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PREVENÇÃO A SINISTROS

COM FOGO

EDIFÍCIO JOELMA

EDUARDO MALACHIAS DA SILVA


 
ANA CAROLINA DA SILVA
EDIFÍCIO JOELMA
 Inaugurado em 1971, o edifício Joelma estava localizado em uma das avenidas
mais movimentadas da capital paulista, o prédio tinha 25 andares, sendo 10
apenas de garagem.
 O edifício Joelma ainda era um jovem perto da maioria de seus vizinhos,
erguidos décadas antes, mas desde a sua inauguração, o Joelma chamava
atenção pelas suas linhas modernas e pela altura imponente. Tão logo foi
inaugurado e alugado ao Banco Crefisul.
INCÊNDIO
 O incêndio foi em uma sexta-feira,1°de fevereiro de 1974 e aproximadamente
750 pessoas distribuíam-se pelos 25 andares do Edifício Joelma.
 A causa do acidente foi um curto circuito no decimo segundo pavimento,
justamente no meio do edifício. Para piorar, as salas do edifício eram repletas
de materiais que colaboravam com a propagação do fogo, como divisórias,
carpetes, cortinas e moveis de madeira, além dos forros que eram de fibra.
Poucos minutos após o início do incêndio, a fumaça e o calor já tomavam conta
do interior do prédio e principalmente impedindo que as pessoas fugissem
pelas escadas, já que elas são localizadas no centro da construção. A
instalação não possuía escadas de emergência.
CONSEQUÊNCIAS DO INCÊNDIO
 191 pessoas morreram, mais de 300 feridas.

 No desespero muitas pessoas se jogaram pelas janelas.

 O socorro mobilizou 1500 homens, entre bombeiros e

tropas de segurança.

 Em 30 horas, cerca de 8 mil pessoas foram ao local

para identificar os cadáveres.


MUDANÇAS

Após a tragédia no edifício Joelma uma nova lei foi aplicada


diretamente em prédios em construção ou que passariam por reforma,
além dos edifícios que fossem notificados como inseguros por fiscais da
prefeitura. O decreto legislava sobre a classificação do prédio, materiais
utilizados na construção, lotação máxima, rotas de fuga, resistência ao
fogo, suprimento de água para combater o fogo, extintores e para-raios.
Decreto N° 10.878 de 7 de fevereiro de 1974
Institui normas especiais para a segurança dos edifícios a serem
observadas na elaboração dos projetos e na execução, bem como no
equipamento e no funcionamento e dispõe ainda sobre sua aplicação em
caráter prioritário.
 Proteção contra fogo: Pela primeira vez fica proibida a construção de
coberturas com material combustível, a não ser em camada de
impermeabilização.  Também se tornou obrigatório o uso de material
resistente ao fogo nas escadas. O uso de madeira só seria permitido
nos corrimões.
 Material inflamável: Uma das características mais marcantes do
incêndio que atingiu o Joelma foi a rápida propagação das chamas.
Temendo novo desastre, a prefeitura passou a classificar os prédios de
acordo com os materiais depositados ou manipulados em seu interior.
 Hidrantes, Sprinkler e extintores: A resolução estipulou também que
os edifícios deveriam implantar um sistema de chuveiros automáticos
contra incêndios (sprinker).  Segundo a norma, o suprimento deve ser
assegurado por duas fontes independentes de água para evitar uma
pane na irrigação.
 Código de Edificações: Criação da lei 8.266 aprovando o Código de
Edificações do município. A lei ampliou as exigências do decreto do
ano anterior e especificou melhor as normas de segurança.
 Cada tipo de prédio foi enquadrado em uma categoria, que por sua vez
recebeu orientações específicas sobre o uso de material contra
incêndio, extintores, escadas e incêndio e saídas de emergência.
 Esse foi o passo definitivo para uma legislação precisa sobre
segurança predial. Com a nova lei, as edificações passaram a seguir
uma norma clara e objetiva.  As leis de edificações foram alteradas
diversas vezes ao longo do tempo, sempre se ajustando às
necessidades das novas construções e atividades empregadas nesses
prédios.
O QUE PODERIA TER SIDO FEITO PARA EVITAR O
INCÊNDIO?
 Segundo a recomendação pós-Joelma, todas as partes dos prédios deveriam
apresentar resistência ao fogo por, no mínimo, 4 horas. Além disso, todas as
pareds externas deveriam ser construídas com material à prova de fogo.

 Não houveram treinos de combate ao incêndio (Ed. Joelma);

 Não tinham detectores de fogo/ fumaça ;

 Não tinham dispositivos de alarme ;

 Recarga e manutenção dos extintores de incêndio (Ed. Joelma).

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