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ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM EM
AFECÇÕES DO
SISTEMA
ENDÓCRINO E
Professora: Cláudia Moreira

Enf. Esp. em Gestão Estratégia Saúde da Família


HORMONAL
Enf. Esp. em Urgência e Emergência
Enf. Esp. em Bloco Cirúrgico, CME e Instrumentação Cirúrgica
@enfclaudiamoreira@gmail.com
Hipotireoidismo

 
Conceito: É a diminuição da função da glândula tireoide, ou seja, diminuição da produção dos hormônios
tiroxina (T4) e triiodotironina (T3).
 
Causas: A causa mais comum em adultos é a tireoidite autoimune (tireoidite de Hashimoto), na qual o sistema
imune ataca as próprias células da tireoide.
 
Sinais e Sintomas:
• Cansaço fácil;
• Queda de cabelos, unhas fracas, pele seca;
• Dormência e formigamento nos dedos;
• Rouquidão;
• Distúrbios menstruais e perda da libido;
• Nos casos mais graves pode ocorrer hipotermia, bradicardia, mixedema (acúmulo de carboidratos nos tecidos
subcutâneos tornando a pele espessa), distúrbios emocionais, fala lenta, aumento do volume da língua, mãos e
pés aumentam de tamanho, constipação intestinal, surdez, são sensíveis a sedativos e anestésicos etc.
 
Tratamento: Administração de hormônio sintético. A administração deste hormônio deve ser
gradual, pois aumenta o trabalho cardíaco podendo levar à angina pectoris ou infarto agudo do
miocárdio e alterações neurológicas.

 
Cuidados de Enfermagem:
• Apoio psicológico, pois facilmente entram em depressão.
• Evitar usar sedativos quando prescritos S/N, fazer todo o possível para não usá-los.
• Observar depressão respiratória e sonolência profunda.
• Manter o paciente agasalhado, pois não gera calor.
• Evitar bolsa de água quente, pois o paciente tem baixa sensibilidade térmica.
• Observar sinais de constipação intestinal.
• Orientar o paciente e familiar quanto ao uso diário da medicação mesmo na ausência dos
sinais e sintomas.
 
Hipertireoidismo

 
Conceito: É a atividade excessiva da glândula tireoide, também chamada de bócio exoftálmico.
 
Causas: Causa desconhecida. Existe uma predisposição para o sexo feminino, na faixa dos 30 e 40 anos, e pode ser
desencadeada por choque emocional, tensão e infecções.
 
Sinais e Sintomas:
• Nervosismo: irritabilidade, apreensão, não se senta tranquilamente.
• Taquicardia mesmo em repouso.
• Intolerância ao calor: sudorese abundante.
• Rubor contínuo da pele além de quente macia e úmida.
• Tremor leve nas mãos.
• Exoftalmia (olhos saltados).
• Aumento do apetite e de ingestão alimentar.
• Perda de peso, fadiga e fraqueza muscular.
• Amenorreia.
• Alterações intestinais: diarreia.
• Aumento do volume da glândula.
Tratamento:
• Administração de drogas que interferem na captação de iodo, interferindo na síntese dos hormônios
tireoidianos.
• Irradiação, usando iodo radioativo para destruir parte da glândula.
• Cirurgia: tireoidectomia.
 
Cuidados de Enfermagem:
 
• Proporcionar ambiente calmo, sem barulhos como: música alta, conversas, ruídos de equipamentos,
alto-falantes etc.
• Proporcionar ambiente fresco, trocar roupas de cama sempre que necessário e oferecer líquidos
gelados.
• Ajudar a aumentar sua autoestima.
• Oferecer dieta fracionada e equilibrada, até 6 vezes ao dia.
• Reduzir estimulantes como: Coca-Cola, café, álcool e chá.
• Orientar quanto à instilação de colírios, para proteger a córnea exposta.
• Orientar sobre a continuidade do tratamento.
TIREOIDITE DE HASHIMOTO

SINDROME DE CUSHING
DIABETES

É um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e


associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos,
especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sangüíneos.

Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo


processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta
do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios
da secreção da insulina, entre outros
CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES:
• A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, na qual o pâncreas
tem incapacidade total ou parcial de produzir insulina. Isso acontece
por causa de uma informação errada que o sistema imunológico recebe
para atacar as células betapancreáticas, responsáveis pela produção de
insulina. Ela costuma desenvolver-se na infância ou adolescência.

• Tipo 2: Diferente do que acontece com o tipo 1, com a diabetes tipo 2 o


pâncreas é capaz de produzir insulina, mas em baixa quantidade e/ou o
organismo é resistente à ação da insulina. Neste caso, o problema
surge por predisposição genética aliada a hábitos pouco saudáveis e
obesidade, geralmente após os 40 anos

• Diabetes gestacional: a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de


intensidade variada, geralmente se resolvendo no período pós-parto,
mas retornando anos depois em grande parte dos casos.
OUTROS TIPOS: são decorrentes de defeitos genéticos associados
com outras doenças ou com o uso de medicamentos. Podem ser:
defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na
ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite,
neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por
drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticóides,
betabloqueadores, contraceptivos, etc.).

https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-2018.pdf
• FISIOPATOLOGIA:
Tem que apresentar a hiperglicemia para desenvolver a tríade básica: Polifagia,
Poliúria e Polidipsia.

A célula fica subnutrida, ela vai mandar mediadores químicos para o Centro da
Fome, para poder comer mais. Estimula agravando a hiperglicemia porque a
glicose não esta entrando na célula. Com isso, os rins começam a sofrer com
essa agressão, perdendo a sua capacidade de reter glicose apresentando
glicosúria. Com ela, como é soluto, ela vai precisar do solvente, perdendo
assim a água, passando a urinar muito entrando em poliúria. Perdendo muita
água, o organismo começa a ficar desidratado, com o excesso de glicose na
corrente sanguínea, começa retirar água da célula, ficando com desidratação
celular, estimulando o centro da sede, fazendo com que o individuo beba
bastante água (polidipsia).
INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL:
• Glicemia de jejum 70 a 99 mg/dL
• TTGO- aos 120min ≥ 200mg/dL ( curva glicêmica)
• Glicemia pós-prandial: abaixo de 140mg/dl
• Intolerância a glicose de 100 a 125mg/dL
• Glicemia ao acaso >200mg/dl

• https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2017-
2018.pdf
COMPLICAÇÕES:
O tratamento correto do diabetes
significa manter uma vida saudável,
evitando diversas complicações que
surgem em conseqüência do mau
controle da glicemia. O
prolongamento da hiperglicemia
(altas taxas de açúcar no sangue)
pode causar sérios danos à saúde:
- retinopatia diabética
- nefropatia diabética
- neuropatia diabética
- pé diabético
- infarto do miocárdio e acidente
vascular
- infecções
• TRATAMENTO:
Como o diabetes é uma doença evolutiva, com o decorrer dos anos, quase todos
os pacientes requerem tratamento farmacológico, muitos deles com insulina,
uma vez que as células beta do pâncreas tendem a progredir para um estado de
falência parcial ou total ao longo dos anos. Entretanto, mudanças positivas no
estilo de vida – alimentares e de atividade física - são de fundamental
importância no alcance dos objetivos do tratamento quais sejam o alívio dos
sintomas e a prevenção de complicações agudas e crônicas.

• Insulina: Indicada para todos onde o controle foi inadequado da glicemia e


glicosúria. Apresenta em NPH e Regular. E a Administração deve ser no braço,
coxa, abdome e nádegas, havendo sempre rodízio de lugar;

• Hipoglicemiantes orais
CUIDADOS GERAIS E PREVENÇÃO

Cuidados com a pele


 Evitar infecções; evitar fricção vigorosa; usar loções hidratantes na pele; evitar queimaduras, ferimentos e frio
excessivo; tratar ferimentos assepticamente imediatamente; atenção especial quanto à higiene pessoal;

Cuidados com a higiene oral


 Avaliar diariamente a mucosa oral; instruir o paciente a relatar a queimação oral, dor, áreas de rubor, lesões abertas
nos lábios, dor ao deglutir; realizar a higiene oral após as refeições; visitar o dentista regularmente; usar escovas de
cerdas macias; evitar e tratar rapidamente as cáries; aplicar lubrificante labial; evitar o álcool e fumo.

Cuidados com os pés


 Lavar diariamente, enxugar cuidadosamente entre os dedos; cortar e limpar as unhas; usar sapatos macios e não
andar descalço; estimular a circulação com massagens;

Outros cuidados
- fornecer instruções por escrito sobre o cuidado com os pés, e programas de exercício.
- auxiliar para garantir que as roupas estejam adequadamente ajustadas.
- encorajar a ingesta adequada de proteínas e calorias
- encorajar a participação nos programas de exercícios planejados

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