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• Havia sinalização de
emergência, porém,
constatou-se
posteriormente que não
eram suficientes para
permitir uma saída
organizada, com rapidez
e segurança por ocasião
de um incêndio.
DADOS TÉCNICOS
• O interior do prédio apresentava vários ambientes interligados por
passagens. Além disso, havia barreiras físicas de guarda-corpos metálicos
na frente dos bares para organizar o seu acesso e antes da porta de saída
do edifício.
• Havia sinalização de
emergência, porém,
constatou-se
posteriormente que não
eram suficientes para
permitir uma saída
organizada, com rapidez
e segurança por ocasião
de um incêndio.
RELATO DA OCORRÊNCIA
• O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27
de janeiro de 2013;
• Teve seu início pelo acendimento de um
artefato pirotécnico por um integrante de
uma banda que se apresentava na casa
noturna.
• O incidente vitimou 242 pessoas e feriu
pelo menos 680.
• O extintor de incêndio não funcionou.
• Havia mais público do que a capacidade
determinada pelo Corpo de Bombeiros.
• A boate tinha apenas um acesso à rua.
RELATO DA OCORRÊNCIA
• O alvará fornecido pelos Bombeiros
estava vencido.
• Mais de 180 corpos foram retirados dos
banheiros.
• 90% das vítimas fatais tiveram asfixia
mecânica.
RELATO DA OCORRÊNCIA
Boate Kiss –Salão 2 Boate Kiss – Salão 2 -Bar Boate Kiss –Entrada e Saída
Salão 1 -Corredor de Saída (1,00m) e Salão 1 –corredor de saída com escada e porta
Circulação de Acesso para a Saída de saída de emergência
CAUSAS INVESTIGADAS
• Funcionários: não houve comunicação no inicio do incêndio entre os
seguranças que estavam localizados no palco e os seguranças que
estavam na saída da boate. Esses, inicialmente, não permitiram que as
pessoas saíssem pela única porta da boate, por acreditarem tratar-se de
uma briga.
• Sinalização: Muitas vítimas tentaram sair pelas portas dos banheiros,
pois no tumulto, confundiram-se com portas de saída de emergência.
Ficou constatado que não existia saída de emergência no local.
• Material: Apontado por laudos técnicos como a causa de 100% das
mortes dos estudantes, junto com o monóxido de carbono, o tão
mencionado cianeto, é uma substância encontrada na natureza e
também é um produto da atividade humana, que foi liberado na
queima do isolamento acústico.
CAUSAS INVESTIGADAS
• Imprudência: Uma ex-funcionária da boate, admitiu que os donos da
boate solicitavam que os extintores fossem removidos, por
interferência estética. Fotos divulgadas durante a semana seguinte ao
fato confirmaram que a casa não tinha extintores de incêndio nas
paredes.
• Visitantes: A banda comprou e utilizou um artefato pirotécnico
proibido.
CAUSAS CONSTATADAS
• O uso de um revestimento acústico inflamável exposto na zona do
palco e a realização de um show com artefatos pirotécnicos em
ambiente impróprio foram as duas principais causas originais.
• Devido à falta de extintores de incêndio o fogo se propagou, e a falta
de saídas de emergência, junto com a superlotação, aumentou
consideravelmente o número de vítimas.
Ausência de
Material de ventilação para
revestimento evacuação da
Excesso de
inadequado fumaça.
pessoas -
Sinalizador 1.100, para
em local capacidade de
fechado - 691;
Saída única - causou faíscas
uma só porta que iniciaram
e pouco
o incêndio;
espaçosa;
RESPONSABILIDADES
• Segundo o CREA-RS, para edificações com área inferior a 750
m² , a legislação estadual vigente dispensava a apresentação de
PPCI (Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio)
completo, com ART emitida por profissional habilitado, para
subsidiar a emissão do alvará. Poderia nesses casos ser usado o
chamado Processo Simplificado de Prevenção e Proteção contra
Incêndio - SIGPI.
• No caso de boate ou clube noturno, a edificação
automaticamente se enquadrava na Classe F-6 da norma NBR
9077 (cujo atendimento era explicitamente demandado nas
Legislações Estaduais e Municipais). Nesses casos, conforme
regulamentação do Corpo de Bombeiros, seria obrigatória a
apresentação de PPCI completo, independentemente da área
construída.
RESPONSABILIDADES
• A Portaria nº 64/1999 do Corpo de Bombeiros estabelecia que o
PPCI completo deveria ter ART do responsável técnico. Ou seja,
o proprietário deveria contratar um profissional habilitado para
elaborar o mesmo. Não foi localizada nenhuma ART associada
ao PPCI ou a qualquer Projeto de Segurança contra Incêndio e
Pânico nos bancos de dados do CREA-RS. Portanto, apesar de
demandado pela legislação vigente, o proprietário não contratou
responsável técnico para esse serviço.
• Provavelmente foi aproveitada a facilidade do Sistema SIGPI,
criado para agilizar a emissão dos Alvarás de Prevenção e
Proteção contra Incêndios, e usado pela maioria dos municípios
do RS, para gerar um PPCI sem que fossem cumpridas todas as
demandas legais.
RESPONSABILIDADES
• Investigação realizada pela Policia Civil, Ministério Público, e
Polícia Federal.
• Apoio nas investigações: CREA-RS.
• Foram responsabilizados os dois sócios da boate - Elissandro
Spohr e Mauro Hoffmann - e os músicos da banda - Marcelo de
Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão
• Os quatro responsáveis foram presos, preventivamente, dias após
o ocorrido e liberados em março de 2013.
• O processo permanece em andamento até os dias de hoje, e os
acusados respondem em liberdade.
RESPONSABILIDADES
• Foi gerado um processo criminal com o delito de falso testemunho;
• e falsificação de assinaturas e outros documentos para a abertura da
boate.
•O Ministério Público afirma, em ação civil pública, que quatro bombeiros
praticaram improbidade administrativa por terem descumprido regras
sobre licença de estabelecimentos;
•Ação coletiva movida pela Defensoria Pública, pede indenização a
vítimas e familiares;
RESPONSABILIDADES
•Liminar assinada em 2013, pela juíza Eloisa Helena Hernandez de
Hernandez, da 1ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública, manda os
sócios da boate, alguns familiares e a própria empresa a pagarem verbas
alimentares a quem dependia de vítimas fatais e pensão a sobreviventes
que tiverem prejuízo na capacidade de trabalho.
•Ação cautelar, também da Defensoria, pede o bloqueio de bens de Eliseo
Spohr (pai de Elissandro), EJS Participações e Assessoria Empresarial e
Novaportal Comércio de Autopeças, para garantia do pagamento das
futuras indenizações às vítimas do incêndio.
AÇÕES PÓS-INCIDENTE
• Em 2017 que ocorreu a desapropriação, pela Prefeitura, do prédio onde
funcionava a Boate Kiss;
• Foi planejada a construção de um memorial no local do ocorrido;
• A legislação foi alterada e foram criadas novas leis para projetos contra
pânico e incêndio.
• Após o incêndio da Boate Kiss, a fiscalização ficou mais presente e
realizou o fechamento de 70 boates no RS.
PARECER DOS ALUNOS
• http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/01/dois-anos-depois-
veja-24-erros-que-contribuiram-para-tragedia-na-kiss.html. Acesso em
11/08/2019.