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RCG0147 – Morfologia da Cabeça e do Pescoço 2017

Desenvolvimento embrionário do ouvido


Tema 1: Desenvolvimento do ouvido interno

• Formação e invaginação do placoide auditivo


• Diferenciação da vesícula auditiva em ducto
endolinfático, sáculo, utrículo e processo coclear
• Formação dos ductos semicirculares do sistema
de equilibrio
• Espiralização da cóclea e diferenciação das
escalas timpánica e vestibular
• Diferenciação do Orgão de Corti
placoides auditivos se formam na altura do
mielencéfalo, invaginam e formam as vesículas auditivas

UNC Embryology
UNC Embryology
desenvolvimento do ouvido interno, embrião 26 d

Mooure & Persaud


diferenciação da
vesícula auditiva
em ducto
coclear, sistema
de equilíbrio
(sáculo e
utrículo) e ducto
endolinfático

D
agregação de
condrócitos ao
redor da vesícula
auditiva formará
a cartilagem da
cápsula ótica
(futuro osso
petroso)

UNC Embryology
formação dos ductos semicirculares

• Sobreposição das paredes utriculares dorsais e ventrais e


elevação de uma crista central
• Morte celular atinge as áreas centrais do contato e deixa
apenas as regiões periféricas como arcos(ductos)
semicirculares Mooure & Persaud
Diferenciação do sistema mecanossensorial no sistema de equilíbrio

detalhamento das células mecanossensoriais nascristas


utriculares e da mácula sacular
Diferenciação do sistema coclear
Mooure & Persaud

• células mesenquimais ao redor do ducto coclear condensam e


forma uma uma cápsula cartilaginosa
• formação de vacúolos na cápsula
• vacúolos coalescem e formam as escalas (rampas) timpânica e
vestibular
• lateralmente o ducto coclear é fixada pelo ligamento espiral
(direita) e pela membrana basal pela qual passam os os axônios
do gânglio espiral
RESUMO:
diferenciação
do ducto
endolinfático,
dos ductos
semicirculares
e da cóclea
diferenciação do ducto coclear com orgão de Corti
ducto coclear fica
suspenso dentro da
cápsula cartilaginosa da
cóclea, entre as rampas
timpânica e vestibular
na parte basal do
ducto formam-se duas
cristas (esterna e
interna); na externa
Membrana tectória
diferencia-se o orgão
de Corti, a interna
forma uma projeção, a
membrana tectória
o gânglio espiral (parte
do Nervo craniano VIII;
nervo estatoacústico)
acompanha a espiral
coclear
desenvolvimento
do órgão de Corti

na crista externa do órgão de


Corti ocorre a diferenciação
das células sensoriais ciliadas
internas e externas

a membrana tectorial é uma


projeção da crista interna
sobre as células
mecanossensorias da crista
externa sobre

neurônios bipolares do gânglio


espiral conectam-se às células
ciliares no órgão de Corti
Atividade neural é importante no desenvolvimento do ouvido

atividade neural pós-parto: induzida


vibração sonora causa depolarização da membrana
das células sensoriais (inner hair cells), influxo de Ca 2+
e liberação de neurotransmissor

atividade neural pré-parto: espontánea


liberação pulsada de ATP pelo órgão de Kölliker
ativa receptor P2x das células sensoriais (inner hair
cells), liberação de neurotransmissor

Nature 2007
Tema 2: Desenvolvimento do ouvido médio e
do meato acustico externo

• a primeira bolsa faríngea dá origem ao recesso


tubotimpánico
• o martelo e a bigorna são derviados de cartilagens
do primeiro arco faríngeo
• o estribo é derviado de cartilagem do segundo arco
faríngeo
• o primeiro sulco faríngeo dá origem ao meato
acustico externo
• o pavilhão auricular se forma a partir de 6 saliências
ao redor do primerio sulco faríngeo
desenvolvimento do ouvido médio a partir da bolsa faríngea I
desenvolvimento do ouvido médio a partir da bolsa faríngea I
A primeira bolsa faríngea se diferencia em cavidade timpânica e
recesso tubotimpânico

ao lado da cavidade timpánica surgem núcleos de cartilagem do


primeiro e do segundo arco faríngeo

Mooure & Persaud


Os ossículos auditivos derivam dos
arcos branquiais I (martelo e bigorna) e II (estribo)
com a expansão da cavidade timpânica a mesma se junta á vesícula
auditiva, que também passa por expansão e espiralização das partes
sacular e coclear

a cavidade do recesso tubotimpánico engloba as cartilagens do


primeiro arco (martelo e bigorna) e do segundo arco (estribo)
o tímpano se forma pela junção dos revestimentos do meato acustico
externo e do recesso tubotimpánico
a janela oval se forma na fusão da cavidade timpánica com a
cartilagem do ouvido interno na base coclear; o estribo fica conectado
á janela oval
Mooure & Persaud
martelo e bigorna dos
mamíferos são derivados
dos ossos da articulação
estribo témpero-mandibular dos
répteis

o estribo já é presente em
répteis

o desenvolvimento
embrionário reflete a
transição evolutivo da
articulação mandibular
primária (quadrado-articular)
para secundária (esquamoso-
dentário)

Gilbert
E

N
M

Embrião 56d (28 mm)


formação da cartilagem axial e dos membros; formação da cartilagem
da nariz e da base cranial, esp. ouvido; cartilagem de Meckel
(mandibula, arco branquial 1) conectado à cartilagem da base
cefálica (ATM)
desenvolvimento do ouvido externo

células ectodérmicas na parte membrana timpânica deriva do:


central do meato acústico externo - ectoderma do primeiro sulco faríngeo
formam placa epitelial (tampão do - endoderma do recesso tubotimpânico
meato) que somente degenera no - mesoderma dos arcos I e II
final do período fetal
Mooure & Persaud
o pavilhão auricular
desenvolve-se a partir de
6 saliências auriculares

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alinhamento do olho e ouvido pelas flexões cerebrais
ouvido
My
M

D
olho
olho ouvido
T

embrião humano 43d feto 11a semana


Tema 3: malformações congênitas do ouvido

surdez congênita (alta incidência entre recém nascidos)


o síndrome surdo-mudo (e determinadas formas de dislexia
– dislexia auditiva) geralmente associado à falhas no
desenvolvimento do ducto coclear e/ou inervação causadas
por fatores genéticos ou infecção viral (rubéola, Zika).

outros tipos de surdez podem estar associados a outras


anomalias da cabeça-pescoço (síndrome do primeiro arco)
Micrótia: devido falta de
desenvolvimento do
meato auditivo externo

Atresia do meato
acustico externo: devido
não-canalização do tampão
do meato

Anormalidades
auriculares: pequenas
deformidades são comuns

Mooure & Persaud

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