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Teoria de Agência
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Teoria de Agência
▸ Segundo Eisenhardt (1989), a relação entre agente e principal deve refletir uma
organização eficiente, isto é, em equilíbrio quanto a informações e riscos. Esse
equilíbrio também decorre do compromisso entre ambos. Hendriksen e Van Breda
(1999) explicam que os contratos entre administradores e proprietários se relacionam
muito de perto com a teoria da agência. De acordo com Frezatti et al. (2009) a teoria da
agência abrange questões como:
▹ a) custos de agência: gastos que o principal tem para monitorar as atividades do
agente;
▹ b) conflitos de agenciamento,
▹ c) assimetria informacional e
▹ d) risco moral.
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Teoria de Agência
▸ Bianchi (2005) expõe que o custo de agência está associado à ineficiência nas relações
entre o principal e o agente e representa um custo de transação de acentuada
importância na análise de estruturas organizacionais.
▸ Jensen e Meckling (1976) salientam que os custos de agência referem-se ao fato do
principal esperar do agente um comportamento que esteja de acordo com os seus
objetivos.
▸ Andrade e Rossetti (2004) acrescentam que os conflitos de agência dificilmente serão
evitados, por duas razões.
1. porque não existe contrato completo;
2. inexistência do agente perfeito.
▸ Os contratos incompletos e os comportamentos imperfeitos abrem espaço para o
desalinhamento entre os interesses dos gestores e dos acionistas, gerando os custos de
agência.
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Teoria de Agência
Necessidade
da Transição
Crescimento do Mercado Entrada de investidores
de Capitais institucionais
Dispersão do capital para o
Capitalismo
Sustentável
8 Governança Corporativa
Marcos Históricos
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Marcos Históricos
1º Marco ATIVISMO DE MONKS
▸ O Pioneirismo de Robert Monks (1942) com seus trabalhos acadêmicos abordando o distanciamento
do poder e a necessidade da aproximação efetiva dos Acionistas, Conselheiros e Diretoria executiva.
Monks baseava seu pensamento nos seguintes temas?
▸ De acordo com Rossetti (2011), as corporações deveriam, na visão de Monks, obter proprietários
ativos e muito informados, sendo as empresas não somente regulamentadas pelo poder público, mas
também auto regulamentadas. Essas empresas devem agir segundo os princípios de conformidade
legal, transparência e prestação responsável de contas.
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Marcos Históricos
2º Marco RELATÓRIO CADBURY
▸ O relatório Cadbury que trata dos aspectos financeiros da Governança Corporativa na responsabilidade
dos conselheiros e diretoria executiva na análise do desempenho empresarial e no report dos
resultados aos acionistas na clareza, consistência e frequência das informações respaldadas na
definição de um código das melhores práticas.
▸ Segundo Rossetti (2011), o Relatório Cadbury destacou-se na época, dentre outros, por ser pioneiro e
por apresentar propostas inovadoras que encaixam-se com o que o que a governança corporativa
estava precisando nas empresas britânicas e baseava-se em cinco termos focados em dois
princípios – a prestação de contas responsável e a transparência:
▹ frequência, a clareza e a forma como as informações contábeis e seus complementos devem ser
apresentados.
▹ A constituição e o papel dos conselhos.
▹ As responsabilidades dos auditores e a extensão de suas atribuições.
▹ As ligações entre acionistas, conselhos e auditores.
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Marcos Históricos
3º Marco Os Princípios OCDE
▸ É um dos mais recentes eventos, abrangendo vários aspectos, princípios da boa governança e
definição de códigos de melhores práticas. A OCDE entende essas práticas como "elos entre
objetivos de desenvolvimento dos mercados, das corporações e das nações." (ROSSETTI,
2011:169);
▸ Três foram os fatores que motivaram a instituição pelo tema governança corporativa:
▹ Mobilização do mercado de capitais;
▹ Crescimento dos negócios corporativos;
▹ Desenvolvimento econômico das nações.
▸ As principais conclusões da OCDE em 1999 foram:
▹ Não há um modelo único de governança corporativa;
▹ As corporações precisam inovar e adaptar suas práticas de governança;
▹ O governo precisa criar uma estrutura reguladora ao mercado;
▹ Órgãos reguladores do mercado de capitais, corporações e acionistas devem decidir sobre as práticas
de governança corporativa;
▹ Os princípios asseguram a integridade do mercado e o desempenho econômico das nações;
▹ Os princípios são de natureza evolutiva.
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Marcos Históricos
4º Marco A Lei Sarbanes-Oxley
▸ Foi publicado nos Estados Unidos em 30 de julho de 2002;
▸ Tem por objetivo:
▹ estabelecer sanções que coíbam procedimentos não éticos e em desacordo com as boas
práticas da governança corporativa por parte das empresas atuantes no mercado de
capitais norte-americano;
▹ Restabelecer a confiança nas informações geradas pelas empresas e, assim, consolidar
a teoria dos mercados eficientes, que norteia o funcionamento do mercado de títulos e
valores mobiliários.
▹ O autor explica que seus princípios são os mesmos do ativismo pioneiro, a saber:
▹ Compliance – conformidade legal;
▹ Accountability – prestação de contas responsável;
▹ Disclosure – transparência;
▹ Fairness – senso de justiça.
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Governança
Corporativa
Ativismo Relatório
Princípios OCDE
Robert Monks CARDBURY
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Governança de Organizações (Governança
Corporativa)
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Princípios Básicos
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Transparência
Equidade
Prestação de Contas
Responsabilidade
Corporativa
Princípios Básicos
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Ações
Monitorar a Auxiliar no
Minimizar
forma de processo de
conflitos
gestão decisão
Facilitar o
Alinhar os
acesso ao
interesses
capital
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Melhores práticas de governança corporativa?
Melhores Práticas
Institucionalização da
Governança Corporativa
Implantação do código
▸ Monitoramento da direção:
▹ Realizar assembleias ou reuniões periódicas;
▸ Alinhamento acionista – conselho – direção
▹ Crie um conselho de administração e conselho consultivo;
▸ Implementar mecanismos de controles;
▸ Alinhamento dos interesses corporativos a outros objetivos
emergentes
▹ Código de conduta
▸ Direcionamento Estratégico
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As melhores práticas exigem:
Terceiro Setor
Cooperativas
Cooperativas
Objetivos esperados
Reforçar a posição de vanguarda das cooperativas diante
dos desafios do mercado;
Contribuir para a longevidade e perenidade das
cooperativas, aumentando seu valor;
Gerar confiança junto aos stakeholders e atrair capital de
qualidade e custo mais baixo;
Qualificar o relacionamento entre cooperados, Conselho
de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e
Conselho Fiscal;
Profissionalizar a administração e gestão, ampliar a
eficácia dos controles internos;
Mitigar riscos, melhorar a competitividade e reforçar o
papel diferencial do negócio.
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MECANISMOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
35 MECANISMOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA -
INTERNOS
Segundo (Aguilera et al., 2015), existem seis mecanismos que se originam fora da
empresa e que ajudam a garantir que os executivos respeitem os direitos e os
interesses da empresa e atuem de forma transparente:
sistema legal
mercado para o controle corporativo,
auditoria externa,
agências de rating,
ativismo dos stakeholders e
mídia
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MECANISMOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA - EXTERNOS
Sistema Legal:
Ele estabelece como os direitos de propriedade e as regulações são definidas
e cumpridas:
são as normas e os princípios estabelecidos nas bolsas de valores, nas
instituições, nos grupos de interesse e na sociedade (Aguilera et al., 2015).
delimita toda a estrutura da empresa por meio dos direitos e das
responsabilidades de todas as partes envolvidas (Aguilera & Cuervo-Cazurra,
2004; Armitage et al, 2017).
delimita a finalidade da empresa, a relação com as partes interessadas, as
regras de falência e de liquidação, a forma de distribuição dos recursos, entre
outros aspectos.
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MECANISMOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA - EXTERNOS
Auditoria externa:
A finalidade da auditoria externa é expressar uma opinião externa,
indicando que:
as demonstrações financeiras, como um todo, são livres de
distorções relevantes, seja devido a fraude ou a erro, e que
eles são apresentados de forma justa, de acordo com as normas de
contabilidade vigentes.
Ao emitir tais pareceres, os auditores externos aumentam o grau de
confiança que os usuários pretendidos podem colocar nas demonstrações
financeiras. Como tal, os auditores externos são considerados integrantes
dos mecanismos externos de GC (Desender, Aguilera, Crespi, & Garcia-
Cestona, 2013). No Brasil, há uma norma da CVM, segundo a qual o
auditor deve ser trocado entre cinco e dez anos, como forma de proteção
ao acionista minoritário.
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MECANISMOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA - EXTERNOS
Agências de rating
Têm o papel de reduzir a assimetria de informação entre agentes e
acionistas, oferecendo melhores informações acerca do desempenho da
empresa e de suas práticas de governança.
Há literatura em análise financeira que trata desse tema e de seus
impactos (Chen & Crossland, 2014), como, por exemplo, a redução da
assimetria de informação entre stakeholders e empresa via ratings
negativos que aumentam a pressão sobre o conselho de administração
para demitir o presidente (Wiersema & Zhang, 2011).
Há estudos que mostram que os ratings, de certa forma, têm influência
para pressionar as firmas a mudar sua conduta de governança (Daines,
Gow, & Larcker, 2010).
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MECANISMOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA - EXTERNOS
Midia
▹ É considerada como um recurso estratégico, que pode aumentar o
desempenho de determinadas empresas (Deephouse, 2000).
▹ Três mecanismos são subjacentes ao efeito disciplinar da difusão de
notícias da mídia: a redução de assimetria de informação, as
preocupações com o risco de litígio e com a riqueza pessoal e a reputação
dos gestores (Dai, Parwada, & Zhang, 2015).
▹ As avaliações da mídia são capazes de influenciar, significativamente, as
decisões das firmas relativas à alocação de recursos e à mudança
estratégica. Observa-se que o desempenho positivo da empresa ameniza
o efeito da cobertura negativa da mídia sobre sua mudança estratégica
(Bednar, Boivie, & Prince, 2013).
▹ O nível e o tom da atenção da mídia têm impacto na redução de valor
sobre o capital de reputação dos gestores e desempenham um papel no
alinhamento dos interesses dos gestores e dos acionistas (Liu &
McConnell, 2013)
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Conselhos
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Conselheiros
▸ Independentes;
▸ Externos;
▸ Internos;
▸ Reunião dos conselheiros independentes e externos;
▸ Avaliação do Conselho e dos Conselheiros;
▸ Qualificação dos Conselheiros;
▸ Composição do Conselho.
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Conselheiros
▸ Independentes;
▸ Externos;
▸ Internos;
▸ Reunião dos conselheiros independentes e externos;
▸ Avaliação do Conselho e dos Conselheiros;
▸ Qualificação dos Conselheiros;
▸ Composição do Conselho.
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Governança de Organizações (Governança Corporativa)
Referencias
ALONSO, Vera Lucia Chaves. FIORINI, FELIPE Antônio. JUNIOR, Nelson Alonso. Governança
Corporativa: Conceitos e Aplicações. Simpósio de Excelência Em Gestão e Tecnologia, 13ª
Edição, 2016, Rio de Janeiro.
BAHIA, Maria Amado. BUENO, Giovana. LANA, Jeferson. NASCIMENTO, Karoline. MARCON,
Rosilene. Mecanismos Externos de Governança Corporativa no Brasil. Revista Contabilidade,
Gestão e Governança. V. 21, n.1, p.120-141, 2018.
BIANCHI, Márcia. FERNANDES, Francisco Carlos. MACHADO, Débora. Teoria da Agência e
Governança Corporativa: Reflexão acerca da Subordinação da Contabilidade à Administração.
Revista de Auditoria Governança e Contabilidade. V. 04, n. 10. 2016.
OLIVEIRA, Alexandre Wander de. Origem da Governança Corporativa: Conceitos e
Responsabilidade.
http://www.gecompany.com.br/educacional/governanca-corporativa/a-origem-da-governanca-cor
porativa/
Saiba quais são as melhores práticas da Governança Corporativa. Fundação Instituto de
Administração. 2019.
https://labfinprovarfia.com.br/blog/saiba-quais-sao-as-melhores-praticas-da-governanca-corporati
va/