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Direito das coisas – complexo de normas reguladoras das

relações jurídicas referente aos bens suscetíveis de apropriação


pelo homem.


Excluem-se deste, as coisas que são encontradas com abundância no
mundo, sem valor econômico, como o ar atmosférico e a luz solar.
 
O Código Civil disciplinou os bens materiais ou corpóreos, pois os
bens imateriais (direitos autorais) estão regulados por leis especiais.
 

 O Código Civil pátrio adotou a teoria clássica, sustentando como elementos dos direitos
reais, o sujeito ativo, a coisa e a inflexão imediata do sujeito ativo sobre a coisa, enquanto o
direito pessoal comporta relação de pessoa a pessoa, com os elementos: sujeito ativo,
sujeito passivo determinado e prestação.
 Resultando o seguinte conceito:
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 “Direito real é a relação jurídica em virtude da qual o titular pode retirar da coisa de modo
exclusivo e contra todos as utilidades que ela é capaz de produzir. O direito pessoal, por
sua vez, conceitua-se como relação jurídica mercê da qual ao sujeito ativo assiste o poder
de exigir do sujeito passivo determinada prestação, positiva ou negativa.” (Washington de
Barros Monteiro, in Curso de Direito Civil)
 
 Os direitos reais estão contemplados nos arts. 1196/1510 do Código Civil, bem como
encontram guarida no texto constitucional, em seu art. 5º., “caput” e nos incisos XXII e
XXIII do citado artigo, de forma que a propriedade é um direito garantido no Brasil, mas
somente legitimado quando atendida a sua função social. A propriedade que não cumpre a
sua função social não encontra proteção constitucional, portanto.
 DIREITOS REAIS

 REFERÊNCIA LEGISLATIVA: art. 5º, caput e inciso XXIII da CF; art. 81, parágrafo único da Lei
8078/90 e Decreto Lei 271, de 28/02/1967.
 TEORIAS REALISTA E PERSONALISTA
 Tanto a pessoa física, quanto a jurídica podem ser titulares de direitos extrapatrimoniais (direitos
estéticos, direitos da personalidade, por exemplo) e de direitos patrimoniais, estes direitos
mencionados, são espécies de direitos subjetivos, os quais não se confundem, nem com a vontade nem
com o interesse pessoal individual ou transindividual (difuso, coletivo).
 Os direitos subjetivos extrapatrimoniais são insuscetíveis de valoração econômica, pois são intrínsecos
à pessoa e à sua projeção num mundo exterior, justificando-se sua proteção, mesmo que não lhe seja
outorgado valor patrimonial, como se verifica no Título dos direitos e garantias fundamentais, da CF.
 São exemplos de direitos extrapatrimoniais, os direitos da personalidade (Exºs. nome, lealdade
recíproca, assistência imaterial entre os cônjuges, vida, honra, imagem, liberdade, alimentos), ainda
que não se possa atribuir-lhes valoração econômica, é admitida a indenização por danos morais em
sentido amplo, tendo como critério, a fixação do quantum debeatur, a sanção por desestímulo à
reincidência (considerando-se a situação econômica do agente) e a compensação imperfeita (embora a
vítima receba determinada quantia em dinheiro, porcausa do dano sofrido, esta não significa uma
equivalência ao valor do direito violado pelo agente).

 Os direitos subjetivos patrimoniais podem ser pessoais ou reais.
 Nos direitos patrimoniais verifica-se uma conduta que pode ser
exigida de outra pessoa (obrigação de dar ou restituir) ou a
efetivação de uma prestação comissiva ou omissiva de fazer
(obrigação de fazer ou não fazer). O objeto é material ou
corpóreo (sobre ele é possível contato físico e exercício de poder
jurídico).
 Quando o objeto da relação humana é um bem, sobre o qual não
recai valoração econômica, é nominado direito pessoal, naqueles
em que é possível atribuir-lhe valor econômico, ou seja, o direito
integrado ao patrimônio de seu titular é uma coisa e não uma
prestação humana, nomina-se direito real.

 Direitos absolutos – são os que podem ser exercidos e defendidos sem qualquer
restrição, pelo seu respectivo titular. Esta teoria sofreu ingerências, face a atual
concepção da função social da propriedade. Com isso, tais direitos podem ser exercidos
e defendidos contra todos indistintamente, nos limites estabelecidos pela norma
jurídica, por razão de ordem política e de interesse social.
 Direitos relativos – são os que podem ser exercidos e defendidos em face de
determinada pessoa, por causa do vínculo jurídico com ela estabelecido ou em razão do
conflito de interesses entre elas existente.É o que ocorre com os direitos obrigacionais.
Em virtude do reconhecimento dos direitos e interesses transindividuais e da teoria da
colisão de direitos e interesses, estes sofreram redução em sua aplicabilidade.
 Conclusões:
 Os direitos reais são absolutos e mesmo estando relativizados, prevalecem sobre os
direitos pessoais, que são direitos relativos de menor relevância jurídica;
 Apesar de o direito de propriedade ser considerado direito real fundamental, o seu
exercício e o dos demais direitos reais são limitados aos interesses socialmente
relevantes.

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