Função Social da Cidade e da adoção de padrões de produção e consumo de cidades sustentáveis

Propriedade Urbana bens e serviços e de expansão urbana proteção,

Gestão Democrática
justa distribuição dos benefícios e dos ônus
decorrentes do processo de urbanização
Recuperação da valorização imobiliária
proteção, preservação e recuperação do
patrimônio natural e construído
DIRETRIZES
adequação dos instrumentos de política
econômica, tributária e financeira e dos
gastos públicos aos objetivos do
desenvolvimento urbano
simplificação da legislação de
parcelamento, de uso e ocupação do solo
preservação e recuperação do patrimônio
natural e construído compatíveis com os limites
de sustentabilidade ambiental, social e
econômica
Cooperação entre Governo, iniciativa privada
sociedade civil no processo de urbanização, em
atendimento ao interesse social
Reúne normas relativas a ação do poder público na
regulamentação do uso da propriedade urbana em prol do
interesse público, da segurança e do bem estar dos cidadãos,
bem como do equilíbrio ambiental. Além disso, fixa importantes
princípios básicos que irão nortear estas ações.
Lei nº 10.257 de Julho de 2001
isonomia de condições para os agentes
públicos e privados na promoção de
empreendimentos e atividades
regularização fundiária e urbanização de áreas
ocupadas por população pobre
integração e complementariedade entre as
atividades urbanas e rurais
Art. 182 :a política de desenvolvimento
urbano tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da
cidade e da propriedade urbana
Art. 183: institui o usucapião urbano,
possibilitando a regularização de
extensas áreas ocupadas por favelas,
vilas, alagados, invasões ou loteamentos

Estatuto da Cidade clandestinos

CF/88

Parcelamento,
INSTRUMENTOS
Edificação ou Estudo de
Desapropriação
Utilização Impacto de
com Usucapião
Compulsórios Direito de Vizinhança
pagamento de Especial de
títulos Imóvel Preempção
Urbano

IPTU Transferência Operações

Progressivo do Direito de Urbanas
Direito de Outorga Consorciadas
no Tempo onerosa Construir
Superfície
 Lei nº 10.257 de Julho de
2001 Planejamento das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões Plano diretor
Estatuto da Cidade
Disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação
do solo
Planos nacionais, regionais e estaduais de
ordenação do território e de Zoneamento ambiental

instrumentos desenvolvimento econômico e social

Plano Plurianual

Diretrizes orçamentárias e orçamento anual

O Estatuto da Cidade irá regulamentar, dos instrumentos

Planejamento municipal Gestão orçamentária participativa
previstos, os já mencionados nos artigos 182 e 183 da
Constituição Federal, quais sejam:
• parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; Planos, programas e projetos setoriais
• imposto predial e territorial urbano progressivo no
tempo;
Estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e
Planos de desenvolvimento econômico e social
• desapropriação com pagamento em títulos da dívida; estudo prévio de vizinhança (EIV)
• usucapião especial de imóvel urbano.
E resgatar outros valiosos instrumentos como:
• o direito de superfície;
• o direito de preempção (de preferência); IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e
• a outorga onerosa do direito de construir e de Territorial Urbana
alteração de uso; Institutos Tributários e Financeiros
• as operações urbanas consorciadas;
• a transferência do direito de construir; Contribuição de melhoria
• o estudo de impacto de vizinhança

Institutos Jurídicos e Políticos Incentivos e benefícios fiscais e financeiros

Desapropriação
Parcelamento , edificação ou utilização
compulsórios Servidão administrativa
Operações urbanas consorciadas
Usucapião especial de imóvel urbano Limitações administrativas
Regularização fundiária
Direito de superfície Tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano
Assistência técnica e jurídica gratuita para as
comunidades e grupos sociais menos favorecidos
Direito de preempção Instituição de unidades de conservação

Referendo popular e plebiscito Instituição de zonas especiais de interesse social

Outorga onerosa do direito de construir

Outorga onerosa do direito de construir Demarcação urbanística para fins de regularização Concessão do direito real de uso
fundiária

Transferência do direito de construir Concessão de uso especial para fins de moradia

Legitimação de posse
 Lei nº 10.257 de Julho de
2001
Estatuto da Cidade Qual o problema?
Especulação Imobiliária
Para combater a RETENÇÃO DE TERRENOS OCIOSOS
Aumenta os custos da Urbanização porque
em setores da cidade que, cada vez mais, se
faz com que as áreas urbanas se
valorizam a partir do investimento do Poder Público
expandam desnecessariamente
em infraestrutura urbana...

... a CONSTITUIÇÃO FEDERAL, em seu artigo 182, parágrafo 4º, diz que “é facultado ao poder público municipal, mediante lei
específica, para a área incluída no Plano Diretor, exigir nos termos da Lei Federal, ao proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:

1º) Parcelamento, 2º) IPTU progressivo 3º) Desapropriação com

edificação ou utilização no tempo pagamento em títulos
... para oscompulsórios
terrenos cuja ociosidade ou mal Se o proprietário não atender a notificação para Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU
aproveitamento acarrete prejuízo à população. parcelamento, edificação ou utilização progressivo no tempo, sem que o proprietário
compulsórios, será punido com um tributo de tenha cumprido a obrigação de parcelamento,
COMO? O que é um imóvel valor crescente, ano a ano. edificação ou utilização, o poder público municipal
subutilizado? poderá proceder à
CRIAÇÃO DE LEI
O Estatuto da Cidade A alíquota do IPTU será elevada a cada ano
É o imóvel cujo consecutivamente até completar 05 anos., tendo DESAPROPRIAÇÃO DO IMÓVEL,
determina a criação de Lei
aproveitamento seja como limite máximo de com pagamento em títulos da dívida pública de
específica municipal para inferior ao mínimo
reger o parcelamento, a 15% do valor venal do imóvel. emissão previamente aprovada pelo Senado
definido no plano diretor Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
edificação ou o uso ou em legislação dele
compulsório do solo urbano parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o
decorrente valor real da indenização e os juros legais.
não utilizado
PRAZO PARA ATENDER
NOTIFICAÇÃO
NOTIFICAÇÃO A utilização do imóvel pelo Poder Público somente se
O proprietário receberá
Um ano, a partir da dará no caso de ineficácia das penalidades.
notificação por funcionário
notificação, para que seja
do órgão competente
protocolado o projeto no FUNÇÃO SOCIAL DA Através da desapropriação o Poder Público municipal
municipal. Se a notificação
órgão municipal PROPRIEDADE poderá dar ao terreno ocioso a destinação socialmente
pelo funcionário for
Dois anos, a partir da mais adequada.
frustrada em até três
aprovação do projeto, para
URBANA
tentativas, será feita através
iniciar as obras do
de edital.
empreendimento
 Lei nº 10.257 de Julho de
2001
Estatuto da Cidade OUTORGA ONEROSA
DIREITO DE DIREITO DE DO DIREITO DE
SUPERFÍCIE PREEMPÇÃO
instrumento que confere, ao poder público municipal,
CONSTRUIR
... possibilita que o proprietário de terreno urbano A partir do PLANO DIRETOR, o Município
CONCEDA, a outro particular, o direito de utilizar preferência para a compra de imóvel urbano, poderá fixar, através de LEI ESPECÍFICA, áreas
o solo, o subsolo ou o espaço aéreo respeitado seu valor no mercado imobiliário, e antes nas quais o direito de construir
de seu terreno, em termos estabelecidos em contrato que o imóvel de interesse do município seja poderá ser exercido acima do
– por tempo determinado ou indeterminado – e comercializado entre particulares. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO
mediante escritura pública firmada em cartório de Não poderá vigorar adotado, mediante contrapartida a ser prestada
O Município deverá possuir
registro de imóveis. por mais de pelo beneficiário.
LEI MUNICIPAL, baseada no CINCO ANOS, Os recurso provenientes de
A concessão
Plano Diretor, que delimite as porém, pode ser instrumentos serão
Relação entre área
DIREITO DE PROPRIEDADE áreas onde incidirá a renovada após um edificável e a área do
poderá ser aplicados nas FINALIDADES terreno
gratuita ou
onerosa
= preempção ano de seu término estabelecidas no Estatuto
DIREITO DE UTILIZAÇÃO O PLANO DIRETOR :
A lei municipal deve enquadrar • Deverá fixar áreas nas quais o direito de
o contrato pode
estabelecer se o cada área em uma ou mais construir e de alteração de uso poderá ser
Findo o contrato, as benfeitorias proprietário está ou FINALIDADES exercido, estabelecendo relação possível entre
realizadas no terreno serão não obrigado a relacionadas no Estatuto a área edificável e a do terreno.
revertidas para o proprietário do indenizar quem usou • Poderá, também, fixar um coeficiente de
o direito de superfície
terreno, sem indenização aproveitamento básico, único para toda a zona
em seu terreno. FINALIDADES
urbana, ou nos casos necessários, adotar
coeficiente diferenciado para áreas
1. Regularização Fundiária
específicas.
Este direito permite oferecer ao 2. Execução de programas e projetos habitacionais de • Definirá os limites máximos de construção a
proprietário de solo urbano uma interesse social
serem atingidos, considerando a infraestrutura
vantajosa alternativa para 3. Constituição de reserva fundiária
existente e o potencial de densidade a ser
ESTIMULA A cumprimento da exigência de 4. Ordenamento e direcionamento da expansão urbana
alcançado em cada área.
UTILIZAÇÃO DE edificação e utilização 5. Implantação de equipamentos urbanos e
compulsórios, sem que se comunitários LEI ESPECÍFICA
TERRENOS URBANOS cumpra a sequência sucessória 6. Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes • Constar as condições a serem observadas para
MANTIDOS OCIOSOS prevista, e onde os benefícios da 7. Criação de unidades de conservação ou proteção de a outorga onerosa do direito de construir e de
adoção deste instrumento serão outras áreas de interesse ambiental alteração de uso deverão,
rebatidos na cidade como um 8. Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou • Serão estabelecidos:
todo. paisagístico • a fórmula de cálculo para a
cobrança;
• os casos passíveis de isenção do
pagamento da outorga;
• a contrapartida do beneficiário.
Lei nº 10.257 de Julho de
2001
Estatuto da Cidade

Usucapião especial de imóvel urbano

A aquisição de domínio para aquele que

possuir área ou edificação urbana de até
DUZENTOS E CINQUENTA METROS QUADRADOS,
por CINCO ANOS, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, com a ressalva de que não
seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural

Onde não for possível identificar os

terrenos ocupados por cada possuidor,
poderá ocorrer a usucapião coletiva,
desde que os possuidores também não
sejam proprietários de outro imóvel
urbano ou rural.
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE
FAVELAS, LOTEAMENTOS
CLANDESTINOS E CORTIÇOS
 Lei nº 10.257 de Julho de
2001
Estatuto da Cidade
Operações Urbanas Estudo de impacto de vizinhança
Consorciadas
Conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Estudo executado de forma a comtemplar os efeitos positivos e
PODER PÚBLICO MUNICIPAL, negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade
com a participação dos de vida da população residente na área e suas proximidades,
PROPRIETÁRIOS, MORADORES, USUÁRIOS incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
PERMANENTES E INVESTIDORES PRIVADOS,
com o objetivo de alcança em uma área 1. Adensamento populacional
TRANSFORMAÇÕES URBANÍSTICAS ESTRUTURAIS, Dar publicidade aos 2. Equipamentos urbanos e comunitários
documentos integrantes do 3. Uso e ocupação do solo
MELHORIAS SOCIAIS e a VALORIZAÇÃO AMBIENTAL.
EIV, que ficarão disponíveis 4. Valorização imobiliária
para a consulta =, no órgão 5. Geração de tráfego e demanda por
competente do poder público transporte público
• Delimitará a área para aplicação municipal, por qualquer 6. Ventilação e iluminação
LEI
desse instrumento interessado 7. Paisagem urbana e patrimônio natural e
ESPECÍFICA • Constará o PLANO DE OPERAÇÃO cultural
MUNICIPAL URBANA CONSORCIADA

Definirá os empreendimentos e atividades provados ou

LEI públicos em área urbana que dependerão de elaboração de
PLANO DE OPERÇÃO URBANA MUNICIPAL
• A modificação de índices e de estudo prévio de Impacto de vizinhança (EIV) para obter
CONSORCIADA
características do parcelamento, licenças ou autorizações de construção, ampliação ou
1. Definição da área a ser atingida
uso e ocupação do solo e subsolo funcionamento a cargo do poder público
2. Programa básico de ocupação da área
• As alterações das normas para
3. Programa de atendimento econômico e
edificação
social para a população diretamente
• A regularização de construções,
afetada pela operação
reformas ou ampliações
4. Finalidades da operação
executadas em desacordo com a
5. Estudo Prévio de impacto de vizinhança
legislação vigente;
6. Contrapartida a ser exigida dos
• A emissão, pelo município, de
proprietários, usuários permanentes e
certificados de potencial adicional
investidores privados em função da
de construção, a serem alienados
utilização dos BENEFÍCIOS previstos na
em leilão seu terreno.
lei.
7. Forma de controle da operação,
Os recursos obtidos pelo poder público
obrigatoriamente compartilhado com a
municipal serão aplicados exclusivamente na
representação da sociedade civil
própria operação urbana consorciada
 Lei nº 10.257 de Julho de
2001
GARANTIAS
Estatuto da Cidade
Estabelecidas pelos Poderes Legislativo e Executivo
municipais no possessos de elaboração do plano diretor e
Instrumento básico de sua implementação:
da política de Aprovado por lei Continuidade • Promoção de AUDIÊNCIAS PÚBLICAS e debates
desenvolvimento e municipal integrado ao das Ações com a participação da população e de
expansão urbana plano plurianual, às associações representativas dos vários
diretrizes orçamentárias segmentos da comunidade;
Construído através e ao orçamento anual. Revisão decenal • A PUBLICIDADE quanto aos documentos e
da participação da (mínima e obrigatória) informações produzidos;
sociedade • O ACESSO de qualquer interessado aos
Planejamento documentos e informações produzidos.
Urbano Dinâmico

OBRIGATÓRIO
• Cidades com mais de vinte mil
habitantes
• Integrantes de regiões
metropolitanas e aglomerações
urbanas;
• Onde o poder público pretenda
utilizar os instrumentos previstos no
§ 4º do art. 182 da CF/88;
• Integrantes de áreas de especial
interesse turístico;
• Inseridas na área de influência de
empreendimentos ou atividades
com significativo impacto ambiental
de âmbito regional ou nacional;
• Incluídas no cadastro nacional de
municípios com áreas suscetíveis a
ocorrência de deslizamentos de
grande impacto, inundações
bruscas, ou processos geológicos ou
hidrológicos correlatos.
Deverá considerar
PLANO DIRETOR todo o território do
município
Cidades com mais de quinhentos
mil habitantes, deverão elaborar CONTEÚDO MÍNIMO
um
PLANO DE TRANSPORTE
INTEGRADO, compatível com o • A delimitação das áreas urbanas onde poderá
ser aplicado o parcelamento, a edificação ou
plano diretor ou nele inserido
utilização compulsórios, considerando a
existência de infraestrutura e de demanda para
Função Social utilização, na forma do art. 5º desta lei;
Estabelece os adequados da • Disposições requeridas pelos artigos 24 (direito
propriedade urbana de preempção), 28 e 29 (outorga onerosa do
direito de construir), 32 (Operações urbanas
consorciadas) e 35 (transferência do direito de
construir) desta lei;
• Sistema de acompanhamento e controle