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INFLAÇÃO

Inflação
• A primeira conclusão que podemos tirar a
respeito da inflação é que se trata mais do valor
da moeda do que do valor dos bens;
• A segunda, é que e um fenômeno que atinge toda
a economia;
• Assim, quando o nível de preços aumenta, as
pessoas têm de pagar mais pelos bens e serviços
que compram, o que significa uma queda do valor
da moeda, porque cada real que se encontra em
sua carteira compra uma quantidade menor de
bens e serviços.
Efeitos da inflação
• Alterações na oferta de moeda levam a
mudanças no nível médio dos preços dos bens
e serviços;
• Mas, como essas alterações monetárias
afetam outras variáveis macroeconômicas
importantes, como a produção, o emprego, os
salários reais e as taxas de juros reais?
Variável nominal x variável real
• As variáveis econômicas podem ser divididas em dois grupos:
variáveis nominais (medidas em valores monetários) e variáveis
reais (medidas em unidades físicas). Essa separação é chamada
de dicotomia clássica;
• Por exemplo, o preço do milho é uma variável monetária,
medido em reais, enquanto a quantidade produzida de milho é
uma variável real, medida em quilogramas;
• Quando dizemos que o preço do saco de milho é R$ 2,00 e o
preço do saco de feijão é R$ 1,00, são ambos valores nominais;
• Quando dizemos que o preço do saco de milho é dois sacos de
feijão, não estamos mais falando de preços monetários, mas de
preços relativos;
• Assim, preços monetários são variáveis nominais e preços
relativos são variáveis reais.
Neutralidade monetária
• Essa separação é importante porque nos permite perceber que
as variáveis nominais são muito influenciadas pela marcha dos
acontecimentos no sistema monetário de uma economia,
enquanto o sistema monetário é praticamente irrelevante para
o entendimento de variáveis reais importantes.
• A neutralidade monetária é uma proposição segundo a qual as
alterações na oferta de moeda não afetam as variáveis reais da
economia;
• Ou seja, quando o Bacen duplica a oferta de moeda, o nível de
preços se duplica, o salário em reais dobra e todos os demais
valores também dobram;
• Assim, as variáveis reais como produção, emprego, salário real
e taxa de juros real permanecem inalteradas.
Curto prazo e longo prazo
• Em curtos períodos (1 ou 2 anos) há razão para
pensar que as alterações no valor da moeda têm
efeitos importantes sobre as variáveis reais. Ou
seja, a neutralidade monetária não se aplica no
curto prazo;
• Entretanto, em uma década, por exemplo, as
alterações monetárias têm efeitos importantes
sobre as variáveis nominais mas exercem
impactos quase desprezíveis sobre as variáveis
reais. Ao estudar as mudanças de longo prazo na
economia, a neutralidade da moeda oferece uma
boa descrição do funcionamento do mundo.
Hiperinflação
• Hiperinflação é inflação elevada, acima de 50% ao
mês;
• Surgem porque os governos não mais conseguem
arrecadar impostos suficientes para financiar seus
compromissos de gastos, inclusive os juros sobre as
dívidas acumuladas do governo;
• Tentam imprimir mais e mais moeda para cobrir o
crescente déficit público, o que causa mais e mais
inflação;
• A “solução” com freqüência é o calote da dívida
antiga, o que reduz drasticamente o gasto
governamental e a necessidade de imprimir dinheiro
Os custos da inflação
• Os eleitores podem sofrer de ilusão monetária,
confundindo mudanças nominais com mudanças
reais;
• É errado dizer que a inflação é ruim porque torna os
bens mais caros. Se todas as variáveis nominais
aumentam juntas, as pessoas têm rendas nominais
mais elevadas e podem comprar a mesma
quantidade física de bens que antes;
• Em outros casos, a inflação, de fato, tem custos e seu
tamanho depende de ter sido prevista com
antecedência e de as instituições econômicas e
políticas terem permitido às pessoas se adaptarem à
inflação prevista.
Adaptação e previsão
• O custo de sola de sapato da inflação: Moeda vida
não pode ser protegida da inflação. A inflação faz
com que as pessoas mantenham menos moeda viva,
aumentando o tempo e o esforço necessários para
efetuar transações;
• Os custos de menu da inflação: Quando os preços
estão subindo, as etiquetas precisam ser trocadas e
os catálogos reeditados. Inflação mais alta significa
que esses custos incorrem com mais freqüência;
• Mesmo com completa adaptação e perfeita previsão,
é impossível evitar tais custos, que são elevados
quando a inflação é alta.
Previsão sem adaptação
• Algumas vezes nossas instituições não são neutras
com respeito à inflação, impedindo o pleno ajuste à
inflação prevista, aumentando as distorções que a
inflação cria.
Exemplo: quando o governo impede reajustes dos
salários e da tabela do imposto de renda ou tributa
ganhos de capital (só o ganho que ultrapassa a
inflação é de fato um ganho).
Inflação inesperada
• Uma inflação que aparece de surpresa altera o valor
real dos contratos nominais: os credores perdem,
porque deixaram de cobrar uma taxa de juros
nominal adequada; os trabalhadores perdem, pois
não terão feito acordos salariais no nível nominal
adequado.
• Quem ganha? Tomadores de empréstimos e
empresas! A inflação inesperada redistribui renda e
riqueza, por exemplo, dos credores para os
devedores.
Inflação incerta
• A incerteza quanto ao futuro da inflação dificulta o
planejamento de longo prazo, e as pessoas não
gostam de correr riscos;
• Inflação incerta deixa menos claro os valores reais
dos contratos.
• Quando a inflação, em média, é alta, é mais difícil de
prever. Um dos benefícios da inflação baixa é que as
mudanças institucionais para fazer com que ela seja
baixa tendem também a torná-la mais previsível.

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