Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DURAÇÃO: 60 min
PARTE 1:
FISIOLOGIA
&
MÊCÂNICA
Fisiologia Respiratória
A Respiração:
1. Ventilação pulmonar;
2. Troca gasosa - difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e
o sangue; V
t
3. Transporte de gases no sangue;
4. Regulação da Ventilação.
1. GUYTON, ARTHUR C.; HALL, JOHN E. Tratado de fisiologia médica. 12ª edição. Editora ELSEVIER, Rio de Janeiro. 2011;
2. Tobin MJ et al. Principles and Practice of Mechanical Ventilation. 3ªEd. 2013. The McGraw-Hill Co, Inc.
Histórico
1. Hospital’s Polio Ward, 1953 – Downey, CA. Food and Drug Administration - http://www.fda.gov/cber/summaries/cent092302pp.htm;
2. Microtak Resgate 920 – Seguramed. http://seguramed.tempbr.net/produto/microtak-resgate-920/ acessado em 20.04.2018;
3. Ventilador Puritan Bennett™ 840 – Portal Covidien. Acessado em 29.03.2018
Epidemiologia
Ventilação Mecânica ao redor do Globo
1. Brasil:
a. Uso de VMI em 55,6% dos pacientes em terapia intensiva;
b. APACHE II: 6 pontos a mais;
c. Tempo de internação 2,6x maior;
d. Principais causas: Pneumonia (33,8%), Insuficiência Cardíaca (14,9%), Pós-o
peratório (13%), Sepse (11%), SDRA (2%).
2. EUA:
a. 2,7 casos por 1000 habitantes;
b. Custo anual de U$ 27 bi;
c. Mortalidade intra-hospitalar de 34,5%.
1. DAMASCENO, Moyzes Pinto Coelho Duarte et al .Ventilação mecânica no Brasil: aspectos epidemiológicos. Rev. bras. ter. intensiva, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 219-228, Sept. 2006
2. Hannah Wunsch; Walter T. Linde-Zwirble; Derek C. Angus; Mary E. Hartman; Eric B. Milbrandt; Jeremy M. Kahn. The epidemiology of mechanical ventilation use in the United States*.
Critical Care Medicine. 38(10):1947-1953, OCT 2010.
3. Esteban A, Anzueto A, Alia I, Gordo F, Apezteguia C, Palizas F, et al. How is mechanical ventilation employed in the intensive care unit? An international utilization review. American Journal
of Respiratory and Critical Care Medicine2000;161(5):1450-8. [PUBMED: 10806138]
PRINCÍPIOS BÁSICOS
O VENTILADOR
1. Circuito inspiratório;
2. Circuito expiratório;
3. Sensor de fluxo;
4. Sensor de pressão;
5. Misturador de gases;
6. Umidificador;
7. Painel de controle.
Fonte (texto e imagem): Manual de Operação do Ventilador Dixtal 3012 – Dixtal Biomédica
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Objetivos da Ventilação Mecânica:
1. CARVALHO, Carlos Roberto Ribeiro de; TOUFEN JUNIOR, Carlos; FRANCA, Suelene Aires. Ventilação mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. J. bras.
pneumol., São Paulo , v. 33, supl. 2, p. 54-70, July 2007 .
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Pressões e Gradientes Pulmonares
Pes
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Pressão
ePressão
PRESSÃO
Pressões Transaérea
Transtorácica
TRANSPULMONAR
Gradientes Pulmonares
PPP
taw=
tp
=PPPawo
= - Palv
alv –
alv bs
pl
(Pressão de Distensão Alveolar)
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Pressões e Gradientes Pulmonares - VPP
Pressão Transtorácica
Pw = Palv - Pbs + Pressão Transaérea
Pta = Pawo - Palv
Driving
Pressure
PEEP
1. Adaptado de: Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
Características Pulmonares
COMPLACÊNCIA
Forças de Oposição ao Enchimento Pulmonar:
Elásticas;
Friccionais.
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
2. Imagens: arquivo pessoal.
Características Pulmonares
COMPLACÊNCIA
♂ = 40 a 50 C = ∆V/∆P
ml/cm H2O
Intubação + VM
♀ = 35 a 45
Fluxo 0
ml/cm H2O
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
Características Pulmonares
RESISTÊNCIA
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
Características Pulmonares
RESISTÊNCIA
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA
Driving Pressure – Pressão de Distensão
ΔP=Vt/Cst
Ausência de Esforço
Inspiratório
ΔP=Pplatô - PEEP
1. Marcelo B.P. Amato, M.D., Maureen O. Meade, M.D., Arthur S. Slutsky, M.D., Laurent Brochard, M.D., Eduardo L.V. Costa, M.D., David A. Schoenfeld, Ph.D., Thomas E. Stewart, M.D.,
Matthias Briel, M.D., Daniel Talmor, M.D., M.P.H., Alain Mercat, M.D., Jean-Christophe M. Richard, M.D., Carlos R.R. Carvalho, M.D., and Roy G. Brower, M.D.. Driving Pressure and
Survival in the Acute Respiratory Distress Syndrome. n engl j med 372;8 nejm.org February 19, 2015;
2. Barbas CSV et al. Recomendações brasileiras de ventilação mecânica. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121.
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA
Relevância Clínica
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA
Pressões na VPP - Metas
Parâmetro Meta
Pressão de Pico < 35 cmH2O
Inspiratória
Pressão de Platô < 30 cmH2O
Driving Pressure < 15 cmH2O
PEEP Extrínseca Depende!
1. Adaptado de: Barbas CSV et al. Recomendações brasileiras de ventilação mecânica. Rev Bras Ter Intensiva. 2014;26(2):89-121.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Equações de Movimento Respiratório
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
2. Draeger PulmoVista 500 – Vídeo de apresentação. Disponível em: https://www.draeger.com/en_aunz/Hospital/EIT-Lung-Monitoring
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Constante de Tempo
TC = Cst x Raw
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Stress e Strain:
1. Alessandro Protti, Massimo Cressoni, Alessandro Santini, Thomas Langer, et al. Lung Stress and Strain during Mechanical Ventilation Any Safe Threshold? Am J Respir Crit Care
Med Vol 183. pp 1354–1362, 2011 Originally Published in Press as DOI: 10.1164/rccm.201010-1757OC on February 4, 2011;
2. Chiumello D, Carlesso E, Cadringher P, Caironi P, Valenza F, Polli F, Tallarini F, Cozzi P, Cressoni M, Colombo A, et al. Lung stress and strain during mechanical ventilation for acute
respiratory distress syndrome. Am J Respir Crit Care Med 2008;178:346–355.
Efeitos Fisiológicos e Patofisiológicos da VM:
1. Efeitos Pulmonares:
1. Barotrauma;
2. VILI;
2. Auto-PEEP
3. Mismatch V/Q:
1. Espaço Morto;
2. Shunt.
1. Robert C Hyzy, MD. Physiologic and pathophysiologic consequences of mechanical ventilation. ost TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate
Inc. http://www.uptodate.com (Accessado em 04 de Abril de 2018.)
Efeitos Fisiológicos e Patofisiológicos da VM:
1. Efeitos hemodinâmicos;
1. Retorno venoso;
2. Débito Cardíaco;
2. Diafragmáticos Ventilação por > 24h;
3. Musculares;
4. Motilidade mucociliar;
5. Gastrintestinais:
1. VM > 48h;
2. Perfusão esplâncnica;
6. Pressão Intracraniana
1. Robert C Hyzy, MD. Physiologic and pathophysiologic consequences of mechanical ventilation. ost TW, ed. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate
Inc. http://www.uptodate.com (Accessado em 04 de Abril de 2018.);
Efeitos Fisiológicos e Patofisiológicos da VM:
1. Uchino S, Kellum JA, Bellomo R, et al. Acute renal failure in critically ill patients: a multinational, multicenter study. JAMA 2005; 294:813;
2. Ranieri VM, Suter PM, Tortorella C, et al. Effect of mechanical ventilation on inflammatory mediators in patients with acute respiratory distress syndrome: a randomized controlled
trial. JAMA 1999; 282:54;
3. Nahum A, Hoyt J, Schmitz L, et al. Effect of mechanical ventilation strategy on dissemination of intratracheally instilled Escherichia coli in dogs. Crit Care Med 1997; 25:1733.
PARTE 2:
OS MODOS
VENTILATÓRIOS
MODOS VENTILATÓRIOS
Conceito
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
2. VENUTI – Curso de Ventilação Mecânica em UTI. Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2017;
3. HOLANDA, Marcelo Alcântara. Modos Ventilatórios Básicos – XLUNG Tracks, 2018.
MODOS VENTILATÓRIOS
Conceitos:
DISPARO: forma de início da INSPIRAÇÃO
Tempo;
Pressão;
Fluxo; Sensibilidade
Elétrico.
CICLAGEM: finalização da inspiração e início da EXPIRAÇÃO
Volume;
Pressão;
Tempo
Fluxo;
Neural.
JANELA DE TEMPO: Tempo entre o início de uma inspiração e o início
da próxima inspiração
1. VENUTI – Curso de Ventilação Mecânica em UTI. Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2017;
2. Gráfico: XLUNG Simulador ®
MODOS VENTILATÓRIOS
Conceitos
Pressões:
PEEP;
Pressão acima de PEEP;
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
MODOS VENTILATÓRIOS
Ajustes no Ventilador
♂ = 50+0,91x(Altura – 152,4cm)
0,6 a 1,2 segundo ♀ = 45,5 + 0,91x(Altura – 152,4cm)
I:E > 1:2
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
MODOS VENTILATÓRIOS
Ajustes no Ventilador
50 a 100% Recrutamento
PaO2 ideal = 96-(0,4 x Idade) x
VILI + Hemodinâmica
SpO2 92-94%
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
MODOS VENTILATÓRIOS
Tipos
1. CONTROLADOS;
2. ASSISTIDOS-CONTROLADOS;
1. Pressão;
2. Volume.
3. ESPONTÂNEO;
4. VENTILAÇÃO DE ALTA
FREQUÊNCIA.
1. VENUTI – Curso de Ventilação Mecânica em UTI. Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2017;
MODOS VENTILATÓRIOS
Ventilação de Alta Frequência
1. Dietrich Henzler. What on Earth is APRV? Critical Care Medicine. 2011, 15:115.
2. Jane Pillow. High frequency oscillatory ventilation: Mechanisms of gas exchange and lung mechanics. Crit Care Med 2005; 33 (3 suppl.): S135-S141
3. Imagem: BRUEN, Charles. Resus Review. APRV Ventilation Mode — Introduction, Basic Use, Management, and Advanced Tips. July 2013.
4. Tobin MJ et al. Principles and Practice of Mechanical Ventilation. 3ªEd. 2013. The McGraw-Hill Co, Inc.
VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME - VCV
Características
Garantir a entrega de
Tipo: assisto-controlado; um volume fixo;
Disparo – tempo, fluxo ou pressão; Manter um determinado
Ciclagem – volume nível de PaCO2
Variáveis
Variáveis
Controladas:
Resultantes:
Volume
Fluxo Pressões
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME - VCV
PADRÕES DE FLUXO
PADRÕES DE FLUXO
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012.
VENTILAÇÃO CONTROLADA A VOLUME - VCV
Vantagens e Desvantagens
Redução de Aumento de
Complacência Resistência
- Volume corrente garantido;
- Não há respeito automático às
pressões de pico e platô;
- “Fome de fluxo”. ꜛ PIP
ꜛ PIP
ꜛ Pplatô
Aumento de
Alto Vt
PEEP
1. VENUTI – Curso de Ventilação Mecânica em UTI. Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2017;
VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO - PCV
Características
Tipo: assisto-controlado;
Disparo – tempo, fluxo ou pressão;
Ciclagem – Tempo
Variáveis Variáveis
Controladas: Resultantes:
Pinsp Volume
Tinsp Fluxo
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO - PCV
Gráfico
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
2. Curvas produzidas no simulador virtual Xlung®
VENTILAÇÃO CONTROLADA A PRESSÃO - PCV
Vantagens e Desvantagens
1. VENUTI – Curso de Ventilação Mecânica em UTI. Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2017;
2. CAMPBELL, RS, DAVIS, BR. Pressure-controlled versus volume-controlled ventilation: does it matter? Respir Care. 2002 Apr;47(4):416-24; discussion 424-6.
PCV x VCV
Qual é melhor?
Igualmente benéficos em pacientes sem respiração espontânea;
Respiração espontânea – Redução do WOB e maior conforto com PCV;
Expertise local.
1. Cairo JM et al. Pilbeam’s Mechanical Ventilation: Physiological and Clinical applications. Mosby Inc; 2012;
CASO CLÍNICO
Local: Sala de Emergência do HSP
Data: Amanhã
Paciente foi trazido por amigos à sala de emergência após ter sido encontrado desa
cordado horas depois de ter saído do Banho. Na entrada: ECG = 7, Saturando 83%,
FR de 8, com roncos difusos à ausculta respiratória. A gasometria arterial da entrada
mostrou uma PO2 de 47 mmHg e PCO2 de 70 mmHg.
Hipóteses Diagnósticas:
1. Insuficiência Respiratória Aguda secundária à:
a. Intoxicação Exógena?
2. Broncoaspiração?
CASO CLÍNICO
Igor foi prontamente intubado, na primeira tentativa, em menos de 10 segundos,
pelo R1 de Clínica Médica da Sala de Emergência.
Como não havia fisioterapeuta de plantão nessa data, os R2s e chefes estavam
muito nervosos, e o R1 havia acabado de sair do Curso de UTI, ele mesmo definiu
a estratégia ventilatória inicial:
Peso Ideal:
50 + 0,91x(169 – 152,4) = 65 kg
Frequência Respiratória Inicial:
8x70/40 = 14
Modo – Volume Controlado;
Volume corrente – 8 ml/kg = 520 ml
Frequência Respiratória = 14 ipm
FiO2 – 50%;
Fluxo – 50 L/min, rampa descendente;
PEEP = 5 cmH2O
CASO CLÍNICO PIP = 20
Pplatô = 16
Driving Pressure = 11
Raw = 8
Cst = 47
Cst
Raw==520/(16-5)
(20-16)/0,5==478
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
FIM!