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NP ISO 21001
2020
Portuguesa
Organizações educativas/formativas
Sistemas de gestão para organizações
educativas/formativas
Requisitos com orientações para a sua aplicação
Organismes d'education/formation
Systèmes de management des organismes d'education/formation
Exigences et recommandations pour leur application
Educational organizations
Management systems for educational organizations
Requirements with guidance for use
ICS HOMOLOGAÇÃO
03.100.70; 03.180 Termo de Homologação n.º 172/2020, de 2020-10-08
CORRESPONDÊNCIA ELABORAÇÃO
Versão portuguesa da ISO 21001:2018 CT 187 (IPQ)
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Sumário Página
Preâmbulo nacional ................................................................................................................................................. 2
0 Introdução ................................................................................................................................................................ 5
1 Objetivo e campo de aplicação ........................................................................................................................10
2 Referências normativas.....................................................................................................................................10
3 Termos e definições ............................................................................................................................................10
4 Contexto da organização ...................................................................................................................................16
4.1 Compreender a organização e o seu contexto ........................................................................................................ 16
4.2 Compreender as necessidades e expetativas das partes interessadas ........................................................ 16
4.3 Determinar o âmbito do sistema de gestão para organizações educativas/formativas (SGOE) ...... 17
4.4 Sistema de gestão para organizações educativas/formativas (SGOE) ......................................................... 17
5 Liderança ................................................................................................................................................................18
5.1 Liderança e compromisso ................................................................................................................................................ 18
5.2 Política ...................................................................................................................................................................................... 19
5.3 Funções, responsabilidades e autoridades organizacionais ............................................................................. 20
6 Planeamento ..........................................................................................................................................................20
6.1 Ações para tratar riscos e oportunidades ................................................................................................................. 20
6.2 Objetivos da organização educativa/formativa e planeamento para os atingir ...................................... 21
6.3 Planeamento das alterações ........................................................................................................................................... 21
7 Suporte.....................................................................................................................................................................22
7.1 Recursos .................................................................................................................................................................................. 22
7.2 Competência .......................................................................................................................................................................... 25
7.3 Consciencialização .............................................................................................................................................................. 26
7.4 Comunicação.......................................................................................................................................................................... 26
7.5 Informação documentada ................................................................................................................................................ 27
8 Operacionalização ...............................................................................................................................................29
8.1 Planeamento e controlo operacional .......................................................................................................................... 29
8.2 Requisitos para produtos e serviços educativos/formativos .......................................................................... 30
8.3 Conceção e desenvolvimento de produtos e serviços educativos/formativos ......................................... 31
8.4 Controlo de processos, produtos e serviços de fornecedores externos ...................................................... 35
8.5 Prestação de produtos e serviços educativos/formativos ................................................................................ 36
8.6 Libertação de produtos e serviços educativos/formativos ............................................................................... 40
8.7 Controlo de saídas educativas não conformes ........................................................................................................ 40
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0 Introdução
0.1 Generalidades
Este documento oferece uma ferramenta de gestão comum para as organizações que fornecem
produtos e serviços educativos/formativos capazes de satisfazer os requisitos dos aprendentes e
outros beneficiários.
0.2 Relevância
Há uma necessidade constante e crítica para as organizações educativas/formativas avaliarem o grau
em que podem satisfazer os requisitos dos aprendentes e outros beneficiários, e também de outras
partes interessadas, bem como para melhorarem a sua capacidade de continuarem a fazê-lo.
NOTA: A classificação das partes interessadas em organizações educativas/formativas é apresentada no Anexo C.
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0.5.1 Generalidades
Este documento fomenta a adoção de uma abordagem por processos, ao desenvolver, implementar e
melhorar a eficácia de um SGOE, para aumentar a satisfação do aprendente e de outros beneficiários
ao satisfazer os seus requisitos. A Subsecção 4.4 deste documento inclui requisitos específicos
considerados essenciais para a adoção de uma abordagem por processos.
*) Àdata da edição do presente documento encontra-se publicada a NP EN ISO 9001:2015 – Sistemas de Gestão da Qualidade
– Requisitos (nota nacional).
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As declarações da política do SGOE são enquadradas pela cultura da organização (o conjunto completo
de crenças e valores que condicionam o seu comportamento) e pelos princípios do SGOE. Por sua vez,
as declarações da política do SGOE fornecem a estrutura para o estabelecimento dos objetivos do
SGOE, que são revistos periodicamente para assegurar que a missão da organização é eficaz e é
eficientemente realizada durante o percurso para a concretização da visão da organização. A
articulação destes elementos é normalmente intitulada de estratégia.
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2 Referências normativas
O presente documento não contém referências normativas.
3 Termos e definições
Para os fins do presente documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
A ISO e a IEC gerem bases de dados de terminologia cujo objetivo é a sua utilização como ferramentas
de normalização. Estão disponíveis nos seguintes endereços:
ISO Online browsing platform: http://www.iso.org/obp
IEC Electropedia: http://www.electropedia.org/
3.1 organização *)
Pessoa (3.35) ou conjunto de pessoas que tem as suas próprias funções com responsabilidades,
autoridades e relações para atingir os seus objetivos (3.8).
NOTA 1 à secção: O conceito de organização inclui, mas não se limita a comerciante a título individual, companhia,
corporação, firma, autoridade, parceria, instituição de caridade ou outra, ou parte ou combinação das mesmas, dotadas ou
não de personalidade jurídica, de direito público ou privado.
*)Em diferentes contextos, uma organização educativa/formativa é por vezes referida como estabelecimento de ensino,
escola, creche, instituição de ensino politécnico, universidade, estabelecimento de formação, departamento de formação,
centro de formação, entre outros (nota nacional).
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3.3 requisito
Necessidade ou expetativa expressa, geralmente implícita ou obrigatória.
NOTA 1 à secção: "Geralmente implícito" significa que é hábito ou prática comum para a organização (3.1) e para as partes
interessadas (3.2) que a necessidade ou expetativa em consideração esteja implícita.
NOTA 2 à secção: Um requisito especificado é um requisito que é expresso, p. ex., em informação documentada (3.11).
3.6 eficácia
Medida em que as atividades planeadas são realizadas e atingidos os resultados planeados.
3.7 política
Intenções e orientação de uma organização (3.1), conforme formalmente expressas pela sua gestão de
topo (3.5).
3.8 objetivo
Resultado a atingir.
NOTA 1 à secção: Um objetivo pode ser estratégico, tático ou operacional.
NOTA 2 à secção: Os objetivos podem referir-se a diferentes disciplinas (como objetivos financeiros, de saúde e segurança e
ambientais) e podem ser aplicados a diferentes níveis (como estratégico, a nível da organização, de projeto, de produto e de
processo (3.12)).
NOTA 3 à secção: Um objetivo pode ser expresso de outras formas, p. ex., como um resultado pretendido, uma finalidade, um
critério operacional, como um objetivo do SGOE, ou através da utilização de outras palavras com significado semelhante
(p. ex., intenção, meta ou alvo).
NOTA 4 à secção: No contexto do SGOE, os objetivos do SGOE são definidos pela organização, consistentes com a política do
SGOE (3.7), de modo a atingir resultados específicos.
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3.9 risco
Efeito da incerteza.
NOTA 1 à secção: Um efeito é um desvio ao esperado – positivo ou negativo.
NOTA 2 à secção: A incerteza é o estado, ainda que parcial, de deficiência de informação, relacionado com a compreensão ou
conhecimento (3.42) de um evento, sua consequência ou probabilidade.
NOTA 3 à secção: O risco é frequentemente caracterizado por referência a potenciais "eventos" (como definido no Guia da
ISO 73:2009, 3.5.1.3) e "consequências" (como definido no Guia da ISO 73:2009, 3.6.1.3), ou a uma combinação destes.
NOTA 4 à secção: O risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento
(incluindo alterações nas circunstâncias) com a "probabilidade" (como definido no Guia da ISO 73:2009, 3.6.1.1) da
ocorrência associada.
3.10 competência
Aptidão para aplicar conhecimento (3.42) e saber-fazer (3.41) para atingir resultados pretendidos.
NOTA 1 à secção: A aptidão para aplicar conhecimento e saber fazer significa que o aprendente (3.25) demonstra atitudes e
comportamento apropriados em contextos ou situações diferentes com responsabilidade e autonomia.
3.12 processo
Conjunto de atividades interrelacionadas ou interatuantes que transforma entradas em saídas.
3.13 desempenho
Resultado mensurável.
NOTA 1 à secção: O desempenho pode referir-se a constatações quantitativas ou qualitativas.
NOTA 2 à secção: O desempenho pode referir-se à gestão de atividades, a processos (3.12), a produtos (incluindo serviços), a
sistemas ou a organizações (3.1).
3.15 monitorização
Determinação do estado de um sistema, de um processo (3.12) ou de uma atividade.
NOTA 1 à secção: Para a determinação do estado, poderá haver a necessidade de verificar, supervisionar ou observar de
forma crítica.
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3.16 medição
Processo (3.12) para determinar um valor.
3.17 auditoria
Processo (3.12) sistemático, independente e documentado para obter evidência objetiva e respetiva
avaliação objetiva, com vista a determinar em que medida os critérios da auditoria são cumpridos.
NOTA 1 à secção: Uma auditoria pode ser uma auditoria interna (primeira parte) ou uma auditoria externa (segunda ou
terceira parte) e pode ser uma auditoria combinada (combinação de duas ou mais disciplinas).
NOTA 2 à secção: Uma auditoria interna é realizada pela própria organização (3.1), ou por terceiros em seu nome.
NOTA 3 à secção: As "evidências da auditoria" e os "critérios da auditoria" estão definidos na ISO 19011*).
3.18 conformidade
Satisfação de um requisito (3.3).
*) À data da edição do presente documento encontra-se publicada a NP EN ISO 19011:2019 – Linhas de orientação para
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3.25 aprendente *)
Beneficiário (3.26) que adquire e desenvolve competências (3.10) utilizando um serviço educativo
(3.23).
3.26 beneficiário
Pessoa (3.35) ou grupo de pessoas que beneficiam dos produtos e serviços de uma organização
educativa/formativa (3.22) e a quem a organização educativa/formativa está obrigada a servir por
força da sua missão (3.31).
NOTA 1 à secção: O Anexo D inclui uma lista de beneficiários.
3.27 educador
Pessoa (3.35) que executa atividades de ensino (3.39).
NOTA 1 à secção: Em diferentes contextos, um educador é por vezes referido como um professor, um formador, um
treinador, um facilitador, um tutor, um consultor, um instrutor, um professor do ensino superior ou um mentor.
3.28 currículo
Informação documentada (3.11) do que, porquê, como e quão bem os aprendentes (3.25) deverão
aprender de uma forma sistemática e intencional.
NOTA 1 à secção: Um currículo pode incluir, embora não se encontre limitado a objetivos (3.8) ou metas de aprendizagem,
conteúdo, resultados de aprendizagem, ensino (3.39) e métodos de aprendizagem, indicadores de desempenho (3.13), métodos
de avaliação ou plano de investigação relacionado com a aprendizagem. Pode também ser referido como um perfil de
competências (3.10), referencial de competências, programa (3.34) de estudos ou plano de ensino.
[FONTE: ISO 26000:2010, 2.18, modificada – O termo “stakeholders” foi substituído por “partes
interessadas”.]
3.30 visão
Aspirações de uma organização (3.1) em relação à sua desejada condição futura e devidamente
alinhada com a sua missão (3.31).
*)
Em diferentes contextos, aprendente é por vezes referido como aluno, formando, estagiário, investigador, doutorando,
mentorando, entre outros (nota nacional).
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3.31 missão
Propósito, mandato e âmbito de uma organização (3.1), traduzida para o contexto onde opera.
3.32 estratégia
Plano para concretizar a missão (3.31) da organização (3.1) e alcançar a visão (3.30) da organização.
3.33 curso
Conjunto específico de atividades de ensino (3.39) e de aprendizagem concebidos para satisfazer
objetivos (3.8) ou resultados esperados de aprendizagem definidos.
NOTA 1 à secção: Um curso é por vezes referido como uma unidade de crédito ou disciplina.
3.34 programa
Série consistente de cursos (3.33) designada para satisfazer objetivos (3.8) de aprendizagem ou
resultados esperados de aprendizagem, e que conduzem ao reconhecimento.
NOTA 1 à secção: O reconhecimento pode ser um grau académico, um certificado de conclusão de curso, um certificado de
participação ou desempenho, uma distinção, um diploma e outras formas.
3.35 pessoa
indivíduo
Ser humano, isto é, a pessoa física que age como uma entidade distinta e indivisível ou que é
considerada como tal.
[FONTE: ISO/IEC 15944-1: 2011, 3.28, modificada – O termo preferido "pessoa" foi acrescentado
acima, sob o termo admitido “indivíduo", e as palavras "pessoa que é um(a)" foram removidas antes de
"ser humano" no início da definição.]
3.36 pessoal
Pessoas (3.35) que trabalham para e dentro de uma organização (3.1).
3.37 usabilidade
Ponto no qual um produto, serviço, ambiente ou instalação pode ser usado por utilizadores específicos
para alcançar objetivos específicos com eficácia (3.6), eficiência e satisfação num contexto específico
de aplicação.
[FONTE: ISO 9241-11:1998, 3.1, modificada – As palavras "serviço, ambiente ou instalação" foram
acrescentadas após "produto".]
3.38 acessibilidade
É a usabilidade (3.37) de um produto, serviço, ambiente ou instalação por pessoas dentro da mais
ampla gama de capacidades.
[FONTE: ISO/TS 13131:2014, 3.1.1, modificada – O exemplo foi removido.]
3.39 ensino/formação
Trabalhar com aprendentes (3.25) de forma a poderem ser ajudados e apoiados na aprendizagem.
NOTA 1 à secção: Trabalhar com aprendentes implica a conceção, liderança e acompanhamento das atividades de
aprendizagem.
NOTA 2 à secção: O ensino/formação pode combinar diferentes papéis: distribuição de conteúdos, facilitação, mentoria,
dinamização da comunidade, e em certa medida, aconselhamento e orientação académica.
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3.41 competência
Conjunto de conhecimentos (3.42) que permite que uma pessoa (3.35) domine uma atividade e seja
bem sucedido.
NOTA 1 à secção: A competência pode ser cognitiva, emocional, social ou psicomotora.
3.42 conhecimento
Factos, informações, princípios ou compreensões adquiridas através da experiência, investigação ou
educação.
[FONTE: ISO/IEC TS 17027:2014, 2.56, modificada – A palavra "verdadeiras" foi removida depois de
"informação" e a palavra "investigação" foi adicionada depois de "experiência".]
3.43 verificação
Confirmação, através de evidência objetiva de que foram satisfeitos os requisitos especificados.
[FONTE: ISO 9000:2015, 3.8.12, modificada – As notas à secção foram removidas.]
3.44 validação
Confirmação, através da disponibilização de evidência objetiva, de que foram satisfeitos os requisitos
para uma utilização ou aplicação pretendida.
[FONTE: ISO 9000:2015, 3.8.13, modificado – As notas à secção foram removidas.]
4 Contexto da organização
4.1 Compreender a organização e o seu contexto
A organização deve determinar as questões externas e internas que sejam relevantes para o seu
propósito, para a sua responsabilidade social e para a sua orientação estratégica, e que afetem a sua
capacidade para atingir os resultados pretendidos do seu SGOE.
A organização deve monitorizar e rever a informação acerca destas questões externas e internas.
NOTA 1: As questões podem incluir fatores positivos ou negativos ou condições a ter em consideração.
NOTA 2: A compreensão do contexto externo pode ser facilitada ao ter em consideração questões que resultem do
enquadramento legal, tecnológico, concorrencial, cultural, social e económico, quer seja internacional, nacional, regional ou
local.
NOTA 3: A compreensão do contexto interno, pode ser facilitada ao ter em consideração questões relacionadas com os
valores, a cultura, o conhecimento e o desempenho da organização.
NOTA 4: A orientação estratégica pode ser expressa através de informação documentada, tal como a missão ou a visão
organizacional.
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4.4.1 A organização deve estabelecer, implementar, manter e melhorar de forma contínua um SGOE,
incluindo os processos necessários e as suas interações, de acordo com os requisitos deste documento.
A organização deve determinar os processos necessários para o SGOE e a sua aplicação em toda a
organização e deve:
a) determinar as entradas requeridas e as saídas esperadas destes processos;
b) determinar a sequência e interação destes processos;
c) determinar e aplicar os critérios e métodos (incluindo monitorização, medições e indicadores de
desempenho relacionados) necessários para assegurar a operacionalização e o controlo eficazes
destes processos;
d) determinar os recursos necessários para estes processos e assegurar a sua disponibilidade;
e) atribuir as responsabilidades e as autoridades para estes processos;
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f) tratar os riscos e as oportunidades que sejam determinados de acordo com os requisitos de 6.1;
g) avaliar estes processos e implementar quaisquer alterações necessárias para assegurar que estes
processos atinjam os resultados pretendidos;
h) melhorar os processos e o SGOE.
5 Liderança
5.1 Liderança e compromisso
5.1.1 Generalidades
A gestão de topo deve demonstrar liderança e compromisso em relação ao SGOE ao:
a) assumir a responsabilização pela eficácia do SGOE;
b) assegurar que a política e os objetivos da organização educativa/formativa são estabelecidos e são
compatíveis com o contexto e com a orientação estratégica da organização;
c) assegurar a integração dos requisitos do SGOE nos processos de negócio da organização;
d) promover a utilização da abordagem por processos e do pensamento baseado em risco;
e) assegurar a disponibilização dos recursos necessários para o SGOE;
f) comunicar a importância de uma gestão da organização educativa/formativa eficaz e da sua
conformidade com os requisitos do SGOE;
g) assegurar que o SGOE atinge os resultados pretendidos;
h) comprometer, orientar e apoiar as pessoas para contribuírem para a eficácia do SGOE;
i) promover a melhoria contínua;
j) apoiar outras funções de gestão relevantes a demonstrar a sua liderança, na medida aplicável às
respetivas áreas de responsabilidade;
k) apoiar a implementação sustentável da visão educativa e de conceitos educativos relacionados;
l) estabelecer, desenvolver e manter um plano estratégico para a organização;
m) assegurar que os requisitos educativos dos aprendentes, incluindo as necessidades especiais, são
identificados e tratados;
n) considerar os princípios de responsabilidade social.
NOTA: A referência a “negócio” neste documento pode ser interpretada num sentido lato para referir atividades nucleares
para os propósitos da existência da organização, quer a organização seja pública, privada, voluntária, com ou sem fins
lucrativos.
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5.2 Política
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6 Planeamento
6.1 Ações para tratar riscos e oportunidades
6.1.1 Ao planear um SGOE, a organização deve considerar as questões referidas em 4.1 e os requisitos
mencionados em 4.2 e 4.4 e determinar os riscos e as oportunidades que devem ser tratados para:
a) dar garantias que o SGOE pode atingir os resultados pretendidos;
b) aumentar os efeitos desejáveis;
c) prevenir, mitigar ou reduzir, efeitos indesejados;
d) obter a melhoria contínua.
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b) como:
integrar e implementar as ações nos processos do SGOE (ver Secção 8);
avaliar a eficácia dessas ações.
As ações empreendidas para tratar riscos e oportunidades devem ser proporcionais à probabilidade
de ocorrência e do impacto potencial na conformidade de produtos e serviços.
NOTA 1: As opções para o tratamento de riscos podem incluir evitar os riscos, assumir o risco tendo em vista perseguir uma
oportunidade, eliminar a fonte do risco, alterar a verosimilhança ou as consequências, partilhar o risco ou decidir manter o
risco por decisão informada.
NOTA 2: As oportunidades podem conduzir à adoção de novas práticas, ao lançamento de novos produtos ou serviços
educativos/formativos, à abertura de novos mercados, à abordagem a novos aprendentes e outros beneficiários, à criação de
parcerias, à utilização de novas tecnologias e a outras possibilidades desejáveis e viáveis de tratar as necessidades da
organização ou dos seus aprendentes e outros beneficiários.
6.2.2 Ao planear como atingir os objetivos da organização educativa/formativa, esta deve determinar,
e salientar no seu plano estratégico:
a) o que será realizado;
b) que recursos serão necessários;
c) quem será responsável;
d) quando será concluído;
e) como serão avaliados os resultados.
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7 Suporte
7.1 Recursos
7.1.1 Generalidades
7.1.1.2 A organização deve determinar e monitorizar quais os recursos que devem ser
disponibilizados:
a) pela organização;
b) pelos fornecedores externos.
A organização deve ter em consideração as necessidades dos aprendentes com necessidades especiais
e deve assegurar que a diversidade de requisitos de acessibilidade é antecipada.
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7.1.3 Infraestrutura
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7.1.5.1 Generalidades
A organização deve determinar e providenciar os recursos necessários para assegurar resultados
válidos e fiáveis quando se recorrer à monitorização ou à medição para verificar a conformidade de
produtos e serviços face aos requisitos.
A organização deve assegurar que os recursos providenciados:
a) são adequados aos tipos específicos de atividades de monitorização e medição realizados, p. ex.
adequados ao objetivo, ao tipo, ao método de ensino e à duração do serviço educativo/formativo;
b) são mantidos para assegurar a sua contínua adequação aos propósitos.
A organização deve reter a informação documentada apropriada como evidência da adequação ao
propósito dos recursos de monitorização e medição.
NOTA: Os métodos de ensino podem incluir a comunicação oral num espaço físico, a comunicação online, a distribuição física
ou digital de material, a comunicação através de meios de transmissão ou uma combinação destes.
7.1.6.1 Generalidades
A organização deve determinar o conhecimento necessário para a operacionalização dos seus
processos e para obter a conformidade dos produtos e serviços.
Este conhecimento deve ser mantido e disponibilizado na medida do necessário.
Ao enfrentar novas necessidades e tendências, a organização deve ter em consideração o seu
conhecimento atual e determinar como adquirir ou aceder a qualquer conhecimento adicional
necessário e atualizações requeridas.
A organização deve incentivar a troca de conhecimento entre todos os educadores e o pessoal,
particularmente entre os seus pares.
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NOTA 1: O conhecimento organizacional é conhecimento específico detido pela organização e é geralmente obtido pela
experiência. É informação que é utilizada e partilhada para serem atingidos os objetivos da organização.
NOTA 2: O conhecimento organizacional pode ser baseado em:
fontes internas (p. ex., propriedade intelectual; conhecimento adquirido com a experiência; lições aprendidas com as
falhas e com os projetos bem sucedidos; captura e partilha do conhecimento e da experiência não documentados; os
resultados de melhorias em processos, produtos e serviços);
fontes externas (p. ex., normas; meio universitário; conferências; recolha de conhecimentos junto de aprendentes, outros
beneficiários ou fornecedores).
7.2 Competência
7.2.1 Generalidades
A organização deve:
a) determinar as competências necessárias da(s) pessoas(s) que, sob o seu controlo, executam tarefas
que afetam o desempenho e a eficácia da organização educativa/formativa;
b) assegurar que essas pessoas são competentes, com base em educação, formação ou experiência
adequadas;
c) estabelecer e implementar métodos para a avaliação do desempenho do pessoal;
d) onde aplicável, tomar medidas para adquirir a competência atualizada necessária e avaliar a
eficácia das ações empreendidas;
e) tomar medidas para apoiar e assegurar o desenvolvimento contínuo das competências relevantes
do pessoal;
f) manter a informação documentada adequada como evidência das competências.
NOTA: As ações aplicáveis poderão incluir, p. ex., proporcionar formação a orientação de, ou a reafectação de pessoas
atualmente empregadas; ou o recrutamento ou a contratação de pessoas competentes.
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7.3 Consciencialização
A organização deve assegurar que as pessoas relevantes que trabalham sob o controlo da organização
devem estar conscientes:
a) da política e da estratégia da organização educativa/formativa e dos objetivos relevantes do SGOE;
b) do seu contributo para a eficácia do SGOE, incluindo dos benefícios de uma melhoria do
desempenho da organização educativa/formativa;
c) das implicações da não conformidade com os requisitos do SGOE.
7.4 Comunicação
7.4.1 Generalidades
A organização deve determinar as necessidades de comunicação interna e externa relevantes para o
SGOE, incluindo:
a) o que comunicar;
b) porque comunicar;
c) quando comunicar;
d) a quem comunicar;
e) como comunicar;
f) quem comunica.
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NOTA: A informação transmitida pode incluir informação sobre a prestação de programas educativos, resultados de
aprendizagem esperados, qualificações, inovações, novas ideias bem como resultados científicos, métodos, abordagens e
produtos e serviços de aprendizagem subjacentes.
7.4.3.1 A organização deve determinar e implementar mecanismos eficazes para a comunicação com
os aprendentes e com outras partes interessadas em relação a:
a) política institucional e plano estratégico;
b) conceção, conteúdo e prestação de produtos e serviços educativos/formativos;
c) pedidos de informação, candidaturas, admissões ou inscrição;
d) dados de desempenho dos aprendentes, incluindo resultados de avaliação formativa ou sumativa;
e) retorno de informação do aprendente e das partes interessadas, incluindo reclamações dos
aprendentes e inquéritos à satisfação de aprendentes/partes interessadas.
A organização deve informar os seus aprendentes e outros beneficiários sobre os pontos de contacto
externos em caso de assuntos não resolvidos.
7.5.1 Generalidades
O SGOE da organização deve incluir:
a) a informação documentada requerida por esta norma;
b) a informação documentada determinada pela organização como sendo necessária para a eficácia do
SGOE.
NOTA 1: A extensão da informação documentada para um SGOE pode diferir de uma organização para outra, devido:
à dimensão da organização e ao seu tipo de atividades, processos, produtos e serviços;
à complexidade dos processos e das suas interações;
à competência das pessoas.
NOTA 2: A documentação pode estar em qualquer forma ou tipo de suporte.
NOTA 3: A informação documentada pode incluir:
calendário académico, acesso aos registos;
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7.5.3.1 A informação documentada requerida pelo SGOE e pela presente norma deve ser controlada de
modo a assegurar:
a) a sua disponibilidade e pertinência para utilização, onde e quando for necessária;
b) a sua proteção adequada (p. ex., perda de confidencialidade ou de integridade, utilização indevida
ou alterações não intencionais).
7.5.3.2 Para o controlo da informação documentada, a organização deve tratar as seguintes atividades,
conforme aplicável:
a) distribuição, acesso, recuperação e utilização;
b) proteção e segurança, incluindo redundância;
c) armazenamento e conservação, incluindo preservação da legibilidade;
d) controlo de alterações (p. ex., controlo de versões);
e) retenção e eliminação;
f) garantia de confidencialidade;
g) prevenção do uso inadvertido de informação documentada obsoleta.
A informação documentada de origem externa determinada pela organização como sendo necessária
para o planeamento e a operacionalização eficaz do SGOE deve ser identificada conforme for adequado
e controlada.
Os controlos estabelecidos devem ser mantidos como informação documentada.
NOTA 1: O acesso pode implicar uma decisão a respeito da permissão apenas para visualizar a informação documentada, ou
da permissão e autorização para visualizar e alterar a informação documentada.
NOTA 2: A conservação da legibilidade inclui assegurar a integridade durante a transferência de dados entre suportes ou
formatos.
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8 Operacionalização
8.1 Planeamento e controlo operacional
8.1.1 Generalidades
A organização deve planear, implementar e controlar os processos (ver 4.4) necessários para
satisfazer os requisitos para o fornecimento de produtos e serviços educativos/formativos, e para
implementar as ações determinadas na Subsecção 6.1, ao:
a) determinar os requisitos para os produtos e serviços educativos/formativos;
b) estabelecer critérios para os processos;
c) determinar os recursos necessários para obter a conformidade com os requisitos de produto e
serviço educativo/formativo;
d) implementar o controlo dos processos de acordo com os critérios;
e) determinar e manter informação documentada na medida do necessário:
1) para ter a confiança de que os processos foram realizados conforme planeado;
2) para demonstrar a conformidade de produtos e serviços educativos/formativos com os
respetivos requisitos.
NOTA: “Manter" implica a manutenção e a retenção da informação documentada por períodos de tempo determinados.
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NOTA 3: A análise das necessidades para aprendentes com necessidades especiais pode incluir uma análise de transtornos de
leitura, transtorno de expressão escrita, deficiência matemática, incapacidade motora, auditiva e visual. Para aprendentes
sobredotados, a análise de necessidades pode incluir uma análise dos níveis de sobredotação, hiperlexia e uma avaliação
preliminar de áreas de sobredotação (p. ex., capacidade intelectual geral, aptidão académica específica, capacidade de
liderança, pensamento criativo e produtivo, capacidade psicomotora, artes visuais e performativas).
8.3.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo de conceção e desenvolvimento,
que seja adequado para assegurar o subsequente fornecimento de produtos e serviços
educativos/formativos.
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8.3.4.1 Generalidades
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8.4.1 Generalidades
A organização deve assegurar que os processos, produtos e serviços de fornecedores externos estão
conformes com os requisitos.
A organização deve determinar os controlos a serem aplicados a processos, produtos e serviços de
fornecedores externos quando:
a) os produtos e serviços de fornecedores externos se destinam a ser incorporados nos próprios
produtos e serviços da organização;
b) os produtos e serviços são fornecidos diretamente aos aprendentes ou outros beneficiários por
fornecedores externos, em nome da organização;
c) um processo, ou parte de um processo, é realizado por um fornecedor externo, como resultado de
uma decisão da organização.
A organização deve estabelecer e aplicar critérios para a avaliação, seleção, monitorização do
desempenho, e reavaliação de fornecedores externos, com base na respetiva capacidade para fornecer
processos ou produtos e serviços, de acordo com requisitos. A organização deve reter informação
documentada destas atividades e de quaisquer ações que sejam necessárias, como resultado das
avaliações.
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8.5.1.1 Generalidades
A organização deve implementar a produção e a prestação do serviço sob condições controladas.
As condições controladas devem incluir, conforme aplicável:
a) a disponibilidade de informação documentada que defina:
1) as características dos produtos educativos/formativos a serem produzidos, os serviços
educativos/formativos a serem prestados, ou as atividades a serem desempenhadas;
2) os resultados a serem obtidos;
b) a disponibilidade e a utilização de recursos de monitorização e de medição adequados e validados;
c) a implementação de atividades de monitorização e de medição tendo em conta as reclamações, o
retorno da informação e os resultados da avaliação formativa em etapas adequadas, a fim de
verificar que os critérios de controlo dos processos ou das saídas, e os critérios de aceitação para os
produtos e serviços educativos/formativos foram satisfeitos;
d) a utilização da infraestrutura e do ambiente adequados para a operacionalização dos processos;
e) a designação de pessoas competentes, incluindo quaisquer qualificações requeridas (ver 7.2);
f) a validação, e a revalidação periódica, da capacidade dos processos de produção e de prestação do
serviço para serem atingidos os resultados planeados, quando a saída resultante não possa ser
verificada por uma monitorização ou medição subsequente;
g) a implementação de ações para prevenir o erro humano;
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b) assegurar a rastreabilidade da classificação, de forma a ser possível identificar uma ligação objetiva
entre o trabalho apresentado pelo aprendente e a classificação que lhe é atribuída;
c) reter informação documentada da avaliação como evidência das classificações atribuídas;
d) publicar o período de retenção desta informação documentada.
8.5.1.6.1 A gestão da organização e o pessoal docente e não docente devem identificar as etapas para
melhorar a acessibilidade dos serviços com o contributo dos aprendentes e das outras partes
interessadas. A organização deve avaliar o que é possível realizar num período específico de tempo.
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b) assegurar que o ensino promova atividades direcionadas e avaliações que permitam aos
aprendentes construir e demonstrar a sua aprendizagem;
c) implementar de forma flexível medidas individualizadas, conforme aplicável, incluindo métodos de
avaliação adequados.
8.5.4 Preservação
A organização deve preservar as saídas durante a produção e a prestação do serviço, na medida
necessária para assegurar a conformidade com os requisitos.
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8.7.1 A organização deve assegurar que as saídas não conformes com os respetivos requisitos são
identificadas e controladas para prevenir a sua utilização ou entrega não pretendidas.
A organização deve empreender ações adequadas, baseadas na natureza da não conformidade e do seu
efeito na conformidade de produtos e de serviços educativos/formativos. Isto também deve ser
aplicado a produtos e serviços educativos/formativos não conformes que sejam detetados após a
entrega dos produtos, durante ou após a prestação do serviço.
8.7.2 A organização deve tratar as saídas não conformes de uma ou mais das seguintes formas:
a) correção;
b) segregação, contenção, retorno ou suspensão do fornecimento de produtos e serviços;
c) informação aos aprendentes ou outros beneficiários;
d) obtenção de autorização para a aceitação sob derrogação.
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A conformidade com os requisitos deve ser verificada quando as saídas não conformes são corrigidas.
9 Avaliação do desempenho
9.1 Monitorização, medição, análise e avaliação
9.1.1 Generalidades
A organização deve determinar:
a) o que necessita de ser monitorizado e medido;
b) os métodos de monitorização, medição, análise e avaliação, conforme aplicável, para assegurar
resultados válidos;
c) os critérios de aceitação a serem aplicados;
d) quando se deve proceder à monitorização e à medição;
e) quando se deve proceder à análise e à avaliação dos resultados da monitorização e da medição.
A organização deve reter informação documentada adequada como evidência da monitorização,
medição, análise, avaliação e os seus resultados.
A organização deve avaliar o desempenho da organização educativa/formativa e da eficácia do SGOE.
Deverá ser dada oportunidade às pessoas para reverem criticamente o seu próprio trabalho de uma
forma reflexiva e construtiva, como contributo para a sua melhoria.
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*)À data da edição do presente documento encontra-se publicada a NP ISO 10002:2020 – Gestão da Qualidade – Satisfação do
cliente – Linhas de orientação para o tratamento de reclamações nas organizações (nota nacional).
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9.2.1 A organização deve conduzir auditorias internas em intervalos planeados para proporcionar
informação sobre se o SGOE:
a) está em conformidade com:
1) os próprios requisitos da organização para o seu SGOE;
2) os requisitos do presente documento;
b) está eficazmente implementado e mantido.
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9.3.1 Generalidades
A gestão de topo deve proceder à revisão do SGOE e da estratégia da organização, em intervalos
planeados, pelo menos uma vez por ano, e atualizá-lo adequadamente, para assegurar a sua contínua
pertinência, adequação e eficácia.
*)À data da edição do presente documento encontra-se publicada a NP EN ISO 19011:2019 – Linhas de orientação para
auditorias a sistemas de gestão (nota nacional).
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10 Melhoria
10.1 Não conformidade e ação corretiva
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Anexo A
(normativo)
A.1 Generalidades
Neste documento, creche e pré-escolar são entendidos como a educação que ocorre no Nível 0 da
Classificação Internacional tipo da Educação (CITE).
A creche e o pré-escolar é um nível de ensino dotado da sua própria identidade. O objetivo principal
deste nível de ensino é o de contribuir para o desenvolvimento físico, emocional, social e intelectual
das crianças.
A.2 Princípios
A organização deverá respeitar os direitos da criança, em conformidade com a Convenção da ONU
sobre os Direitos da Criança.
A organização deve promover atividades recreativas, autonomia, afetividade, cooperação, criatividade,
alegria e autoconfiança entre as crianças da creche e pré-escolar.
A.3 Infraestruturas
Infraestruturas estabelecidas pela organização devem incluir:
a) os recursos de aprendizagem para a creche e pré-escolar;
b) instalações para atividades recreativas;
c) instalações para creche.
Onde a escola ofereça educação no CITE 1 ou superior, bem como creche e pré-escolar, deverá facultar
um espaço separado, um educador específico, recursos de ensino e de aprendizagem para a creche e
pré-escolar.
A.4 Competência
A organização deve disponibilizar aos educadores formação especializada em creche e pré-escolar,
conforme apropriado.
A.5 Comunicação
A organização deve estabelecer um método de comunicação com os pais, educadores e tutores onde o
fluxo de informação e o controlo da segurança da criança são assegurados.
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Estes planos devem ser elaborados em intervalos regulares e devem ser mantidos como informação
documentada.
A organização deve nomear as pessoas responsáveis pela elaboração, implementação, coordenação,
avaliação e revisão dos planos individuais.
Os planos individuais devem incluir:
a) os objetivos gerais e específicos e os respetivos indicadores;
b) a identificação de atividades, estratégias e recursos necessários para o aprendente atingir os
objetivos definidos;
c) a identificação, o âmbito de participação e de responsabilidade de todos os envolvidos na
implementação dos planos individuais (p. ex., criança, família, pessoal, parceiros);
d) o prazo para a implementação das atividades definidas;
e) a identificação de riscos associados e de ações para a sua gestão;
f) a identificação dos intervalos de avaliação/revisão dos planos individuais.
A organização deve envolver a criança e a sua família na elaboração do plano individual.
Os resultados da avaliação e da revisão dos planos individuais devem ser retidos como informação
documentada.
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Anexo B
(informativo)
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B.2.2 Fundamentação
O estabelecimento da finalidade, da orientação e o comprometimento das pessoas permitem que uma
organização alinhe as suas estratégias, políticas, processos e recursos para atingir os seus objetivos. O
envolvimento dos aprendentes e outros beneficiários na liderança garante um foco contínuo nas suas
necessidades e evita uma desconexão entre as pessoas envolvidas pela organização e aqueles servidos
pela mesma.
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B.3.2 Fundamentação
Para gerir de forma eficaz e eficiente uma organização, é importante respeitar e envolver todas as
pessoas a todos os níveis. O reconhecimento, o conferir poderes e a melhoria das competências
facilitam o comprometimento das pessoas para que sejam atingidos os objetivos da organização.
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B.4.2 Fundamentação
O SGOE é constituído por processos inter-relacionados. Compreender como é que o sistema produz os
resultados permite que uma organização otimize o sistema e o seu desempenho.
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B.5 Melhoria
B.5.1 Declaração
As organizações que têm sucesso estão permanentemente focadas na melhoria.
B.5.2 Fundamentação
A melhoria é essencial para que uma organização mantenha os níveis atuais de desempenho, reaja a
alterações nas suas condicionantes internas e externas e crie novas oportunidades.
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B.6.2 Fundamentação
A tomada de decisões pode ser um processo complexo e envolve sempre alguma incerteza.
Frequentemente envolve múltiplos tipos e fontes de entradas, bem como a sua interpretação, que pode
ser subjetiva. É importante compreender as relações de causa e efeito e as potenciais consequências
não esperadas. Factos, evidências e análise de dados conduzem a uma maior objetividade e confiança
na tomada de decisões. Em particular, decisões em que os factos a ensinar têm consequências
duradouras para os aprendentes e para a sociedade.
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B.7.2 Fundamentação
As partes interessadas relevantes influenciam o desempenho de uma organização. É mais provável que
o sucesso sustentado seja atingido quando a organização faz a gestão das relações com todas as suas
partes interessadas para otimizar os respetivos impactos no seu desempenho. A gestão das relações
com as suas redes de fornecedores e de parceiros é de particular importância.
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B.8.2 Fundamentação
Com base na definição de responsabilidade social da ISO 26000*), uma organização
educativa/formativa é responsável pelos impactos das suas decisões e atividades na sociedade,
economia e meio ambiente, através da transparência e de comportamento ético que:
contribui para o desenvolvimento sustentável, incluindo uma educação de qualidade para todos,
saúde e segurança, bem como o bem-estar da sociedade;
tem em conta as expetativas das partes interessadas;
está em conformidade com a lei em vigor e sejam consistentes com as normas internacionais de
conduta;
está integrado em toda a organização e seja praticado nas suas relações.
Isto implica a inclusão voluntária pelas organizações, de preocupações sociais e ambientais nas
atividades comerciais (económicas) e nas suas relações com as suas partes interessadas.
*)À data da edição do presente documento encontra-se publicada a NP ISO 26000:2011 – Linhas de orientação da
responsabilidade social (nota nacional).
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B.9.2 Fundamentação
As organizações educativas/formativas necessitam de garantir que o maior número possível de grupos
de pessoas tem acesso aos seus produtos e serviços educativos/formativos, em função das suas
limitações e recursos. Precisam igualmente de garantir que todos os aprendentes conseguem utilizar e
beneficiar de tais produtos e serviços de uma forma equitativa.
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B.10.2 Fundamentação
Para o sucesso sustentado, as organizações necessitam de projetar uma imagem de integridade
(honestidade e justiça) ao lidarem com todas as partes interessadas. O pessoal da organização deverá
comportar-se de acordo com os mais elevados padrões de profissionalismo em todas as suas relações.
B.11.2 Fundamentação
À data da edição do presente documento encontra-se publicada a NP ISO 37001:2018 – Sistemas de gestão anticorrupção –
*)
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Anexo C
(informativo)
A Figura C.1 fornece uma classificação das partes interessadas nas organizações
educativas/formativas.
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Anexo D
(informativo)
D.1 Generalidades
O presente anexo fornece diretrizes sobre a implementação da Subsecção 7.4 nas organizações.
Partes interessadas
Fornecedores
Fornecedores
Concorrentes
Aprendentes
Categorias de trabalho
Mercado
externos
Governo
Pessoal
tutores
Pais e
Pré-primário*) AC AR AE AE MC M Av BC A Av
Primário AC AR AE AE MC M Av BC A Av
Secundário AE AR AR AE MC M Av AC A Av
Universidade/Faculdade AE AE BC ME MC M Av AE A Av
Vocacional, incluindo o
ensino superior AR AR N AC MC M Av AE M Av
profissional e estágios
Educação contínua
AE N N N N N N N
(educação para adultos)
Tutoria, coaching e
AC AC MC B Av MC B A Av M Av
mentoria
Nível de interesse: Alto (A); Médio (M); Baixo(B); Nenhum (N)
Nível de participação: Envolvido (E), Consultado (C); Representado (R); Avaliado (Av)
Estas categorias podem ser interpretadas de forma diferente em diferentes contextos nacionais.
*)O termo pré-primário é equivalente à creche e pré-escolar, sendo que: creche abrange crianças dos 0 aos 2 anos;
pré-escolar abrange crianças dos 3 aos 5 anos (nota nacional).
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c) consulta: as partes interessadas são consultadas sobre o processo, mas não participam nele;
EXEMPLO 1: Os fornecedores externos podem ser consultados sobre a conceção de livros e de outros materiais
educativos.
EXEMPLO 2: Os empregadores podem ser consultados quanto aos seus requisitos de competências, antes da organização
conceber um curso.
d) avaliação: a organização toma nota da opinião das partes interessadas, mas não as consulta,
representa ou envolve.
EXEMPLO 1: A concorrência pode ser verificada antes de se anunciar um novo programa ou de se alterar um já existente.
EXEMPLO 2: Os preços dos diferentes fornecedores podem ser verificados antes da decisão sobre o sistema de propinas
pela organização educativa/formativa.
Os métodos de comunicação podem incluir, embora não se encontrem limitados, aos indicados na
Figura D.1.
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Anexo E
(informativo)
E.1 Processos
Os processos nas organizações educativas/formativas podem incluir aqueles destinados:
ao fornecimento de recursos adequados;
ao recrutamento, seleção e registo dos candidatos;
à gestão e manutenção da infraestrutura educacional (incluindo salas de aula, laboratórios, espaços
de estudo, bibliotecas);
à planificação, conceção, gestão e avaliação de cursos;
à avaliação do desempenho do pessoal;
à avaliação do desempenho dos aprendentes;
às comunicações internas e externas;
às ações corretivas e preventivas;
ao recrutamento de pessoal;
ao desenvolvimento profissional contínuo do pessoal;
à revisão pela gestão;
à conformidade com a segurança e saúde;
à publicação de materiais educativos (incluindo livros, artigos de revistas);
à conformidade com os requisitos de acreditação;
à informação das partes relevantes acerca das mudanças na política, estratégia ou na formação;
à retenção de informação documentada;
à emissão e garantia do reconhecimento da aprendizagem alcançada e acedida como informação
documentada;
à resposta ao retorno da informação, pedidos e reclamações das partes interessadas;
à operacionalização de sistemas de apoio e de orientação ao aprendente;
ao pedido de recurso de reclamações e de anti-discriminação;
à recolha e análise de informação sobre:
os dados demográficos do aprendente;
a participação, retenção, conclusão do curso;
o destino dos aprendentes depois dos estudos;
a satisfação do aprendente;
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o desempenho do aprendente;
a publicação de informações sobre o curso.
E.2 Medidas
As organizações educativas/formativas podem implementar medidas para:
a taxa de abandono escolar;
a taxa de literacia;
a satisfação do aprendente;
o atendimento e/ou taxa de envolvimento dos aprendentes;
a satisfação de outros beneficiários;
a taxa de graduação (como percentagem das admissões iniciais);
o tempo demorado a concluir o programa;
a taxa de empregabilidade, em intervalos específicos, após as graduações;
o nível geral de qualificação do pessoal;
as publicações e os resultados da investigação do pessoal;
o número de horas de desenvolvimento profissional contínuo;
a percentagem de cursos acreditados;
o número de reclamações;
taxa de avaliações positivas;
o rácio entre o pessoal administrativo, pessoal de investigação e pessoal docente;
o total do investimento interno (por fonte);
o grau de concretização dos objetivos de aprendizagem.
E.3 Ferramentas
As ferramentas das organizações educativas/formativas para a avaliação podem incluir:
análise de custo;
inquéritos de satisfação;
sistemas de sugestões;
sistemas de reclamações e de pedidos de recurso;
avaliação de impacto;
análise de necessidades;
análise de dados estatísticos;
grupos de foco;
autoavaliação;
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Anexo F
(informativo)
Os Quadros F.1 e F.2 ilustram como mapear o presente documento para outras normas/requisitos
regionais no campo da educação/formação, tomando como exemplo um mapeamento para o Quadro
de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissional (EQAVET).
Quadro F.1 – Matriz de requisitos: EQAVET – ISO 21001
EQAVET ISO 21001
P1 4.1; 5.1.1 b); 5.2.1 b); 8.2.1 c)
P2 4.2 b); 4.3; 5.2.1 i); 7.4.2 a); 8.2.1 a); 8.2.2; 9.1. 4
P3 4.4.1 c); 6.2.1; 7.1.5.1; 8.1.1
P4 4.4.1 e); 5.3; 7.1.2; 8.3.2 e)
P5 7.1.6; 7.4.2 a)
P6 5.2.2; 5.3; 6.2.1 f); 7.3; 7.4.2 b)
P7 4.2 b); 4.3; 5.1.1 h); 5.2.1 i); 7.4.2 a); 8.2.2; 9.1.4
P8 4.2 b); 4.3; 7.4.2 a); 8.3.2 h); 8.2.2
P9 4.4.1 g); 9.3.2; 9.3.3; 10.2; 10.3
P10 7.1.5.1; 8.1.1; 8.3.2 j); 9.1.4; 9.1.5
I1 4.4.1 d); 5.1.1 e); 6.2.2 b); 7.1.1; 7.1.2; 7.1.3; 7.1.4; 8.3.2 f);
8.3.4.3 c); 8.2.2 e); 8.5.1 b); 9.3.2 d); 9.3.3 c)
I2 7.1.1.1 b); 7.2
I3 7.1.1.1 b); 7.2
I4 7.1.6
I5 6.3; 9.3.3; 10.2; 10.3
I6 7.1.5.1; 8.1.1; 8.5.1 c); 9.1.4; 9.1.5
A1 6.1.1 c); 7.1.5.1; 8.1.1; 8.3.4.1; 8.3.4.3; 8.3.5; 8.5.1; 8.7;
8.4.1; 8.4.2; 9.1.1
A2 9.1.3; 9.1.4; 9.1.5
A3 9.1.1; 9.1.3
A4 9.1.1
A5 9.1.2.1; 9.3.2 c)1); 9.3.2 g)
R1 7.4
R2 9.1.1; 9.1.2.1; 9.2.2 a)
R3 8.5.6 9.2.2 a); 9.3.2; 9.3.3; 10.2; 10.3
R4 8.5.6; 9.3.1
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Anexo G
(informativo)
A questão da saúde e segurança é particularmente relevante à medida que mais e mais organizações
de ensino/formação estão a desenvolver parcerias com a Indústria e o Governo para proporcionar
uma aprendizagem pela experiência, estágios, aprendizagem do serviço, de estudo no estrangeiro, e
experiências relacionadas com o mundo do trabalho. Estas são experiências de aprendizagem
importantes que ampliam e aprofundam a aprendizagem do aprendente e ajudam a criar uma ligação
entre a teoria e a prática.
As organizações educativas/formativas podem considerar:
a comunicação com e proporcionar oportunidades para que o pessoal, aprendentes e outros
beneficiários possam exercer os seus direitos e assumir as suas responsabilidades em respeito à
saúde e segurança;
a adoção de métodos de trabalho, ensino e aprendizagem seguros e técnicas que tenham em conta
perigos e riscos, estabelecendo medidas preventivas para os eliminar ou mitigar;
a monitorização e adaptação, ao incentivarem a participação das partes interessadas nas várias
estratégias de prevenção que são operacionalizadas.
As organizações educativas/formativas podem igualmente ponderar como irão garantir a saúde e
segurança (incluindo a integridade física e psicológica) do pessoal da organização
educativa/formativa, dos aprendentes e outros beneficiários durante atividades de ensino e de
aprendizagem através:
da adoção de métodos e técnicas de trabalho seguros;
da identificação de fontes de perigo, da apreciação do risco e da utilização de medidas preventivas
destinadas à sua eliminação ou mitigação;
da adoção de práticas para a redução de riscos de saúde e segurança para situações de trabalho,
ensino e aprendizagem das organizações educativas/formativas;
da oferta de oportunidades para os empregadores, bem como para o pessoal, aprendentes e outros
beneficiários exercerem os seus direitos e assumirem as suas responsabilidades em respeito à
saúde e segurança;
do fornecimento de mecanismos de controlo para garantir uma correta avaliação dos processos de
saúde e segurança;
da oferta de oportunidades para a participação e retorno da informação relativa às diversas
estratégias de prevenção implementadas.
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Bibliografia
1)
Cancelado e substituído pela ISO 9241-11:2018.
p. 76 de 76
[21] University of Guelph, 2003, Universal Instructional Design. Retrieved 2018 February 20 from
http://uis.unesco.org/en/topic/international-standard-classification-education-isced
[22] Ministry of Education. 2013, An introduction to special needs education in Ontario. Retrieved
2018 February 20 from http://www.edu.gov.on.ca/eng/general/elemsec/speced/ontario.html
[23] W3C, 2008, Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0. Retrieved 2015 September 21
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