A estrutura interna dos materiais sólidos podem ser classificadas de acordo com a
regularidade na qual os átomos estão arranjados uns em relação aos outros.
Estrutura Amorfa: Estruturas carentes de um arranjo atômico
regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas relativamente
grandes.

Estrutura Cristalina: É aquela na qual os átomos estão


organizados na forma de um arranjo atômico, regular e periódico ao longo
de grandes distâncias atômicas.
Todos os materiais metálicos, boa parte dos cerâmicos e alguns polímeros
apresentam-se de forma cristalina quando estão no estado sólido.
Materiais Cerâmicos
Definição
Cerâmica vem da palavra grega “keramus”, originada do latim, que
significa coisa queimada;
São materiais formados geralmente pela junção de elementos químicos
metálicos e não-metálicos;
• Metais: Na, Mg, Ti, Cr, Fe, Ni, Zn, Al, K, ...
• Não-metais: N, O, H, B, P, S, C, Si, Ge, F,
Cl,.....
Materiais Cerâmicos
Classificação das Estruturas Cerâmicas
Podem ser subdivididas em duas classes principais:
Cerâmicas Convencionais ou Tradicionais:
 Cerâmicas obtidas desde os períodos pré-históricos, mantendo-se como
classe representante das cerâmicas até a metade do século XX;
 Tem como principal matéria-prima a argila (Al2O3.SiO2.H2O),a sílica
(SiO2) e o feldspato(K2O.Al2O3.6SiO2);
Custos de produção e obtenção relativamente baixos;
Ex: Louça, porcelana, tijolos, telhas, azulejos, tijolos refratários,
cimentos, vidros, ...
Materiais Cerâmicos
Classificação das Estruturas Cerâmicas
Podem ser subdivididas em duas classes principais:
Cerâmicas Avançadas:
Criadas devido as exigências do mundo moderno, acompanhado aos
desenvolvimentos de novas tecnologias na obtenção e processamento dos
materiais;
São compostos formados geralmente por compostos puros ou quase puros de
óxidos, carbonetos ou nitretos; (Al2O3, ZrO2, SiC, Si3N4,...)
Ex: Componentes eletrônicos, biomateriais (implantes dentários,
ortopédicos), hélices de turbinas, ferramentas de corte, brocas de
perfuração, peças automotivas, indústria aero espacial,.....
Materiais Cerâmicos
Ligações Químicas
As ligações químicas presentes nesses materiais variam desde puramente
iônica até totalmente covalente, ocorrendo na maior parte dos casos uma
composição deste dois tipos de ligações. Este potencial pode ser quantificado
através da seguinte formulação matemática. Percentual de caráter
iônico de alguns
% caráter iônico = {1-exp[-(0,25).(Xa – Xb)²]} . 100 materiais cerâmicos:
CaF2__________89%
Onde Xa e Xb, são as eletronegatividades dos respectivos elementos MgO__________73%
NaCl__________67%
Al2O3_________63%
SiO2__________51%
X SiN4__________30%
ZnS___________18%
SiC___________12%

Estes percentuais estão diretamente relacionados com a diferença de


eletronegatividade existentes entre os elementos que formam o composto.
Quanto maior for esta diferença maior será o percentual de ligações iônicas
presentes, e consequentemente teremos uma estrutura predominantemente
composta por íons carregados eletricamente (Cátions e Ânions);
Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
Estas estruturas são compostas por dois ou mais elementos químicos e
apresentam organização interna bastante complexa, quando comparadas
com as ligas metálicas;
De acordo com as quantidades de cátions e ânions presentes na sua fórmula
básica assumem a seguinte classificação: AX, AmXp com m e/ou p  1 e AmBnXp
Ex: AX =>NaCl, MgO, FeO,...
AmXp => CaF2, Al2O3, Si3O4,...
AmBnXp=> MgAl2O4, FeAl2O4,...

Podem ocorrer tanto no modo cristalino, quanto no modo amorfo;


Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
 O número de Coordenação (número de ânions vizinhos mais
próximos para um cátion) está relacionado com a razão:
Onde:
RC/RA RC: Raio do Cátion
RA: Raio do Ânion
RC/RA < 0,155: N° de Coordenação 2 =>Cátion
(muito pequeno) ligado a dois ânions de forma linear;
0,155 < RC/RA < 0,225: N° de Coordenação 3 =>
Cátions envolvido por três ânions na forma de um
triângulo eqüilátero planar
0,225 < RC/RA < 0,414: N° de Coordenação 4 =>
Cátion no centro de um tetraedro
0,414 < RC/RA < 0,732: N° de Coordenação 6 =>
Cátion no centro de um octaedro
0,732 < RC/RA < 1,0: N° de Coordenação 8 =>
Ânions localizados em todos os vértices de um cubo
e um cátion no centro
RC/RA > 1,0: N° de Coordenação 12
Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
Resumo de algumas estruturas das cerâmicas mais
comuns:
Por se tratar de estruturas bastante complexas, normalmente estas
são classificadas de acordo com os materiais que usualmente
contém aquela estrutura.
Nome da estrutura Tipo de estrutura Compactação do Exemplos
ânion
Sal-gema AX CFC NaCl, MgO e FeO

Cloreto de Césio AX Cúbica simples CsCl

Blenda de Zinco AX CFC ZnS e SiC

Fluorita AX2 Cúbica simples CaF2 UO2 ThO2

Espinélio AB2X4 CFC MgAl2O4 FeAl2O4


Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
Resumo de algumas estruturas das cerâmicas mais
comuns:
ESTRUTURA DO CLORETO DE SÓDIO (AX)
Mesma estrutura: MgO, MnS, LiF, FeO

ESTRUTURA DO CLORETO DE CÉSIO (AX)


Estrutura cúbica simples;
N° de Coordenação 8;

ESTRUTURA DO TITANATO DE BÁRIO (AmBnXp)


 Dois tipos de cátions (A e B);
Estrutura cristalina cúbica;
Materiais Cerâmicos
Imperfeições nas Cerâmicas
Defeitos Pontuais:
 Assim como as ligas metálicas, podem ocorrer defeitos na estrutura dos
átomos hospedeiros. Os principais defeitos presentes são os de lacuna e os
insteristicíais;
Uma particularidade dos materiais cerâmicos é o fato da ocorrência de íons
ao invés de átomos estáveis. Por apresentarem características distintas os
cátions e os ânions provocarão defeitos específicos;
Ânion: Provocam geralmente apenas os defeitos de lacuna, devido o seu
tamanho.
Cátion: Provocam ambos os defeitos
Materiais Cerâmicos
Imperfeições nas Cerâmicas
Defeitos Pontuais:
A ocorrência de um defeito não pode ocorrer de forma isolada, pois a
“eletroneutralidade” do composto deverá ser mantida. Para garantia deste
equilíbrio observa-se geralmente a ocorrência de outro defeito simultâneo de
modo a anular o efeito provocado pela imperfeição anterior. A este fenômeno
damos o nome de “estrutura de defeitos”.

Estas estruturas podem ser classificadas como:


Defeito de Frenkel: Envolve um par composto
por uma lacuna de cátion e um ânion interisticial;

Defeito de Schottky: Par que é composto por


uma lacuna de cátion e uma lacuna de ânion;
Materiais Cerâmicos
Imperfeições nas Cerâmicas
Impurezas:
Átomos de impurezas podem formar soluções sólidas em materiais
cerâmicos da mesma forma como ocorrem com os metais;
A ocorrência deste tipo de imperfeição vai depender basicamente dos
tamanhos atômicos e eletronegatividades dos átomos envolvidos, assim como
a densidade de vazios presentes;
Materiais Cerâmicos
Propriedades Físico-químicas
 Apresentam boa estabilidade química quando submetidos a
ambientes agressivos. Este fato se dá basicamente devido as
elevadas energias de ligação estabelecidas pelas ligações iônicas e
covalentes presentes no interior destes materiais;
 Menos susceptível a oxidação em altas temperaturas que metais e
polímeros.
 São menos densas que a maioria dos metais e suas ligas,
conferindo uma maior leveza aos componentes compostos deste
tipo de material. Fato explicado pela baixa compactação molecular,
estabelecida devido a ocorrência de forças repulsivas estabelecidas
entre os íons carregados eletricamente; Composição (% em peso)

SiO2 Al2O3 K2O MgO CaO Outros

Sílica refractária 96 4

Tijolo refractário 50-70 45-25 5

Mulita refractária 28 72 ----

Porcelana eléctrica 61 32 6 1

Porcelana steatite 64 5 30 1

Cimento Portland 25 9 64 2
Materiais Cerâmicos átomos

Propriedades Térmicas
 Maus condutores de calor; Ligação Química
 São mais resistêntes à altas temperaturas e à ambientes severos
que metais e polímeros;
 A dilatação térmica é baixa comparada com metais e polímeros;
 Baixa condutividade térmica;
 Alto ponto de fusão Material Capacidade Coeficiente linear de Condutivida
calorífica expansão térmica de térmica
(J/Kg.K) ((°C)-1x10-6) (W/m.K)
Alumínio 900 23,6 247

Cobre 386 16,5 398

Alumina (Al2O3) 775 8,8 30,1

Sílica fundida 740 0,5 2,0


(SiO2)
Vidro de cal de 840 9,0 1,7
soda
Polietileno 2100 60-220 0,38

Poliestireno 1360 50-85 0,13


Materiais Cerâmicos
Propriedades Térmicas
Uma interessante aplicação, que leva em conta as propriedades
térmicas das cerâmicas, é o seu uso na indústria aeroespacial.
* Temperaturas de subida (°C)
Revestimento exterior
com fibra amorfas de
sílica de alta pureza.
Espessura: 1,27-
8,89cm
Materiais Cerâmicos
Propriedades Mecânicas
 Apresentam baixa resistência ao choque (baixa tenacidade);
 Apresentam elevados módulos de elasticidade ~ 45.500kgf/mm2
(aço: 20.000 kgf/mm2)
 São resistentes em relação à compressão (relação média de
1:10, no que se refere aos esforços de tração)
 Têm alta dureza, alta resistência ao desgaste e alta fragilidade;
 A extrema fragilidade e dureza dos cerâmicos vem da natureza
das suas ligações atômicas iônicas ou covalentes (alta
intensidade de interação, organização pouco compacta, ....)
 Pouco endurecíveis por precipitação;
 Não encruáveis nem maleáveis, pois não permitem deformação
por escorregamento de planos, tornando a propagação de
discordâncias quase impossível ;
Materiais Cerâmicos
Propriedades Mecânicas
COMPORTAMENTO MECÂNICO
COMPORTAMENTO FRÁGIL
Característica típica dos cerâmicos: melhor resistência em compressão que
em tração;
Comportamento semelhante ao dos ferro fundidos;
 Para caracterização das propriedades dos materiais cerâmicos utiliza-se
normalmente o ensaio de flexão ao invés do ensaio de tração de ensaio de tração,
visto a dificuldade de garantir a repetitividade do ensaio diante da dispersão dos
resultados provenientes dos esforços de tração aplicados;
Materiais Cerâmicos
Propriedades Elétricas
As propriedades elétricas dos materiais cerâmicos são muito
variadas, podendo ser:

 Isolantes: Alumina, vidro de sílica (SiO2)


 Semicondutores: SiC, B4C, Ge, GaAs, InSb, GaN, CdTe

Supercondutores: (La, Sr)2CuO4, TiBa2Ca3Cu4O11

InP
Materiais Cerâmicos
Composição Básica e Algumas Propriedades
Nome comum Comp. Utilização
Alumina, alumina refractária Al2O3 Isolamento térmico e eléctrico
Magnésia, magnésia refractária MgO Resistência ao desgaste
Spinel MgO.Al2O3 Idem
Óxido de Crómio Cr2O3 Revestimentos para resist. ao desgaste
Dióxido de urânio UO2 Combustível em reactores nucleares
Zircónia (parcial.) estabilizada ZrO2 Isolamento térmico (estab. com 10%CaO)
Titanato de Bário BaTiO3 Componentes electrónicos
Ferrite de Níquel NiFe2O4 Componentes “magnéticos”

Nome comum Comp Utilização


Carboneto de Silício SiC Abrasivos
Nitreto de Silício Si3N4 Resistência ao desgaste
Carboneto de Titânio TiC Resistência ao desgaste
Carboneto de Tântalo TaC Resistência ao desgaste
Carboneto de Tungsténio WC Ferramentas de corte
Carboneto de Boro B4C Abrasivos
Nitreto de Boro BN Isolamento
Materiais Cerâmicos
Vidros

SiO2 B2O3 Al2O3 Na2O CaO MgO K2O ZnO PbO Utilização

Sílica vítrea 100 Vidro alta pureza(*)

Borosilicato 76 13 4 5 1 Vidro p/ química

Vidro
72 1 14 8 4
(janelas)
Vidro
73 2 14 10
(conten.)

Fibra vidro E 54 8 15 22 Fibras p/ compósitos

Verniz 60 16 7 11 6

Revestimento p/
Enamel 34 3 4 17 42
metais
Materiais Cerâmicos
Processamento dos Vidros
 Inicialmente aplica-se elevadas temperaturas até o atingimento do
pontos de fusão das mátérias-primas, garantido assim um nível de
viscosidade adequada, para a possibilidade da ocorrência da
deformação plástica (aumento da fluidez);
 Posteriormente aplica-se um dos quatro principais métodos de
conformação indicados abaixo:
Prensagem: Utilizada para fabricação de peças com elevadas espessuras de parede.
A peça é inserida em um molde, o qual permitirá a definição da forma desejada,
através da aplicação de pressão.

Insuflação: Utilizado na fabricação de garrafas, jarras, lampadas; A peça é inserida em


um molde inicial, onde passa por uma prensagem mecânica, e posteriormente é
transferida para um molde de acabamento por onde passará pelo processo de insuflação
por uma jato de ar comprimido e atingirá a sua forma final.
Materiais Cerâmicos
Processamento dos Vidros

Estiramento: A massa fundida de vidro é submetida a


passagem por diversos orifícios presentes na base de uma
câmara aquecida formando diversas fibras, que são
posteriormentes estiradas e armazenadas por um sistema
mecânico de rolos.

Laminação a quente: A massa fluída após aquecida é submetida a passagem por rolos
laminadores que comprimem e estiram as chapas de vidro de modo a conformá-las.
Este processo é aplicado principalmente na fabricação de longas peças de vidro como
barras, perfis e fibras, as quais apresentam como principal característica uma seção
reta constante;

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