Um incêndio em 1974 no Edifício Joelma em São Paulo causou 191 mortes. Isso levou a novas leis exigindo materiais retardantes de chamas, sistemas sprinkler, mais saídas de emergência e treinamento contra incêndio para prevenir tragédias futuras.
Descrição original:
NR14
Título original
PREVENÇÃO A SINISTROS COM FOGO [Salvo automaticamente]
Um incêndio em 1974 no Edifício Joelma em São Paulo causou 191 mortes. Isso levou a novas leis exigindo materiais retardantes de chamas, sistemas sprinkler, mais saídas de emergência e treinamento contra incêndio para prevenir tragédias futuras.
Um incêndio em 1974 no Edifício Joelma em São Paulo causou 191 mortes. Isso levou a novas leis exigindo materiais retardantes de chamas, sistemas sprinkler, mais saídas de emergência e treinamento contra incêndio para prevenir tragédias futuras.
ANA CAROLINA DA SILVA EDIFÍCIO JOELMA Inaugurado em 1971, o edifício Joelma estava localizado em uma das avenidas mais movimentadas da capital paulista, o prédio tinha 25 andares, sendo 10 apenas de garagem. O edifício Joelma ainda era um jovem perto da maioria de seus vizinhos, erguidos décadas antes, mas desde a sua inauguração, o Joelma chamava atenção pelas suas linhas modernas e pela altura imponente. Tão logo foi inaugurado e alugado ao Banco Crefisul. INCÊNDIO O incêndio foi em uma sexta-feira,1°de fevereiro de 1974 e aproximadamente 750 pessoas distribuíam-se pelos 25 andares do Edifício Joelma. A causa do acidente foi um curto circuito no decimo segundo pavimento, justamente no meio do edifício. Para piorar, as salas do edifício eram repletas de materiais que colaboravam com a propagação do fogo, como divisórias, carpetes, cortinas e moveis de madeira, além dos forros que eram de fibra. Poucos minutos após o início do incêndio, a fumaça e o calor já tomavam conta do interior do prédio e principalmente impedindo que as pessoas fugissem pelas escadas, já que elas são localizadas no centro da construção. A instalação não possuía escadas de emergência. CONSEQUÊNCIAS DO INCÊNDIO 191 pessoas morreram, mais de 300 feridas.
No desespero muitas pessoas se jogaram pelas janelas.
O socorro mobilizou 1500 homens, entre bombeiros e
tropas de segurança.
Em 30 horas, cerca de 8 mil pessoas foram ao local
para identificar os cadáveres.
MUDANÇAS
Após a tragédia no edifício Joelma uma nova lei foi aplicada
diretamente em prédios em construção ou que passariam por reforma, além dos edifícios que fossem notificados como inseguros por fiscais da prefeitura. O decreto legislava sobre a classificação do prédio, materiais utilizados na construção, lotação máxima, rotas de fuga, resistência ao fogo, suprimento de água para combater o fogo, extintores e para-raios. Decreto N° 10.878 de 7 de fevereiro de 1974 Institui normas especiais para a segurança dos edifícios a serem observadas na elaboração dos projetos e na execução, bem como no equipamento e no funcionamento e dispõe ainda sobre sua aplicação em caráter prioritário. Proteção contra fogo: Pela primeira vez fica proibida a construção de coberturas com material combustível, a não ser em camada de impermeabilização. Também se tornou obrigatório o uso de material resistente ao fogo nas escadas. O uso de madeira só seria permitido nos corrimões. Material inflamável: Uma das características mais marcantes do incêndio que atingiu o Joelma foi a rápida propagação das chamas. Temendo novo desastre, a prefeitura passou a classificar os prédios de acordo com os materiais depositados ou manipulados em seu interior. Hidrantes, Sprinkler e extintores: A resolução estipulou também que os edifícios deveriam implantar um sistema de chuveiros automáticos contra incêndios (sprinker). Segundo a norma, o suprimento deve ser assegurado por duas fontes independentes de água para evitar uma pane na irrigação. Código de Edificações: Criação da lei 8.266 aprovando o Código de Edificações do município. A lei ampliou as exigências do decreto do ano anterior e especificou melhor as normas de segurança. Cada tipo de prédio foi enquadrado em uma categoria, que por sua vez recebeu orientações específicas sobre o uso de material contra incêndio, extintores, escadas e incêndio e saídas de emergência. Esse foi o passo definitivo para uma legislação precisa sobre segurança predial. Com a nova lei, as edificações passaram a seguir uma norma clara e objetiva. As leis de edificações foram alteradas diversas vezes ao longo do tempo, sempre se ajustando às necessidades das novas construções e atividades empregadas nesses prédios. O QUE PODERIA TER SIDO FEITO PARA EVITAR O INCÊNDIO? Segundo a recomendação pós-Joelma, todas as partes dos prédios deveriam apresentar resistência ao fogo por, no mínimo, 4 horas. Além disso, todas as pareds externas deveriam ser construídas com material à prova de fogo.
Não houveram treinos de combate ao incêndio (Ed. Joelma);
Não tinham detectores de fogo/ fumaça ;
Não tinham dispositivos de alarme ;
Recarga e manutenção dos extintores de incêndio (Ed. Joelma).