Você está na página 1de 38

ADM4007 Finanças Corporativas

Decisões em Condições de Risco


Os Modelos de Markowitz e Sharpe, o
CAPM
Baseado em SECURATO, J. R.Parte
Decisões1 financeiras em condições de
risco. São Paulo: Atlas, 1996.
Diversificação do Risco de uma Carteira

Considere uma carteira de investimentos


composta dos ativos A1 e A2, respectivamente
nas proporções w e (1 - w)
As taxas de retorno desses ativos são,
respectivamente, I1 e I2, com distribuições de
probabilidade conhecidas:
   
I1 : D I 1 , I S1 e I 2 : D I  2 , I S2
Problema: determinar a taxa de retorno da
carteira (Ic): I  I  1   I
C 1   2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Cálculo do retorno médio da carteira

I C  E I C   EI1  1    I 2 

I C  E I1   1    E  I 2 
ou
I C  I 1  1    I  2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Cálculo do desvio do retorno da carteira

I SC  S  I C   S  I1  1    I 2 
2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Cálculo do desvio do retorno da carteira

I SC   I  1    I  2 1    cov I1 , I 2 
2 2 2 2
S1 S2

Se I1 e I2 são independentes (em geral não são!),


então cov(I1,I2)=0

Se I1 e I2 são dependentes, deve-se calcular a


cov(I1,I2), que dependerá do cálculo das
probabilidades conjuntas P(I1,I2).
Diversificação do Risco de uma Carteira

Composição da carteira de risco mínimo

Risco:
I SC   I  1    I  2 1    cov I1 , I 2 
2 2 2 2
S1 S2

Condição de risco mínimo:


I SC
0

Diversificação do Risco de uma Carteira

Composição da carteira de risco mínimo

Risco:
I SC   I  1    I  2 1    cov I1 , I 2 
2 2 2 2
S1 S2

2 2
S1  2

ISC  ω I  1  2ω  ω I  2ω  2ω cov  I1 ,I2 
2
S2  2

ISC  ω 2IS21  IS22  2ω IS22  ω 2IS22  2ω cov  I1 ,I2   2ω 2 cov  I1 ,I2 

 S1 S2  2

ISC  I  I  2 cov  I1 ,I2    2I  2 cov  I1,I2    I
2 2 2
S2  2
S2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Composição da carteira de risco mínimo


Risco:
   
ISC  IS21  IS22  2 cov  I1,I2   2  2IS22  2 cov  I1,I2    IS22

A 2B

I SC  A  2 B  I
2 2
S2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Composição da carteira de risco mínimo

Risco:
I SC  A  2 B  I
2 2
S2

Condição de risco mínimo:


I SC
0

Diversificação do Risco de uma Carteira

Composição da carteira de risco mínimo

Risco:
I SC  A  2 B  I
2 2
S2

Condição de risco mínimo:


I SC 2 A  2 B
 0
 2 A 2  2 B  I S2
2

B
2 A  2 B  0  2 A  2 B   
A
Diversificação do Risco de uma Carteira

Composição da carteira de risco mínimo

Risco:
I SC  A  2 B  I
2 2
S2
B
Condição de risco mínimo:  
A
2
B B 2
Então I SCmin  A  2  2 B   I S 2
A A
2
B
ou I SCmin  I  2
S2
A
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira

Como: I C  I 1  1    I  2
I C  I  2
Então: I C   I 1  I  2   I  2  
I 1  I  2

Lembrando que I SC  A  2 B  I
2 2
S2

2
 I C  I  2   I C  I  2  2
I SC  A   2 B   IS
 I I   I I  2
 1  2   1  2 
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


2
 I C  I  2   I C  I  2  2
I SC  A   2 B   IS
 I I   I I  2
 1  2   1  2 

Seja: Z  I C  I  2 R  I 1  I  2

Então: A 2 B
I  2 Z  2 Z  I S2  0
2
sc
2

R R
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


A 2 B
I  2 Z  2 Z  I S2  0
2
sc
2

R R

• Esta equação pode representar uma elipse,


uma hipérbole ou uma parábola.
• Em geral, a curva representativa do retorno
médio de uma carteira em função do risco
será uma hipérbole.
Ver pag.139-143
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


A 2 B
I  2 Z  2 Z  I S2  0
2
sc
2

R R

2

I sc  

 
AZ  2 AZ B   I 2  0
R
2

R
 S2
A 

 

I sc  
2 A
 R
Z
2

2
AZ B
R A

B
A
   
2



B
A
2

 I S2  0
2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira

 

I sc  
2 A
 R
Z
2

2
AZ B
R A

B
A
   
2



B
A
2

 I S2  0
2

 
2
 AZ B   B
2

I sc  
2
    I S2   0
2

 R A  A 

2
sc
 AZ  RB 
I 
 R A 

2

 I S2 
2 B
A
  2
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira

2
sc
 AZ  RB 
I 
 R A 

2

 I S2 
2 B
 
A
2

2
 RB 

I sc  
2
Z

 R 
A

 
  I S2 
2 B
A
2

 A 
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


2
 RB 

I sc  
2


Z
R
A 
 
  I S2 

2 B
A
2

 A 


I sc 
2
Z 
RB 2
A  
 I S2 
2 B
2

R2 A
A
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


I sc 
2
Z
RB
A
2
 I S2 
2 B
  2

R 2 A
A 2
Z  I C  I  2   RB  
 I C   I  2  
 I sc  0   
2
A 
1
2 2  2

 B  R  B 
I S2  
2
  S2  
I 2
 
 A A   A  
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


2
  RB  
  I2 
 I C 
I sc  0
2

   A 
1
R2  2  B  
2 2
 B 
I 
2
S2   I S2    
 A A   A  
Equação reduzida da hipérbole de centro:

I sc ; I C  centro

  0; I  2 
RB 

A 

Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


2
  RB  
  I2 
 I C 
I sc  0
2

   A 
1
R2  2  B  
2 2
 B 
I 
2
S2   I S2    
 A A   A  
Equação reduzida da hipérbole com assíntotas:
R  RB 
I C  I SC   I  2  
A  A 
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


R  RB 
I C  I SC   I  2  
A  A 
Imc: Retorno

RB
I2 
A

ISC mínimo Isc: Risco


Resumindo

Média
n
I c  1 I 1  2 I  2    n I n    j I j
j 1

Desvio (Risco)

   I  2  jk cov I j , I k 
n n
2 2 2
I SC j Sj
j 1 j k
Exercício

• Considere três investidores (A, B e C) que


estudam a possibilidade de aplicar em ouro,
ações ou CDB pelo prazo de 180 dias.
• Calcule:
a) Média e desvios (riscos) dos ativos
b) Risco de cada carteira
Comparação das Carteiras

Composição da Retorno Risco


Carteira Carteira Médio (Desvio)
Ouro Ações CDB % a.s. % a.s.
Ouro 100  
Ações  100 
CDB   100
A 40  60
B 65 35 
C 30 20 50
Retornos
Ouro a.m. no período probabilidade
0,01 0,0615 0,5
0,02 0,1262 0,2
-0,01 -0,0585 0,3
Ações a.m. no período probabilidade
0,01 0,0615 0,4
0,03 0,1941 0,4
0,04 0,2653 0,1
-0,06 -0,3101 0,1
CDB a.m. no período probabilidade
0,005 0,0304 0,4
0,015 0,0934 0,6
Distribuição Conjunta de Probabilidades
    Ouro              
Prob
0,0615 0,1262 -0,0585        
    CDB    
0,0304 0,20 0,08 0,12 0,40            
CDB

0,0934 0,30 0,12 0,18 0,60            


Prob
0,50 0,20 0,30      
  Ouro        
                       
Ouro   CDB
Prob
Prob
    0,0615 0,1262 -0,0585 Açõe       0,0304 0,0934
Ações
s
0,0615 0,20 0,08 0,12 0,40   0,0615 0,05 0,35 0,40
0,1941 0,20 0,08 0,12 0,40   0,1941 0,30 0,10 0,40
Ações

Ações
0,2653 0,05 0,02 0,03 0,10   0,2653 0,05 0,05 0,10
- -
0,05 0,02 0,03 0,10 0,00 0,10 0,10
0,3101   0,3101
Prob Prob
0,50 0,20 0,30 0,40 0,60
Ouro   CDB
Comparação das Carteiras

Composição da Retorno Risco


Carteira Carteira Médio (Desvio)
Ouro Ações CDB % a.s. % a.s.
Ouro 100   3,84 6,80
Ações  100  9,78 15,39
CDB   100 6,82 3,09
A 40  60 5,63 2,63
B 65 35  5,92 5,95
C 30 20 50 6,52 2,37
Obs.: Resultado difere do apresentado no livro-texto.
Comparação das Carteiras
Ações
10
Retorno

9
8
CDB
7 C
B
6
A
5
4 Ouro
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Risco
Obs.: Resultado difere do apresentado no livro-texto.
Exercício
Lembrando que:
Composição da carteira de risco mínimo
Risco:
I SC  I 2
S1   
 I S22  2 cov I1 , I 2   2  2 I S22  2 cov I1 , I 2    I S22

A 2B
Condição de risco mínimo:
I SC 2 A  2 B
 0
 2 A 2  2 B  I S2
2
B
2 A  2 B  0  2 A  2 B   
A
Exercício

Calcule:
• a composição da carteira com ouro e CDB
que dá o ponto de risco mínimo;
• O retorno médio dessa carteira de risco
mínimo.
Diversificação do Risco de uma Carteira

Curva Risco-Retorno da Carteira


I   0,37048I S  0,06093
Im: Retorno

6,093

2,28 Is: Risco


Comparação das Carteiras
Ações
10
Retorno

9
8
CDB
7 C
B
6
A
5
4 Ouro
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Risco
Obs.: Resultado difere do apresentado no livro-texto.
Comparação das Carteiras
Ações
10
Retorno

9
8
CDB
7 C
B
6 Min
A
5
4 Ouro
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Risco
Obs.: Resultado difere do apresentado no livro-texto.
Comparação das Carteiras
10
Retorno

(1-w;w)
9
Carteira
8 alavancada
CDB
7 (1;0)
6 Min (0,755;0,245)

5
4 Ouro (0;1)
3 Carteira
alavancada
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Risco
Obs.: Resultado difere do apresentado no livro-texto.
Fronteira Eficiente de Investimentos com Risco
10
Retorno

9
8 Se a carteira é
7 X composta por
6 Min apenas dois ativos,
5 a composição
4 ótima é o ponto X.
3
2
1
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Risco
Fronteira Eficiente de Investimentos com Risco

Retorno Considerando o caso


de uma carteira
formada por n ativos,
é possível obter
hipérboles
representando a
relação risco-retorno
entre um ativo Aj e
uma composição
relativa dos n-1 ativos
remanescentes.
Risco
Fronteira Eficiente de Investimentos com Risco

Retorno

A curva denominada
fronteira eficiente de
investimentos com
riscos é a envoltória
da família de
hipérboles da
carteira.

Fronteira eficiente de investimentos de um portfólio Risco


(carteira)
é o conjunto de todas carteiras que:
a) Dado um nível de risco, não existe carteira com maior retorno; e,
b) Dado um nível de retorno, não existe carteira com menor risco.

Você também pode gostar