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MODULO 1

CONCEITO DE PRONTO ATENDIMENTO


É o tratamento imediato e provisório oferecido a uma vítima de acidente ou enfermidade imprevista,
normalmente se presta atendimento no local da ocorrência, até que possa colocar em cuidados médicos,
tendo como objetivo evitar o agravamento das lesões e a morte do indivíduo.

Negligência: Na negligência, alguém deixa de tomar uma atitude ou apresentar conduta que era esperada
para a situação. Age com descuido, indiferença ou desatenção, não tomando as devidas precauções.
Imprudência: A imprudência, por sua vez, pressupõe uma ação precipitada e sem cautela. A pessoa não
deixa de fazer algo, não é uma conduta omissiva como a negligência. Na imprudência, ela age, mas toma
uma atitude diversa da esperada.
Imperícia: Para que seja configurada a imperícia é necessário constatar a inaptidão, ignorância falta de
qualificação técnica, teórica ou prática, ou ausência de conhecimentos elementares e básicos da profissão.
Ética profissional: É o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam
imperativos de sua conduta.
Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa propriedade do caráter. Ser ético é agir dentro dos
padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser ético é cumprir os valores
estabelecidos pela sociedade em que se vive.

HISTÓRICO E PREVENÇÃO E COMBATE DE INCÊNDIO


Data: sexta-feira, dia 1º de fevereiro de 1974.
Hora de início: aproximadamente 08h50min horas
Vítimas: 179 mortes e 300 feridos
Número de ocupantes: estavam no local, por volta de 756 pessoas.
Origem: aparelho de ar condicionado no 12º andar; exames posteriores demonstraram que havia uma
ligação de outro pavimento, sem controle daquele em que estava.
Número de andares: vinte e cinco
Ocupação: subsolo e térreo destinados à guarda de registros de documentos dos escritórios; do 1º andar ao
10º para estacionamento aberto e do 11º ao 25º, ocupados por escritórios.
Tipo de construção: estrutura de concreto armado com vedações externas de tijolos ocos cobertos por
reboco e revestidos por ladrilhos cerâmicos na parte externa. As aberturas para janelas eram de vidro plano
em esquadrias de alumínio. O telhado era de telhas de cimento amianto sobre estrutura de madeira. Nos
escritórios, a compartimentação interna era feita por divisórias de madeira e o forro era constituído por placas
de fibra combustível fixadas em ripas de madeira e a laje-piso era forrada por carpete.

Desenrolar dos fatos: às 08h50min horas um funcionário ouviu um ruído de vidro rompendo, proveniente de
um dos escritórios do 12º andar. Foi até lá para verificar e constatou que um aparelho de ar condicionado
estava queimando. Foi correndo até o quadro de luz daquele piso para desligar a energia; mas ao voltar
encontrou fogo seguindo pela fiação exposta ao longo da parede. As cortinas se incendiaram e o incêndio
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começou a se propagar pelas placas combustíveis do forro. Correu para apanhar o extintor portátil, mas ao
chegar não conseguiu mais adentrar a sala, devido à intensa fumaça. Subiu as escadas até o 13º andar,
alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12º pavimento, encontrou densa fumaça e muito calor. A partir daí o
incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio. Foram feitas várias corridas de elevadores até que a
atmosfera permitisse, salvando muitas pessoas; porém uma ascensorista na tentativa de salvar mais vidas,
após as condições ficarem muito ruins, morreu no 20º andar.

Operações de Salvamento e Combate: O Corpo de Bombeiros recebeu o primeiro chamado às 09h03min


horas. Dois quartéis mais próximos enviaram viaturas às 09h05min horas que devido às condições de tráfego,
chegaram às 09h10min horas. O incêndio se propagava rapidamente pela fachada para os andares
superiores. As pessoas do prédio haviam corrido para as laterais de banheiros e para a parte mais alta do
edifício. Devido a grande dimensão do incêndio, em pouco tempo estavam no local 12 autobombas, 3
autoescadas, 2 plataformas elevatórias e uma quantidade muito grande de veículos de salvamento que
iniciaram um grande trabalho de retirada das vítimas e combate ao fogo.
Término: ocorreu a extinção por volta de 10h30min horas
Final do resgate: às 13h30min horas, todos os sobreviventes já haviam sido resgatados.
Danos ao prédio: todo material combustível do 12º ao 25º foi consumido pelo fogo. O 11º andar não foi
danificado. Foram pequenos os danos aos pilares e vigas; o esfolamento mais severo de laje de piso foi no
11º andar. Engenheiros estruturais declararam não ter havido dano estrutural. Nenhum dano ocorreu às
máquinas do topo do fosso de elevadores.
Observações quanto ao salvamento: Muitas pessoas foram retiradas daquelas áreas de banheiros com
auxílio das escadas mecânicas. As atitudes das vítimas foram variadas, muitos subiram ao telhado, outras
ficaram nos andares se molhando com água das mangueiras, infelizmente 40 morreram ao pularem do alto
do edifício para escapar do calor. No telhado grande parte se salvou ao abrigar-se sob as telhas de cimento
amianto, os que não fizeram isso morreram sob os efeitos do intenso calor e fumaça. Apesar de não
recomendado, a maioria dos 422 que se salvaram, escaparam pelos elevadores que conseguiram fazer
descidas expressas pela habilidade dos ascensoristas e graças à demora do sistema elétrico dos elevadores
ser afetado pelas chamas.
Observações quanto ao sistema contra incêndios existente: havia somente uma escada comum (não de
segurança, que tem paredes resistentes ao fogo e ventilação para evitar gases tóxicos). Não havia sistema de
alarme manual ou automático de forma que fosse rapidamente detectado, dado o alarme e desencadeadas
as providências de abandono da população, acionamento de brigada interna, acionamento do Corpo de
Bombeiros e outras mais. Não havia qualquer sinalização para abandono e controle de pânico. Apesar da
estrutura do prédio ser incombustível, todo o material de compartimentação e acabamento não era e não
havia qualquer controle de carga-incêndio, por isso rapidamente o incêndio se propagou e fugiu do controle.

DEFINIÇÕES

BOMBEIRO MILITAR
Agente público pertencente ao Corpo de Bombeiros Militar cuja competência é de acordo com o Art. 130 da
Constituição Estadual, a coordenação das ações de defesa civil, prevenção e combate a incêndios e
explosões em locais de sinistros, busca e salvamento, elaboração de normas relativas à segurança das
pessoas e de seus bens contra incêndios e pânico e outras previstas em lei.

BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL OU BOMBEIRO CIVIL


Pessoa pertencente a uma empresa prestadora de serviço, ou da própria administração do estabelecimento,
com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção e combate a incêndio, abandono de área,
primeiros socorros e atendimento de emergência em edificações e eventos e que tenha sido aprovada no
Curso de Formação de Bombeiros Profissionais Civis e se encontre habilitado junto ao CBMES.

BOMBEIRO VOLUNTÁRIO
Presta serviço não remunerado, organizado pelos municípios ou entidades civis sem fins lucrativos, com o

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intuito de desempenhar atividades de primeiros socorros e combate a princípios de incêndios urbanos e
florestais até a chegada de uma guarnição de bombeiros militares ao local de ocorrência, quando necessário.

BRIGADISTA DE INCÊNDIO
Pessoa pertencente à brigada de incêndio que presta serviços, sem exclusividade, de prevenção e combate a
incêndio, abandono de área e primeiros socorros em edificações e que tenha sido aprovada no Curso de
Formação de Brigada de Incêndio.

BRIGADA DE INCÊNDIO
Grupo organizado de pessoas voluntárias ou indicadas, pertencente à população fixa da edificação, que são
treinadas e capacitadas para atuar, sem exclusividade, na prevenção e no combate a incêndio, no abandono
de área e prestar os primeiros socorros, dentro de edificações industriais, comerciais, de serviços e áreas de
risco, bem como as destinadas à habitação (residenciais ou mistas).

Profissão de Bombeiro Civil


É o profissional que exerce, em caráter habitual, a função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a
incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de
economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.

Observa-se que a lei desconsidera outras atividades que o BPC desenvolve nas empresas como o socorro de
urgência, o salvamento em alturas e em ambiente confinado, emergências químicas, abandono de área etc.

Além disso, as funções de Bombeiro Civil foram classificadas em:


Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;
Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de ensino
médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;
Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a incêndio,
responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate.

Ainda segundo a Lei, o Bombeiro Civil terá uma jornada de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis)
horas de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais, como também, terá direito a uniforme
especial a expensas do empregador, seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador, adicional de
periculosidade de 30% do salário mensal sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa e o direito à reciclagem periódica.

As penalidades das empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os
cursos técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio, que não cumprirem esta Lei são:
advertência, proibição temporária de funcionamento e cancelamento da autorização e registro para funcionar.

Além disso, as empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil poderão firmar
convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para
assistência técnica a seus profissionais.

Por fim, a Lei diz que no atendimento aos sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo
de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer
hipótese, à corporação militar.

NR 23
As Normas Regulamentadoras (NRs) são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e
pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

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A NR 23 estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir, sobre proteção contra incêndio
e pânico.
Segundo a NR 23 da Lei Nº 6.514, de 22.12.1977 do Ministério do Trabalho todas as empresas devem
possuir:
a) Proteção contra incêndio;
b) Saídas suficientes para rápida retirada de pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) Equipamentos suficientes para combater o fogo em seu início;
d) Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

OBS: A NR 23 determina de forma geral como deverá ser o Sistema de Prevenção e Proteção contra
incêndio de uma edificação:
- Saídas / Portas / Escadas./ Ascensores.
- Portas corta fogo /Exercício de alerta / Sistemas de alarme
- Classes de fogo / Combate ao fogo - --
- Extintores. (tipos, inspeção, quantidade, localização, sinalização, utilização)

NBRS (NORMAS BRASILEIRAS)

Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o órgão responsável pela
normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro.
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização – ÚNICO –
através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992.
Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições
destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado
contexto. Os Objetivos da Normalização são:

Economia
- Proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos

Comunicação
- Proporcionar meios mais eficientes na troca de informação entre o fabricante e o cliente, melhorando a
confiabilidade das relações comerciais e de serviços
- Segurança Proteger a vida humana e a saúde.

Proteção do Consumidor
- Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade dos produtos

Eliminação de Barreiras Técnicas e Comerciais


Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países, facilitando
assim, o intercâmbio comercial.
Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na
melhoria da qualidade de vida através de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio
ambiente.

NBR 14.608:2007 – Bombeiro Profissional Civil


Estabelece os requisitos para determinar o número mínimo de bombeiros profissionais civis em uma planta,
bem como sua formação, qualificação, reciclagem e atuação.

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NBR 14.276:2006 – Programa de Brigada de Incêndio
Estabelece os requisitos mínimos para a composição, formação, implantação e reciclagem de brigadas de
incêndio, preparando-as para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e
primeiros socorros.

ATRIBUIÇÕES
Segundo a NBR 14.608, o Bombeiro Profissional Civil desempenhará as seguintes atividades:

Ações de Prevenção
- Conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta;
- Identificar os perigos e avaliar os riscos existentes;
- Inspecionar periodicamente os equipamentos de combate a incêndio;
- Inspecionar periodicamente as rotas de fuga, incluindo a sua liberação e sinalização;
- Participar de exercícios simulados;
- Registrar suas atividades diárias e relatar formalmente as irregularidades encontradas, com propostas e
medidas corretivas adequadas e posterior verificação de execução;
- Apresentar, quando aplicável, sugestões para melhorias das condições de segurança contra incêndio e
acidentes;
- Participar das atividades de avaliação, liberação e acompanhamento das atividades de risco compatíveis
com a sua formação.

Ações de Emergência
- Alertar os ocupantes da emergência;
- Análise da situação;
- Solicitar apoio externo quando necessário;
- Realizar a primeiros socorros nas vítimas;
- Eliminar ou minimizar os riscos;
- Abando no de área;
- Isolamento de área;
- Combate ao incêndio;
- Investigação das causas do incêndio.

OBSERVAÇÃO: Todas as atividades operacionais de emergência deverão ser registradas.

MODULO 2

CONCEITO DE FOGO
O fogo é uma reação química de combustão rápida com emissão de luz e calor constituído por três entidades
distintas, que compõem o chamado "Triângulo do Fogo". São eles o combustível (aquilo que queima, como a
madeira), o comburente (entidade que permite a queima, como o oxigênio) e o calor. Sem uma ou mais
dessas entidades, não pode haver fogo.

Os produtos da combustão (principalmente vapor de água e gás carbônico), em altas temperaturas pelo calor
desprendido pela reação, emitem luz visível. O resultado é uma mistura de gases incandescentes emitindo
energia. A isto denomina-se chama ou fogo. O fogo não é portanto nem sólido, liquido ou gasoso, é energia.

A composição dos gases que se desprendem, assim como a sua temperatura e disponibilidade do
comburente, determinam a cor da chama. No caso da combustão de madeira ou papel a chama é roxa,
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amarela ou alaranjada. Na queima de gases de hidrocarbonetos obtém-se uma chama azulada, e cores
exóticas são obtidas quando são queimadas substâncias que contém elementos metálicos.
A cor do fogo é também usada para estimar a temperatura de autofornos industriais, uma vez que a
temperatura do fogo também varia de acordo com a cor da chama. Deve-se considerar aqui que há então
vários fatores, entre eles o tipo de combustível e a temperatura do fogo que fazem o fogo ter determinada cor.

TETRAEDRO DO FOGO
O calor: é o elemento que serve para dar início ao fogo. -
O oxigênio: é o ativador para a combustão.
O combustível: é o elemento que vai se queimar, podendo ser sólido, líquido ou gasoso.
Reação em Cadeia: O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é transformado em partículas
menores, que se uni com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um
ciclo constante.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
Abafamento: Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível. Não
havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. Como exceção estão os materiais que
têm oxigênio em sua composição e queimam sem necessidade do oxigênio do ar, como os peróxidos
orgânicos e o fósforo branco. Na natureza. Pode-se abafar o fogo com uso de materiais diversos, como areia,
terra, cobertores, vapor d’água, espumas, pós, gases especiais etc.
Resfriamento: É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura de ignição do material
combustível que está queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores
inflamáveis. A água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver calor e ser
facilmente encontrada na natureza.
Interrupção da Reação Química em Cadeia: Apenas é criada uma condição especial (por um agente que
atua em nível molecular) em que o combustível e o comburente perdem, ou têm em muito reduzida, a
capacidade de manter a cadeia da reação. A reação só permanece interrompida enquanto houver a efetiva
presença do agente extintor. Assim, requer que ele seja ali mantido até o natural resfriamento da área, ou que
se proceda ao resfriamento por um dos meios conhecidos caracterizada pela ação do pó químico seco que
interrompe a reação da combustão.

FORMAS DE TRANSMISSÃO DO CALOR


São três as transmissões do calor
Condução: pelo contato direto de um corpo com outro sendo de molécula a molécula ou corpo a corpo. Por
exemplo: uma colher de ferro diretamente ao fogo ou fonte de calor será alimentado até a extremidade mais
fria
Convecção: é a transmissão do calor por massas de ar aquecida, que se deslocam, inflamando outros
combustíveis.Ex. fogo em prédio
Irradiação: é a transmissão do calor por energia ou ondas direcionando-se em todas as direções
aumentando ou diminuindo, não visíveis a olho nu. Ex: Raios do sol

PONTOS ESSENCIAIS DA TEMPERATURA

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FULGOR: temperatura mínima para desprendimento do combustível de gases ou vapores inflamável
COMBUSTÃO: temperatura mínima para que o combustível desprenda dos vapores inflamáveis em contato
com uma fonte de calor.
TEMPERATURA DE INGNIÇÃO: temperatura mínima que os gases desprendidos do combustível entram em
combustão com o contato de oxigênio.

CLASSIFICAÇÃO DOS CAUSAS DE INCÊNDIO


Classificações das causas de incêndio:
Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios por efeitos naturais da natureza.
Causas Acidentais: ocorre não intencional e nem previsto apenas por descuido.
Causas Criminosas: ocorrem com origem de ações propositais ou criminosos, são inúmeros e variáveis.

CAUSAS MAIS COMUNS DE INCÊNDIOS


- Sobrecarga nas instalações elétricas;
- fios descascados;
- velas acesas
- Vazamento de gás;
- Crianças brincando com fogo;
- Fósforos e pontas de cigarros atirados sem analisar o local;
- Falta de conservação dos motores elétricos;
- Estopas ou tecidos envolvidos em óleo ou graxa em local inadequado.

FASES DO FOGO
Fase Inicial – Nesta fase o oxigênio contido no ar está significantemente reduzido e o fogo está produzindo
vapor d’água (H²O), dióxido de carbono (CO²), monóxido de carbono e outros gases. Grande parte do calor
está sendo consumido e a temperatura do ambiente ainda está pouco acima do normal.
Fase de Queima Livre – Nesta fase, o ar que é rico em oxigênio, é arrastado para dentro do ambiente pelo
efeito de convecção e isto força a entrada de ar pelas aberturas nos pontos mais baixos do ambiente. Os
gases aquecidos se espalham e preenchem o ambiente.
Fase de Queima Lenta – Nesta fase, o fogo consome oxigênio até atingir um ponto onde o comburente é
insuficiente para sustentar a combustão, assim as chamas podem desaparecer se não houver ar suficiente
para mantê-las. Nesta fase o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases que
se expandem.
Flashover - Quando a queima livre atingem seu ponto de ignição, haverá uma queima instantânea e
concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda a área envolvida
pelas chamas.
Backdraft - Em fase de queima lenta a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para
sustentar o fogo. Porém se este calor desta fase continuar, as partículas de carbono não queimadas estarão
prontas para se queimar assim que o oxigênio for suficiente, e na presença deste oxigênio o ambiente pode
ocasionar uma explosão. O carbono é um elemento abundante, e quando o oxigênio é encontrado em
quantidades menores, o carbono livre é liberado (cor preta da fumaça).
B.L.E.V.E. (Boiling Liquind Expanding Vapour Explosion): é uma expressão inglesa que significa
Explosão do Gás ou Vapor em Expansão do Líquido em Ebulição. é uma combinação de incêndio e
explosão, com uma emissão intensa de calor radiante, em um intervalo de tempo muito pequeno. É uma
explosão de gás ou vapor em expansão proveniente de um líquido em ebulição.
BOIL OVER: fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um recipiente, sob

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combustíveis inflamáveis, sendo que a água empurra o combustível quente para cima, durante um incêndio,
espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias.

INCÊNDIO
O tempo disponível para se detectar, alarmar e combater um incêndio, antes que se torne um desastre é
muito pequeno. Geralmente temos poucos minutos e, em certos casos alguns segundos.
Nesta hora, somente soluções de engenharia de incêndio desenvolvidas sob medida para o risco de cada
indústria ou processo conseguem assegurar proteção real e efetiva para pessoas, equipamentos e
instalações.
CLASSES DE INCÊNDIO

Para Extinguir o fogo, você deve eliminar pelo menos um dos elementos que formam o tetraedro do fogo:
calor, combustível, comburente e reação em cadeia.
Elementos de combustão: combustão é a reação química de oxidação, auto sustentação, que produz calor,
fogo, fumaça e gases. Para que haja combustão, são necessários quatro elementos:

Calor - Energia que eleva a temperatura de um material, gerada por um processo físico ou químico.
Combustível - Material que queima alimentando a combustão, propagando o fogo.
Comburente - Elemento que permite a combustão. Normalmente é o oxigênio.
Reação em Cadeia - Ocorre quando o fogo se auto alimenta, mantendo para o processo de combustão.

Os incêndios, independentemente de onde ocorrem, tornam os ambientes em locais adversos, em virtude da


presença de gases tóxicos e asfixiantes provenientes da combustão e do calor. Estes são produzidos em
quantidade suficiente para causar danos graves ao organismo humano, dentre os quais estão incluídos os
perigos respiratórios, os efeitos sistêmicos, as explosões e as queimaduras.

Lesões por inalação de fumaça


Os pulmões e as vias aéreas são mais vulneráveis a lesões decorrentes de incêndio que outras áreas do
corpo, em virtude de os sinistros, sejam ao ar livre ou confinados, apresentarem atmosfera potencialmente
tóxica. Por isso, somente bombeiros treinados e protegidos, adequadamente, devem efetuar o combate ao
fogo.

A presença de lesão inalatória por si só aumenta em 20% a mortalidade associada à extensão da


queimadura.Existem quatro mecanismos de lesão inalatória associada a incêndio:

 Deficiência de oxigênio;
 temperatura elevada;
 partículas encontradas na fumaça;
 gases tóxicos associados ao incêndio.

Deficiência de oxigênio

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O processo de combustão consome oxigênio enquanto produz gases tóxicos que ocupam o espaço do
oxigênio ou diminuem sua concentração. Quando a concentração de oxigênio é menor que 18% o corpo
começa a reagir, aumentando a frequência respiratória.

São sinais e sintomas da deficiência de oxigênio:


 diminuição da coordenação motora;
 tontura;
 desorientação;
 dor de cabeça;
 exaustão;
 inconsciência;
 morte.

Além dos incêndios, a deficiência de oxigênio pode ocorrer em ambientes confinados, como silos ou cômodos
protegidos por sistema de extinção de incêndio por gás carbônico (CO2), após o seu acionamento.

Gases tóxicos associados ao incêndio


O incêndio propicia a exposição do organismo a combinações de gases irritantes e tóxicos.

A inalação de gases tóxicos pode ocasionar vários efeitos danosos ao organismo humano. Alguns dos gases
causam danos diretos aos tecidos dos pulmões e às suas funções.

Outros gases não provocam efeitos danosos diretamente nos pulmões, mas entram na corrente sanguínea e
regam a outras partes do corpo, diminuindo a capacidade das hemácias de transportar oxigênio.

Os gases tóxicos liberados pelo incêndio variam conforme quatro fatores:


 natureza do combustível;
 calor produzido;
 temperatura dos gases liberados;
 concentração de oxigênio.

Os principais gases produzidos são o monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2), dióxido de
carbono (CO2), acroleína, dióxido de enxofre (SO2), ácido cianídrico (HCN), ácido clorídrico (HCl), metano
(CH4) e amônia (NH3).

Monóxido de Carbono (CO)

O monóxido de carbono (CO) é o produto da combustão que causa mais mortes em incêndios. É um gás
incolor e inodoro presente em todo incêndio, mas principalmente naqueles pouco ventilados.
Nos incêndios, em geral, quanto mais escura a fumaça, mais monóxido de carbono está sendo produzido por
causa da combustão incompleta.
A fumaça escura é rica em partículas de carbono e monóxido de carbono, devido à combustão incompleta do
material.
O perigo do monóxido de carbono reside na sua forte combinação com a hemoglobina, cuja função é levar
oxigênio às células do corpo. O ferro da hemoglobina do sangue junta-se com o oxigênio numa combinação
química fraca, chamada de oxihemoglobina.

A principal característica do monóxido de carbono é de combinar-se com o ferro da hemoglobina tão


rapidamente que o oxigênio disponível não consegue ser transportado.

Essa combinação molecular é denominada carboxihemoglobina (COHb). A afinidade do monóxido de carbono


com a hemoglobina é aproximadamente na ordem de 200 a 300 vezes maior que a do oxigênio com ela.
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O monóxido de carbono não age sobre o corpo, mas impede que o oxigênio seja transportado pelo sangue ao
cérebro e tecidos. Por isso, a exposição ao gás deve ser imediatamente interrompida.

A concentração de monóxido de carbono no ar acima de 0,05% (500 partes por milhão) pode ser perigosa.
Quando a porcentagem passa de 1% (10.000 partes por milhão) pode acontecer perda de consciência, sem
que ocorram sintomas anteriores perceptíveis, podendo provocar convulsões e a morte.

Dióxido de Carbono (CO2)

É um gás incolor e inodoro. Não é tão tóxico como o CO, mas também é muito produzido em incêndios e a
sua inalação, associada ao esforço físico, provoca um aumento da frequência e da intensidade da respiração.

Concentrações de até 2% do gás aumentam em 50% o ritmo respiratório do indivíduo. Se a concentração do


gás na corrente sanguínea chegar a 10%, pode provocar a morte.

O gás carbônico também forma com a hemoglobina a carboxihemoglobina, contudo, com uma combinação
mais fraca que a produzida pelo monóxido de carbono. Os efeitos danosos ao organismo,
predominantemente, decorrem da concentração de carboxihemoglobina no sangue.

A alta concentração de carboxihemoglobina produz privação de oxigênio, a qual afeta, principalmente, o


coração e o cérebro.

Ácido Cianídrico (HCN)

É produzido a partir da queima de combustíveis que contenham nitrogênio, como os materiais sintéticos (lã,
seda, nylon, poliuretanos, plásticos e resinas).

É aproximadamente vinte vezes mais tóxico que o monóxido de carbono. Assim como o CO, também age
sobre o ferro da hemoglobina do sangue, além de impedir a produção de enzimas que atuam no processo da
respiração, sendo, portanto, definido como o produto mais tóxico presente na fumaça.

Da mesma forma que o CO, pode produzir intoxicações graves, caracterizadas por distúrbios neurológicos e
depressão respiratória, até intoxicações fulminantes, que provocam inconsciência, convulsões e óbitos em
poucos segundos de exposição.O ácido cianídrico é o produto mais tóxico presente na fumaça.

Ácido Clorídrico (HCl)


Forma-se a partir de materiais que contenham cloro em sua composição, como o PVC. É um gás que causa
irritação nos olhos e nas vias aéreas superiores, podendo produzir distúrbios de comportamento, disfunções
respiratórias e infecções.

Acroleína
É um irritante pulmonar que se forma a partir da combustão de polietilenos encontrados em tecidos. Pode
causar a morte por complicações pulmonares horas depois da exposição.

Amônia
É um gás irritante e corrosivo, podendo produzir queimaduras graves e necrose na pele. Os sintomas à
exposição incluem desde náusea e vômitos até danos aos lábios, boca e esôfago.

Bombeiros contaminados por amônia devem receber tratamento intensivo, ser transportados com urgência
para um hospital, sem utilizar água nem oxigênio no pré-atendimento.

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MODULO 3
EXTINTORES

Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de segurança, apontar o difusor para a
base do mesmo e apertar o gatilho, fazer movimentos de um lado para o outro

Agentes extintores
Compostos Halogenados - Compostos químicos que
provocam a quebra da reação em cadeia. Também agem por
abafamento. Não danificam equipamentos eletrônicos
sensíveis. São aplicáveis para as classes de fogo A,B e C.

EXTINTOR DE AGUA PRESSURIZADO

Água - Age inicialmente por resfriamento. Sua ação por abafamento ocorre devido à sua capacidade de
transformação em vapor, na razão de 1 litro de água para 1.500 litros de vapor. Específico para classe
A. Contraindicado para as classes "B" e C”
Modo de usar:

Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base


do fogo.
Água-gás: Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato para a base do
fogo.O pressurizado é como o da figura ao lado. O de Água-gás possui uma
pequena ampola de ar comprimido.
Processo de extinção: Resfriamento.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

Químico - Quebra a reação em cadeia, interrompendo o processo de combustão. Há várias composições de


pós, divididas em tipo BC (líquidos inflamáveis e energia elétrica); ABC (múltiplo uso, polivalente, para fogo
em sólidos, líquidos inflamáveis e eletricidade); e D(metais combustíveis).Não possui contraindicação.
Pressurizado: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.
A pressurizar: Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato para a base do fogo.
O pressurizado é igual o da primeira figura "água pressurizada” Processo de extinção: Abafamento.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO

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Gás Carbônico (CO2) - Age por abafamento, e por resfriamento em
ação secundária. É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz
eletricidade, sendo recomendado na extinção de fogo classes B e C. É
asfixiante e por isso deve-se evitar o seu uso em ambientes pequenos.
Modo de usar:
Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do fogo.
Não toque no difusor, poderá gelar e "colar" na pele causando
lesões.Processo de extinção: Abafamento.
Incêndios de classe "D" requerem extintores específicos, podendo em
alguns casos serem utilizados o de Gás Carbônico (CO²) ou o Pó Químico Seco (PQS)

EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA

Espuma Mecânica - Age primeiro por abafamento e de forma secundária


por resfriamento. Quando a espuma é do tipo AFFF, o líquido drenado
forma um filme aquoso na superfície do combustível, dificultando a
reignição. É ideal para extinguir fogo classe B. Também é eficiente na
extinção de fogo classe A.
Contraindicado para a classe "C".
Modo de usar:Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a
posição do extintor (de cabeça para baixo) e dirija o jato para um anteparo,
de modo que a espuma gerada cubra o líquido como uma manta.
Processo de extinção: Abafamento.Um processo secundário é o
resfriamento (umidificação).

Não use água


- Em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa condutora de eletricidade, podendo
aumentar o incêndio.
- Em produtos químicos, tais como pó de alumínio, magnésio, carbonato de potássio, pois com a água
reagem de forma violenta.

Inspeção Técnica
O extintor de incêndio deve passar por exames periódicos, realizados por empresa registrada junto ao
Inmetro. Esse procedimento não requer a desmontagem do extintor, podendo ser realizada no local. A
finalidade é verificar se o mesmo permanece em condições de operação, no que diz respeito aos seus
aspectos externos, servindo também para definir o nível de manutenção a ser executado, caso necessário.

Manutenção
A manutenção é um serviço de caráter preventivo e ou corretivo, obrigatoriamente realizado por empresa
registrada junto ao Inmetro. Essa manutenção é realizada em 3 níveis:
Manutenção de 1º Nível - de caráter corretivo, geralmente efetuado na inspeção técnica e geralmente no local
onde o extintor está instalado, não sendo necessária a sua remoção para a empresa registrada e que
necessite apenas de limpeza, reaperto e ou substituição de componentes não submetidos à pressão,
colocação do quadro de instruções, quando necessário, nos termos da legislação pertinente;

Manutenção de 2º Nível - de caráter preventivo e corretivo, requer execução de serviços na empresa


registrada. Requer a desmontagem completa do extintor, limpeza de todos os componentes, inspeção das
roscas e partes internas, realização de ensaios nos componentes, execução de recarga e pressurização,
colocação do anel, trava e lacre, fixação do Selo de Identificação da Conformidade, da etiqueta de garantia e
do quadro de instruções;
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Manutenção de 3º Nível - processo em que se aplica a revisão total do
extintor de incêndio, incluindo o ensaio hidrostático. A contar da data de
fabricação ou da realização do último ensaio hidrostático, a cada 5 anos o
extintor deverá passar pela manutenção de terceiro nível, ensaio
hidrostático. Este intervalo de cinco anos deverá ser interrompido caso
não seja possível identificar quando se deu o último ensaio hidrostático,
ou quando o extintor for submetido a danos térmicos ou mecânicos,
devendo passar imediatamente pelo ensaio hidrostático.
PRAZOS
A primeira manutenção (extintores novos) de 2º Nível, desde que o extintor não tenha sido utilizado e não
esteja submetido a condições adversas ou severas, deverá ser executada após 12 meses da data de sua
fabricação, ou ao final da garantia dada pelo fabricante.

Para os extintores usados a manutenção de 2º Nível deverá ocorrer a cada 12 meses, contados a partir da
última manutenção. Este intervalo poderá ser reduzido se estiver submetido a condições severas ou
adversas, ou ainda se for indicado por uma inspeção técnica.

Para extintores de Dióxido de Carbono – CO2 e para cilindros para o gás expelente – ampola, a inspeção
técnica deverá ser realizada de 6 em 6 meses.

Ficando a critério e responsabilidade da empresa de manutenção a realização da recarga a cada 12 meses,


respeitando o prazo máximo de 5 (cinco) anos para a recarga, atendendo também os demais critérios
definidos no RTQ (Exceção para os extintores de Dióxido de Carbono CO2 quando a empresa optar por
revalidar a manutenção que neste caso trocará somente a etiqueta de garantia do serviço).

Após o extintor de incêndio ser submetido à manutenção, o selo de conformidade é substituído por um selo
de cor azul esverdeada, contendo as inscrições:

 a logomarca do Inmetro;
 o número de série do selo;
 a identificação da empresa que realizou a manutenção;
 a data da realização da manutenção;

OBS.: Todos os extintores que passarem por manutenção de 2º ou 3º níveis deverão obrigatoriamente
ter seus anéis trocados, prova de que os mesmos foram abertos.

Sempre que o extintor passar por inspeção ou manutenção, exija a Ordem de Serviço, devidamente
preenchida e assinada pelo técnico responsável pela manutenção, onde conste a relação das peças que
foram trocadas, acompanhada de nota fiscal, protegendo seus direitos de consumidor.

EXTINTORES DE INCÊNDIO
EXTINTOR PORTÁTIL Fe 36, 2,5 kg

Carreta de Espuma CE – 130 Descrição Equipamento de combate a incêndios projetado para proporcionar
espuma com mobilidade e autonomia. Composta por tanque de fibra de vidro sobre rodas, capacidade
130litos, proporcionador de linha, mangueira Petronyl tipo II e esguicho formador de espuma KR. Pode ser
fornecida em três diferentes configurações: 200/ 400/ 800 LPM. A espuma formada é de baixa expansão e
apta a combater fogos de hidrocarbonetos e solventes polares (utilizado LGE ARC).
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Características Técnicas
Material: Tanque de fibra de vidro – 130 litros
Mangueira Industrial 1.1/2 ou 2.1 – Petronyl
Proporcionador de Linha
Esguicho formador de espuma – KR
Pressão de Serviço: 5,0 a 12,0 Kgf/cm
Canhão Monitor de Controle Remoto GMFR-955, fabricado em liga de alumínio com vazão de até 4.750
LPM (1.250 GPM).
 Movimento horizontal de 320° e elevação vertical de 90° para cima e 45° para baixo, acionados por
motores elétricos.
 Esguicho de jato regulável sólido e neblina com controle remoto do padrão do jato.
 Fornecido com controle remoto com a versão sem fio (wireless) opcional.
 Controle remoto permite oscilação continua do conjunto.
 Saída rosqueada 2.1/2” NH para conexão do esguicho e entrada flangeada de 3″ ou
4”, padrão ANSI B16.5

Canhão monitor portátil GMP-190, projetado para ataque rápido ao foco de


incêndio, com uma entrada engate rápido Storz Ø 2.½”.
 Vazão de até 1.900 LPM (500 GPM) para água ou espuma.
 Fabricado em alumínio anodizado, movimento horizontal de 20° à direita e 20° à
esquerda, elevação vertical de 30° abaixo da horizontal e 60° acima da
horizontal.
 Conexão roscada para o esguicho 2.1/2″ NH.
 Alavanca de abertura e fechamento com trava de segurança, que permite o transporte com jato de
água bloqueado.
CANHÃO MONITOR GMF-190
O canhão monitor GMF-190 foi desenvolvido para obter vazões de até 1.325 litros/min.,
dependendo do tipo de esguicho utilizado. Equipamento compacto e versátil no combate a
incêndios e resfriamentos.

Aplicação
- Refinarias
- Indústria química e descarga e petroquímica
- Áreas de carga e descarga de combustíveis
- Áreas de estocagem de gás natural e GLP
- Indústria de papel e celulose
- Madeireiras
- Usinas de álcool
- Veículos de resgate e salvamento aéreo
- Docas

SISTEMA DE NOVEC 1230


A norma NFPA-2001 (Safety) traz as recomendações necessárias quanto à exposição de pessoas aos
agentes e alerta que a exposição desnecessária aos agentes extintores deve ser evitada, bem como as
áreas onde ocorreram descarga de agentes devem ser evacuadas o mais rapidamente possível para evitar
a exposição aos produtos de decomposição do fogo.

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Propriedades Físicas
 Fórmula Química CF3CF2C(O)CF(CF3)2
 Denominação Cetona fluorada (FLUORCETONA)
 Peso Molecular Aproximado 316,04
 Ponto de Ebulição @ 1 ATM 49,2ºC
 Ponto de Congelamento -108 ºC

O Sintex ARC 3% é uma espuma de camada polimérica completamente sintética, desenvolvida para
prevenir e extinguir incêndios de classe B envolvendo solventes polares ( álcool, acetona, éter, etc.).
Suas excelentes características de umectação também o fazem útil no combate a incêndios de classe A
(madeira,papel, algodão, tecidos, plásticos,etc.). Além disso, os líquidos geradores de espuma Sintex
ARC são totalmente compatíveis com o pó químico seco, podendo ser utilizados em conjunto,
aumentando assim a capacidade extintora. O LGE Sintex ARC 3% álcool deve ser misturado com agua
doce na proporção de 3% de LGE para 97% de água, para o combate a incêndio em solventes polares,
classe AR. Em função da baixa energia requerida para formação de espuma, pode ser utilizado em
equipamentos com ou sem aspiração de ar,excelente na maioria dos sistemas de proporcionamento,
como sistemas de pressão balanceada, tanques diafragma, esguichos com condutores.

MISTURA

O LGE deve ser misturado com água doce na proporção de 3% de LGE para 97% de água.

EFICIÊNCIA
Atende aos requisitos da norma ABNT NBR 15511 para o tipo 4, extinção de incêndios em solventes
polares na dosagem de 3%.
ESTOCAGEM
Recomenda-se o armazenamento em tanques de armazenamento apropriados. Caso deseja mantê-lo
em embalagens plásticas originais, após 12 meses, devem ser feitas periodicamente inspeções visuais ,
onde deve ser verificado:
- Estado físico: ausencia de fissuras, trincas, amassamento, vazamento, lacre rompido ou qualquer outra
irregularidade;
- Não devem ser empilhadas;
- Evitar impactos, e seu manuseio somente com pessoas treinadas;
- O lacre deve ser retirad somente no momento do uso
- Temperatura de armazenamento é de 2ºC a 49ºC
OBS: O contato do LGE com a atmosfera pode ser prejudicial ao
produto e deve ser evitado.

INSPEÇÃO E TESTES

Conforme a norma ABNT NBR 15511, o LGE armazenado, seja em tanques, viaturas ou embalagens
com lacre original, pode sofrer deterioração e alteração de suas propriedades, incluindo a sua

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capacidade de extinção. Certos elementos, como temperatura, revestimentos, materiais de tanques e
contaminações diversas, aceleram este processo. Desta forma, há a necessidade de ensaios periódicos
do LGE a fim de avaliar o seu desempenho ao longo de sua vida útil projetada. Os ensaios periódicos do
LGE disponibilizado no sistema de combate a incêndio devem abranger os ensaios laboratoriais e os
ensaios de fogo, que devem ser realizados a cada 12 meses e 36 meses respectivamente.

MODULO 4
AVCB – AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIRO

É o documento concedido pelo poder público estadual (Corpo de Bombeiros da Polícia Militar)
certificando que na data da vistoria a edificação estava de acordo com as normas de segurança contra
incêndio.
Para cada edificação existe uma pessoa física legalmente responsável pela utilização do imóvel, com o
dever de manter as condições de segurança verificadas na vistoria. O atraso na renovação do AVCB
leva essa pessoa a responder pela ocorrência de um sinistro que seria evitado com o bom
funcionamento das instalações de segurança.
Sem a certificação representada pelo AVCB, é justo que a seguradora se negue a pagar ou reduza a
indenização em caso de sinistro. É sabido e universal que as obrigações do segurado não se
restringem ao pagamento do seguro. Além disso, se algum dano à integridade física de uma pessoa
for atribuído a falhas nas condições de circulação, independente de qualquer sinistro, o art. 132 do
Código Penal Brasileiro (“Da Periculosidade da Vida e da Saúde”) poderá ser aplicado. O AVCB dentro
do prazo de validade e as correspondentes A.R.T.s protegem o responsável pela edificação.

O AVCB existe há décadas (antigamente denominado ATESTADO de Vistoria do Corpo de


Bombeiros). Antes do primeiro decreto estadual (1983) os projetos e vistorias eram fundamentados em
normas do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), porém a precariedade do sistema antigo resultou
nas conhecidas tragédias dos edifícios Andraus, Joelma e Grande Avenida, na cidade de São Paulo.
Da traumática ocorrência no Edifício Andraus (em 1972) até a legislação de 1983 o poder publico
estadual demorou muitos anos, dando margem à ocorrência de novas tragédias, refletindo o
costumeiro descaso de boa parte da população com as questões de segurança. Tanto no setor público
como no privado há pessoas em posições de comando que arriscam a segurança de terceiros em
favor de aspectos econômicos ou estéticos.

HIDRANTES E MANGUEIRAS

Hidrantes: é um terminal hidráulico com registro, dotado


de mangueira e esguicho; localizados normalmente nas
paredes dos corredores das edificações; conhecidos
popularmente como "caixas de incêndio" por estarem nas
paredes, dentro de caixas vermelhas sinalizadas.

Tipos de Hidrantes:
Hidrante de Coluna Urbano – Tipo “Barbará”
Esse tipo de hidrante é encontrado comumente nas ruas e avenidas. Sua abertura é feita através de um
registro de gaveta, cujo comando é colocado ao lado do hidrante.

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Hidrante Industrial
É um dispositivo existente em redes hidráulicas no interior de indústrias. Esse tipo de hidrante é utilizado com
água da Reserva Técnica de Incêndio (RTI), do Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) da empresa.

Hidrante de Parede – HP
Dispositivo que integra o Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) das edificações. Localizado no interior das
caixas de incêndio ou abrigos, poderá ser utilizado nas operações de combate a incêndio pelo Corpo de
Bombeiros, brigada de incêndio e ocupantes da edificação que possuam treinamento específico.
Obrigatoriamente, as caixas de incêndio deverão possuir: 01 esguicho, 01 chave de mangueira e mangueiras
de incêndio, conforme o projeto da edificação.

Hidrante de Recalque – HR
Dispositivo do SHP, normalmente encontrado em frente às edificações. Esse hidrante é utilizado pelos
bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema hidráulico preventivo, possibilitando assim que todos
os hidrantes de parede tenham água com pressão suficiente para o combate ao fogo.

Esse sistema também pode ser utilizado para abastecer as viaturas do Corpo de Bombeiros, em casos de
extrema necessidade onde não existam hidrantes de coluna nas proximidades.

INSTRUÇÕES DE USO DE MANGUEIRA DE INCÊNDIO

As mangueiras de incêndio devem atender a marca de conformidade ABNT, o que significa que além de
atender totalmente a norma NBR 11861.

ATENÇÃO
O tipo da mangueira deve estar marcado nas duas extremidades do duto flexível.
Certifica-se de que o tipo de mangueira de incêndio é adequado ao local e as condições de aplicação,
conforma a norma NBR 11861:

Mangueira Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupação residencial. Pressão de trabalho máxima de 980 kPa
(10 kgf/cm2).
Mangueira Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros. Pressão de
trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
Mangueira Tipo 3 - Destina-se a área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é indispensável maior
resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm2).
Mangueira Tipo 4 - Destina-se a área industrial, onde é desejável maior resistência à abrasão. Pressão de
trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).
Mangueira Tipo 5 - Destina-se a área industrial, onde é desejável uma alta resistência à abrasão. Pressão
de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).

IMPORTANTE...

 Verificar se a pressão na linha é compatível com a pressão de trabalho de mangueira.


Seguir todas as instruções contidas na Norma NBT 12779 - INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E CUIDADOS
EM MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

 A mangueira de incêndio deve ser utilizada por pessoal treinado.


 Não arrastar a mangueira sem pressão. Isso causa furos no vinco.
 Não armazenar sob a ação direta dos raios solares e/ou vapores de produtos químicos agressivos.

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 Não utilizar a mangueira para nenhum outro fim (lavagem de garagens, pátios etc.) que não seja o
combate a incêndio.

 Para a sua maior segurança, não utilize as mangueiras das caixas/abrigos em treinamentos de
brigadas, evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em treinamento de brigadas devem
ser mantidas somente para este fim.
 Evitar a queda das uniões.
 Nunca guardar a mangueira molhada após a lavagem, uso ou ensaio hidrostático.
DURANTE O USO
 Evitar a passagem da mangueira sobre cantos vivos, objetos cortante ou pontiagudos, que possam
danificá-la.

 Não curvar acentuadamente a extremidade conectada com o hidrante. Isso pode causar o
desempatamento da mangueira (união).

 Cuidado com golpes de aríete na linha causados por entrada de bomba ou fechamento abrupto de
válvulas e esguicho (segundo a norma americana NFPA 1962, a pressão pode atingir sete vezes, ou
mais, a pressão estática de trabalho). Isso pode romper ou desempatar uma mangueira.

 Quando não for possível evitar a passagem de veículos sobre a mangueira, deve ser utilizado um
dispositivo de passagem de nível. Recomendamos o dispositivo sugerido pela Norma NBR 2779.

INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO
 Toda mangueira, quando em uso (em prontidão para combate a incêndio), deve ser inspecionada a
cada 3 (três) meses e ensaiada hidrostaticamente a cada 12 (doze) meses, conforme a norma NBR
12779. Estes serviços devem ser realizados por profissional ou empresa especializada.

 ALERTA: O ensaio hidrostático em mangueira de incêndio deve ser executado utilizando-se


equipamento apropriado, sendo totalmente desaconselhável o ensaio efetuado por meio da expedição
de bomba da viatura, hidrante ou ar comprimido, a fim de evitar acidente.

 Para lavagem da mangueira, utilizar água potável, sabão neutro e escova macia.

 Secar a mangueira à sombra, utilizando um plano inclinado ou posicionamento na vertical; nunca


diretamente ao sol.

 Fazer a redobra dos vincos, conforme a Norma NBR 12779, item 5.2.5, com profissional ou empresa
especializada.

 O usuário deve identificar individualmente as mangueiras sob sua responsabilidade e manter registros
históricos de sua vida útil. Recomendamos o uso da Ficha de controle individual para Mangueira de
Incêndio, conforme o Anexo A da Norma NBR 12779, para manutenção do presente Certificado de
Garantia.

Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente, para o mesmo hidrante ou abrigo
em que se encontrava antes do ensaio. Consultar a Norma NBR 12779 para formas de enrolamento.

MANGUEIRA DE INCÊNDIO
É o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado de juntas de união, destinado
a conduzir água sob pressão.
O revestimento interno do duto é um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira, evitando que a água
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saia do seu interior.
A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada em fibras naturais ou sintéticas, que permite à mangueira
suportar alta pressão de trabalho, tração e as difíceis condições de trabalho do Bombeiro.

JUNTAS DE UNIÃO
São peças metálicas, fixadas nas extremidades das mangueiras, que servem para unir lances entre si ou ligá-
los a outros equipamentos hidráulicos.

O Corpo de Bombeiros de SC, adota como padrão as juntas de união de engate rápido tipo Storz.

ACONDICIONAMENTO DE MANGUEIRAS
É a maneira de dispor as mangueiras, em função de sua utilização. São classificadas em três tipos de
acondicionamento a saber:

- Em Espiral

Própria para o armazenamento, devido ao fato de apresentar uma dobra suave,


que provoca pouco desgaste no duto. Uso desaconselhável em operações de
incêndio, tendo em vista a demora de estendê-la e a inconveniência de lançá-la,
o que pode ocasionar avarias nas juntas de união.

- Aduchada

É de fácil manuseio, tanto no combate a incêndio quanto no


transporte. O desgaste do duto é pequeno por ter apenas uma
dobra.

- Ziguezague

Acondicionamento próprio para linhas prontas, na parte superior ou lateral das


viaturas. O desgaste do duto é maior devido ao número de dobras.

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ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS
São peças que permitem a utilização segura de outros equipamentos hidráulicos possibilitando a versatilidade
na tática de combate a incêndios.

- Adaptação
Peça metálica que permite a conexão do equipamento hidráulico com a junta de rosca, com outro
equipamento hidráulico com junta de união tipo engate rápido (fig. 06).
- Coletor
Peça que se destina a conduzir para uma só linha, água proveniente de duas ou mais linhas (fig. 12).
- Derivante
Peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outra de diâmetro inferior (fig. 07).
- Redução
Peça usada para transformar uma linha ( ou expedição ) em outra de maior diâmetro( fig.10).
- Tampão
Os tampões destinam-se a vedar as expedições desprovidas de registro que estejam em uso, e a proteger
as extremidades das uniões contra eventuais golpes que possam danificá-las (fig. 11)

FERRAMENTAS
São utensílios para facilitar o acoplamento e desacoplamento de uniões, acessórios ou aberturas e
fechamento de registro. Usualmente Corpo de Bombeiros de SC, utiliza 02 ferramentas a saber :
- Chave de Mangueira
Destina-se a facilitar o acoplamento e desacoplamento das mangueiras. Apresenta na parte curva dentes que
se encaixam nos ressaltos existentes no corpo das juntas de união (fig. 01).
- Chave de Magote

Ferramenta que possui boca com formato próprio para aperto e desaperto das conexões tipo mangote (fig.
02).

LINHAS DE MANGUEIRAS: São os conjuntos de mangueiras acopladas, formando um sistema para o


transporte de água. Dependendo da utilização, podem ser: linha adutora, linha de ataque, linha direta e linha
siamesa.

Linha Adutora
É aquela destinada a conduzir água de uma fonte de abastecimento para um reservatório. Por exemplo: de
um hidrante para o tanque de viatura, e de uma expedição até o derivante, com diâmetro mínimo de 63 mm.

Linha de Ataque
É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo, isto é, a linha que tem um esguicho numa
das extremidades. Pela facilidade de manobra, utiliza-se, geralmente, mangueira de 38 mm.

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Linha Direta
É a linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira, que conduz, diretamente, a água desde
um hidrante ou expedição de bomba até o esguicho.

Linha Siamesa
A linha siamesa é composta de duas ou mais mangueiras adutoras, destinadas a conduzir água da fonte de
abastecimento para um coletor, e deste, em uma única linha, até o esguicho. Destina-se a aumentar o volume
de água a ser utilizada.

GUARNIÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO

É o menor grupo de bombeiros que irão trabalhar em uma operação de combate a incêndios, distribuídos
numa viatura auto bomba tanque. A guarnição poderá ser completa, quando existirem bombeiros suficientes
para suprir todas as funções existentes e, reduzida, quando não existam bombeiros suficientes para
preencher todas as funções. Neste último caso, haverá somente uma linha de ataque.
A guarnição completa é composta por seis bombeiros, sendo atribuído a cada componente um número, de
forma a identificar sua função:

Nº Função Sigla

1 Chefe de Linha e Comandante CLC

2 Auxiliar de Linha ALI

3 Operador e Condutor de Viatura OCV

Cabe salientar que a utilização das guarnições reduzidas deve se dar apenas em princípios de incêndio e em
incêndios de pequeno porte, pois a capacidade operativa deste tipo de guarnição é bastante limitada.

Comandamento
Toda ocorrência de incêndio requer uma avaliação inicial e uma organização de tarefas para seu sucesso.
Por isso, toda guarnição terá um comandante. Caberá a este avaliar a cena da ocorrência, gerenciar os riscos
e traçar estratégias para um combate eficaz e se seguro.
Como consequência disso, cabe ao comandante da guarnição distribuir as funções de cada componente da
guarnição, de acordo com sua experiência, conhecimento técnico e especialidade. Para definir o que cada um
deverá fazer na ocorrência, o comandante, após avaliar a situação colocará sua guarnição em forma e
determinará suas ações.

Sugere-se, que no início do serviço, cada comandante de guarnição faça um simulado dos procedimentos de
armar estabelecimentos para condicionar cada qual em sua função. Tão logo a guarnição chegue ao local da
ocorrência, cada integrante deverá ter sua função previamente definida e entrará em forma de acordo com o
especificado nos esquema 1 ou 2, dependendo do caso. O comandante fará uma avaliação inicial da cena do
incêndio e repassará as orientações e dará o comando de como proceder, da seguinte forma:

Atenção Guarnição:
 Armar um estabelecimento com dois lances de mangueira na adutora;
 Com duas linhas de ataque de um lance de mangueira cada uma;
 Linha da direita ataque em tal ponto;
 Linha da esquerda ataca em tal ponto;
 Bomba armar.
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Neste momento o comandante também determinará se há a necessidade de se efetuar buscas no interior da
edificação, se há necessidade de uso de proteção respiratória ou se proceda às ações de salvamento de
pessoas.

MONTAGEM DE ESTABELECIMENTOS
O conjunto de linhas de mangueiras destinadas ao combate ao incêndio. Para cada situação poderá ser
montado um estabelecimento diferente, ficando a decisão a critério do comandante da guarnição.

A primeira preocupação é a montagem da linha adutora. Como tal linha visa conduzir água de um manancial
até um divisor (derivante), é natural que se dê prioridade para sua montagem. A princípio, é função do auxiliar
da linha da direita fazer a montagem da linha adutora. Porém, se a linha possuir mais de um lance de
mangueira, o auxiliar da linha da direita, o chefe da linha da esquerda e o chefe da linha da direita,
respectivamente, deverão se encarregar desta montagem. A linha adutora sempre será montada, no mínimo,
com uma mangueira de 63 mm (2 ½ polegadas)

O comandante conduzirá o derivante o mais próximo possível do incêndio, onde será conectado na linha
adutora. Do derivante sairão às linhas de ataque, tantas quantas sejam determinadas pelo comandante.
Existem derivantes com duas ou três saídas. Conectada a linha adutora, o comandante ordenará “ÁGUA NA
ADUTORA”, para que o Operador e condutor da viatura pressurize a linha.

Montagem de estabelecimento em edificações verticalizadas

Em edificações verticalizadas deve-se observar a existência de sistema hidráulico próprio. A informação pode
ser obtida pela presença ou não do hidrante de recalque. Tal hidrante é localizado junto à calçada, na entrada
da edificação (na maioria das vezes) e servirá como linha adutora para a pressurização da rede interna da
edificação.
Muitas vezes a tampa do hidrante de recalque pode estar emperrada e não possibilitar sua abertura, nem por
isso à rede deixará de ter sua utilidade. Pode-se fazer o recalque da rede utilizando-se o hidrante de parede
do primeiro pavimento. Não é aconselhável a utilização das mangueiras dos abrigos internos, pois estas
podem se encontrar danificadas pelo acondicionamento prolongado. Recomenda-se que a guarnição leve um
lance de mangueira de 38 mm e um esguicho.

Caso a rede não se pressurize, mesmo com o acionamento da bomba do caminhão, poderá a válvula de
retenção (localizada abaixo da Reserva Técnica de Incêndio) estar invertida, o que inviabilizará o combate por
este método.

Porém, existem edificações que não dispõe do sistema hidráulico próprio, por serem antigas ou não haver
exigência das normas de segurança contra incêndio (menores de 750 m2 ou com menos de quatro
pavimentos). Neste caso a guarnição deverá providenciar a linha adutora para conduzir água até o local do
incêndio.A linha adutora poderá ser montada por fora da edificação e içada através de um cabo de
salvamento ou ser montada nas escadas de aceso ao interior do prédio. Neste último caso, deverá a
guarnição iniciar a montagem da linha adutora do pavimento térreo e ir subindo com os lances de mangueira
até o local do incêndio. Tal procedimento é extremamente cansativo e moroso, o que acaba retardando as
ações de combate.

Convém salientar que em edificações, o bombeiro deverá fazer uso de todo equipamento de proteção
individual disponível (bota, calça, jaqueta, balaclava, capacete e luva), bem como do equipamento de
proteção respiratória.

Tipos de jatos
A água pode ser utilizada sob três tipos de jatos:
• Compacto (ou sólido).

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• Neblinado.
• Atomizado – também chamado de pulsado, neblinado a baixa vazão, pulverizado, nebulizado ou spray.

Jato compacto
É um jato fechado, produzido pelo esguicho regulado em ângulo de abertura pequeno.

A pequena abertura produz uma descarga de água na qual, praticamente, não há divisão de partículas, e toda
a água segue em uma só direção.

Tem pequena área de abrangência em relação ao volume de água, o que diminui a absorção de calor no
contato com o combustível e outras superfícies aquecidas. Isso porque apenas uma proporção mínima da
água aplicada em jato compacto chega a vaporizar-se.

Jato neblinado
O jato neblinado é produzido pela regulagem do esguicho em ângulos semelhantes aos utilizados no jato
compacto até à proximidade de 180º de abertura.
O ângulo de abertura produz partículas bem separadas.
Comparado ao jato compacto, atinge uma área maior, alcança menor distância, produz menor impacto no
combustível e empurra mais ar.
O mesmo volume de água aplicado em jato neblinado consegue absorver mais calor que em jato compacto,
pois atinge uma área maior do ambiente.

Jato atomizado
O jato atomizado consegue diminuir a temperatura e extinguir as chamas na camada de fumaça sem formar
vapor excessivo.
O jato atomizado é uma variação do jato neblinado em que o tamanho das partículas é crucial.
As partículas (gotas) que o compõem devem medir entre 200 e 600 microns. Considerando que, na prática,
não é viável medir gota a gota, para se obtiver o jato atomizado utiliza-se vazão de 30 GPM (galões por
minuto).
A pressão no corpo de bombas da viatura, para armação de linhas no plano horizontal, deve ser de 9 bar para
as linhas simples, duplas ou triplas, ou seja, sempre que for utilizado o divisor. Entretanto, um chefe de linha
experiente, conhecedor das características do jato atomizado, no caso de armações de linhas mais extensas,
como 4X1 ou 4X2, perceberá a perda de pressão e consequentemente, a perda das características do jato
atomizado.
Neste caso, para compensar a perda de pressão e adequar às características do jato, o chefe de linha poderá
solicitar ao chefe da guarnição um aumento da pressão de até 2 bar. Este aumento da pressão será
determinado pelo chefe da guarnição ao condutor e operador da viatura, sendo que será de 1 bar a cada
solicitação.
Portanto, o limite de pressão no corpo de bomba da viatura, para o plano horizontal, será de 11 bar.
Deve alcançar a maior superfície e profundidade possível da fumaça e tornar-se vapor totalmente dentro dela.
Não deve vaporizar antes de atingir a fumaça, nem “sobrar” para atingir parede ou teto.
Os jatos compacto e neblinado não são indicados para o combate às chamas na fumaça. Por serem
compostos de gotas grandes, esses jatos facilmente atravessam a fumaça e param nos anteparos existentes
(teto e paredes).
O operador da viatura deve monitorar uma pressão mínima constante de 8 a 9 bar, e compensar se houver
perdas devido à altura, para formar o jato atomizado.

24
O jato atomizado é aplicado em pulsos, ou seja, aberturas de até 2 segundos de duração, em intervalos
curtos que dependem do resfriamento da camada de fumaça. Geralmente, esses intervalos são de até 2
segundos entre cada pulso, diminuindo-os se a temperatura estiver muito alta. Durante cada pulso, o
equivalente a dois ou três copos de água será colocado dentro da camada de fumaça.
O esguicho para o jato atomizado precisa de regulagens de vazão e ângulo de abertura e uma manopla de
abertura e fechamento.

Fig.Esguicho de jato atomizado

A abertura deve ser bem rápida e o fechamento deve ser mais lento para diminuir o golpe de aríete (Com o
fechamento rápido do esguicho, a água que está sendo empurrada pela bomba é bloqueada de forma brusca,
fazendo com que ocorra uma mudança na direção do fluxo, retornando em direção à bomba com a mesma
força que está sendo expelida e chocando-se com o fluxo que está vindo da bomba. Este processo se repete
de forma contínua e com aumento progressivo da força dos choques. Pode causar danos à bomba e só
acaba quando se libera o fluxo da água, abrindo-se o esguicho novamente, por exemplo).

Posicionamento
O ataque deve ser feito, preferencialmente, da área não atingida em direção à área atingida e em direção ao
exterior da edificação.
É preciso evitar trabalharem duas linhas opostas entre si, pois podem lançar vapor e fumaça em direção uma
da outra.

Ataque Direto
É a aplicação de água diretamente sobre o foco onde se inicia
o fogo, resfriando o material abaixo de sua temperatura de
ignição.
Aplicando-se vazão suficiente, a extinção das chamas é
imediata. Aplicar água por mais de 3 segundos na mesma área
não aumenta a possibilidade de extinguir o fogo e produz vapor
excessivo. O vapor produzido pode queimar os bombeiros e
também empurra a fumaça e os gases combustíveis, podendo
alastrar o fogo.
Ataque direto em um princípio de incêndio
A extinção por ataque direto funciona como apagar uma lâmpada acionando o interruptor ou ainda como
apagar uma vela: basta soprar fortemente para apagá-la. Soprá-la fracamente durante horas não apaga.

Se a extinção não acontece de imediato, duas razões são possíveis: ou a vazão é insuficiente para a área
visada ou algum anteparo está protegendo a área visada do foco.

O ataque direto é a única opção para incêndios ao ar livre.


25
Nos incêndios estruturais, o ataque direto pode ser usado isoladamente logo no início ou quando há aberturas
perto do foco por onde o vapor formado possa sair. Porém, quando não há saída para fumaça e vapor adiante
dos bombeiros, o ataque direto deve ser combinado com uso do jato atomizado para controlar a
inflamabilidade da fumaça.

Ataque Indireto
A água é aplicada nas paredes e no teto aquecido pelo incêndio, para formar uma grande quantidade de
vapor quente e úmido que reduz as chamas e, em alguns casos, chega a extinguir a base do fogo.

Pela grande quantidade de vapor produzida, oferece risco de queimar os bombeiros. O vapor formado
também pode sair por pequenas aberturas com pressão, bem como "empurrar" a fumaça para os demais
ambientes da edificação.

Como não visa o foco, objetos não atingidos pelo fogo podem ser danificados pela água utilizada neste tipo
de ataque.

Ataque Tridimensional

 É o uso do jato atomizado.


 Controla as chamas e resfria a fumaça e os gases do incêndio.
 Diminui a temperatura do ambiente, aumentando o conforto e diminuindo o risco de ocorrência de
comportamento extremo do fogo.
 É usado durante a progressão da entrada até o local onde é possível atacar o fogo, durante o ataque
direto ao foco e após a extinção.
 A área máxima envolvida pelo fogo, em cada cômodo, não deve ultrapassar 70 m2. Acima disso, o
ataque tridimensional não proporciona estabilização suficiente para a presença dos bombeiros com
segurança.
 A área de controle pelo ataque tridimensional é limitada pelo alcance do jato e pelo tempo durante o
qual a fumaça pode ser mantida resfriada, que depende da intensidade do incêndio.

Ambiente sem ventilação adequada


Sem ventilação adequada para o ataque, ou seja, saída adiante da linha de mangueira, é preciso evitar a
formação de vapor.
Evitar formação de vapor para manter a visibilidade próxima ao foco e também para evitar queimar os
bombeiros.
Faz-se ataque direto com jato compacto em baixa vazão (30GPM) – técnica de ataque utilizando ‘pacote
d’água’ – alternado com ataque tridimensional.
Este ataque é próprio para focos de até 40 m2, aproximadamente.
Pode ser usado também quando há ventilação adequada, desde que seja possível aproximar-se o suficiente
do foco.
Abre-se e fecha-se o esguicho de forma intermitente. Desta forma a água cai como um “pacote de água”
sobre uma área pequena.
Começa-se da borda do foco, apagam-se pequenas áreas de cada vez, gradativamente, revirando, com
cuidado, os materiais incandescentes, a fim de completar a extinção com o mínimo de danos, mantendo a
visibilidade e evitando a formação de vapor úmido.

26
Ambiente com ventilação adequada
Havendo ventilação adequada, ou seja, abertura adiante da linha de mangueira, a fumaça e o vapor formado
durante o ataque saem e assim evitam-se queimaduras por vapor e mantém-se a visibilidade.
Neste caso, há no mínimo, três opções:

a) Varredura
Faz-se o ataque direto aplicando o jato como uma varredura, lentamente, por 1 a 3 segundos sobre cada
área, começando da periferia do foco.
Um grande foco pode ser atacado desde modo. Trabalha-se com a maior vazão disponível começando de
uma área periférica.
Ataca-se a área que pode ser coberta pelo jato, em seguida a próxima, até controlar todo o foco. Como se
fosse uma fila.
Um ataque utilizando alta vazão deve ser seguido imediatamente por outro de menor vazão, que irá extinguir
os focos menores restantes, antes que o material seja reaquecido e volte a queimar.
Se o foco estiver oculto e for necessário atingir um obstáculo para que a água ricocheteie e atinja-o, a
aplicação deve durar somente de 1 a 3 segundos sobre cada local, variando-se a posição do jato para
conseguir atingir o foco.
A grandes distâncias, usa-se o jato compacto, que quebra-se pelo atrito com o ar e torna-se neblinado até
chegar ao objetivo. A pequenas distâncias, usa-se o jato neblinado aberto até 30 graus, aproximadamente.

b) Ataque ZOTI ou ataque combinado


É um tipo de ataque indireto, pois atua pela grande formação de vapor.
Aplica-se o jato na vazão de 125 LPM aberto cerca de 30 graus, formando uma letra conforme o tamanho do
ambiente. Para um ambiente de aproximadamente 30 m2, faz-se um grande Z, começando do alto e indo até
próximo do piso.
Para um ambiente de aproximadamente 20 m2, faz-se um O.
E para, aproximadamente, 10 m2, um T.
Em corredores, faz-se um I.

Forma-se a letra adequada ao tamanho do ambiente e fechas e o jato. Observa-se e repete-se,


mais uma vez, se necessário.

Formar uma letra é um artifício para cobrir todas as superfícies do ambiente e ao mesmo tempo limitar a
quantidade de água aplicada.

Cada letra dura no máximo 2 segundos: começa no alto, molha o teto do ambiente, continua atingindo as
paredes e termina pouco antes de alcançar o chão.

Em caso de formação excessiva de vapor, como medida de emergência, os bombeiros podem lançar-se ao
solo para evitarem sofrer queimaduras. Em seguida, deve ser reavaliada a ventilação do ambiente.

c) Dispersão
Separando-se o elemento combustível, os elementos que continuam a queimar distantes uns dos outros com
menor eficiência. O princípio é fácil de entender: 2 m2 de combustível queimando junto não são a mesma
coisa que 2 x 1 m2 separados vários metros um do outro.
27
Especialmente para controlar grandes focos de incêndio, é importante dividir o foco em duas partes, para em
seguida atacá-las separadamente.

Ataca-se com a maior vazão disponível, por um tempo muito curto, na área de maior potência do foco, onde
as chamas são mais altas, que representa o maior perigo de propagação. Podem-se posicionar vários
esguichos canhões no mesmo ponto.

Não esquecer que é a vazão instantânea que apaga o fogo, não a aplicação de baixa vazão por muito tempo.

Um ataque eficiente dará resultado em poucos segundos. Se em 15 ou 20 segundos não se constata


nenhum resultado, não adianta continuar. É preciso parar, refletir e mudar de método.

Foco em cômodo fechado


Quando o cômodo do foco está fechado, ou pode ser fechado, é possível fazer um ataque indireto por meio
de uma pequena abertura da porta ou uma abertura na parede suficiente apenas para passar o esguicho. Isto
é especialmente indicado em caso de risco de backdraft, pois elimina a necessidade de os bombeiros
entrarem no ambiente.
A abertura deve ser a menor possível, para evitar a entrada de ar fresco para alimentar o fogo.
Em um cômodo pequeno, pode-se utilizar um único movimento rápido e circular com o esguicho, posicionado
mais ou menos ao comprimento de um braço para dentro da abertura.
Ou pode-se fazer os mesmos movimentos do ataque ZOTI, considerando a área do cômodo.
Após a aplicação de água nas superfícies quentes, o compartimento deve ser fechado por alguns instantes
para reter o vapor.
Pode-se repetir este procedimento até três vezes, observando-se o resfriamento.

Rescaldo
Após a extinção superficial do foco, faz-se o rescaldo. O foco deve ser revirado enquanto se faz a extinção
dos pontos quentes restantes. Usa-se o jato compacto e a vazão mínima (30 GPM) e a alavanca aberta
apenas parcialmente, produzindo um fluxo de água sem pressão, que escorre. Isto aumenta um pouco o
tempo de contato e, portanto, a absorção de calor do jato compacto. Neste caso, o esguicho pode ser
segurado pela mangueira.

Deve-se jogar água somente nos pontos quentes, ou seja, que ainda estão acesos. E fechar o esguicho
enquanto se revira o material procurando outros pontos quentes.

FORMAS DE COMBUSTÃO
Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o calor
entra no processo para decompor o combustível. A velocidade da combustão variará de acordo com a
porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível.
Combustão Completa
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio.
Combustão Incompleta
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em
oxigênio.
Combustão espontânea
Quando existe o armazenamento de alguns vegetais que podem fermentar, essa fermentação produz calor e
28
libera gases que podem incendiar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor, outros
entram em combustão à temperatura ambiente ou mesmo, pode acontecer à combustão na mistura de
determinadas substâncias químicas. Por exemplo, água + sódio.

Fenômeno da explosão
É a queima de gases em alta velocidade, em locais confinados com grande liberação de energia e
deslocamento de ar. Combustíveis líquidos acima da temperatura de fulgor, liberam gases que podem
explodir na presença de uma fonte de calor.

GÁS DE COZINHA
GLP é uma mistura de gases derivados do petróleo, ele é inflamável, o que exige muita atenção no manuseio
do botijão. Não tem cheiro, por isso um composto a base de enxofre (mercaptana) é adicionado ao gás para
revelar a sua presença caso haja vazamento. O GLP não é venenoso, mas é asfixiante. Por ser mais pesado
que o ar, quando há vazamento de GLP, num local fechado, este vai se acumulando ao nível do chão e
expulsa gradualmente o oxigênio do ambiente, causando asfixia em quem permanecer ali. Logo, botijão com
vazamento precisa ser removido para um local aberto.
O botijão de 13 kg (P-13) é amplamente utilizado nos lares brasileiros. De acordo com legislação, só deve ser
utilizado em residências.
O P-13 apresenta um item de segurança: o plugue fusível. Seu miolo é formado por uma liga de bismuto,
estanho e outros sete metais. Se esse material for aquecido por algum agente externo e atingir 70° C, se
funde e fica no estado pastoso, escorrendo para dentro do botijão. Isso facilita a saída do gás e evita à
possibilidade de explosão.

Para a Segurança
- Nunca deite o botijão de gás e nem o coloque em local fechado.
- Usar mangueira de gás e regulador de pressão de gás aprovados pelo Inmetro (A mangueira é
transparente com uma tarja amarela e traz a inscrição NBR8613 e a data de validade).
- O tamanho da mangueira também não pode ser aumentado, então nem pense em fazer extensões juntando
várias delas. “Gambiarras” não combinam com GLP.
- Nunca passe a mangueira por trás do forno, o calor pode derretê-la e causar acidentes. Ao trocar o botijão,
não deixe nenhuma chama acesa e nunca, jamais, em tempo algum tente ver se há vazamento usando um
fósforo aceso.
- Nunca aqueça o botijão para que ele “renda mais”. Se ao chegar em casa, você sentir cheiro de gás, não
acione o interruptor de luz nem acenda qualquer chama. Vá direto para as janelas e abra tudo. Depois
remova o botijão para um lugar ventilado e chame a distribuidora de gás. É bom ter o telefone da sua
distribuidora sempre à mão.

MODULO 5
SINALIZAÇÕES

29
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

NORMA REGULAMENTADORA - NR26


Esta norma regulamentadora tem como objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho
para prevenção de acidentes, indicação de equipamentos de segurança delimitando as áreas e advertir áreas
de riscos existentes.

Indicar todos os equipamentos de proteção e combate a incêndio


Vermelho Advertência de perigo...
Amarelo Indicar “cuidado” , Indicar gases não liquefeitos...
Branco Empregado em zona de segurança, localizações e armazenagem...
Preto Indicar canalizações inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade...
Azul Advertência à fonte de energia de equipamentos, canalizações de ar comprimido...
Verde Caracteriza segurança, localização de EPI...
Laranja Identificar canalizações contendo ácido...
Purpura Identificar perigos de radiações penetrantes de partículas nucleares...
Lilás Identificação de lubrificantes...
Cinza claro Identificar canalização a vácuo
Cinza escuro Identificar eletrodutos
Alumínio Utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos...
Marrom Identificar qualquer fluido não identificável pelas demais cores
... continuação não mencionado no quadro

 Já os empregadores tem por dever instruir todos os empregados sobre a utilização e treinamento
para o uso dos equipamentos de segurança e de combate ao incêndio, sobre os procedimentos e medidas
para evacuação do local de trabalho bem como sobre os alarmes e dispositivos existentes para informar a
todos sobre incêndios.

 Todos os locais de trabalho devem possuir saídas. aberturas e vias de passagens que sejam
facilmente identificáveis, sinalizadas, com indicação da saída e que sejam suficientes para que os
trabalhadores possam evacuar o local com segurança e rapidez. Estas não devem, nunca, serem fechadas,
bloqueadas ou presas durante a jornada de trabalho. No máximo, elas devem ter um dispositivo de
travamento, mas que sejam de fácil abertura e que todos os trabalhadores estejam ciente de como abri-las.
Sinalização de direção de evacuação, escadas, extintores e outros

30
Iluminação de emergência - Grupo motogerador
O pânico nas pessoas pode ser gerado ou agravado pela simples ausência de iluminação no ambiente. Para
evitar que ocorra esse tipo de problema e, ainda, auxiliar na retirada segura de pessoas do local, facilitando
as ações de salvamento e combate a incêndio dos bombeiros, a edificação deve dispor de um sistema
automático de iluminação de emergência.

Os parâmetros normativos do sistema são estabelecidos pela NBR nº 10.898 da ABNT.

A iluminação de emergência é o tipo de iluminação que deve clarear ambientes e rotas pré-determinadas, na
falta de iluminação normal, por um período de tempo mínimo.

O sistema de iluminação de emergência deve:

- permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas impedidas de se locomover;
- manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de estranhos nas áreas de segurança pelo
pessoal da intervenção;
- sinalizar, inconfundivelmente, as rotas de fuga utilizáveis no momento do abandono do local; sinalizar o
topo do prédio para a aviação comercial.

No caso do abandono total do edifício, o tempo da iluminação deve incluir, além do tempo previsto para a
evacuação, o tempo que o pessoal da intervenção e de segurança necessita para localizar pessoas perdidas
ou para terminar o resgate em caso de incêndio.

É importante que os bombeiros lembrem que a iluminação de emergência estará presente nas rotas de fuga.
Consequentemente, deverão utilizar lanternas nas ações de combate a incêndio e salvamento no interior da
edificação.

Existem dois tipos de iluminação, permanente e não permanente.

A permanente é aquela em que as lâmpadas de iluminação comum são alimentadas pela rede elétrica da
concessionária, sendo comutadas, automaticamente, para a fonte de alimentação de energia alternativa, em
caso de falta e/ou falha da fonte normal.

Já a iluminação não permanente é aquela em que as lâmpadas acendem somente em caso de interrupção do
fornecimento de energia da concessionária, sendo alimentadas, automaticamente, por fonte de energia
alternativa (por exemplo: motogerador, baterias).

Os principais tipos de sistema são:

a) Conjunto de blocos autônomos (instalação fixa). Utiliza baterias específicas para cada tipo de
equipamento, a qual garante a autonomia individual de cada aparelho.

31
b) Sistema centralizado com baterias. Consiste no uso de baterias comuns, típicas de veículos automotores,
para garantir a autonomia do sistema (circuito de alimentação da iluminação).
c) Sistema centralizado com grupo motogerador. Um motor à explosão, comumente usado em veículos
automotores, garante a autonomia elétrica do sistema.

O grupo motogerador automático deve assegurar energia estável em até 12 segundos depois de seu
acionamento.

Em caso de incêndio em locais que possuam equipamentos elétricos alimentados por gerador de emergência,
deve-se ter o cuidado de verificar a tensão fornecida pelo gerador aos circuitos de alimentação desses
equipamentos.

A iluminação de emergência deve funcionar com, no máximo, 30 Volts em corrente contínua, para evitar o
risco de choque elétrico. Se não for possível usar uma tensão baixa (30 V) em instalações já existentes, o
sistema poderá utilizar uma proteção aceitável ao seu emprego, a qual pode ser atingida por meio de
disjuntores diferenciais para proteção humana.

Os tanques de armazenamento de combustível do motogerador com volume igual ou superior a 200


litros devem ser montados dentro de bacias de contenção com dreno e filtro de cascalho, além de
corresponder às exigências da legislação local em respeito à segurança, a fim de evitar que o combustível se
espalhe para outros ambientes.

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O Sistema de Iluminação de Emergência é o conjunto de componentes que, em funcionamento, proporciona


a iluminação suficiente e adequada para permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de
interrupção da alimentação normal, como também proporciona a execução das manobras de interesse da
segurança e intervenção de socorro.

Esse sistema é obrigatório nas áreas comuns das edificações, sendo elas: corredores, escadas, elevadores,
saídas de emergência etc.

32
Os principais tipos de sistemas, de acordo com a fonte de energia, são: conjunto de blocos autônomos,
sistema centralizado com baterias e sistema centralizado com grupo moto gerador.

Conjunto de blocos autônomos

São aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, contendo


lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares, de fonte de energia com carregador e controles de
supervisão e de sensor de falha na tensão alternada, dispositivo necessário para colocá-lo em
funcionamento, no caso de interrupção de alimentação da rede elétrica da concessionária ou na falta de uma
iluminação adequada.

Sistema centralizado com baterias


Circuito carregador com recarga automática, de modo a garantir a autonomia do sistema de iluminação de
emergência.
O sistema centralizado de iluminação de emergência com baterias não pode ser utilizado para alimentar
quaisquer outros circuitos ou equipamentos.

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
São caminhos contínuos, devidamente protegido, a ser percorrido pelo usuário, em caso de sinistro, de
qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto protegido do incêndio, permitindo
ainda fácil acesso de auxílio externo para o combate ao fogo e a retirada da população.

As Saídas de Emergência em Edificações são dimensionadas para o abandono seguro da população, em


caso de incêndio ou pânico e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou
retirada de pessoas.

Componentes das saídas de emergências


A saída de emergência compreende o seguinte:
a) acesso ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou
ao espaço livre exterior, nas edificações térreas;
b) escadas ou rampas;
c) descarga.

33
Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas
e outros, devem ser protegidas de ambos os lados por paredes ou guardas (guarda-corpos) contínuas,
sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.

Porta Corta-fogo (PCF)

As portas corta fogo são próprias para o isolamento e proteção das vias de fuga, retardando a propagação do
incêndio e da fumaça na edificação.

Elas devem resistir ao calor no mínimo por 60 min, devem abrir sempre no sentido de fuga (saída das
pessoas), o fechamento deve ser completo, não poderão estar trancadas por cadeados, não deverão estar
calçadas com nenhum dispositivo que possam mantê-las abertas e deverão ter o dispositivo de fechamento
sempre mantido (dobradiça por gravidade ou por molas).

EQUIPAMENTOS DE CORTE E ARROMBAMENTO


Para que o brigadista possa realizar entradas forçadas, a fim de acessar locais para salvar vidas ou extinguir
chamas, precisa ter ferramentas que possibilitem executar tais serviços, bem como conhecer sua
nomenclatura e emprego.

Alavanca
Barra de ferro rígida que se emprega para mover ou levantar objetos pesados. Apresenta-se em diversos
tamanhos ou tipos.

Alavanca pé-de-cabra
Possui uma extremidade achatada e fendida, à semelhança de um pé-de-cabra. Muito utilizada no forçamento
de portas e janelas, por ter pouca espessura.

Croque:
É constituído de uma haste, normalmente de madeira ou plástico rígido, tendo na sua extremidade uma peça
metálica com uma ponta e uma fisga.

Corta-a-Frio
Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças metálicas.

Machado
Ferramenta composta de uma cunha de ferro cortante, fixada em um cabo de madeira, podendo ter na outra
extremidade do cabo formatos diferentes.

Moto-Abrasivo
Aparelho com motor que, mediante fricção, faz cortes em estruturas metálicas e de alvenaria.

Malho
Ferramenta similar a uma marreta de grande tamanho, empregado no trabalho de arrombamento e demolição
34
de pequenas partes de alvenaria.

Picareta Ferramenta de aço com duas pontas, sendo uma pontiaguda e outra achatada, adaptada em um
cabo de madeira. É empregada nos serviços de escavações, demolições e na abertura de passagem por
obstáculos de alvenaria.

Escadas de gancho ou prolongável

Utilizadas em atividades de salvamento de pessoas em locais incendiados ou com grande quantidade de


fumaça, o que atrapalharia uma evacuação pela entrada principal da edificação. São fabricadas em alumínio
ou fibra de vidro, porém são encontrados alguns modelos em aço, que caíram em desuso por conta do peso
elevado.

SPRINKLERS - Chuveiros Automáticos


Os Sprinklers são chuveiros automáticos instalados ao longo de tubulações, agem a determinadas
temperaturas fixas, contem um bulbo de vidro hermeticamente fechado e de fabricação aprimorada, no qual
se encontra um determinado volume de fluido especial controlando com precisão.

Tabela de temperaturas
68ºC - Bulbo vermelho
79ºC - Bulbo amarelo
93ºC - Bulbo verde
141ºC - Bulbo azul

Começando um incêndio, a temperatura vai se elevando. Ao chegar à temperatura de acionamento do bulbo,


ele se rompe, liberando a passagem da água, que cai circularmente, cobrindo uma área de 16 m2. Caso o
incêndio já se encontre numa área maior, outros sprinklers se abrirão; e é muito comum que dois ou três
sejam suficientes para dar conta do recado. Os sprinklers abrem-se individualmente, e por isso não há risco
de que o fogo em um cômodo provoque uma chuva dentro de outro que não tem nada a ver.

Artigos e Códigos

Art. 107.O sistema de proteção por chuveiros automáticos - sprinklers, é o conjunto formado por
canalizações, válvulas, reservatório d’água, chaves de fluxo, bicos dos chuveiros, e,quando for o caso,
sistema de bombas, destinado à proteção contra incêndio e pânico.

Parágrafo único

O sistema de proteção por chuveiros automáticos,quando exigido nas edificações previstas no artigo 7º deste
Código, tem por finalidade:

I -proteger áreas de maior risco;


II -evitar a propagação dos incêndios;
III -garantir um caminhamento seguro às rotas de fuga.

Art. 108. O sistema de proteção por chuveiros será considerado como Sistema Fixo Automático, e deverá
obedecer, quanto às exigências e instalação, as disposições desta Seção.

35
Art. 109.O sistema deverá estar permanentemente pressurizado, de forma a possibilitar, em caso de um
princípio de incêndio, o acionamento automático dos chuveiros

Art. 114. A reserva mínima para o sistema de chuveiros automáticos será de 50% (cinquenta por cento)
daquela destinada ao sistema de hidrantes ou de carretéis com mangotinho.

Art. 132. Será exigida a instalação do sistema de chuveiros automáticos nas edificações classificadas no
artigo 7º deste Código, salvo aquelas previstas no inciso I
do citado artigo,em conformidade com os critérios adiante estabelecidos.

Proteção por Sistemas de Chuveiros Automáticos


O sistema de chuveiros automáticos é projetado e instalado conforme normas próprias que regulam os
critérios de distribuição de chuveiros, temperatura de funcionamento, área de operação e de proteção,
diâmetro das tubulações, edificações verticais, horizontais, comerciais, industriais etc.

Abastecimento do Sistema de Chuveiros Automáticos


É vital para qualquer sistema hidráulico dispor de abastecimento confiável de água, com pressão e vazão
usada. O abastecimento de água para o sistema de chuveiros automáticos é fornecido:

- Por gravidade (através de reservatório elevado).


- Por bombas de recalque.
- Por tanques de pressão.

Normalmente, o sistema possui somente uma fonte de abastecimento.

O abastecimento por gravidade, isto é, através de reservatório elevado, é o sistema mais confiável e que
exige menos manutenção.
Na impossibilidade de se utilizar abastecimento por gravidade, o sistema devera ser abastecido por bombas
de recalque. As bombas de recalque devem dispor de uma fonte de energia confiável, e o reservatório de
água atender à demanda necessária. As bombas para alimentação do sistema devem ser centrifugas e
acionadas automaticamente por motor elétrico ou a diesel.

Tipos de Sistemas de Chuveiros Automáticos

No Brasil, existem basicamente 3 tipos de sistemas de chuveiros automáticos:


- sistema de cano molhado;
- sistema de cano seco;
- sistema tipo dilúvio.

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Obs.: Para proteção em pequenas aberturas, sobre telhados, ou para proteção de riscos especiais, pode-se
instalar "cortina d’água".

Pânico de pessoas
A origem da palavra pânico é relativa ao deus da mitologia grega, Pan; que assusta sem motivo; relacionado
a susto ou pavor repentino, às vezes, sem fundamento; que provoca uma reação desordenada individual ou
coletiva de propagação rápida.

O pânico é uma sensação psicológica de temor, a qual se manifesta de forma dinâmica ou estática. É
causada por uma informação ou fato que extrapola a faixa de normalidade de um indivíduo, tornando-se
adverso em razão do seu não processamento, podendo ser intensificado por fatores emocionais.

É importante considerar que as pessoas envolvidas em um incêndio podem ser tomadas pelo pânico, e isso
inclui os bombeiros. Essa situação pode levá-los a uma condição irracional, dando vazão a vários instintos
primitivos básicos (fuga, luta, medo). Cada pessoa apresenta reações próprias, podendo ir desde o choro
convulsivo e histérico até permanecerem estáticas, aparentemente sem reação.

ASTÓRIA: julho de 1963, Rio de Janeiro – 4 (quatro) mortos e 30 (trinta) feridos;


ANDRAUS: fevereiro de 1972, São Paulo – 16 (dezesseis) vítimas fatais;
JOELMA: fevereiro de 1974, São Paulo – 188 (cento e oitenta e oito) vítimas fatais.

A tentativa desordenada de evasão, impulsionada pelo desejo único de permanecer vivo, estabelece a “lei do
mais forte” em toda sua dimensão, e, invariavelmente, ocorrem pisoteamentos, esmagamentos e saltos para
morte, que são gestos desesperados e traduzem não uma tentativa de escapar, mas o último esforço para
reduzir o martírio e os sofrimentos da morte pelo fogo. Por esses motivos, nem sempre a vítima facilita a ação
do bombeiro, que deve conseguir realizar uma ação correta de convencimento, persuasão ou domínio das
vítimas.

Ações preventivas

As ações preventivas devem se desenvolver sob dois aspectos:

 na capacitação dos bombeiros, no exercício de suas atividades específicas;


 na elaboração de planos de evacuação para os principais estabelecimentos, conforme a área de cada
unidade operacional, considerando as características e o público a ser atingido, proporcionando condutas
educativas com o objetivo de minimizar os efeitos do pânico, em caso de ocorrência do incêndio.

As unidades operacionais dentro da sua área de atuação, juntamente com os órgãos setoriais da Diretoria de
Serviços Técnicos, devem implantar simulados e simulacros em edificações como hospitais, creches, asilos,
locais de difícil acesso para as viaturas de combate, locais de concentração de público, e outros julgados
relevantes.

Os bombeiros devem identificar as situações de pânico que poderão ser encontradas nas atividades de
combate a incêndios e salvamentos, buscando prepará-los para que não se deixem contagiar pelo medo e
para que consigam desenvolver ações controladoras, capazes de transmitir e inspirar confiança nas vítimas.

37
Os dados obtidos por meio da execução desses exercícios ou treinamentos devem formar um banco de
dados nas unidades, possibilitando a otimização do desempenho nos simulados e simulacros futuros,
visando a real ocorrência de sinistros.

Fatores estimulantes do pânico

 falta de conhecimento sobre o fato gerador do estímulo – a pessoa em pânico não sabe o que está
realmente acontecendo;
 grande densidade populacional no ambiente – congestionamento nas saídas de emergências;
 riscos envolvidos nas atividades desenvolvidas no local – a evacuação de um hospital ou asilo será mais
complicada para os bombeiros do que em edifícios residenciais;
 surgimento de atividades agressivas ou competitivas (entre guarnições ou entre órgãos externos ao Corpo
de Bombeiros);
 altura em que a pessoa se encontra – o que implica dizer que quanto mais elevada estiver, mais propensa
ao pânico ela se encontrará;
 aumento da temperatura ambiental – tornando a cena do incêndio insuportável aos presentes;
 ocorrência de mudanças orgânicas nos níveis sensoriais e fisiológicos – cada indivíduo reage de uma
maneira.

Controle do pânico

Deve-se ter em mente que não existe um perfil único para todas as vítimas, podendo ser adultos, idosos,
crianças, enfermos, deficientes físicos, deficientes mentais ou grávidas. Logo, o bombeiro terá de analisar
esse aspecto no que se refere às características do público encontrado, para só então efetivar uma escolha
rápida e bem direcionada da maneira de lidar com ele.

Após obter essas informações, terá como base o horário e a atividade (se residencial ou comercial) do local
onde está ocorrendo o sinistro. A guarnição deve observar quais as vítimas que se apresentam menos
traumatizadas, pois elas serão mais facilmente convencidas de que a presença da equipe dos bombeiros é
um fator favorável, uma vez que são os indivíduos que os ajudarão a manterem-se vivos.

Para convencer as vítimas envolvidas em um sinistro, o bombeiro deverá ser persuasivo, ao conversar com
elas. De acordo com a circunstância, pode ser necessário o uso de meios estimulantes, os quais variam
desde a clássica batida nas faces (com moderação), até a ameaça de emprego da força, com o intuito de
dominar a(s) vítima(s), sendo recomendado o uso da força apenas em último caso.

É necessário que a guarnição de salvamento tenha conhecimento do seguinte:

 altura e número de pavimentos da edificação;


 pontos de acesso e escape do prédio;
 perigos existentes e áreas de risco;
 sistemas de preventivos existentes e/ou disponíveis;
 população fixa e/ou flutuante.

Procedimentos básicos

Constituem procedimentos básicos em uma situação potencial de pânico:

 buscar a retirada das vítimas por meio da ação de uma equipe treinada e altamente disciplinada;
 manter curiosos afastados para evitar confusão e para que o bombeiro possa atuar melhor;
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 colocar as vítimas sob o comando de socorrista. Esse bombeiro demonstrará a elas que controla a situação,
preferencialmente mediante uma postura tranquila, mas com a firmeza necessária, transmitindo, sempre que
possíveis mensagens curtas, porém expressivas, realizando, de acordo com a necessidade, determinadas
ações de efeito psicológico;
 se estiver próximo às vítimas e desejar conduzi-las para um local de escape, retire todo o grupo de uma
forma organizada e não permita conversas durante a condução, a fim de evitar o risco de perda do controle
sobre os elementos do grupo;
 se, durante a condução das vítimas, estiver escuro, determine que se deem as mãos e não elevem os pés
para dar a passagem, buscando, dessa forma, evitar a separação do grupo e/ou à ocorrência de acidentes
durante o seu deslocamento (queda de uma ou mais pessoas em poços, degraus, buracos que possam
existir, mas que, se tornam imperceptíveis com a escuridão).

Salvamento de pessoas

É um trabalho difícil, pois o bombeiro terá de ir até um ponto, geralmente, confinado pelo incêndio, do qual a
vítima por si só não teve condições de sair também corre o risco de morte. As pessoas constituem a mais
urgente prioridade para as guarnições de bombeiros que atuam nos incêndios.

Além do risco da própria vida, poderá, ainda, o bombeiro deparar-se com dois fatores adversos:

a) Aglomeração – na tentativa de fuga, as pessoas vão se ajuntando até formarem um grupo numeroso, que
acaba retido em algum compartimento do prédio. Nesse caso, o trabalho do bombeiro é dificultado, pois todos
querem salvar-se e cada um quer ser o primeiro;

b) Pânico – estado de extrema ansiedade que, por vezes, torna as pessoas desordenadas e irracionais.

O salvamento, consiste na promoção da fuga do local sinistrado, colocando-as em local seguro e


isento de riscos.

O principal meio de fuga são as escadas enclausuradas

As quais, só existem em edifícios mais altos e novos. Ao bombeiro, cabe localizá-las e conhecer o sistema
das suas portas corta-fogo. Então, seu trabalho limitar-se-á a conduzir as vítimas até a porta do pavimento
sinistrado, daí terão acesso à rua, através da escada enclausurada. Na sua falta, utiliza-se a escada comum.

Dependendo da necessidade, poderão ser usadas outras técnicas de salvamento, como cabos aéreos,
escadas ou plataformas mecânicas, entre outros. Porém, só devem ser utilizadas quando necessário e as
escadas, por algum motivo, não atenderem ao propósito.

Como a segurança humana é uma das principais finalidades do escape nos incêndios, à evacuação deve
estar baseada nos princípios da objetividade, precisão, disciplina e segurança.

As vítimas devem ser conduzidas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro ou mais encarregados
de dar as seguintes orientações necessárias:
 as vítimas não devem ir para os andares superiores;
 devem manter uma distância segura entre uma vítima e outra;
 as vítimas descem apenas de um lado da escada, destinando o outro para o trânsito das equipes de
bombeiros;
 evitam-se correrias e aglomerações desnecessárias;

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 concentram-se as vítimas em um mesmo local a fim de se efetuar uma chamada rápida e para que se
verifique se há falta de alguma pessoa.

ABANDONO DE ÁREA

Durante ao um incêndio, as pessoas que estiveram em um local fechado devem tocar a porta, antes de abri-
la, sentir a temperatura procurar sentir se há pressão, de fora para dentro do ambiente. Caso haja alguma
indicação de fogo no ambiente ao lado, se não puder sair, deve procurar vedar as frestas e sinalizar a
presença pela janela.

No WTC, quando a fumaça e o calor invadiram os ambientes, muitas pessoas quebraram janelas, buscando
refrescar o local, e a entrada desse ar fresco trouxe os gases aquecidos para essa janela. Várias pessoas
saltaram pelas janelas, sozinhas ou de mãos dadas, mas tantas outras, que estavam mais próximas dos
parapeitos, acabaram sendo empurradas pelas outras que buscavam respirar.
A fumaça, que dificulta a visibilidade, durante um incêndio, contém CO, entre outros gases que possui mais
afinidade com a hemoglobina do sangue que o oxigênio. Isso afeta o sistema o sistema nervoso central
provocando sintomas de mal-estar, distúrbios de funções motoras, perda de movimento, perturbações de
comportamentos (fobia, agressividade, pânico, coma etc.). A escassez de oxigênio pode ocasionar a morte de
células do cérebro e levar à lesão que causa parada respiratória e morte.

Os projetos de arquitetura das edificações precisam considerar a movimentação de fumaça dentro dos
ambientes em caso de incêndio, e promover barreiras arquitetônicas e sistemas de extração de gases, além
dos sistemas de proteção e combate.

As rotas de fuga devem conduzir a saídas de emergência adequada para população prevista para o local.
Essa adequação precisa considerar que a tendência do mercado é de prédios maiores e, também cada vez
mais altos.

As saídas de emergência devem atender à demanda da população, em caso de sinistro, seja por elevadores
de emergência totalmente protegidos da ação de gases e chamas, com sistema de alimentação de energia
independente do geral da edificação.

Os edifícios de escritórios, atualmente, estão sendo projetadas e construídas para maximizar o espaço
disponível, com divisórias baixas, como estações de trabalho. Isso adensa e aumenta a população no
pavimento, diminui a compartimentarão, o que facilita uma possível contaminação de fumaça, em uma
situação de incêndio. Mas, normalmente, a maioria da população está familiarizada com as rotas de fuga e de
saídas de emergência, fato que facilita a evacuação do ambiente, se houver necessidade de abandono de
área.

Em hotéis, o público usuário é rotativo e nem sempre está habituado a observar onde estão as saídas de
emergência e procedimentos de emergências. Os incêndios em apartamentos têm, na maioria das vezes, a
particularidade de permanecerem confinados dentro da unidade de origem, face à compartimentação dos
ambientes.

Em hospitais, há setores em que as que as pessoas internadas não podem ser facilmente removidas, como
centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva; deve haver, portanto, cuidadosa compartimentação e
rigoroso controle de materiais e equipamentos contra eventualidade de princípio de incêndio.

Nos locais em que as pessoas permanecem em vigília, por exemplo, em locais de trabalho, o que de reação
aos alarmes é inferior aos ambientes em que as pessoas repousam ou apresentam dificuldade de locomoção,
a exemplo de hospitais e até mesmo de edificações prisionais, principalmente se não estiverem familiarizadas

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como as rotas de fuga e saídas de emergência, como hotéis e assemelhados.

A lista, a seguir, expõe os principais fatores de escolha de saída:

1. O escurecimento de ambientes pela fumaça, que pode causar irritação e toxicidade.


2. Características do incêndio, como calor e cheiro.
3. Familiaridade com as rotas de fuga.
4. Características como idade, debilidade incapacidades.
5. Orientação existente antes do incêndio, em como proceder em caso de incêndio.
6. Níveis de iluminamento e fonte de luz.
7. Tipo de fincão do usuário, se funcionários ou público externo à edificação.
8. Grupo de relacionamento, em que pessoas ligadas por laços afetivos tendem a permanecer juntas.
9. Posição e proximidade da pessoa até uma saída.
10. Informação / comunicação do incêndio.
11. Sinalização da saída de emergência. Para os ocupantes das edificações, as saídas conhecidas são mais
procuradas do que rotas de fuga não familiares, e a sinalização é menos importante que a regularidade do
uso; logo os treinamentos de abandono de área devem condicionar os usuários a proceder conforme o plano
de abandono e seguir por rotas seguras. A familiaridade com os caminhos a percorrer pode reduzir o tempo
de pré-movimento.

MODULO 6

PRINCIPIOS BÁSICOS DA RADIOPROPAGAÇÃO


ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS:

Em 1861 o físico escocês MAXWELL descreve em teoria o comportamento das ondas electromagnéticas.
Em 1881 o alemão HERTZ comprova na prática estas teorias, emitindo e recebendo as primeiras ondas de
rádio com equipamentos por ele desenvolvidos por isso são chamadas até hoje de “ “ONDAS HERTZIANAS”

QUE SÃO AS ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS ?

- ONDAS DE RÁDIO , DE TV , RAIOS X , MICROONDAS, PX ,PY, SÃO ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS

As ondas apresentam os seguintes parâmetros:

AMPLITUDE: É o maior valor na crista da onda (Geralmente se expressa em Volts, Amperes)


LONGITUDE DE ONDA: É à distância de um ciclo completo de uma onda (Se expressa em cms, mts)
FREQUÊNCIA: É a quantidade de ciclos por segundo (Se expressa em Hertz, Mega-hertz).

COMO SE COMPORTAM AS ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS

Podemos compará-las com as ondas na água:

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1) tem um foco emissor que provoca as oscilações.
2) um meio onde se propagam (AR,VÁCUO)
3) ondas com cristais e depressões
4) “UM RECEPTOR” ou objeto eu recebe estas oscilações

OSCILAÇÕES NA ÁGUA: P. EX: uma boia, que sobe e desce com o efeito das ondas.

COMO OBTEMOS UMA ONDA ELECTROMAGNÉTICA


Um oscilador de C.A, de elevada frequência gera um campo elétrico variável, que convertido em um à onda
eletromagnética pela antena.
Esta onda tem a capacidade de movimentar-se até no vácuo e sua intensidade vai diminuindo a maior
distância do emissor e também pela presença de objetos que se encontrem no seu caminho.
Então assim temos um mecanismo de transporte de energia entre dois pontos, sem uso de fios.

CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS ELECTROMAGNÉTICAS


As ondas movimentam-se no vácuo á velocidade da luz; 300.000 km/segundo, e segundo sua atitude de
onda, se comportam de diferentes maneiras:

ONDAS DE RÁDIO E TV: ENTRE 1 cm a 1 km


MICROONDAS : ENTRE 0,1 mm a 1 cm
INFRAVERMELHAS
LUZ VISÍVEL
RAIOS ULTRAVIOLETAS
RAIOS X
RAIOS GAMA

ONDAS DE RÁDIO

ONDAS MÉDIAS: com longitude de onda grande (100 600 mts) e são usadas em radiodifusão, pela sua
capacidade de superar os obstáculos de longas distâncias.
ONDAS CURTAS: refletem nas capas da ionosfera que atuam como um espelho (10 a 60 mts).
VHF: usadas em TV e radiotransmissão, movimentam-se quase em linha reta e podem contornar alguns
obstáculos (1 a 10mts)
UHF: movimentam-se em linha reta, não contornam obstáculos, mas tem maior poder de penetração (0,1 a
1mts).

SISTEMA DE RÁDIO TRANSMISSOR

DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE RÁDIO

MICROFONE: capta o som e o converte em sinais elétricos de baixa frequência


OSCILADOR: gera a onda portadora de alta frequência
MISTURADOR: mistura o sinal do oscilador (portadora) com o sinal elétrico do microfone ( mensagem)

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AMPLIFICADOR: amplifica o sinal resultante do misturador
ANTENA: converte o sinal elétrico de alta frequência do amplificador em uma C.A que ressonará na antena,
gerando uma onda electromagnética , capaz de viajar no vácuo.

SISTEMA DE RÁDIO

DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE RÁDIO

ANTENA: capta a onda electromagnética e a converte em sinal


elétrico
AMPLIFICADOR: amplifica os sinais fracos da antena.
MISTURADOR: separa os sinais da alta frequência ( portadora)
do sinal de baixa frequência (mensagem)
AMPLIFICADOR DE ÁUDIO: amplifica os sinais elétricos da
mensagem
FALANTE: converte os sinais elétricos, em sinais de áudio (som).

SISTEMAS DE MODULAÇÃO

AM: amplitude modulada. A portadora ( sinal de alta frequência) é modulada pelo sinal proveniente do
microfone, variando a sua amplitude de forma proporcional.

FM: Frequência modulada. A portadora ( sinal de alta frequência) tem a sua amplitude constante, mas a sua
frequência é modulada pelo sinal proveniente do microfone, variando a mesma de forma proporcional.

ESTAÇÕES DE RÁDIO

ESTAÇÃO PORTÁTIL (HT): equipamento pequeno de mão com bateria recarregável e de baixa potência.
Alcance curto (até 10kms)
ESTAÇÃO MÓVEL: equipamento de veículo de alta potência. Alcance médio (até 30kms)
ESTAÇÃO FIXA: equipamento de base de alta potência. Alcance longo (até 60kms) obtido com o uso de
antenas em pontos elevados.
ESTAÇÃO REPETIDORA: equipamento situado em pontos privilegiados (montanhas, prédios, torres altas)
que retransmite sinais de um ponto a outro, aonde não seria possível comunicação de forma direta (centena
de km).

ANTENAS 1

Existe diversos tipo de antenas com formatos e ganhos de potência variada:


Antena de ¼ de onda: chamada antena plano terra, tem ganho 0 DB. É a mais simples

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O seu cumprimento é ¼ do tamanho da onda que estaremos usando em VHF, aproximadamente 50 cms.
ANTENAS 2

ANTENA DE 5/8 DE ONDA: Ganha 3 DB com relação à antena de ¼ plano terra (dobro de potência)

ANTENA DIRECIONAL: Ganhos altos em uma direção específica. Ex: antena YAGUI

ANTENAS 3
ANTENA COLINEAL: É uma formação de dipolos acoplados, alto ganho (até 9 DB) e consegue superar
obstáculos dado o seu tamanho (aprox. 6mts) é uma antena usada no COBOM.

RADIOENLACE

Sistema de comunicação que estabelece entre duas estações de rádio

Podemos ter radioenlaces livres de obstáculos ou radioenlaces obstrutivos ( arvores, montanhas). Temos a
curvatura terrestre em VHF com limitação aproximadamente 12kms

RADIOENLACE OBSTRUTIVO

Perda de sinal adicional pela presença de montanha interferindo na passagem da onda de rádio.

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Obstruído pela própria curva terrestre, não havendo a possibilidade de uma comunicação, havendo a
necessidade de uso de uma repetidora.

Sinal transmitido por uma repetidora com o caminho livre para as duas estações de rádio garantindo uma
comunicação de alta frequência, qualidade a maiores distancias.

CÓDIGO Q
Códigos adotados internacionalmente para padronização as mensagens e comunicação de rádio transmissor.

Atendimento não emergencial


O atendimento telefônico deve proporcionar o melhor aproveitamento das linhas telefônicas, observando-se
seguintes regras:

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- o atendimento deve ser rápido, eficiente e cortês. A rapidez não pode prejudicar a clareza da mensagem;
- o atendimento deve inspirar confiança no solicitante;
- não devem ser dadas informações de âmbito interno;
- nos casos de demora de atendimento ou dificuldade em localizar a pessoa com quem o solicitante deseja
alar, este deve ser informado;
- durante o atendimento telefônico, identificar-se da seguinte maneira: Corpo de Bombeiros, nome da unidade
,nome do operador, bom-dia / boa-tarde / boa-noite; -
evitar termos usados no diminutivo (exemplo: aguarde um minutinho). Se necessário, usar “aguarde um
momento”;
- não usar termos afetivos como “meu bem”, querida e gírias como “CHUCHU”, “CARA”, etc.;

Atendimento emergencial
No atendimento emergencial deve-se observar as seguintes regras:
- Atendimento por resposta breve e objetiva: "Bombeiros, Emergência!"
- Atender pacientemente buscando as informações fundamentais ao auxílio.
Numa situação de emergência o solicitante está rotineiramente envolvido, ansioso e impaciente. Concluído o
atendimento, procurar tranquilizar o solicitante com frases do tipo:

"Estamos cientes", "Aguarde a chegada dos Bombeiros", etc.


Durante o atendimento manter firmeza e convicção, clareza e objetividade.
Orientar o solicitante quando o atendimento for encargo de outro órgão.
Manter o atendimento nos limites da formalidade, evitando envolvimento pessoal.

PÁRA – RAIOS

O setor de aterramento – composto por hastes de


cobre fincadas no solo e ligadas aos cabos que
descem do topo – é parte fundamental da
manutenção dos para-raios, pois sua função é
dissipar por terra as correntes das descargas
recebidas pelos captadores. Ou seja, ao se cuidar
dos para-raios, não basta apenas verificar se os
componentes visíveis do SPDA (Sistema de
Proteção Contra Descargas Atmosféricas) estão em
bom estado; é necessário também realizar a
medição ôhmica do solo. Na parte de cima da
edificação, devem ser observados aspectos como
firmeza dos cabos, conexões, ausência de corrosão, entre outros. Já no setor aterrado é primordial observar
se seu mecanismo está atuando de forma correta ou não.

A medição do solo irá avaliar o grau de resistência do aterramento durante a passagem do raio, que nada
mais é do que a capacidade de absorção e dispersão da descarga atmosférica assim que ela atinge a
edificação. A partir dessa análise, será gerado um laudo técnico por um engenheiro eletricista, que irá emitir a
ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) junto ao CREA (Conselho Regional de Engenharia), indicando
as condições do subsistema.
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E a medição vale para os dois tipos mais empregados de para-raios, o sistema Franklin e a gaiola de
Faraday. No sistema Franklin, um mastro é colocado no topo da edificação e cabos descem pelo fundo do
edifício, sendo este mais utilizado em construções baixas ou horizontais. Nos prédios altos, a gaiola de
Faraday é o equipamento mais empregado. Nele, cabos verticais descem pelas quinas e, no topo, há
passagem de cabos horizontais.
Anualmente é necessário realizar uma inspeção visual no SPDA. As inspeções completas devem ser feitas de
cinco em cinco anos. A legislação da área é rígida e inclui desde dispositivos municipais, como o Código de
Obras e Edificações de São Paulo, ao Código de Defesa do Consumidor, passando por leis federais e normas
da ABNT. A principal delas é a NBR 5.419/2000.

Riscos
Quando um raio atinge um edifício protegido, a descarga elétrica percorre o para-raios, atinge o sistema de
cabos e segue até atingir o solo. Sem a proteção, ou com projeto inadequado, o raio pode danificar a
estrutura do edifício e percorrer as instalações elétricas. A falha do SPDA também põe em risco os
condôminos que estiverem circulando pelas dependências do condomínio no momento da queda do raio.

Outro ponto importante é quanto à instalação de antenas de TV por assinatura. Embora, normalmente, os
condôminos utilizem antenas coletivas, um ou outro pode fechar com alguma operadora. Quando isso ocorre,
os técnicos da empresa geralmente optam por instalar a antena no topo do prédio. Isso precisa de
acompanhamento do síndico, pois esta antena precisa estar aterrada, conectada ao sistema de para-raios. O
síndico deve verificar também se estão fazendo uma base para fixação da antena, furar a laje, nem pensar!
Pode gerar problemas, como infiltrações.

Norma Regulamentadora NR-13


As caldeiras podem ser classificadas de diferentes formas de acordo com:
• Utilização prevista: caldeiras para cogeração, de recuperação de calor de processo industrial ou outras
fontes, para aquecimento
• Tipo de fluido aquecido: água quente, vapor, “fluido térmico”
• Fonte energética utilizada: eléctrica ou química (queima dum combustível)
• Concepção: caldeiras de ferro-fundido (caldeiras antigas), tubulares ou de tubos de fogo ou de fumo
(caldeiras piro tubulares), de tubos de água (caldeiras aquatubulares) •
Aproveitamento do calor latente: convencionais, de condensação

Os vasos sob pressão e as caldeiras devem ser submetidas a inspeções de segurança inicial, periódica e
extraordinária, sendo considerada condição de risco grave e iminente o não atendimento aos prazos
estabelecidos nesta NR.

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Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subsequente, as caldeiras devem ser
submetidas à rigorosa avaliação de integridade para determinar a sua vida remanescente e novos prazos
máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.A inspeção de segurança deve ser
realizada por “Profissional Habilitado”.

Quando for tecnicamente inviável e mediante anotação no “Registro de Segurança” pelo “Profissional
Habilitado”, o teste hidrostático pode ser substituído por outra técnica de ensaio não-destrutivo ou inspeção,
que permita obter segurança equivalente.

Inspeção periódica e/ou Extraordinária


Caldeiras e vasos de pressão devem ser inspecionados. Os intervalos entre inspeções são definidos em
função de sua categoria.
São previstas 3 categorias para as caldeiras enquanto que os vasos de pressão são divididos em 5 diferentes
categorias.
Durante a inspeção são realizados exames e testes com objetivo de verificar itens de segurança e da vida útil
do equipamento.

Enquadramento NR-13
A Norma Regulamentadora 13 do Ministério do Trabalho e Emprego estabelece procedimentos obrigatórios
relacionados à segurança do trabalho aplicados a fabricação, instalação, operação, manutenção e inspeção
de Caldeiras e Vasos de Pressão.

O enquadramento à Norma NR-13 consiste na tomada de ações coordenadas com objetivo de cumprir os
requisitos legais. Através de uma auditoria, são verificados item a item, o grau de aderência às exigências
obrigatórias.

Outras informações:
13.6.3. Todo vaso de pressão deve ter afixado em seu corpo em local de fácil acesso e bem visível placa de
identificação indelével com no mínimo as seguintes informações:
a) fabricante;
b) número de identificação;
c) ano de fabricação;
d) pressão máxima de trabalho admissível;
e) pressão de teste hidrostático;
f) código de projeto e ano de edição.

13.6.3.1 Além da placa de identificação deverão constar em local visível a categoria do vaso, conforme
Anexo IV, e seu número ou código de identificação.

13.6.4 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado a seguinte
documentação devidamente atualizada, sendo:

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a) “Prontuário do Vaso de Pressão” a ser fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção e determinação da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso;

MODULO 7
Preparação para utilização do EPI e EPR
E.P.I. – Equipamento de Proteção Individual
E.P.R. – Equipamento de Proteção Respiratória

Ao assumir o serviço, todo bombeiro deve separar seu conjunto completo de EPI, realizar uma rigorosa
inspeção visual, que inclua ações voltadas a testá-los e ajustá-los ao seu tamanho.

Se essas ações forem negligenciadas, pode haver uma redução do nível de segurança oferecido pelos
equipamentos, expondo o bombeiro a riscos desnecessários. Exemplo: se o capacete estiver muito frouxo, a
proteção contra algum choque mecânico estará comprometida, podendo resultar em uma lesão mais grave.

Dada à urgência das ações de socorro, não haverá tempo ou condições, para realizar esses ajustes na cena
do incêndio de forma eficiente.

Ao sair de sua unidade operacional para atender um chamado de incêndio, o ideal é que, ao entrar na viatura,
o bombeiro já esteja, no mínimo, equipado com as botas e a calça da roupa de aproximação.Ao chegar ao
local, verificando a necessidade de EPI completo, o bombeiro deverá fazer com agilidade.

Equipagem

A sequência a seguir foi organizada para proporcionar uma equipagem rápida e eficiente:

1. Coloque as botas à sua frente, uma ao lado da outra (Figura 15a); introduza uma das mãos pela perna da
calça de aproximação, como se estivesse colocando a perna e segure, com essa mesma mão, as alças da
bota (Figura 15b); abaixe bem a perna da calça, até que o cano da bota fique exposto; repita o procedimento
com a outra perna; essa disposição pode permanecer pronta na viatura, a fim de diminuir o tempo de
equipagem e saída do quartel (Figura 15c).

Fig. 15 – Preparação da calça e da bota para equipagem (a) (b) (c)

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2. Calce as botas (Figura 16a); puxe a calça para cima, vestindo o suspensório (Figura 16b); prenda os
grampos e o velcro da calça (Figura 16c).

Figura 16 - Equipagem da calça

3. Pegue a capa de aproximação e posicione-a a sua frente, com a gola para cima e com mangas voltadas
para as pernas (Figura 17a); introduza as mãos nas mangas e gire a capa, lateralmente e para trás do corpo
(ou por cima da cabeça, realizando um movimento de 180o), até introduzir completamente os braços (Figura
17b); prenda os grampos (ou feche o zíper, conforme o modelo), começando de baixo para cima, e feche o
velcro (Figura 17c); por fim, puxe a gola para cima, ainda sem prender o velcro da gola (Figura 17d).

Fig. 17 - Equipagem da capa de aproximação (a) (b) (c)

É necessária a utilização da alça da capa de aproximação no dedo polegar (Figura 18). Isso garantirá que a
manga da capa não subirá pelo antebraço, expondo-o à ação do calor e das chamas em um incêndio.

Fig. 18 - Vista ampliada da alça da capa

Deve-se sempre utilizar a alça da capa de aproximação no dedo polegar!

4. Prepare o suporte do EPR com a base do cilindro voltada para si (Figura 19a); os tirantes de ombro e o da
cintura (cinto) devem estar folgados e abertos; posicione-se, corretamente, para vestir o suporte com o
cilindro, ou seja, com pelo menos um dos joelhos apoiado no chão (Figura 19b).

5. Vista o equipamento passando-o por sobre a cabeça; o redutor de pressão e o registro do cilindro devem
ficar voltados para frente (Figura 19b); introduza os cotovelos nos tirantes do ombro, tendo o cuidado para
que eles não fiquem torcidos; segure, ao mesmo tempo, as alças do suporte, lançando o equipamento para
suas costas (Figura 19c).

50
Fig. 19 - Equipagem do EPR

6. Ajuste os tirantes dos ombros, puxando as pontas destes para trás (Figura 20a); não se deve puxar os
tirantes para baixo nem para os lados, a fim de não danificá-los; ajuste o cinto e as sobras dos tirantes de
ombro (Figura 20b); aproveite para liberar a gola da capa de aproximação e esconder as pontas dos tirantes,
evitando que venham a se enganchar durante as atividades (Figura 20c).

Fig. 20 - Ajuste dos tirantes do EPR

7. Coloque a alça da máscara no pescoço (Figura 21a); ajuste a máscara no rosto, de maneira que fique bem
encaixada, com o queixo apoiado dentro dela (Figura 21b); ajuste os tirantes de fixação da máscara,
puxando-os para trás da cabeça com o cuidado e seguindo a sequência: primeiro os tirantes inferiores (do
pescoço), depois os medianos, das têmporas (Figura 21c), e terminando com o superior, da cabeça.

Fig. 21 - Colocação da máscara

A alça da máscara deve estar totalmente por dentro da roupa de aproximação (Figura 22).

Fig. 22 - Alças por dentro da roupa de aproximação

Se a máscara não estiver bem encaixada no rosto, a vedação será comprometida e a segurança do bombeiro
estará em risco.A seguir alguns cuidados que devem ser adotados ao utilizar a máscara do equipamento de
proteção respiratória:

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Fig. 23 – Forma correta de puxar os tirantes da máscara

Os tirantes devem ser puxados para trás e não para os lados. Além de danificar o equipamento, o
procedimento errado faz com que a vedação não seja perfeita.

Figura 24 – Forma correta de colocar a máscara sobre uma superfície

Ao colocar a máscara sobre uma superfície, o visor deve estar voltado para cima. Dessa forma, evitam-se
arranhões na lente que podem dificultar a visibilidade do bombeiro e diminuir a vida útil do equipamento.

8. Passe a abertura frontal da balaclava (do rosto) sobre o encaixe da válvula de demanda da máscara
(Figura 25a); puxe a balaclava para trás, cobrindo a cabeça; ajuste-a de modo que o tecido não fique sobre o
visor da máscara; esconda as extremidades da balaclava e a alça da máscara dentro da capa da roupa de
aproximação (Figura 25b); feche a gola por cima destes e prenda o velcro (Figura 25c).

Fig. 25 - Colocação da balaclava

É importante que esse procedimento seja observado pelo companheiro, com o objetivo de assegurar que a
extremidade da balaclava e a alça da máscara estejam bem escondidas dentro da roupa. Da mesma forma, o
fechamento com o velcro deve ser inspecionado, a fim de que o calor irradiado pelo incêndio ou material
aquecido não adentre na roupa de aproximação por aberturas, ainda que mínimas, deixadas pelo bombeiro
durante a equipagem. Por esse motivo e pelos riscos que as missões-fins oferecem, é imprescindível que os
bombeiros trabalhem em dupla.

O bombeiro deve trabalhar sempre em dupla! Isso também vale para a equipagem do EPI.

9. Coloque o capacete de forma que a proteção da nuca fique voltada para fora (Figura 26a); ajuste-o na
cabeça, puxando o tecido para baixo, de forma que cubra a nuca (Figura 26b);prenda-o pelo encaixe (Figura
26c); a alça deve permanecer sob o queixo do bombeiro, entre o seu pescoço e a válvula de demanda do
EPR.

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Fig. 26 - Colocação do capacete

10. Com o cilindro ainda fechado, trave a válvula de demanda do EPR apertando o botão de bloqueio do fluxo
de ar com o dedo polegar (Figura 27a); esse procedimento impedirá que o ar seja liberado antes que o
bombeiro o esteja utilizando; abra o registro do cilindro (Figura 27b); certifique-se da quantidade de ar no
cilindro pela indicação no manômetro (Figura 27c).

Fig. 27 – Bloqueio do fluxo de ar

Observe se a quantidade de ar disponível no cilindro é suficiente para realizar as ações de combate a


incêndio com segurança e por quanto tempo.

11. Calce as luvas, ajustando o velcro e se certificando de que nenhuma parte da pele está exposta.

Fig. 28 - Colocação das luvas

12. Conecte a válvula de demanda na máscara. Por fim, conecte a válvula de demanda na máscara. É
importante que o bombeiro faça esse procedimento em si mesmo e que seu companheiro faça a conferência,
para assegurar que a conexão foi feita da forma correta.

Fig. 29 - Colocação da válvula de demanda em si próprio

A desconexão acidental desse dispositivo durante um combate a incêndio fará com que o bombeiro aspire
fumaça e gases quentes e tóxicos, podendo até mesmo provocar pânico na tentativa de encaixá-la
novamente na cena do sinistro. Consequentemente, essa possibilidade deve ser evitada ao máximo.

Caso isso aconteça, o bombeiro deverá, imediatamente, colocar o rosto junto ao solo e, calmamente,
recolocar a válvula de demanda.

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Em caso de pane que impossibilite a utilização do ar, o bombeiro deve desconectar a válvula de demanda e
cobrir o local com a balaclava enquanto sai rapidamente do ambiente sinistrado.

A acoplagem da válvula deve ser feita próximo ao ambiente sinistrado. Em ambientes respiráveis, não há
necessidade de se utilizar o ar do EPR.

Como os bombeiros devem sempre trabalhar em dupla, é função de um monitorar o outro:

1. Durante a equipagem:

• Se há tirantes ou pontas do EPR soltos.

• Se a balaclava está vestida corretamente.

• Se a gola da roupa de aproximação está posicionada corretamente e devidamente fechada com o velcro.

• Se a válvula de demanda do EPR está conectada corretamente.

2. Durante toda a atividade:

• Se a reserva de ar do companheiro está em níveis aceitáveis para as ações de combate a incêndio e


salvamento.

• Se o companheiro apresenta algum sinal de mal-estar.

Fig. 30 – Conferência da quantidade de ar

Não se esqueça de monitorar sempre a quantidade de ar do seu EPR e do seu companheiro antes e
enquanto estiverem combatendo um incêndio.

Desguarnecer

Ao retirar o equipamento de proteção individual de combate a incêndio, basta seguir a ordem inversa à
equipagem, desde que sejam observados alguns cuidados:

1. Para desconectar a válvula de demanda:

• Localize a trava da válvula de demanda com uma das mãos e o botão de bloqueio do fluxo de ar com a
outra (Figura 12).

• Nessa posição, pressione ambos, simultaneamente, ao mesmo tempo em que puxa a válvula de demanda,
desconectando-a da máscara. Esse procedimento evita o desperdício de ar e previne acidentes pela
desconexão da válvula de demanda (se esta for desconectada da máscara com o fluxo de ar aberto, a
pressão do ar é suficiente para causar uma lesão no bombeiro por choque mecânico).

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Figura 31 - Retirada da válvula de demanda

2. Retire o capacete.

3. Para retirar a balaclava: puxe-a de trás para frente, nunca o inverso.

Retirada da balaclava

A roupa de aproximação não deve ser colocada ao sol para secagem, pois pode fazer com que suas
propriedades de proteção sejam diminuídas.

CUIDADOS COM O EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

b. Efeito quebradiço, rachaduras ou queimaduras são um sinal de que as outras camadas devem ser
rigorosamente inspecionadas. c. Pegue qualquer parte do tecido que possa estar danificada ou desgastada
em ambas as mãos, e tente empurrar seus polegares através do tecido. Se o tecido furar, ele deve ser
reparado se for economicamente viável, a estrutura externa deve ser substituída ou a roupa deve ser
condenada.

B. Fechamento: Examine quanto à funcionalidade e danos. a. Fitas de Velcro – Prenda e desprenda os


fechamentos com fitas de Velcro para ter certeza de que funcionam bem. Examine em busca de peças
desgastadas, abrasadas ou derretidas que exijam substituição. Verifique pontos de costura em busca de
quaisquer sinais de encrespamento que indiquem que um reparo seja necessário. b. Zíperes – Examine todos
os zíperes em busca de funcionalidade e corrosão que exigiriam substituição. Verifique os pontos de costura
em busca de fios soltos que indiquem que um reparo seja exigido. c. Ferragens – Examine todas as ferragens
(isto é, ganchos e dês, botões de pressão) em busca de corrosão ou outro dano que indiquem substituição.
Verifique se a fixação deles à calça, capa ou botas está segura.

C. Atavio retrorrefletivo: Inspecione a roupa à procura de atavio refletivo ausente, queimado, solto, derretido
ou rasgado ou de atavio refletivo que tenha perdido suas propriedades retrorrefletivas.

D. Atavios danificados devem ser substituídos. a. Atavios soltos que mantenham sua refletividade devem ser
recosturados à roupa. B. As propriedades retrorrefletivas podem ser avaliadas executando-se um teste com

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lanterna:

Segure uma lanterna acesa ao nível dos olhos, próxima à têmpora ou no cavalete
do nariz, e aponte o facho de luz para o atavio da capa/calça. Fique distante
cerca de 140 centímetros. Compare a luz refletida do atavio da capa/calça a uma
amostra de atavio novo. Se a luz refletida for substancialmente menor do que a
luz vista na amostra, o atavio deve ser substituído.

E. Reforços, bolsos, alças de lanternas, alças de argolas, letras, etc.: Examine


todos os reforços e componentes para ter certeza de que eles estão seguramente
costurados à roupa. Verifique as fitas de Velcro ou botões de pressão nas abas dos bolsos em busca de
funcionalidade e danos.

F. Acessórios: Verifique todos os itens acessórios para assegurar que eles


atendem as especificações do fabricante ou que não são desviantes da
norma NFPA 1971.

G. Pontos de costura e costuras: Examine todas as costuras à procura de fios


soltos, quebrados, pontos falhos ou fraquezas.

H. Etiquetas: Localize e inspecione a etiqueta de segurança, e as etiquetas de


instruções de limpeza e identificação do fabricante. a. Verifique se todas as
etiquetas estão sobre ou dentro do conjunto de proteção. Certifique-se de
que todas as etiquetas sejam legíveis e estejam seguramente presas aos componentes.

MODULO 8
NR 33 – Medidas de Segurança em um Espaço Confinado

Agora que já estudamos e sabemos o que é um espaço confinado, quais suas características, seus principais
riscos e deveres dos empregados e empregadores podemos prosseguir em nossos estudos sobre espaços e
ambientes confinados.

Nesta aula de nosso curso de Higiene Industrial e Segurança do Trabalho vamos entrar em detalhes sobre as
medidas de segurança que os trabalhadores devem saber, e que você, profissional, deve (além de saber,
obviamente) orientar e treiná-los.

Prevenção de acidentes em espaços confinados


A avaliação de riscos e prevenção de acidentes é sempre feita por diversos profissionais, que atuam junto
com os trabalhadores e empregadores.

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De preferência, deve haver diversas juntas e grupos de profissionais diferentes, para que exista um melhor
controle e organização.

Um exemplo disso, é um grupo formado por profissionais de Higiene Industrial, Segurança do Trabalho e o
setor administrativo da empresa, que devem sempre cooperar e estar ciente das funções de cada grupo.

Dentre as principais medidas e técnicas indicadas para a prevenção de acidentes em um ambiente de espaço
confinado, através da orientação de um profissional de segurança do trabalho, podemos citar:

 O espaço confinado e seu entorno são regiões de grande risco, sendo necessário que tal local seja
isolado e somente pessoas autorizadas, treinadas e orientadas devem se aproximar da região, sendo sempre
proibido a circulação de outros trabalhadores e pessoas no local.
 O profissional de Segurança do Trabalho especializado em espaços confinados deve fazer um
levantamento inicial sobre o local, redondezas, possíveis riscos e traçar um plano de evacuação e
emergência.
 Após a avaliação inicial, o técnico especializado deve cuidar da prevenção de acidentes, de acordo
com os tipos de riscos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos etc.) bem como orientar os trabalhadores e
definir que tipos de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e EPC (Equipamentos de Proteção
Coletiva) devem ser usados, como lacres, sinalização, bloqueio, etiquetas etc.
 Avaliar o interior do espaço confinado, sua circulação de ar, pressão, temperatura e existência de
gases e vapores.
 Prover ventilação, pressão e temperatura necessárias para que o ambiente de espaço confinado seja
o menos insalubre possível, possibilitando o trabalho naquele local.

 Estabelecido, da melhor maneira possível, as condições para a entrada e trabalho no espaço


confinado, é de absoluta necessidade que essas condições sejam, constantemente, monitoradas e
controladas, pois esses ambientes são ariscos e podem mudar suas condições rapidamente caso o controle
exercido não seja rígido.
 Esse controle é feito com o uso de aparelhos e técnicas específicas, pois o menor número de pessoas
deve entrar em espaço confinado. Para aferir os níveis de pressão, temperatura e outras fatores, é necessário
que haja uma calibração dos equipamentos antes que seja feito seu uso.
 Obviamente, todos os equipamentos devem estar em bom estado de conservação e uso.

Medidas da empresa
As empresas que lidam, em suas operações, com ambientes de espaço confinado, devem obedecer a
algumas regras específicas, que visam assegurar a saúde e o bem-estar de seus funcionários, como:

 Assim como no caso de EPI e EPC, deve fornecer todo e qualquer tipo de equipamento para a
execução do trabalho.
 Fornecer equipamentos de ventilação dentro do espaço confinado
 Fornecer aparelhos para medir temperatura, pressão e existência de substâncias químicas / tóxicas no
local.
 Fornecer aparelhos que permitam controlar o ambiente de espaço confinado

Medidas da gerência e administração


Já dentre as medidas que devem ser tomadas pela gerência e administração, são:

 Ter um total controle de todos os espaços confinados que possam oferecer quaisquer tipo de risco

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 Manter a sinalização e isolamento destes ambientes, de todos (quando não estão em uso) e de
pessoas não autorizadas (quando em uso)
 Orientar, educar e assegurar que todos os funcionários saibam de seus deveres e funções, no
procedimento de entrada em tal ambiente
 As regras e normas para a sinalização estão explanadas no Anexo I da NR-33
 A administração ficará responsável por iniciar e organizar os procedimentos e medidas para o início dos
trabalhos em espaço confinado, bem como selecionar os profissionais para cada função em uma operação de
trabalho em espaço confinado
 Fazer uso da PET(Permissão de Entrada e Trabalho), voltada para as especificidades de seus espaços
confinados
 Após preenchimento, assinatura e autorização de 3 vias da PET, ele irá entregar os documentos para os
trabalhadores e vigias
 A administração também ficará responsável por findar a PET quando for completado o serviço específico,
visto que para cada entrada em ambiente confinado deve existir somente uma PET
 Toda essa PET devem ser armazenadas, organizadas e disponibilizadas na empresa

Equipamentos de proteção em Espaço Confinado

Os principais equipamentos usados em um ambiente de espaço confinado, são:


 Detector de incêndio, gases tóxicos e de outras substâncias químicas
 Capacete
 Colete, cordas e suspensórios
 Lanternas específicas
 Aparelhos de comunicação
 Máscaras
 Viseiras
 Outros EPI e EPC

Medidas de segurança geral


Além das funções específicas dos profissionais de Segurança do Trabalho, da empresa, da gerência e
administração, há medidas que devem sempre ser tomadas, não importa a ocasião, local e tipo de empresa
ou indústria onde exista o espaço confinado. Dentre estas medidas, podemos citar:

 Todo ambiente deve ter seus níveis de oxigênio, toxicidade, temperatura, pressão e existência de
substâncias químicas (como gases, vapores, substâncias tóxicas, agentes inflamáveis e explosivos) aferidos
e controlados
 Essas medidas e precauções são sempre tomadas por um supervisor, e sempre antes e durante a
entrada do trabalhador no ambiente
 Supervisor, este, que deve fazer seu trabalho do lado de fora do espaço confinado
 Sua função é garantir que não irá faltar ar respirável, ventilação (exceto em ambiente com oxigênio, onde
podem ocorrer incêndios e explosões) e que não ocorra incêndios, explosões, intoxicação e asfixia
 Se certificar que o trabalhador, vigia, ele mesmo e outras pessoas no ambiente não usem celular, cigarro,
fósforo, isqueiro, vela, ou qualquer tipo de combustível e coisas que produzam faísca ou ignição.
 Operações de emergência e resgate

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Treinamentos e orientações devem ser constantes para todos os funcionários e trabalhadores
que lidam com espaços confinados durante suas atividades laborais.
Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos
específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores
de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional – ASO.
Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços confinados, sobre seus
direitos, deveres, riscos e medidas de controle.
O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser
determinado conforme a análise de risco.
É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual ou isolada.

O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:

a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e


Trabalho;

c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-
los estejam operantes;

d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário;

e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços. O Supervisor de Entrada pode
desempenhar a função de Vigia.

Sinalização para identificação do Espaço Confinado


Os EPIS a serem adotados são: roupa/luva de PVC, máscara autônoma ou com filtro para H2S.

Atualmente, uma das maiores preocupações das agências ambientais e da Defesa Civil são as infiltrações
advindas de vazamentos dos reservatórios enterrados de gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo,
que, nessas circunstâncias, fluem para o lençol freático contaminando galerias, sistemas de esgoto, valas,
poços e demais braços d’água e transformando esses locais em ambientes propícios às explosões seguidas
de incêndios, com grande probabilidade de extensão/propagação dos danos.

Acidentes fatais ocorridos no exterior e no Brasil revelam o total despreparo das pessoas e entidades para
trabalhos no interior de instalações subterrâneas. Mostram-nos também, que a negligência é um fator
frequente para contribuir para as causas básicas dos acidentes, agravada pela não preparação do ambiente
para a entrada e permanência e pelo não uso de equipamentos de proteção individual apropriado. A falta de
um sistema escrito de permissão para entrada em ambientes confinados é o grande responsável pela maioria
dos acidentes ocorridos nesses locais com socorristas.

Deve ser lembrado que, em acidentes desse tipo, para cada vítima fatal, há sempre, no mínimo, mais uma ou
duas com lesões menores, que, graças a diversos fatores como socorro imediato, maior resistência orgânica,
menor carga tóxica absorvida, conseguem se restabelecer após algum tempo em recuperação hospitalar.

Assim, podemos facilmente concluir que um espaço confinado pode ceifar, de uma só vez, várias vidas,
dependendo do grau de imprudência e imperícia dos envolvidos. Os rádios portáteis (HT) são os meios mais
usuais de comunicações os serviços de bombeiros. Os mais modernos possuem várias canaletas, “scanners”,
e múltiplas frequências e linhas telefônicas privadas.

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- Entrada da equipe de resgate:

Os bombeiros que realmente entrarão nas instalações


subterrâneas para efeito de salvamento devem ser reunidos,
ao redor daqueles que trabalharão fora do local e serão
responsáveis pelo apoio e suporte dos socorristas internos.
O comandante é responsável pela integração das duas
equipes: a guarnição de entrada e a guarnição reserva
externa.

A guarnição de entrada que não atua onde o espaço cabe


apenas um socorrista não deve ser autorizada a entrar em
instalações subterrâneas individualmente, no mínimo. As
equipes serão compostas por dois socorristas, os quais
estarão apropriadamente vestidos e equipados para as condições internas e para a natureza do trabalho. A
guarnição estará ciente dos riscos e perigos que irá enfrentar.

A guarnição reserva deve ser plenamente preparada e equipada pronta para entrar, se a primeira guarnição
estiver com problemas. Composta com o mesmo número de profissionais da primeira guarnição, essa equipe
deve possuir o mesmo nível de equipamento, treinamento e experiência.

SALVAMENTO EM ELEVADOR
O Elevador é um conjunto de equipamentos com acionamento eletromecânico ou hidráulico, realizando
transporte vertical de passageiros ou cargas entre os pavimentos de uma edificação. Consistem basicamente
de uma cabine suspensa por meio de cabos de aço que correm sobre uma polia de tração adequada e sobre
trilhos acionada por um motor. Na outra extremidade, cabos de aço que sustentam um contrapeso
O acionamento deste conjunto é comandado por um sistema de controle que proporciona o
deslocamento da cabine no sentido de subida, descida e as paradas realizadas pela mesma nos andares pré-
determinados. Esses comandos poderão ser realizados pela parte externa que são os pavimentos e pelo
interior da cabine.

Nas operações de salvamento envolvendo elevadores, normalmente são encontrados equipamentos dos
seguintes tipos:

- Elevadores de carga
- Monta-cargas
- Elevadores para garagens automobilísticas
- Elevadores de maca (nos hospitais)
- Elevadores residenciais
- Elevadores panorâmicos e de passageiros

PARTES DO ELEVADOR

De modo geral pode-se dividir um elevador em seis partes, sendo elas:

• Casa de máquinas é o nome dado ao local aonde normalmente são instalados os equipamentos de tração e
o quadro de força que aciona o elevador.
• Cabine é o nome dado ao compartimento onde é transportada a carga;
• Contrapeso é uma parte fundamental do sistema e permite que a carga na cabina seja transportada
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parcialmente balanceada utilizando menos energia na operação;
• Caixa ou caixa de corrida é o nome dado ao local no interior do qual a cabina se Desloca.
• Patamar ou pavimento é nome dado ao local através do qual a carga entra na Cabina e o POÇO onde ficam
instalados os dispositivos de segurança (para-choques) para proteção do percurso do elevador.

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

A cabine, montada sobre uma plataforma através de uma armação de aço constituída por duas longarinas
fixadas em cabeçotes, recebe o nome de carro.

O contrapeso consiste em uma armação metálica formada por duas longarinas e dois
cabeçotes onde são fixados os pesos, no qual tem peso total igual ao peso da cabine, acrescido de metade
de sua capacidade nominal de carga. Assim, o motor puxará um desequilíbrio máximo de 50% da capacidade
nominal da carga, que ocorrerá quando a cabine transportar sua capacidade máxima de carga nominal ou
quando estiver totalmente vazia.

Além do freio nominal acoplado ao motor do elevador, o mesmo também é dotado de um freio de segurança,
fixado na armação do carro ou do contrapeso, destinado a pará-los de maneira progressiva ou instantânea,
prendendo-os às guias quando este for acionado por um limitador de velocidade.

O limitador de velocidade é um dispositivo de segurança montado no piso da casa de máquinas junto ao


motor acionador, que é constituído basicamente de uma polia, um cabo de aço e um interruptor. Quando a
velocidade do carro atinge um limite pré-estabelecido o limitador aciona mecanicamente o freio de segurança
e desliga o motor. O limite de velocidade é pré-estabelecido de acordo com cada máquina e também da sua
capacidade de carga (passageiros) que vai influenciar em cima do percurso existente, (quantidade de
pavimentos existentes em cada edificação).

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Causas Prováveis De Retenção

- Interrupção de fornecimentos de energias


- Excessos de carga
- Defeito do freio
- Defeito do regulador de velocidade
- Defeito no comando elétrico
- Desgastes das sapatas e dos cursores

PROCEDIMENTOS TÁTICOS

Após ter sido acionado para atender a uma ocorrência envolvendo elevador, o chefe de guarnição, já no local,
inicia a fase de reconhecimento observando os seguintes dados:

Identificação da situação:

- Número de pavimentos da edificação;


- Localização da casa de máquinas;
- Marca do elevador;
- Empresa ou firma responsável pela manutenção do elevador;
- Situação do evento encontrado;
- Localização exata da cabine;
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- Vítimas retidas no interior da cabine;
- Vítimas prensadas pelo contrapeso;
- Vítimas prensadas entre a cabine e o piso;
- Vítimas no interior do fosso, prensadas ou retidas.

Plano Tático:

- Distribuição de funções entre os elementos da guarnição;


- Desenvolvimento da operação de resgate;
- Materiais que serão empregados dentro da operação.

De posse destas e outras informações, serão desenvolvidas técnicas de salvamento que deverão obedecer a
uma ordem quando se tratar de vítimas retidas no interior da cabine:

Simples abertura da porta do pavimento e porta da cabine;


Nivelamento da cabine e posterior abertura de portas (pavimento e cabine);
Retirada das vítimas pelo alçapão ou pela porta de emergência superior ou lateral.

O chefe de guarnição deve inicialmente, localizar a casa de máquinas e providenciar o desligamento da


chave geral que alimenta o sistema correspondente ao elevador. No caso de dúvidas, deve-se evacuar e
desativar os demais elevadores se existir e desligar todas as chaves.

Desenvolver a operação que se fizer necessário no momento.

Procedimentos Gerais

- Desligar a energia que alimenta o sistema;


- Utilizar sempre materiais e equipamentos de iluminação no local;
- Solicitar sempre que possível, a empresa responsável pela manutenção do sistema;
- Solicitar sempre o supervisor de dia ao local, principalmente quando a situação se tratar de um evento
grave;
-Sempre isolar o local e sinalização adequada;
-Durante o desenvolvimento da operação, deixar sempre um socorrista próximo ou dentro da cabine, junto às
vítimas; com esse procedimento, tornar-se-á difícil ocorrer o pânico entre as referidas vítimas;
- No caso de óbito já encontrado no local, solicitar a criminalística e providenciar a integridade do local,
isolando-o.
- Solicitar policiamento para o local.
- Após o término da operação, manter o sistema desligado, fechar e manter isolado o local, informar ao
síndico ou zelador que o equipamento só poderá voltar a funcionar após manutenção adequada realizada
pela empresa responsável e devidamente autorizada.

Esses são os locais onde o bombeiro deve atuar:

- Casa de máquinas, que é o coração do sistema.


- Porta em pavimento, de vários modelos e, consequentemente, possuindo vários tipos de chave.
- Porta de cabine e saídas de emergência.
- Ao se atender a ocorrências deste tipo, deve-se, como primeira providência, desligar a chave geral de
corrente elétrica do elevador acidentado. Esta providência é prioritária e dá tranquilidade ao resgate, pois
garante que volta a volta da energia não fará qualquer acionamento da cabine.

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Em seguida, o bombeiro deve se dirigir ao andar em que se supõe estar à cabine e, abrindo com chave
apropriada a porta de pavimento do andar imediatamente superior ou inferior, deve decidir por onde tirar as
pessoas presas. Porém, esta operação só pode ter início após o desligamento da chave geral, garantindo que
o carro não se movimentará. Para melhor entrosamento entre os bombeiros que estão na casa de máquinas
e os que estão resgatando as vítimas, há necessidade de comunicação via rádio portátil pois em prédios
muito altos a comunicação pela voz torna-se difícil.

Outro ponto bastante importante é que as portas de emergência existentes nas cabines não são para sair,
embora possam ser utilizadas para isso. Sua finalidade principal é de garantir acesso aos socorristas. A
maioria delas possui trava por fora, isto é, só podem ser abertas por quem chega ao teto ou na lateral do
carro. Só se deve retirar as pessoas por elas quando se dispõe de cinto de segurança, cabos fixos e cadeira
de lona, previamente colocados na vítima.
Não tirar as vítimas antes de desligar a chave geral. Embora a princípio, o elevador fique imobilizado
enquanto qualquer porta estiver aberta, isso nem sempre acontece, e o excesso de confiança tem sido causa
de graves acidentes.

Por fim, lembrar que uma cabine de elevador não despenca em queda livre, mesmo que todos os cabos de
sustentação tenham se rompido. Isso porque os elevadores possuem um freio de segurança, abaixo do
assoalho, na parte inferior do carro, que é acionado toda vez que eles excedem 25% da sua velocidade
máxima. Quando isso ocorre, garras especiais encunham a cabine nos trilhos-guia dos elevadores Portanto, o
bombeiro deve acalmar as vítimas e dispor de todo o tempo necessário para retirá-las com segurança.
Ocorrências onde as vítimas estão prensadas ou presas entre a cabine e a caixa de concreto (normalmente
conhecido com poço são de natureza grave e de difícil liberação).

Retirada de vítimas pelo alçapão

Esta técnica só deverá ser empregada quando não se for possível efetuar a retirada das
vítimas pelas portas de ligação (cabine e pavimento).

A maioria dos elevadores possui sobre sua cabine um alçapão (saída de emergência) normalmente trancado
por fora, que impede a sua abertura pelo interior da cabine, evitando assim acidentes mais sérios.

- Deve-se procurar nivelar a cabine, o que facilita o acesso dos bombeiros à parte superior, bem como a
retirada das vítimas. É importante lembrar que esses procedimentos só deverão ocorrer se por ventura as
portas não se abrirem.

- Estando à chave geral já desligada, uma dupla de bombeiros tomam posição na parte superior da cabine
através do pavimento superior, não se esquecendo do emprego da segurança individual. O alçapão é aberto
e um dos bombeiros passa para o interior da cabine. Para a retirada de vítimas inconscientes ou feridas:
trabalhando com amarrações próprias ou macas para o resgate e as demais vítimas conscientes deverão sair
por meio de escada ou por uma simples cadeira introduzidas no interior da cabine.

Retirada de vítimas pela porta de emergência lateral

Alguns elevadores possuem portas laterais de emergência e isso normalmente ocorre quando existem nas
edificações, mais de um elevador. Este procedimento só poderá ser utilizado quando não for possível retirar
as vítimas pelas vias normais de acesso ao elevador.

Uma observação importante: o elevador em pane deverá ter seu sistema desativado (sistema elétrico) e se
possível nivelado.
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- O elevador ao lado deverá ser mantido posicionado junto ao que se encontra em pane e sua porta mantida
aberta.

- Faz-se então a abertura da porta de emergência lateral do elevador que será utilizado
no socorro e só após, abre-se a porta do elevador danificado. Se a distância entre eles não permitir a
passagem de vítimas de um elevador para outro, pode-se improvisar uma passarela com uma prancha de
madeira, uma escada ou similar.

- Um dos socorristas passa para o elevador em pane e inicia e evacuação das vítimas.

Vítimas prensadas pelo contrapeso

Corpo de Bombeiros já registrou inúmeras ocorrências de vítimas prensadas pelo contrapeso, em portas de
pavimentos e cabines, cabine e piso de pavimento etc.

Normalmente, trata-se de técnicos ou de pessoas envolvidas na manutenção dos elevadores e ou pessoas


envolvidas na limpeza da edificação. Em situações como estas, o chefe de guarnição, deverá:

- Desligar a chave geral do elevador e observar atentamente qual será o movimento do


contrapeso (subindo ou descendo), para poder tomar uma decisão de livrar a vítima de uma situação como
essa. Nunca esquecer que o contrapeso realiza seu movimento contrário ao da cabine.

- Realizar os movimentos com o contrapeso como se faz no nivelamento da cabine, até que se perceba que a
vítima esteja completamente livre.

- Caso não consiga ou não seja possível movimentar o contrapeso, deve-se desconectá-lo de suas guias,
frouxando os parafusos que os fixam a estas e afastá-lo da vítima, não esquecendo, portanto, de providenciar
escoras para que ele não venha a prendê-lo mais ainda, providenciando logo em seguida, o atendimento
adequado e o seu encaminhamento ao hospital.

Vítimas prensadas entre a cabine e o piso:

O Chefe de guarnição, deve providenciar imediatamente a desativação do sistema elétrico do elevador e


verificar o grau de dificuldade da situação e quanto à vítima se encontra prensada.

- Quando se tratar de um dos membros (principalmente um pé), deve-se providenciar de imediato o


escoramento de preferência sob tração (força contrária) e verificar se uma simples tração será suficiente para
o afastamento desse membro prensado, caso contrário fazer uso de outros meios, tais como: afrouxar o
calçado, retirá-lo, uso de materiais lubrificantes etc.

Vítima no interior do fosso:

Casos como esse são raros de acontecer, porém não impossíveis, pois já são conhecidos alguns acidentes
desta natureza, veja alguns procedimentos:

- Desconectar (desligar), a chave geral que alimenta o sistema do elevador e caso a vítima se encontre no
fundo do fosso, abrir a porta do mais próximo e de fácil acesso e procurar chegar até a vítima.

- Caso seja necessário, pode-se utilizar uma escada ou até mesmo cabos para a penetração no fosso, numa
situação como esta, deve-se sempre fazer uso de uma maca para a retirada da vítima, pois na maioria dos
64
casos a mesma normalmente se encontra inconsciente e com possíveis fraturas pelo corpo ou nos membros
e a imobilização dos mesmos deverá ter prioridade sobre qualquer outra atitude que venha a se tomar
com relação à vítima, atentando para não exercer nenhuma tração nos membros e nem tentar colocá-los no
lugar, pois poderá causar danos maiores aos já sofridos.

- Aplicar com devida cautela os primeiros socorros e encaminhar a vítima a um hospital mais próximo.

Procedimento em caso de Incêndio

Grande número de elevadores possui dispositivos junto à portaria que, quando acionado,
faz com que os elevadores desçam para o pavimento térreo, abram sua porta e lá permaneçam. Isso permite
que, em caso de incêndio, o elevador não seja mais utilizado e as pessoas que nele se encontram, saiam em
segurança.

Quando o elevador não dispõe deste sistema, o bombeiro pode chamar o elevador para o térreo e colocar um
obstáculo para manter as portas da cabine e do pavimento abertas.

MODULO 9

RESGATE EM ALTURA
As cordas representam o elemento básico do salvamento em altura, tanto que encontramos diversas
literaturas internacionais que utilizam a expressão “resgate com cordas” (rope rescue). Na maior parte das
vezes, a corda representa a única via de acesso à vítima ou a única ligação do bombeiro a um local seguro,
razão pela qual merece atenção e cuidados especiais.

Tipos de fibras

As cordas são feitas de fibras naturais (algodão, juta, cânhamo, sisal, entre outras) ou sintéticas. Devido às
características das fibras naturais, como a baixa resistência mecânica, sensibilidade a fungos, mofo, pouca
uniformidade de qualidade e a relação desfavorável entre peso, volume e resistência, apenas cordas de fibras
sintéticas devem ser utilizadas em serviços de salvamento.

Dentre as fibras sintéticas, destacamos:

Polietileno: São fibras que não absorvem água e são empregadas quando a propriedade de flutuar é
importante, como por exemplo, no salvamento aquático. Porém, estas fibras se degradam rapidamente com a
luz solar e, devido a sua baixa resistência à abrasão, pequena resistência a suportar choques e baixo ponto
de fusão, são contraindicadas para operações de salvamento em altura (proibidas para trabalhos sob carga).

Poliéster: as fibras de poliéster têm alta resistência quando úmidas, ponto de fusão em torno de 250ºC, boa
resistência à abrasão, aos raios ultravioletas e a ácidos e outros produtos químicos, entretanto, não suportam
forças de impacto ou cargas contínuas tão bem quanto às fibras de poliamida. São utilizadas em salvamento,
misturadas com poliamida, em ambientes industriais.

Poliamida (nylon): boa resistência à abrasão, em torno de 10% mais resistente à tração do que o poliéster,
mas perde de 10 a 15% de sua resistência quando úmido, recuperando-a ao secar. Excelente resistência a
forças de impacto. Material indicado para cordas de salvamento em altura.

Construção da corda

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Para a construção de uma corda, as fibras podem ser torcidas, trançadas ou dispostas sob a forma de capa e
alma. As cordas destinadas a serviços de salvamento possuem capa e alma. A alma da corda é
confeccionada por milhares de fibras e é responsável por cerca de 80% da resistência da corda. A capa
recobre a alma, protegendo-a contra a abrasão e outros agentes agressivos, respondendo pelos 20%
restantes da resistência da corda.

Cordas dinâmicas
São cordas de alto estiramento (elasticidade) usadas principalmente para fins esportivos na escalada em
rocha ou gelo. Esta característica permite absorver o impacto, em caso de queda do escalador, sem transferir
a ele a força de choque, evitando assim lesões. Sua alma é composta por um conjunto de fios e cordões
torcidos em espiral, fechados por uma capa.

Cordas estáticas
São de baixo estiramento em elasticidade usadas em rapel, operações táticas, segurança industrial e
salvamento, sendo contra indicado em efeito iô-iô.

A resistência de uma corda é estabelecida como carga de ruptura. A corda deve ter uma
carga de ruptura várias vezes maior do que a carga que irá suportar. Esta relação entre
resistência e carga é conhecida como fator de segurança.

Características das cordas de salvamento


As cordas de salvamento são cordas estáticas com capa e alma e fibras de poliamida. De acordo com a
norma NFPA-1983/2001, devem ter diâmetro de 12,5mm e carga de ruptura de 4000 kgf.

Inspeção da corda

A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vários
fatores como o grau de cuidado e manutenção, frequência de uso, tipo de equipamentos
com que foi empregada, velocidade de descida, tipo e intensidade da carga, abrasão física, degradação
química, exposição a raios ultravioletas, entre outros.

A avaliação das condições de uma corda depende da observação visual e tátil de sua integridade, bem como
de seu histórico de uso.

Como inspecionar a corda ?

Cheque a corda em todo seu comprimento e observe:


- qualquer irregularidade, caroço, encurtamento ou inconsistência;
- sinais de corte e abrasão, queimadura, traços de produtos químicos ou em que os fios
da capa estejam desfiados (felpudos);
- o ângulo formado pela corda realizando um semicírculo com as mãos, devendo haver certa resistência e um
raio constante em toda sua extensão; e se há falcaça, se a capa encontra-se acumulada em algum dos
chicotes ou se a alma saiu da capa.

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Conectores metálicos
Elo metálico com uma porca sextavada que rosqueia ambas as extremidades do anel, fechando com a
característica de suportar esforços em quaisquer direção

Mosquetão

Peça presilha que tem múltiplas aplicações, como facilitar trabalhos de ancoragens, unir a cadeira ao
equipamento de freio, servir de freio ou dar segurança através do nó meia volta de fiel, entre outras. O tipo , o
formato e o material variam de acordo com a destinação e uso. Existem mosquetões sem trava, com trava e
com trava automática, feitos em diversos materiais. Ex. aço carbono, alumínio, aço inox.

É dividido nas seguintes partes: dorso ou espinha(1), dobradiça(2), gatilho(3),trava(4) e bloqueio ou nariz(5).

Os mosquetões são desenhados para suportarem carga unidirecional ao longo do dorso com a trava fechada.

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Fitas Tubulares
As fitas tubulares podem ser fechadas por nó ou costuradas. De forma geral a facilitar ancoragens, com
praticidade e funcional, preservando a corda. Todo material têxtil sobre desgaste tanto pela abrasão, quanto
pela deterioração por raios ultravioletas, raio solares. Devem ser trocadas toda vez que as linhas da costa
começarem a punir ou quando sua coloração começar a desbotar.

Freio bastante difundido no Corpo de Bombeiros de funcionamento simples, leve, robusto, compacto e pouco
custoso. Confeccionado em aço ou duralumínio e nos formatos convencional ou de salvamento ( com
orelhas)

Estribo

Escada de fita utilizada normalmente pelo bombeiro que acompanha a maca, possibilitando um curto
deslocamento abaixo e acima da vítima ou para facilitar o acesso a vãos.

Descensor linear metálico com barretes móveis em alumínio maciço ou aço inox que apresenta as vantagens
de não torcer a corda, não necessitar ser desligado da ancoragem para a passagem da corda, dissipando
melhor o calor e permitindo a graduação do atrito da corda ao freio durante sua utilização (à medida que são
aumentados ou diminuídos os barretes).

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Bloqueador dotado de uma canaleta aberta na lateral e de uma cunha dentada que pressiona a corda contra
a canaleta por ação de uma mola, além de uma manopla para empunhadura. Cada aparelho é operado por
uma das mãos, formando-se o par (direito e esquerdo)

Os pontos de ancoragem são feitos por anéis metálicos em “D”, com resistência de 22kn, co ou sem alça de
fita de segurança. Pode ser utilizada com peitoral avulso ou que seja parte integrante da cadeira. Nesses
casos, há pontos de ancoragem na altura do osso esterno na região dorsal, podendo ainda haver pontos de
fixação em “V” sobre os ombros. Cadeiras com estas características são indicadas para trabalhos em espaço
confinado, ascensão em cordas e salvamento aquático.

Outro cuidado importante refere-se ao tipo de fivela para fechamento e ajuste da cadeira. Modelos que não
tenham estruturas móveis que “mordam” a fita, necessitam que a fita passe pela fivela e retorne em sentido
contrário, para que haja o travamento.

Equipamento de proteção individual que deve ser leve, proporcionar bom campo visual e auditivo, possuir
aberturas de ventilação e escape de água (importante para trabalhos em locais com água corrente), suportes
para encaixe de lanternas de cabeça e, principalmente, boa resistência e amortecimento contra impactos,
além de uma firme fixação à cabeça, através de ajuste a circunferência do crânio e da jugular. Assim como os
demais equipamentos de segurança, deve ser inspecionado constantemente, observando trincas e
deformidades.

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O capacete constitui um equipamento de uso obrigatório pelo capacete Gallet, que reúne níveis de proteção
iguais ou superiores contra impacto, tendo por desvantagem a diminuição do campo visual e auditivo e não
possuir aberturas de ventilação e de drenagem de água.

Confeccionadas em vaqueta e com reforço na palma, às luvas para salvamento em


altura devem proteger as mãos da abrasão e do aquecimento das peças metálicas,
devendo oferecer boa mobilidade e ajuste as mãos.

Confeccionada em aço tubular em todo seu perímetro e por material plástico (PVC) nas
partes que envolvem a vítima, podendo ser inteiriça ou em duas partes acopláveis. Ao
inspecioná-la, deve-se atentar para a integridade estrutural da maca, conferindo-se
ainda, as condições dos quatro tirantes de fixação da vítima e suas fivelas, a base de
apoio para os pés, os pinos de travamento da maca que garantem o seu acoplamento
seguro e as condições da corda que costura lateralmente a maca

Fatores que podem desencadear um acidente em altura:

 Conferência de equipamentos não realizada;


 Cordas ou fitas deterioradas;
 Falência da ancoragem;
 Pressão do meio ridicularizando a segurança e considerando-a exagerada;
 Pressão por bombeiros antigos, em razão do costume e de técnicas desatualizadas;
 Personalidade do bombeiro;
 Urgência na execução devido ao risco iminente;
 Ausência de .procedimentos de segurança
 Não utilização de EPI ;

Princípios gerais de segurança

Conceitos Mentais

- Se estiver extenuado, não realize trabalhos envolvendo altura, outro integrante da guarnição poderá
executar o serviço;

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- Nervosismo e desequilíbrio atrapalham. Pare e tranquiliza-se para a execução do serviço ou solicite a outro
integrante da guarnição para realizá-lo;

- Solicite ajuda sempre que necessitar, não espere que a situação se agrave;

- Todos nós cometemos erros, portanto, devemos ser acompanhados e ter nossos procedimentos checados,
isto vale até para os bombeiros mais experientes;

- A prática e o treinamento constante aumentam a segurança e reduzem drasticamente a possibilidade de


erros em situações de emergência.

Conceitos Físicos

- Instale linhas de segurança ou linhas da vida. Todos os bombeiros próximos ao local da emergência devem
estar ancorados;
- Utilize sempre o EPI completo: capacete, cadeira, luvas e dois auto seguro;
- Cheque constantemente todo o equipamento;
- Utilize sistemas redundantes, como por exemplo, mais de uma ancoragem.

Conceitos de equipe

Determine um integrante da equipe ou do grupo de treinamento para revisar e fazer cumprir todos os
procedimentos de segurança. Esta função deve ser passada para um integrante da equipe que possua boa
experiência e que não seja o comandante, pois este estará preocupado com a estratégia, tática e segurança
da operação como um todo.

Conceitos de prioridade

Muitos bombeiros durante o atendimento às emergências, ignoram sua própria segurança em detrimento da
segurança da vítima. Primeiro cheque sua segurança e tenha certeza de que está realizando uma manobra
segura, revise a segurança dos outros integrantes da equipe e só então inicie o acesso, imobilização e
remoção da vítima.

Fator de queda é o valor numérico resultante da relação entre a distância de queda pelo comprimento da
corda utilizada.

Como visto anteriormente, todos os componentes do sistema e, principalmente a corda, absorverão parte da
força de choque. Exceto em progressões do tipo “via ferrata” , o fator de queda máximo possível será o fator
2, pois a altura da queda não pode ser superior a duas vezes o comprimento da corda.

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72
Para a segurança de uma progressão vertical, podem-se utilizar basicamente duas técnicas: a progressão
auto assegurada e a progressão assegurada por outro bombeiro.

A progressão auto assegurada é aquela por meio da qual o próprio bombeiro efetua sua segurança, utilizando
os auto seguro de sua cadeira.

Procedimentos práticos de segurança

 Utilize o EPI completo;


 Esteja sempre ancorado;
 Mantenha todos os objetos presos a sua cadeira;
 Confira todo o sistema montado antes de utilizá-lo e peça para um terceiro também conferir (inclusive
sua cadeira);
 Esteja preparado para a possibilidade de precisar auto resgatar-se;
 Utilize os equipamentos para a finalidade para os quais foram projetados;
 Inspecione os equipamentos sistemática e periodicamente;
 Treine constantemente, não só você, como a equipe.

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Salvamento no plano vertical com o emprego de Escada Prolongável
Técnica de armação de escada prolongável
A guarnição necessária para armação de escada é de três socorristas: chefe da guarnição e auxiliares n.º1 e
n.º 2, a qual precisa transportar o material que será empregado (uma escada prolongável e um cabo da vida
ou cabo solteiro).

Vozes de comando para armação da escada

- Retirar e transportar escada. - Elevar escada.


- Apoiar e corrigir escada. - Fixar escada.
- Desarmar escada. - Desenvolver escada.
- Desenvolvimento alto.

As vozes de comando serão dadas pelo chefe da guarnição.

Atribuições dos componentes da guarnição

Chefe de guarnição:
- Executa as vozes de comando;- determina o local exato para a armação da escada;
- Orienta a guarnição a cada passo a ser desenvolvido;
- Determina o tipo de operação de salvamento a ser realizado.

Auxiliar n.º 1
- Auxilia o n.º 2 no transporte da escada;
- Toma posição no lado esquerdo e à frente da escada, na altura do terceiro degrau (parte anterior);
- Segura o banzo contrário (direito) e introduz o braço entre o terceiro e o quarto degraus da escada (parte
anterior);
- Puxa a escada para si, colocando-a sobre o ombro direito;
- Transporta a escada;
- Eleva a escada;
- Apoia e corrige a escada, juntamente com o auxiliar n.º 2;
- Sobe a escada, toma posição na escada ou no andar;
- Executa a amarração na escada, fixando-a com o nó volta do fiel;
- Dá pronta a amarração da escada.

Auxiliar n.º 2
- Auxilia o n.º 1 a transportar a escada;
- Toma posição no lado esquerdo da escada, na altura do segundo degrau na parte posterior (sapatas);
- Segura no banzo contrário (direito) e introduz o braço entre o segundo e o terceiro degraus da escada parte
posterior);
- Puxa a escada para si e eleva até o seu ombro direito;
- Transporta a escada juntamente com o auxiliar n.º 1;
- Permanece junto às sapatas da escada, para que ela não corra enquanto o n.º 1 está elevando a escada;
- Apoia e corrige a escada juntamente com o auxiliar n.º 1;
- Guarnece a escada para a progressão do auxiliar n.º 1.

Desenvolvimento da operação
- O chefe de guarnição dá a voz de retirar e transportar escada.
- O auxiliar n.º 1 juntamente com o n.º 2, tomam posição ao lado esquerdo da escada; o auxiliar n.º 1, na
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altura do terceiro degrau, à frente da escada; e o n.º 2 do mesmo
lado que o auxiliar n.º 1 na parte posterior da escada (sapatas).

Os dois auxiliares, ao mesmo tempo e com a mão esquerda,


empunham o banzo direito da escada e passam o braço direito por
entre os degraus da escada e a elevam até os respectivos ombros.

Os dois transportam a escada a passo acelerado (correndo) até o


local pré-determinado pelo chefe de guarnição.

O chefe dará a voz de elevar a escada

O auxiliar n.º 2 coloca as sapatas da escada no solo e as apoiam


com os pés, para que o auxiliar n.º execute o processo de
elevação da escada até que ele se encontre totalmente na vertical.

O auxiliar n.º 2 guarnece a escada, segurando os punhos laterais, e pisando no primeiro degrau próximo às
sapatas com um dos pés.

O auxiliar n.º 1 desfaz a amarração do cabo e pisa na escada juntamente com o auxiliar n.º 2 (pés contrários)
e puxa o cabo para o desenvolvimento da escada.

O chefe ordena desenvolvimento alto

O auxiliar n.º 1 para automaticamente, o desenvolvimento e executa a volta do fiel com o chicote do cabo em
um dos degraus da escada e dá pronta a amarração.

O chefe ordenará apoiar e corrigir a escada e o auxiliar n.º 1 e o auxiliar n.º 2 executam os movimentos (para
frente, para trás e para as laterais), até o local exato (figura 262).

O chefe então ordena ao auxiliar n.º 2 que guarneça a escada.

O auxiliar n.º 2 toma posição atrás da escada, pisa no degrau, empunha e puxa
a escada para si e dá o pronto.

O chefe ordena que seja fixada a escada pelo auxiliar n.º 1.

O auxiliar n.º 1 mune-se de um cabo da vida, toma posição no topo da escada


em um local seguro e executa dois nós (volta do fiel), um abraçando os banzos
e o outro abraçando o degrau da escada (figura 263).

O auxiliar n.º 1 dará o pronto às amarrações.

O chefe dará pronto à fixação da escada.

O chefe ordena que seja desarmada a escada (desarmar escada).

O auxiliar n.º 1 desfaz as amarrações, desce pela escada e,juntamente com o auxiliar n.º 2, desarmam e
transportam-na até o local determinado.

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O chefe de guarnição dará por encerrada a operação.

Salvamento no plano vertical com o emprego de escada prolongável (técnica n.º 1 - escada fixa)

Essa técnica deverá ser empregada quando os meios existentes não oferecerem condições para uma evasão
mais simples, ou seja, o uso das vias normais dos edifícios, e onde a face externa da edificação, com janelas,
é o meio mais indicado para o salvamento.

A guarnição é composta pelo chefe de guarnição e 4 auxiliares (n.º 1, n.º 2, n.º 3 e n.º 4), a qual prepara o
material para execução da técnica de salvamento (uma escada prolongável, uma corda que servirá como
cabo guia (cabo solteiro); e dois cabos da vida.

Atribuições dos componentes da guarnição

Chefe de guarnição
- Comanda, coordena e auxilia a operação;
- Auxilia na colocação da vítima nas costas do auxiliar n.º 4;
- Auxilia na saída do auxiliar n.º 4 do andar para tomar posição na escada.

Auxiliar n.º 1
- Transporta e arma a escada;
- Fixa a escada em um ponto qualquer (seguro);
- Auxilia na amarração da vítima.

Auxiliar n.º 2
- Transporta e arma a escada;
- Guarnece a escada;
- Auxilia na colocação da vítima no solo;
- Desfaz o Laís de guia na altura do tórax da vítima.

Auxiliar n.º 3
- Transporta a corda que servirá como cabo guia;
- Passa o chicote do cabo guia no penúltimo degrau da escada;
- Faz a amarração de segurança na vítima, um Laís de guia à altura do tórax;
- Auxilia a saída do auxiliar n.º 4 com a vítima do andar para a escada;
- Auxilia a segurança com o cabo guia.

Auxiliar n.º 4
- transporta um cabo solteiro (cabo da vida);
- responsabiliza-se pela descida com a vítima;
- faz a amarração da vítima nas suas costas;
- desfaz a amarração da vítima em suas costas.

Técnica empregada pelos componentes da guarnição

Ao comando de preparar para o resgate de vítima no plano vertical com a utilização de escada prolongável, o
chefe determina aos auxiliares n.º 1 e n.º 2 que armem a escada.

Os auxiliares n.º 1 e n.º 2 armam a escada conforme a técnica de armação de escada (figura 262).

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O auxiliar n.º 1 sobe e fixa a escada em um ponto qualquer da
seguinte forma: faz um fiel com a primeira volta abraçando o
banzo e a segunda volta abraçando o degrau; deixa um seio do
cabo e repete a operação no outro banzo e degrau (figura 262).

O auxiliar n.º 1 dá pronto à amarração.

Já fixada à escada, não é necessário que o auxiliar n.º 2 fique


guarnecendo-a.

O chefe sobe e determina que o auxiliar n.º 3 suba munido de


uma corda que será utilizada como cabo guia.

O chefe determina que o auxiliar n.º 4 suba munido de cabo da vida.

O chefe e os auxiliares n.º 1 e n.º 3 colocam a vítima nas costas do auxiliar n.º 4 (figura 264).

O auxiliar n.º 4 faz a amarração da vítima da seguinte forma:

passa a corda por baixo das axilas e pelas costas da vítima, passa
por sobre os seus ombros, cruza essa corda duas vezes à sua
frente (na altura do peito), faz um pequeno agachamento e passa o
cabo da vida por trás das pernas da vítima, à altura do joelho, cruza
esse cabo de cima para baixo e dá um nó direito à sua frente (à
altura do abdômen).

O auxiliar n.º 3 pega o chicote da corda que servirá como cabo guia,
passa no penúltimo degrau da escada no sentido de dentro para
fora e faz a amarração da vítima (Laís de guia) à altura do tórax
(figura 265).

O chefe e os auxiliares n.º 1 e n.º 3 auxiliam na saída do auxiliar n.º4 com a vítima, sendo que eles farão a
segurança no cabo guia.

O auxiliar n.º 2 auxilia na chegada da vítima ao solo e desfaz o Laís de guia da vítima dando o pronto.
O auxiliar n.º 3 recolhe a corda utilizada como cabo guia.
O chefe determina que o auxiliar n.º 3 desça a escada, descendo em seguida.

O auxiliar n.º 2 faz a segurança da escada (guarnece), para que o auxiliar n.º 1 retire o cabo da vida que está
fixando-a.

O auxiliar n.º 1 desce a escada.


Os auxiliares n.º 1 e n.º 2 desarmam a escada.
A guarnição recolhe o material e dá por encerrada a operação.

Salvamento no plano vertical com o emprego da escada prolongável (técnica n.º 2)

Esse salvamento será realizado quando os meios existentes não oferecerem condições para evasão mais
simples, no qual o meio externo da edificação é a melhor maneira e mais eficaz para a solução do evento.

A guarnição é composta por 5 socorristas: o chefe de guarnição e 4 auxiliares (n.º 1, n.º 2, n.º 3 e n.º 4).

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Material empregado na operação:

- 1 (uma) escada prolongável;


- 1 (uma) corda com tamanho médio de 50 metros (dobrada).

Atribuições dos componentes da guarnição

Chefe de guarnição:

- comanda e coordena a operação;


- verifica a situação da vítima;
- auxilia na colocação do nó na vítima;
- auxilia na colocação da vítima próxima à escada;
- protege a vítima na saída.

Auxiliares n.º 1 e n.º 2: transportam e armam a escada prolongável, conforme a técnica de armação.

Auxiliar n.º 1:
responsabiliza-se pela segurança e descida da vítima por meio do cabo guia.

Auxiliar n.º 2:
- guarnece a escada;
- segura a vítima antes que ela toque o solo;
- retira a vítima debaixo da escada, levando-a para a lateral, porém bem próxima à escada.

Auxiliar n.º 3:
- auxilia o chefe a verificar o estado da vítima;
- responsabiliza-se pela execução do Laís de guia duplo no seio da corda;
- passa o nó por baixo do 1º degrau da escada;
- transporta o nó Laís de guia duplo (colocando-o sobre o ombro);
- sobe e toma posição na escada, passa o nó por cima do penúltimo degrau;
- entrega o nó ao auxiliar n.º 4;
- auxilia na colocação da vítima próxima à escada e veste o nó na vítima;
- auxilia no afastamento da escada;
- recolhe a corda utilizada como cabo guia.

Auxiliar n.º 4:
- auxilia o chefe a verifica o estado da vítima;
- recolhe o nó do auxiliar n.º 3;
- auxilia na colocação do nó na vítima;
- auxilia na colocação da vítima próxima à escada;
- afasta a escada da parede.

Técnica empregada pelos componentes da guarnição

Ao comando de preparar para o resgate de vítima no plano vertical utilizando escada prolongável no andar tal
(determinar o local), o chefe comanda a armação da escada.

Após a escada armada e guarnecida, o chefe de guarnição sobe para verificar as condições da vítima.

Enquanto o auxiliar n.º 4 sobe; o auxiliar n.º 3 executa o Laís de guia no seio da corda passando-o no 1º
degrau da escada.

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O auxiliar n.º 3 equipa-se com o nó que executou passando-o pelo ombro, como se estivesse transportando-o
(vestindo); sobe e toma posição na escada próxima ao penúltimo degrau; passa o nó nesse degrau,
entregando-o ao auxiliar n.º 4 e passa para dentro do andar, auxiliando o chefe e o auxiliar n.º 4 a vestirem o
nó na vítima.

O chefe, o auxiliar n.º 3 e o auxiliar n.º 4 colocam a vítima próxima à escada.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4 afastam a escada da parede enquanto o chefe levanta a vítima para que o auxiliar
n.º 1 ajuste e mantenha o cabo guia sob tensão (figuras 266 e 270).

O chefe dá o pronto e o auxiliar n.º 1 passa a corda pelo ombro apoiado


com o pé no primeiro degrau da escada, a ajustará dando logo em seguida
o pronto (figura 269).

O chefe retira a vítima para fora do andar e o auxiliar n.º 1 libera,


lentamente, o cabo guia, até que a vítima desça a uma altura em que o
auxiliar n.º 2 possa pegá-la entre os braços, retirando-a debaixo da escada
e colocando-a no solo (figura 268).

Dado o pronto da descida da vítima, descem os homens da guarnição que


se encontravam na parte superior, na mesma ordem que subiram.

O chefe determina que seja desarmada a escada, enquanto o auxiliar n.º 3 enrola a corda, o chefe,
juntamente, com o auxiliar n.º 4 dão assistência à vítima.

Depois de recolhido o material, o chefe dará por encerrada a operação.

Observação: o modo em que o auxiliar n.º 1 guarnece o cabo de sustentação, utilizado para descida da
vítima, é realizado da seguinte forma:

1) O cabo passa à frente do corpo pelo tórax;


2) Indo até o ombro do mesmo sentido de subida do cabo;
3) Passa cruzando pelas costas;
4) O empunha à frente na altura da cintura.

Salvamento no plano vertical com o emprego da escada prolongável e maca (técnica n.º 3)

A retirada da vítima no plano vertical empregando a maca e a escada prolongável só é realizada na


impossibilidade de retirar a vítima por vias normais (escadas, elevadores), principalmente se ela apresentar
sinais de lesões na coluna ou situações adversas que possam agravar o seu quadro clínico.

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A guarnição é composta pelo chefe de guarnição e 4 auxiliares (n.º 1, n.º 2, n.º 3 e n.º 4), a qual prepara o
material para a execução da técnica de salvamento (uma escada prolongável, uma maca, dois cabos da vida,
um cabo solteiro de 25 metros.

Atribuições dos componentes da guarnição

Chefe de guarnição:
- Comanda e coordena a operação;
- Determina que seja armada a escada para dar início ao salvamento;
- Sobe para o local em que se encontra a vítima; -
determina que o auxiliar n.º 4 suba a escada com uma corda de 25 metros (cabo guia), para ser utilizado no
içamento da maca;
- Determina que o auxiliar n.º 3 prepare a maca para ser içada;
- Determina que o auxiliar n.º 4 puxe a maca e que o auxiliar n.º 3 suba a escada, guiando a maca;
- Verifica as condições em que se encontra a vítima;
- Auxilia na colocação da vítima na maca;
- Auxilia na saída da maca;
- Coordena todo o processo de descida da maca.

Auxiliares n.º 1 e n.º 2:


- Transportam e arma a escada;
- Corrigem a escada;
- Posicionam a escada na vertical;
- O auxiliar n.º 2 deverá guarnecer a escada para a subida do chefe e dos auxiliares n.º 3 e n.º 4;
- Arriam a escada para a descida da maca com a vítima;
- O auxiliar n.º 1 deverá segurar a escada enquanto o auxiliar n.º 2 se posiciona e segura a maca onde está
confeccionado o Laís de guia, não a deixando cair ou girar;
- O auxiliar n.º 1 deverá desfazer a amarração dos fiéis que prendem a maca à escada;
- Retiram a maca da escada;
- Elevam a escada para a descida da guarnição;
- Desarmam a escada ao término da operação.

Auxiliar n.º 3:
- Auxilia o auxiliar n.º 4 a transportar a maca;
- Transporta 2 (dois) cabos da vida;
- Faz a amarração da maca (Laís de guia) para o içamento;
- Auxilia na colocação da vítima na maca;
- Auxilia no posicionamento da maca para a sua fixação na escada;
- Executa o nó prussik na maca e o fiel na escada com o cabo da vida;
- Auxilia a saída da maca do local.

Auxiliar n.º 4:
- Transporta a corda que será usada como cabo guia;
- Auxilia o auxiliar n.º 3 a transportar a maca;
- Desenrola a corda e fixa a sua extremidade em um ponto seguro;
- Lança uma extremidade da corda ao solo para o içamento da maca;
- Iça a maca quando o auxiliar n.º 3 der o pronto à amarração;
- Auxilia na colocação da vítima na maca;

80
- auxilia no posicionamento da maca para a sua fixação
na escada; -
executa o nó prussik na maca e o nó volta do fiel na escada;
- responsabiliza-se pela descida da vítima na maca, por meio
do cabo guia até que ela seja recolhida pelos auxiliares n.º 1 e
n.º 2.

Observação: todos os componentes da guarnição que se


encontram na parte superior, deverão utilizar a segurança
individual.

Técnica empregada pela guarnição


Ao comando de: “preparar para a retirada de vítima utilizando escada prolongável e maca”, o chefe de
guarnição determina aos auxiliares n.º 1 e n.º 2, que armem a escada, seguindo as vozes de comando de
armação da escada.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4 transportam a maca até o local mais próximo da escada, deixando-a no solo.

O chefe de guarnição sobe e verifica a situação da vítima.

O auxiliar n.º 4 sobe a escada após o chefe, levando consigo a corda


que será usada como cabo guia. Chegando no local, fixa uma das
extremidades e lança o chicote ao solo.

O auxiliar n.º 3 recolhe o chicote e dá um Laís de guia na maca.

Depois, ele dá o pronto à amarração da maca e grita: “Içar maca”.

O auxiliar n.º 4 faz o içamento da maca.

O auxiliar n.º 3 o auxilia no içamento da maca ao mesmo tempo em que


sobe a escada.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4 colocam a maca próxima à vítima.

O chefe de guarnição, com a ajuda dos auxiliares n.º 3 e n.º 4, colocam a vítima na maca e a posicionam para
fixá-la na escada.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4, munidos dos cabos da vida, fixam a maca na escada executando as seguintes
amarrações: nos punhos de sustentação da maca executam o nó prussik, utilizando o seio da corda; e nos
banzos e degrau da escada, executam o nó volta do fiel, deixando um espaço entre a maca e a escada de 15
cm aproximadamente. Os dois dão o pronto à amarração.

O chefe determina aos auxiliares n.º 1 e n.º 2 que encostem o pé da escada junto à parede na vertical (figura
272).

Após o pronto dos auxiliares n.º 1 e n.º 2, o chefe determina que eles comecem a inclinar a escada seguindo,
lado a lado, voltados para a escada.
81
Enquanto os auxiliares n.º 1 e n.º 2 inclinam a escada, o auxiliar n.º 4 guia a maca, mantendo uma descida
lenta e constante até que os auxiliares n.º 1 e n.º 2 estejam prontos (figura 273).

Antes de a escada tocar o solo, o auxiliar n.º 1 a segura na altura do joelho, e o auxiliar n.º 2 desloca-se para
os pés da maca e a segura.

O auxiliar n.º 1 desfaz a amarração dos fiéis e auxiliado pelo n.º 2, retira a maca de cima da escada, ambos
colocam a maca com a vítima no solo, dão o pronto e elevam a escada para a descida da guarnição na
mesma sequência de subida: chefe, o auxiliar n.º 4 e o auxiliar n.º 3 (figura 271).

Após a descida do último homem, o chefe de guarnição determinará que seja desarmada a escada.

É dada por encerrada a operação.Salvamento em poço ou fosso com o emprego de escada prolongável
como guincho (técnica n.º 4)

A guarnição é composta de chefe de guarnição e 4 auxiliares (n.º 1, 2, 3 e 4), ficando responsável por
preparar o material para a execução da técnica de salvamento (uma escada prolongável, duas cordas de 25
metros/estais, uma corda de 50 metros dobrada/cabo guia, dez mosquetões, dois cabos da vida, duas
roldanas simples.

Atribuições dos componentes da guarnição

Chefe de guarnição:
- comanda e coordena a operação;
- responsabilizam-se pelo transporte de 10 (dez) mosquetões, 2 (duas)
roldanas e 2 (dois) cabos da vida;
- coloca esses materiais próximos à escada nos pontos onde serão fixados;
- determina o local onde será colocada a ponta da escada;
- safa o cabo guia para a passagem pela escada;
- passa o cabo guia pelos mosquetões, roldanas e escada;
- Executa um Laís de guia na corda dobrada deixando 3 alças;
- Auxilia na elevação da escada;
- Verifica a inclinação da escada e se ela está com a ponta na direção do centro do buraco (poço).

Auxiliares n.º 1 e n.º 2:


- Transportam a escada;
- Colocam a escada sobre a coxa, mais ou menos entre o penúltimo e antepenúltimo degrau;
- Executam o nó volta do fiel, abraçando o penúltimo degrau da escada e o banzo;

82
- Elevam a escada;
- Guarnecem a escada.

Auxiliar n.º 1
- Toma posição no cabo guia para içamento da vítima;
- Iça a vítima;
- Guarnece e apoia a escada com um dos pés pisando no 1.º degrau próximo às sapatas (sempre do lado
contrário ao auxiliar n.º 2).

Auxiliar n.º 2
- Guarnece a escada com um dos pés (apoia uma das sapatas da escada);
- Ajuda o auxiliar n.º 1 a içar a vítima.

Auxiliar n.º 3
- Transporta um cabo solteiro (25 metros);
- Executa o nó volta do fiel no topo da escada;
- Coloca os mosquetões e a roldana no nó do topo da escada;
- Mune-se do estol do lado esquerdo da escada, o leva até a sapata (do mesmo lado) e, a partir daí, contar 4
(quatro) passos para frente e gira para a direita, num ângulo de 90 graus, depois conta 3 (três) passos, gira
para a esquerda e toma posição no estol.

Auxiliar n.º 4
- Transporta um cabo solteiro (25 metros);
- Executa o nó volta do fiel no primeiro degrau da escada;
- Coloca os mosquetões e as roldanas no nó da sapata da escada;
- Toma os mesmos procedimentos que o auxiliar n.º 3, porém, com o estol do lado contrário.

Técnica empregada pela guarnição


O chefe comanda: “preparar para a retirada de vítima utilizando a escada como guincho”, e parte para
determinar o local onde deverá ser colocado o topo da escada, com os materiais de sua responsabilidade.

Os auxiliares n.º 1 e n.º 2 transportam a escada e colocam-na no local determinado pelo chefe.

Em lados contrários e frente a frente, os auxiliares n.º 1 e n.º 2 colocam a escada sobre a coxa, no penúltimo
degrau, e pegam os estais, cada um de seu lado e executam um nó volta do fiel amarrando o penúltimo
degrau e o banzo (figura 276).

O auxiliar n.º 3 executa o nó volta do fiel, com o cabo da vida dobrado, no topo da escada e coloca os
mosquetões e a roldana da seguinte forma: coloca os dois mosquetões paralelos fixando a roldana; trava e
gira um dos mosquetões. Coloca três mosquetões, um enganchado no outro, em forma de corrente.

Observação: esses mosquetões devem ser fixados nas duas voltas do centro do fiel.

O auxiliar n.º 4 executa o fiel com o cabo da vida dobrado no primeiro degrau da escada e coloca os
mosquetões e a roldana da seguinte forma: coloca três mosquetões enganchados um no outro em forma de
corrente. Coloca dois mosquetões paralelos e fixa a roldana; trava e gira um deles.

O chefe passa o cabo guia na escada da seguinte forma: pega o seio do cabo, passa pelo mosquetão de
segurança, pela roldana, percorre o mesmo caminho por cima da escada, conta três degraus do topo para
trás; no terceiro degrau, desce um degrau; no segundo degrau, desce dois degraus: passa o cabo pela
83
roldana e pelo mosquetão de segurança, puxará o suficiente para executar um Laís de guia com o seio do
cabo e que alcance a vítima.

Os auxiliares n.º 1 e n.º 2 colocarão a escada no solo, deixando


espaço para a passagem dos estais.

Os auxiliares n.º 3 e n.º 4 pegam os estais no solo, caminham até as


sapatas da escada, em lados contrários, contarão quatro passos em
frente, fazem um giro de 90 graus para lados opostos (ficando de
costas para a escada) e caminham três passos em frente, viram para
a escada e tomam posição, guarnecendo os estais.

O chefe verifica a inclinação e a centralização da escada, caso esteja


boa, determina ao auxiliar n.º 1 que tome posição no cabo guia; e o
n.º 2 que guarneça a escada (figura 275).

Observação: nessa técnica, deverá ser empregado um sexto componente para penetrar no poço como
socorrista imediato e fazer a colocação do nó na vítima.

Feita a colocação do nó na vítima, o chefe determina ao auxiliar n.º 1 que comece a içar a vítima sendo
ajudado pelo auxiliar n.º 2 (figura 274).

O auxiliar n.º 1 coordena o içamento da vítima da seguinte forma:

- Pisa no primeiro degrau da escada; estende o cabo guia o máximo possível; dá um “rop” e, juntamente com
o auxiliar n.º 2, puxa o cabo;
- Enquanto o auxiliar n.º 1 toma a posição, o auxiliar n.º 2 segura o cabo guia (esse cabo guia é o cabo de
sustentação da vítima).

O chefe de guarnição pode ajudar no içamento da vítima.

Quando a vítima ascender, o chefe a recolherá para a borda do poço (figuras 274), retirando o nó da vítima e
o lançando para o sexto componente para que ele possa sair do poço.O chefe determina que seja desarmada
a operação no sentido inverso ao da armação.

Cordas, nós e laçadas


Principais termos utilizados no manuseio com Cordas.

84
Aduchar – trata-se do acondicionamento de uma corda, visando seu pronto emprego.
Corda – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
Corda Guia – Corda utilizada para direcionar os içamento ou descidas de pessoas, objetos ou equipamentos.
Carga de Ruptura – exprime a tensão mínima necessária para romper uma Corda.
Carga de Segurança de Trabalho – corresponde a 20% da carga de ruptura. É o esforço a que uma corda
poderá ser submetida, considerando-se o coeficiente de segurança 5. Carga máxima a que se deve submeter
uma corda.
Corda de Sustentação – Corda principal onde se realiza um trabalho.
Coçado – Corda ferida, puída em consequência de atrito.
Laçada – forma pela qual se prende temporariamente uma corda, podendo ser desfeita facilmente.
Nó – entrelaçamento das partes de uma ou mais cordas, formando uma massa uniforme.
Peso – relação entre quantidade de quilos (Kg) por metro (m) de uma corda.
Tesar – esticar uma corda, ato de aplicar tensão à corda.

Principais partes de uma corda.


Alça – é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em uma corda.
Corda – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
Chicote – extremos livres de uma corda, nos quais normalmente se realiza uma falcaça.
Falcaça – arremate realizado no extremo de uma corda, para que a mesma não desacoche. É a união dos
cordões dos chicotes da corda por meio de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento nas cordas de fibra
sintética pode ser feita queimando-se as extremidades dos chicotes.
Seio ou Anel – volta em que as partes de uma mesma corda se cruzam.
Vivo ou Firme – é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa da corda.

Cuidados com as Cordas


Para prolongar a vida útil de uma corda, e emprega-la em condições de segurança, deve-se seguir algumas
regras básicas:

 Não friccionar a corda contra arestas vivas e superfícies abrasivas.


 Não submeter à corda a tensão desnecessária.
 Evitar o contato da corda com areia, terra, graxa e óleos.
 Evitar arrastar a corda sobre superfícies ásperas.
 Não ultrapassar a Carga de Segurança de Trabalho durante o tensionamento da corda.
 Lavar a corda após o uso, em caso de necessidade.
 Não guardar cordas úmidas. Caso necessário, seca-las na sombra, em local arejado

Nós e amarrações

Nó direito é um nó utilizado para unir cabos não escorregadios e de diâmetros iguais. Pode apertar tornando
difícil o desate.

Nó de frade: Um uso prático é criar apoios em uma corda lisa para facilitar a subida ou descida de uma
pessoa. Aplica-se em cabos lisos ou escorregadios.

85
Nó de Reforço: Para reforçar cordas fracas

MODULO 10

86
PRODUTOS PERIGOSOS
TRANSPORTE RODOVIÁRIO

• Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988: Regulamento para Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
(RTRPP);

• Decreto nº 1797, de 25 de janeiro de 1996: Acordo de Alcance Parcial para Facilitação de Transporte de
Produtos Perigosos no MERCOSUL;

• Portaria nº 204, de 20 de maio de 1997: Instruções Complementares ao RTTPP. (Revogou a Portaria nº 291
de 31.05.88);

• Resolução ANTT Nº 420, de 12 de fevereiro de 2004: Aprova as Instruções Complementares ao


Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos

Perigosos (Alterou a Portaria nº 204/97);

• Normas Técnicas da ABNT (NBR):


− NBR 7500 - Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais.
− NBR 7501 - Transporte de produtos perigosos - terminologia.
− NBR 7503 - Ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos - características e dimensões.
− NBR 7504 - Envelope para transporte de produtos perigosos -características e dimensões.
− NBR 8285 - Preenchimento da ficha de emergência para o transporte de produtos perigosos.
− NBR 8286 - Emprego da sinalização nas unidades de transporte e de rótulos nas embalagens de produtos
perigosos.
− NBR 9734 - Conjunto de equipamentos de proteção individual para avaliação de emergência e fuga no
transporte rodoviário de produtos perigosos.
− NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de produtos perigosos.
− NBR 10271 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de ácido fluorídrico -
procedimento.
− NBR 12710 - Proteção contra incêndio por extintores no transporte rodoviário de produtos perigosos.
− NBR 12982 - Desgaseificação de tanque rodoviário para transporte de produto perigoso - classe de risco 3 -
líquidos inflamáveis - procedimento. − NBR 14064 - Atendimento de emergência no transporte rodoviário de
produtos perigosos.
− NBR 14095 - Área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos

• Legislação Ambiental:
− Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto 99.274, de 06 de junho de 1990.
− Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Lei de Crimes Ambientais.

• Regulamentos Técnicos do INMETRO Normas do CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear):


− CNEN 5.01 – Regulamenta o transporte de materiais radioativos; − CNEN 2.01 – Regulamenta a proteção
física de Unidades de Operacionais de área nuclear. •
R 105 – Regulamento do Ministério do Exército: Regulamenta a fiscalização de produtos controlados
• Alguns Artigos importantes do Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988,[Regulamento para Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos (RTRPP)] voltados para a equipe de intervenção: Art. 1.º O transporte, por
via pública, de produto que seja perigoso ou represente risco para a saúde de pessoas, para a segurança
pública ou para o meio ambiente, fica submetido às regras e procedimentos estabelecidos neste

87
Regulamento, sem prejuízo do disposto em legislação e disciplina peculiar a cada produto. Parágrafo 1º. Para
os efeitos deste Regulamento‚ é produto perigoso o relacionado em Portaria do Ministério dos Transportes.

Parágrafo 2º. No transporte de produto explosivo e de substância radioativa serão observadas, também, as
normas especificas do Ministério do Exército e da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN,
respectivamente. (R-105 e Res 5.01 - CNEN). [...]

Art. 27. Em caso de emergência, acidente ou avaria, o fabricante, o transportador, o expedidor e o


destinatário do produto perigoso darão apoio e prestarão os esclarecimentos que lhes forem solicitados pelas
autoridades públicas.

Art. 28. As operações de transbordo em condições de emergência deverão ser executadas em conformidade
com a orientação do expedidor ou fabricante do produto e, se possível, com a presença de autoridade
pública. [...]

Art. 41. A fiscalização para a observância deste Regulamento e de suas instruções complementares incumbe
ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo da competência das autoridades com jurisdição sobre a via por
onde transite o veículo transportador.

TRANSPORTE MARÍTIMO
INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION (IMO): Organismo vinculado à Organização das Nações
Unidas (ONU) que regulamenta o transporte marítimo.

 SOLAS 1974 - (International Convention for the Safety of the Life at Sea) - É a Convenção
Internacional para a Segurança Marítima. Contém as disposições obrigatórias que regem o transporte
de Produtos Perigosos.
 MARPOL 73/78 - Trata dos diversos aspectos da prevenção da contaminação do mar e seus
ecossistemas, contém as disposições obrigatórias para a prevenção da contaminação por substâncias
prejudiciais transportadas por mar.
 IMDG CODE - International Maritime Dangerous Goods Code - (Código Marítimo Internacional sobre
Mercadorias Perigosas): Recomenda que as determinações sejam adotadas pelos governos que os
tomem como base para as suas regulamentações. Com a observação deste Código se harmonizam
as práticas e os procedimentos adotados para o transporte por mar de mercadorias perigosas e se
garantem o cumprimento das disposições obrigatórias do Convênio SOLAS 1974.

CONCEITOS, CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO


Ao final desta lição, os participantes serão capazes de:

• Definir os principais conceitos referentes a produtos perigosos;


• Reconhecer as diferentes formas de se identificar um produto perigoso;
• Identificar as diferentes seções do Manual da ABIQUIM;
• Identificar um produto perigoso a partir do painel de segurança;
• Escolher a Guia adequada para um determinado produto;
• Definir distâncias adequadas de isolamento e evacuação;
• Reconhecer as nove classes de risco;
• Identificar as principais características e riscos referentes a cada classe.

88
PRODUTO PERIGOSO
É toda substância sólida, líquida ou gasosa que, quando fora de seu recipiente, pode produzir danos às
pessoas, propriedades ou meio ambiente.

CARGA PERIGOSA
É o mau acondicionamento ou a arrumação física deficiente de uma carga ou volume que venha a oferecer
riscos de queda ou tombamento, podendo gerar outros riscos.

O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA ONU


Na relação de produtos considerados perigosos foi adotada a classificação da Organização das Nações
Unidas que agrupa tais produtos em nove Classes de Risco. A inclusão de um produto em uma classe leva
em conta o seu risco principal.

CLASSE 1 – EXPLOSIVOS

Substância explosiva é uma substância sólida ou líquida, ou a mistura de substâncias,


capaz de produzir gás por uma reação química, a uma temperatura, pressão e velocidade
que provoquem danos à sua volta. Estão incluídas nessa definição as substâncias
pirotécnicas, mesmo que não desprendam gases. Ex.: Dinamite, Nitrocelulose, Pólvora,
Cordel, acendedor, cartuchos para arma de festim, TNT (Trinitrotolueno) etc.

O que é explosão?

Reação química provocada por uma substância qualquer que dentro de brevíssimo lapso de tempo, atinge
grande volume, a partir de um volume muito menor, e provoca reações violentas com deslocamento de
massa de ar e liberação de gases superaquecidos (onda mecânica e onda térmica).
A maioria dos produtos explosivos possui em sua composição química os elementos carbono, hidrogênio,
oxigênio e nitrogênio.

A classe 1 é uma classe restritiva porque apenas as substâncias e artigos listados na relação de produtos
perigosos podem ser aceitos para o transporte. Entretanto, o transporte para fins especiais dos produtos não
incluídos naquela relação pode ser realizado sob licença especial das autoridades competentes

A Classe 1 está subdividida em 6 subclasses:

• Subclasse 1.1 - Substâncias e artigos com risco de explosão em massa. Ex.: Nitrobenzotriazol;
• Subclasse 1.2 - Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de explosão em massa. Ex.:
Artigos Pirofóricos;
• Subclasse 1.3 - Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de explosão, de projeção ou
ambos, mas sem risco de explosão em massa. Ex: Cartuchos para sinalização;
• Subclasse 1.4 - Substância e artigos que não apresentam riscos significativos. Ex.: Cartuchos para armas;
• Subclasse 1.5 - Substância muito insensível com risco de explosão em massa. Ex.: Explosivo de Demolição
Tipo B;
• Subclasse 1.6 - Substância extremamente insensível, sem risco de explosão em massa. Ex.: Explosivos
usados em minas de escavação.

CLASSE 2 – GASES COMPRIMIDOS, LIQUEFEITOS, DISSOLVIDOS SOB PRESSÃO OU ALTAMENTE


REFRIGERADOS

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Gás é uma substância que a 50ºC tem a pressão de vapor
superior a 300 KPa, ou, ainda, é completamente gasoso na
temperatura de 20ºC e na pressão normal de 101,3 KPa.

A Classe 2 está dividida em três subclasses, com base no risco


principal que os gases apresentam durante o transporte:

• Subclasse 2.1 - Gases inflamáveis;


• Subclasse 2.2 - Gases não-inflamáveis, não-tóxicos: São gases asfixiantes ou oxidantes;
• Subclasse 2.3 - Gases tóxicos.

Sempre quando se tratar de gases deve-se analisar o risco principal do produto pelo 2º número. Por exemplo,
os gases venenosos (tóxicos) poderiam ser incluídos na subclasse 6.1, porque seu caráter venenoso é o risco
principal, porém está definido com o n.º de risco 26.

Quando o gás apresentar outros riscos, tipo inflamabilidade e toxidez, utiliza-se no rótulo de risco o n.º 2 com
a inscrição “Gás Inflamável” e “Gás Tóxico”.

Os gases têm a característica de aumentar de pressão quando aquecidos, podendo provocar explosão.
Portanto, devemos evitar a exposição a altas temperaturas. O fenômeno conhecido como BLEVE é o mais
perigoso e devemos estar atento às suas características.

CLASSE 3 – LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Líquidos inflamáveis são líquidos, misturas de líquidos ou líquidos contendo sólidos em solução ou
suspensão, que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5ºC, em teste de vaso fechado, ou
até 65,5ºC em teste de vaso aberto.

Um caminhão tanque que tenha descarregado um líquido inflamável continua com risco de inflamabilidade
por ainda conter uma mistura de gases inflamáveis.

Nas manobras de carregamento e descarregamento deve-se utilizar cabo-terra em todas as partes metálicas
envolvidas, para que não ocorram centelhas em virtude da eletricidade estática.

CLASSE 4 – SÓLIDOS INFLAMÁVEIS

Sólidos inflamáveis são substâncias sujeitas à combustão


espontânea. São substâncias que, em contato com
água,emitem gases inflamáveis.

A classe 4 é dividida em três subclasses:

• Subclasse 4.1 - Sólidos Inflamáveis - Sólidos, exceto os classificados como explosivos que, em condições
encontradas no transporte, são facilmente combustíveis ou que, por atrito, podem causar ou contribuir para o
fogo. Inclui produtos autorreagentes que podem sofrer reações fortemente exotérmicas.

• Subclasse 4.2 - Substâncias sujeitas à combustão espontânea – Elas são sujeitas a aquecimento
espontâneo em condições normais de transporte, ou aquecimento em contato com o ar, podendo inflamar-se.

90
• Subclasse 4.3 - Substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis – São aquelas que, por
interação com a água, podem tornar-se espontaneamente inflamáveis ou liberar gases inflamáveis em
quantidades perigosas.

CLASSE 5 – SUBSTÂNCIAS OXIDANTES; PERÓXIDOS ORGÂNICOS

A Classe 5 é dividida em duas subclasses:

• Subclasse 5.1 - Substâncias Oxidantes - Substâncias que, embora não sendo elas
próprias necessariamente combustíveis, podem, em geral, por liberação de oxigênio,
causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isto. Ex.: nitrato de sódio, ácido
clorídrico, cloreto de zinco etc.;

• Subclasse 5.2 - Peróxido Orgânico - Substâncias tecnicamente instáveis, podendo


decompor-se explosivamente, queimar rapidamente, ser sensíveis a choques e atritos e
causar danos aos olhos, facilitando também a combustão de outros produtos. Ex.: ácido
piracético, hidro peróxido de butila etc.

Cuidados especiais:

1- Os veículos devem ser adaptados para que vapores do produto não entrem na cabine;
2- Os produtos devem ser protegidos contra o calor nos níveis de prescrição de cada um;
3- Durante o transporte de produtos que se decompõem com facilidade à temperatura ambiente, as paradas
por necessidade de serviço devem, sempre que possível, ser efetuadas longe de locais habitados.

CLASSE 6 – SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E INFECTANTES

A Classe 6 é dividida em duas subclasses:

• Subclasse 6.1 - Substâncias Tóxicas - São substâncias capazes de provocar a morte, injúrias sérias ou
danos à saúde humana, caso sejam ingeridos, inalados ou que entrem em contato com a pele. Ex. : ácido
arsênico, pentacloreto de sódio, iodeto de benzila etc.;

• Subclasse 6.2 - Substâncias Infectantes - São aquelas que contêm micro-organismos viáveis às suas
toxinas, os quais provocam, ou há suspeita que possam provocar doenças em seres humanos ou animais.
Produtos Biológicos acabados são pertencentes a esta subclasse.

CLASSE 7 – SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

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São substâncias que liberam energia através da quebra dos núcleos de seus átomos. As substâncias desta
classe devem ser protegidas e isoladas (embalagens especiais revestidas com chumbo), porque a
radioatividade é nociva aos tecidos humanos, podendo causar a morte. Ex.: carbono 14, césio 137, cobalto
56, rádio 226 e 228, urânio 232 etc..

A Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN estabelece normas que controlam a produção, o comércio,
o transporte e o armazenamento do material radioativo em todo território nacional.

CLASSE 8 – SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS

São substâncias que, por ação química, causam sérios danos, quando em contato com tecido vivo ou, em
caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o veículo, podendo ainda apresentar
outros riscos. Ex. : ácido sulfúrico, ácido acético, ácido clorídrico etc..

Podem der divididos em três grupos de riscos:

Grupo 1 - Substâncias muito perigosas - provocam visível necrose da pele após um período de exposição
inferior a três minutos;
Grupo 2 - Substâncias que provocam risco médio - provocam visível necrose da pele após um período de
exposição superior a três minutos e inferior a sessenta minutos;
Grupo 3 - Substâncias de menor risco, incluindo:
- aquelas que provocam visível necrose da pele num período de contato inferior a 4 horas;
- aquelas com uma taxa de corrosão em superfícies de aço ou alumínio superior a 6,25mm por ano, a uma
temperatura de teste de 55ºC.

Algumas substâncias desta classe se tornam mais corrosivas depois de reagirem com a água. Esta reação
libera gases corrosivos, irritantes, facilmente visíveis pela formação de fumaça.

CLASSE 9 – SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS


São todas as substâncias que, durante o transporte, apresentam um risco não coberto pelas outras classes.
Ex.: Dióxido de carbono, nitrato de amônia, resíduos.

O SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA ONU


A Organização das Nações Unidas (ONU) preocupada com o crescente número de acidentes ambientais
envolvendo produtos perigosos e a necessidade de uma padronização dos mesmos atribuiu a cada um deles
um número composto de quatro algarismo conhecido por “Número da ONU”.

A relação dos principais produtos perigosos em ordem numérica e alfabética consta do Manual de
Emergências da Associação Brasileira da Indústria Química e de Produtos Derivados (ABIQUIM), que é uma
entidade de classe representativa do setor da indústria química no Brasil desde 1964.

FORMAS DE IDENTIFICAÇÃO
• Painel de Segurança
• Rótulo de Risco
• Ficha de Emergência
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• Nota Fiscal
• Diamante de Hommel

Este painel de segurança (placa laranja) deve ser afixado nas laterais, traseira e dianteira do veículo. É
constituído de quatro algarismos (número da ONU) e o número de risco.

NÚMERO DE RISCO
Este número é constituído por dois ou três algarismos e se necessário à letra “X”. Quando for expressamente
proibido o uso de água no produto perigoso deve ser cotada a letra X, no início, antes do número de
identificação de risco.
O número de identificação de risco permite determinar de imediato:
• O risco principal do produto = 1º algarismo
• Os riscos subsidiários = 2º e/ou 3º algarismos

SIGNIFICADO DO PRIMEIRO ALGARISMO (RISCO PRINCIPAL DO PRODUTO)

SIGNIFICADO DO SEGUNDO E/OU TERCEIRO ALGARISMO

OBSERVAÇÕES:
− Na ausência de risco subsidiário deve ser colocado como 2º algarismo o zero.
− No caso de gás nem sempre o 1º algarismo significa o risco principal.
− A duplicação ou triplicação dos algarismos significa uma intensificação do risco.

EXEMPLOS:
30 = INFLAMÁVEL 33 = MUITO INFLAMÁVEL 333 = ALTAMENTE INFLAMÁVEL

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OBSERVAÇÕES:

• Os painéis de segurança devem ser de cor laranja e os números de identificação de risco e de produto
perigoso (número da ONU) devem ser indeléveis de cor preta.

• O painel de segurança e o rótulo de risco, se destacáveis, devem ter seus versos pintado na cor preta, e os
números citados no painel não devem ser removíveis.

• Os algarismos do painel de segurança devem ter altura de 10 cm e largura de 5,5 cm.

• No Brasil, os símbolos convencionais e seu dimensionamento são estabelecidos pela NBR 7500, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas, de Mar/2000 – Símbolo de risco e manuseio para o transporte e
armazenamento de materiais.

A classificação da Organização das Nações Unidas reconhece nove CLASSES DE RISCO e subclasses,
conforme a relação a seguir:

Os números das CLASSES DE RISCO apresentam o seguinte significado.

CLASSE 1 = EXPLOSIVOS
Substâncias submetidas a transformações químicas extremamente rápidas e que produzem grandes
quantidades de gases e calor. Muitas das substâncias pertencentes a esta classe são sensíveis ao calor, ao
choque e à fricção. Já outros produtos da mesma classe necessitam de um intensificador para explodirem.

CLASSE 2 = GASES
Esta classe compreende os gases comprimidos, os liquefeitos, os dissolvidos sob pressão ou, ainda, os
altamente refrigerados, ditos criogênicos. Em caso de vazamentos ou fugas, os gases tendem a ocupar todo
o ambiente, mesmo quando possuem densidade diferente da do ar atmosférico. Além do risco inerente ao
seu estado físico, os gases podem apresentar riscos adicionais, como, por exemplo, inflamabilidade,
toxidade, poder de oxidação e corrosividade, entre outros.

CLASSE 3 = LIQUIDOS INFLAMÁVEIS


As substâncias pertencentes a esta classe são de origem orgânica e apresentam-se como matéria em estado
líquido. Um fator de grande importância a ser considerado diante à presença de líquidos inflamáveis é as
possíveis fontes de calor, além dos conceitos de ponto de fulgor e limites de inflamabilidade.

CLASSE 4 = SÓLIDOS INFLAMÁVEIS E COMBUSTÃO EXPONTÂNEA QUE EMITEM GASES


INFLAMÁVEIS EM CONTATO COM ÁGUA
Esta classe abrange todas as substâncias sólidas que podem inflamar-se na presença de uma fonte de
ignição, em contato com o ar ou com a água, e que não são classificados como explosivos. Em função da
variedade de características dos produtos desta classe, os mesmos são agrupados em subclasses.

CLASSE 5 = SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS


Substâncias oxidantes são aquelas que, embora não sendo combustíveis, podem, em geral pela liberação de
oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso. Os peróxidos orgânicos são
agentes de alto poder oxidante, sendo que, na grande maioria, produzem irritação nos olhos, pele, mucosas e
garganta.

CLASSE 6 = SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS INFECTANTES


São substâncias capazes de provocar a morte ou danos à saúde humana, se ingeridas, inaladas ou em
94
contato com a pele, mesmo em pequenas quantidades. Os efeitos gerados a partir do contato com
substâncias tóxicas estão relacionados com o seu grau de toxidade e o tempo de exposição e dose.

CLASSE 7 = MATERIAIS RADIOATIVOS


Radioativo é o processo de desintegração espontânea de um núcleo estável, acompanhado da emissão de
radiação nuclear. Os materiais radioativos sofrem diversos tipos de desintegração, entre eles, os principais
são as radiações alfa, beta e gama. A proteção individual para o trabalho com radiações ionizantes baseia-se
em três fatores principais, tempo, distância e blindagem.

CLASSE 8 = CORROSIVOS
São substâncias que, por ação química, causa severos danos em contato com tecidos vivos. Basicamente,
existem dois principais grupos de materiais que apresentem estas propriedades, os ácidos e as bases.

CLASSE 9 = SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS


Substância que apresenta um risco não coberto por qualquer das outras classes.

CLASSSE DE RISCO

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As classes e respectivas subclasses dos produtos perigosos apresentam os seguintes significados:

Classe 1 Explosivos
Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em massa
Subclasse 1.2 Substância e artefatos com risco de projeção
Subclasse 1.3 Substância e artefatos com risco predominante de fogo
Subclasse 1.4 Substância e artefatos que não apresentam riscos significativos
Subclasse 1.5 Substâncias pouco sensíveis
Subclasse 1.6 Substâncias extremamente insensíveis

Classe 2 Gases
Subclasse 2.1 Gases inflamáveis
Subclasse 2.2 Gases comprimidos não tóxicos e não inflamáveis
Subclasse 2.3 Gases tóxicos por inalação

Classe 3 Líquido inflamável

Classe 4 Sólidos inflamáveis, substâncias passíveis de combustão espontânea, substâncias que, em contato
com a água, emitem gases inflamáveis
Subclasse 4.1 Sólidos inflamáveis
Subclasse 4.2 Substâncias passíveis de combustão espontânea
Subclasse 4.3 Substâncias que em contato com a água, emitem gases inflamáveis

Classe 5 Substâncias oxidantes, peróxidos orgânicos


Subclasse 5.1 Substâncias oxidantes
Subclasse 5.2 Peróxidos orgânicos

Classe 6 Substâncias tóxicas, infectantes.


Subclasse 6.1 Substâncias tóxicas.
Subclasse 6.2 Substâncias infectantes.

Classe 7 Substâncias radioativas.


Classe 8 Substâncias corrosivas.
Classe 9 Substâncias perigosas diversas.
DIAMANTE HOMMEL

VERMELHO – INFLAMABILIDADE
4 – Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos
3 – Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente
2 – Produtos que entram em ignição quando aquecidos moderadamente
1 – Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição
0 – Produtos que não queimam

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AZUL – PERIGO PARA SAÚDE
4 – Produto Letal
3 – Produto severamente perigoso
2 – Produto moderadamente perigoso
1 – Produto levemente perigoso
0 – Produto não perigoso ou de risco mínimo

AMARELO – REATIVIDADE
4 – Capacidade de detonação ou decomposição com explosão à temperatura ambiente
3 – Capacidade de detonação ou decomposição com explosão quando exposto à fonte de energia severa
2 – Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou pressões elevadas
1 – Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido
0 – Normalmente estável

BRANCO – RISCOS ESPECIAIS

w - Evite o uso de água


ALK - Base forte
OXY - Oxidante forte
ACID - Ácido forte
- Material radioativo

COMO UTILIZAR O MANUAL PARA ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA COM PRODUTOS PERIGOSOS

OBJETIVO DO MANUAL

O manual foi desenvolvido pelo departamento de transporte dos Estados Unidos,sendo adaptado pela
Associação Brasileira de Indústria Química (ABIQUIM) ao Brasil, visando direcionar os atendimentos às
características dos produtos químicos que são produzidos e transportados em solo brasileiro. O Manual está
em observância com o ERG 2000 (Emergency Response Guidebook), sendo o mesmo aplicado nos Estados
Unidos, Canadá e México. O conteúdo apresentado é baseado na 5ª edição do manual de emergência da
ABIQUIM, de 2006.

O Manual de Emergências da ABIQUIM é uma fonte de informação inicial, somente para os primeiros 30
minutos do acidente. Utilize suas recomendações para orientar as primeiras medidas na cena de
emergências, até a chegada de técnicos especializados, evitando riscos e a tomada de decisões incorretas.

AS SEÇÕES DO MANUAL

O manual para atendimento a emergência com produtos perigos possui cinco seções:

SEÇÃO BRANCA: A seção branca aborda informações gerais acerca do manual, bem como dados
referentes aos números de risco e suas características, além da tabela de códigos de riscos.

SEÇÃO AMARELA: A seção amarela classifica os produto perigosos pelo número da ONU, relacionando o
número ao nome do mesmo, atribuindo com isso a sua classe de risco e a respectiva guia de emergência.
Nesta seção estão organizados os produtos perigosos em ordem numérica crescente, de acordo com a
designação da ONU.
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SEÇÃO AZUL: A seção azul identifica o produto pelo seu nome comercial, servindo para se associar o
mesmo à sua respectiva guia de emergência e ao número da ONU.

SEÇÃO LARANJA: A seção laranja é composta basicamente de guias, sendo estas denominadas de guias
de emergência, pois compõem todos os procedimentos que devem ser adotados em um acidente com
produtos perigosos.

A seção laranja possui 62 guias, divididas em função dos riscos potenciais, como:

fogo ou explosão e risco à saúde; atribuições da segurança pública, como vestimentas de proteção e
evacuações; e, trás ainda, ações de emergência em caso de vazamento e derramamento, fogo e os primeiros
socorros em caso de vítimas.

Quando não se conhece o conteúdo da carga ou há transporte de vários produtos juntos – carga mista (desde
que sejam compatíveis e dentro da quantidade exigida pela legislação) – usa-se a guia 111.

SEÇÃO VERDE: A seção verde relaciona:


• Tabelas de distância para isolamento e proteção inicial;
• Produtos perigosos que reagem com água;
• Fatores que podem alterar as distâncias de proteção;
• Prescrições relativas à tomada de decisão para ações de proteção;
• Fundamentos para isolamento e evacuação;
• Classificação do tamanho de vazamentos.

OBSERVAÇÕES:

• A letra “P” seguida do número da guia indica produtos que podem polimerizar de forma violenta pelo calor
ou por contaminação.

• Polimerização é a denominação dada à reação química que a partir de moléculas simples (monômeros)
produzem macromoléculas (polímeros), normalmente de forma extremamente exotérmica.

• Os produtos destacados em verde indicam que possuem riscos especiais (tóxicos por inalação ou em
contato com a água produzem gases tóxicos). Requerem um tratamento especial quanto ao isolamento e
distanciamento.

ZONAS DE TRABALHO
Toda área de acidente com produto perigoso deverá estar sob rigoroso controle. O método utilizado para
prevenir ou reduzir a migração dos contaminantes é a limitação da cena de emergência em zonas de
trabalho. O emprego de um sistema de três zonas, pontos de acesso e procedimentos de descontaminação,
fornecerá uma razoável segurança contra o deslocamento de agentes perigosos para fora da zona
contaminada ou área de risco.

As zonas de trabalho devem ser delimitadas no local com fitas coloridas e, se possível, também mapeadas. A
dimensão das zonas e os pontos de controle de acesso devem ser do conhecimento de todos os envolvidos
na operação.

A divisão das zonas de trabalho deverá ser constituída da forma que segue:

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• Zona Quente: Localizada na parte central do acidente, é o local onde os contaminantes estão ou poderão
surgir. A zona de exclusão é delimitada pela chamada linha quente.
• Zona Morna: É a região que fica posicionada na área de transição entre as áreas contaminadas e as áreas
limpas. Esta zona é delimitada pelo chamado corredor de redução da contaminação. Toda saída da zona de
exclusão deverá ser realizada por esse corredor.
• Zona Fria: Localizada na parte mais externa da área é considerada não contaminada. O posto de comando
da operação e todo o apoio logístico ficam nessa área.
• Zona 1: Zona de Exclusão – Quente
• Zona 2: Zona de Redução de Contaminação – Morna
• Zona 3: Zona de Suporte – Fria

EQUIPES DE ATUAÇÃO NO CENÁRIO DA EMERGÊNCIA


Para que todas as ações de emergência sejam tomadas o mais rápido possível e de maneira ordenada e
sistematizada é necessária uma abordagem integrada da situação, onde várias ações pré-determinadas são
desempenhadas simultaneamente por diferentes membros da equipe com um objetivo comum, minimizar os
efeitos danosos do acidente. De maneira geral a missão dos Bombeiros nessas ocorrências passa por:
LEVAR ORDEM AO CAOS

As equipes de atuação são:


1. Coordenador do SCO
2. Operações
3. Equipe da zona quente
4. Equipe de descontaminação
5. Equipe de backup e segurança

COORDENADOR DO SCO
Esta é a função do Comandante da Operação, deve ser ocupada por quem tem a maior responsabilidade
sobre a ocorrência. O COORDENADOR DO SCO desenvolve as seguintes atividades:
- Permanecer no posto de comando:

O comandante da Operação deve estabelecer o SCO o mais breve possível e, seguindo a doutrina do SCO,
deve permanecer no posto de comando para de lá poder gerenciar a ocorrência mantendo todas as
atividades sob seu conhecimento.
- Realizar a busca de novas informações sobre o produto:

Com o intuito de subsidiar as ações tomadas na emergência, este deverá buscar novas informações sobre o
produto envolvido, para tal pode lançar mão da ficha de emergência, entrevista com o motorista ou ainda
internet e outros meios de comunicação.
- Realizar contato com demais órgãos:

Normalmente toda ocorrência envolvendo Produtos Químicos Perigosos envolve uma diversidade de
agências, além de empresas envolvidas direta e indiretamente com a carga. Essas agências e empresas
precisam de um elo comum de comunicação e, normalmente, sua presença é extremamente necessária para
um bom desfecho da ocorrência. Sendo assim, a figura do Coordenador do SCO funciona como esse elo.
Uma atenção especial à imprensa também deve ser dada, já que não queremos que eles busquem
informações com pessoas despreparadas e desinformadas, portanto, o próprio Coordenador ou alguém por
ele designado, deve dar sempre atenção à imprensa presente no local.

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OPERAÇÕES
Esta é a função do Chefe de Equipe. O OPERAÇÕES deve desenvolver as seguintes atividades:

Identificar o produto: A identificação positiva do produto é fundamental para direcionar as ações a serem
tomadas. Para tal, o Operações deve, normalmente com o uso de binóculos, proceder essa identificação do
produto. Ele pode ainda designar um membro de sua equipe para fazê-lo, contudo, é sua a responsabilidade
de verificar o Manual da ABIQUIM a fim de decidir sobre qual o EPI mais adequado e sobre quais ações
serão desenvolvidas.

Caso não seja possível identificar o produto deve-se assumir o pior caso possível e fazer uso da GUIA 111.

O produto envolvido deve ser identificado antes que qualquer ação seja tomada, pois é muito provável que
estejamos frente a um problema muito sério e, muitas vezes, mortal. Se o acidente envolve fogo, a reação
natural dos bombeiros é tentar apagar este fogo. Todavia, em muitas emergências com produtos perigosos, é
expressamente proibido o emprego de água, pois esta pode reagir com o produto químico e formar gases
combustíveis ou explosivos.

Como exemplo, citamos o Carbureto de Cálcio e o Sódio Metálico.


Existem várias maneiras de se identificar o produto perigoso:

• Consultando os documentos de embarque. Na nota fiscal deve constar o nome do produto como também o
Número da ONU relativo.
• Consultando a ficha de emergência que também deve estar no veículo, dentro do envelope para transporte.
• Observando o que consta nos painéis de segurança, de cor laranja,com números pretos que,
obrigatoriamente, devem estar afixados na frente, na traseira e algumas vezes nas laterais dos veículos.
• Prestando atenção aos rótulos de risco que estão pintados ou colados nas carrocerias, nos tanques e
embalagens.

Coordenar as atividades: As atividades da zona quente, morna e fria devem ser coordenadas pelo
Operações, somente dele devem emanar as ordens para os bombeiros que estão atuando na ocorrência. Ele
deve fazer valer o Princípio da Unicidade de Comando, onde cada bombeiro recebe ordens de apenas um
superior. É importante que o Operações permaneça em um local de fácil acesso para seus comandados e
onde tenha uma boa visão de tudo o que está acontecendo na ocorrência.

EQUIPE DA ZONA QUENTE

Realizar o Círculo Interno: O dimensionamento da cena é um processo permanente em qualquer operação,


inicia no momento do acionamento e só se conclui após a finalização. Portanto, a primeira ação que a Equipe
de Zona Quente deve tomar ao se aproximar do núcleo da ocorrência, é realizar esse dimensionamento. Para
tanto, os dois bombeiros que estiverem na zona quente devem, juntos todo o tempo, realizar um círculo ao
redor do veículo procurando por vítimas, ficha de emergência no interior do veículo, identificar vazamentos e
os meios necessários para contê-lo. Quão logo possível estas informações devem ser repassadas para o
Operações.

Salvar vítimas: O salvamento de vítimas é uma atividade prioritária e deve ser realizado assim que houver
segurança para fazê-lo.

Conter o vazamento: Após o atendimento à(s) vítima(s) a equipe de zona quente deverá concentrar esforços
na operação de controle do vazamento / derramamento do produto perigoso. Os casos em que o grau de

100
avaria da embalagem ou meio de transporte seja elevado e impossibilite o controle, a equipe deve manter o
produto confinado, restringindo seus efeitos ao menor espaço possível no meio ambiente.

Este passo da atividade emergencial pode necessitar ou não de equipamentos específicos, pois, em diversas
situações, a embalagem que contém o produto sofre avarias graves que não permitem o ajuste adequado de
equipamentos de uso comum.
Em alguns casos, para que um vazamento seja eliminado, pode ser necessário apenas o rolamento de um
tambor, o fechamento de uma válvula ou o desligamento de uma bomba.

EQUIPE DE DESCONTAMINAÇÃO
O trabalho dessa equipe existe para dar suporte à equipe da zona quente. Ele é dividido conforme o tipo de
produto envolvido na ocorrência, a saber:
• PRODUTOS PERIGOSOS À SAÚDE;
• POLUENTES (POLUIÇÃO AMBIENTAL);
• LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS.

Para os PRODUTOS PERIGOSOS À SAÚDE seguem as ações:

Realizar círculo externo:No momento em que chegar ao local da ocorrência, os integrantes dessa equipe
devem contornar todo o perímetro da ocorrência numa distância mínima de 50 metros, identificando:

• Dinâmica do acidente
• Riscos na cena
• Número de vítimas e estado aparente das mesmas
• Dificuldades de resgate
• Recursos adicionais a solicitar

Fazer o isolamento e isolar a área: O isolamento é a primeira tarefa necessária para se manter o controle
da área de trabalho. Não se deve permitir a presença de pessoas desprotegidas, além disso, qualquer
operação de resgate deve ser conduzida rapidamente e, ao adentrar-se ao local, deve-se ter o vento pelas
costas.

Fatores que influem na determinação da área a ser isolada em uma emergência envolvendo produtos
perigosos:

• Produto químico (nível de toxicidade)


• Estado físico (sólido, líquido, vapor)
• Ambiente do acidente (aberto ou fechado)
• Existência de correntes de água (rios, lagos etc.)
• Substância é carregada por agente meteorológico (ventos, chuvas)

Utilize como recursos para o isolamento da área: cordas, fitas, cones e viaturas. Determine as distâncias
adequadas:

• Caso o produto esteja pegando fogo, siga as instruções no guia correspondente ao produto acidentado no
Manual do ABIQUIM.

• Caso o produto não esteja pegando fogo, consulte a tabela na seção verde do ABIQUIM e, caso o produto
não conste na mesma, isole a área num raio de 50 metros, no mínimo.

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Se o produto constar na tabela (seção verde) do Manual, determine primeiramente a distância de isolamento
inicial. Dirija todas as pessoas nesta área para longe do vazamento, seguindo a direção contrária a do vento.

Verifique qual a distância inicial constante nas páginas verdes do ABIQUIM.

Para um determinado produto e dimensão do vazamento, a tabela fornece a distância, a favor do vento,
dentro das quais as ações de proteção devem ser levadas em conta.

Montar o Corredor de Descontaminação: Também esse assunto será tratado no próximo capítulo quando
abordado o resgate de vítimas.

Providenciar o confinamento do material derramado: Confinamento são as ações que visam impedir que o
produto já derramado se espalhe contaminando outras áreas.

Realizar a descontaminação do ambiente

Mantas: São de fácil aplicação prática e apresentam excelente velocidade de absorção. Utilizados em
conjuntos com almofadas e barreiras.

Tapetes Microfibras: São de fácil aplicação prática e apresentam excelente velocidade de absorção.
Utilizados em conjuntos com almofadas e barreiras.

Almofadas: Apresentam as mesmas vantagens dos tapetes absorventes, no entanto, por possuírem maior
quantidade de material, são empregadas em áreas onde há o acúmulo de líquidos (poças).

Areia: material extremamente barato. É pobre como material absorvente, pois realiza apenas uma absorção
superficial em seus grãos. Devido ao peso e a dificuldade de manipulação e de descarte posterior não é
recomendada, devendo ser utilizada quando não há outro absorvente disponível.

A Descontaminação do Ambiente, também conhecida como limpeza é, sem dúvida, a etapa mais longa e
cansativa de uma emergência envolvendo produtos perigosos.

Na grande maioria dos casos a limpeza de resíduos sólidos poderá ser realizada com auxílio de vassouras,
pás e enxadas. Devemos sempre atentar para restrições ao uso de materiais metálicos e de madeira.

Já a limpeza de resíduos líquidos normalmente exige a aplicação de outros materiais:

Mantas: São de fácil aplicação prática e apresentam excelente velocidade de absorção. Utilizados em
conjuntos com almofadas e barreiras.

Tapetes Microfibras: São de fácil aplicação prática e apresentam excelente velocidade de absorção.
Utilizados em conjuntos com almofadas e barreiras.
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Almofadas: Apresentam as mesmas vantagens dos tapetes absorventes, no entanto, por possuírem maior
quantidade de material, são empregadas em áreas onde há o acúmulo de líquidos (poças).

Areia: material extremamente barato. É pobre como material absorvente, pois realiza apenas uma absorção
superficial em seus grãos. Devido ao peso e a dificuldade de manipulação e de descarte posterior não é
recomendada, devendo ser utilizada quando não há outro absorvente disponível.

Serragem: a serragem é utilizada como absorvente em muitas fabricas até hoje, pois é extremamente barata
e leve. No entanto, não apresenta boa capacidade de absorção e não pode ser empregada em produtos
químicos perigosos, devendo ser utilizada em situações que envolvam óleos e derivados de petróleo mais
pesados (nunca em produtos voláteis). A serragem pode ser incinerada, fato este que diminui os resíduos e,
por ser muito mais leve que a areia, seu emprego é mais rápido e prático. Somente em casos muito
específicos poderemos utilizar a serragem como absorvente em emergências.

Vermiculita: È um absorvente mineral. É mais pesada que a serragem, contudo, apresenta maior capacidade
de absorção e é indicada para petróleo e seus derivados. A vermiculita é utilizada para fabricação de
absorventes na forma de barreiras (meias). A vermiculita não pode ser incinerada, fato este que acarreta o
aumento dos resíduos industriais.

Turfa (Peat): A turfa (canadense) é um produto de origem vegetal que apresenta ótima absorção. É leve e de
fácil manuseio. Pode ser incinerada. Não é recomendada para produtos químicos muito reativos, pois pode
entrar em decomposição térmica. Normalmente é comercializada em sacos com 25 Kg ou em sacos menores
(mais práticos).

Cinzas Vulcânicas: material pesado e não incinerável. Deve ser utilizados em casos específicos para reter
óleo e derivados de petróleo em ambientes controlados. Não é utilizado comumente.

Fibra de celulose reciclada: a celulose reciclada, quando preparada para ser utilizada como material
absorvente apresenta excelente absorção, com baixo peso, facilidade de aplicação e custo acessível. O fator
limitante é que a mesma não pode ser empregada para absorver produtos reativos, pois entra em
decomposição térmica. É incinerável, produzindo bastante energia (cogeração) e deixa baixa quantidade de
cinzas.

As mantas hidrorrepelentes possuem a característica principal de repelir a água e absorver as outras


substâncias líquidas perigosas do local contaminado.

Para os POLUENTES e para os LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS seguem as seguintes ações:


1. Realizar círculo externo;
2. Sinalizar a via e isolar a área;
3. Providenciar o confinamento do material derramado;
4. Realizar a descontaminação do ambiente.

EQUIPE DE BACK UP E SEGURANÇA


Essa equipe é responsável pela segurança da operação. Seus trabalhos também são divididos conforme o
tipo de produto envolvido na ocorrência, a saber:

Produtos Perigosos à Saúde


a) A equipe permanece de prontidão equipado para uma rápida intervenção.
b) Seus componentes devem estar igualmente equipados com o nível de proteção usado pela Equipe da
Zona Quente.
c) Deve manter contato visual constante com a zona quente.

103
Líquidos Inflamáveis:
a) Seus componentes devem armar uma linha de espuma e mantê-la pressurizada para uma rápida
intervenção em caso de ignição. Não se deve lançar espuma sobre um combustível apenas porque é um
líquido inflamável. A principal medida nessa situação é eliminar as fontes de ignição. Deve-se sempre tentar
não aumentar o volume de resíduos contaminados numa ocorrência de produtos perigosos.
b) Também deve ser mantido um contato visual constante com a zona quente.

Poluentes (Poluição Ambiental): Caso não existam outros riscos a serem gerenciados, os membros dessa
equipe integram a equipe de descontaminação.

RESGATE DE VÍTIMAS

A equipe de intervenção deve conduzir a vítima até o limite da zona quente com a zona morna, deixando os
demais procedimentos de primeiros socorros para a equipe do corredor de descontaminação e,
posteriormente, a equipe de atendimento pré-hospitalar.

Tratando-se de ocorrências com produtos perigosos, este item deve ser tratado de forma diferenciado das
demais situações que exigem o salvamento de vítimas, pois na ânsia de socorrer pessoas que tiveram
contato com o produto, direta ou indiretamente, devem ser considerados contaminados. Portanto, não é
aconselhável fazer entradas heroicas para resgate de vítimas sem Equipamentos de Proteção Individual
compatíveis.
Observe sempre esses cuidados para com a vítima e adote os seguintes procedimentos:

• Usar sempre equipamentos de proteção.


• Remova roupas, joias, sapatos.
• Contaminantes sólidos ou particulados devem ser escovados o quanto possível antes de lavar, para evitar a
possibilidade de reação química com água. Líquidos visíveis devem ser absorvidos antes de lavar. Não cause
lesões na pele.
• Enxágue com grande quantidade de água morna. É sério o perigo de hipotermia com água fria. Nunca use
água quente ou sob alta pressão.
• Evite água sempre que o produto reagir com ela. O produto deve ser coberto com um óleo mineral ou de
cozinha e o paciente transferido para debridamento.
• Se o produto não estiver embebido, escove levemente e lave com grande quantidade de água. Se partículas
de fósforo estiverem embebidas na pele, irrigação contínua, imersão em água, cobertura com panos
embebidos em água devem ser aplicados durante o transporte ao hospital para debridamento cirúrgico. Não
use óleo para exposições com fósforo, pois pode provocar absorção pela pele.
• Na descontaminação dos olhos, lave sempre do meio para as laterais. Retire lentes de contato, caso seja
possível.
• Lave com sabão neutro. Atenção especial para cabelos, unhas, dobras da pele. Não cause mais lesões em
áreas já maceradas. Evite contaminar a área ao redor. A descontaminação não deve ser retardada para se
achar um tanque ou local apropriado.
• Remover a vítima para o ar fresco e solicitar assistência médica de emergência; se não estiver respirando,
fazer respiração artificial; se a respiração é difícil, administrar oxigênio.
• Em caso de contato com o produto, lavar imediatamente a pele ou os olhos com água corrente, de
preferência morna, durante pelo menos 15 minutos.
• Manter a vítima quieta e agasalhá-la para manter a temperatura normal do corpo.
• Os efeitos do produto químico podem ser retardados havendo necessidade de manter a vítima em
observação.

104
DESCONTAMINAÇÃO DE VÍTIMAS E
SOCORRISTAS
A descontaminação é o processo que
consiste na retirada física dos
contaminantes ou na alteração de sua
natureza química perigosa por outra de
propriedades inócuas.

Este procedimento é realizado desde a


montagem do Corredor de Redução de
Contaminação (CRC) e, ao final da
operação, todos os equipamentos,
materiais e pessoas que tiveram contato
com o produto devem ser
descontaminados.

As equipes responsáveis pelo atendimento


de emergência envolvendo produtos perigosos poderão contaminar-se de várias formas:

• Por contato (incluindo o corpo ou equipamentos de proteção individual) com o contaminante no ar, contato
com gases, vapores e aerodispersóides;
• Por derramamento ou respingos do produto durante qualquer atividade na Zona de Exclusão;
• Por uso de EPI ou instrumentos contaminados;
• Contato direto com o produto;
• Através do contato com o solo contaminado.

Será designada uma área dentro da Zona de Redução de Contaminação para a montagem do Corredor de
Redução da Contaminação (CRC).

O CRC tem a função de controlar o acesso de ida e vinda à Zona de Exclusão e confinar as atividades de
descontaminação a uma área específica. As dimensões do CRC dependem do número de estações
utilizadas, tamanho de zonas de trabalho e espaço disponível na área. Sempre que possível, ele deverá ser
em linha reta.
Toda a extensão do CRC deverá ser bem sinalizada, com restrições para entrada e saída de pessoal, sendo
a chamada “linha quente” obrigatoriamente o
seu início.

Temos empregado com sucesso apenas três


bases no CRC, esse número de bases se deve
em parte à quantidade limitada de bombeiros
envolvidos na ocorrência.
1ª BASE / ESTAÇÃO:
• DEPÓSITO DE MATERIAIS
• SACOS PLÁSTICOS

2ª BASE / ESTAÇÃO:
• Reserva de água;
• Lona;
• Piscina;
105
• Solução química ou detergente;
• 2 ou 3 escovas de cerdas suaves;
• 1 balde;
• 2 Cavaletes;
• Oxigênio.

3ª BASE / ESTAÇÃO:
• Cilindros de ar;
• Bancos;
• Lona.

Telefones de Emergência
Corpo de Bombeiros – 193
As consequências da maioria dos acidentes domésticos ou na rua podem ser amenizadas com o socorro
imediato do Corpo de Bombeiros. O Disque Bombeiros atende a incêndios, acidentes com animais,
vazamentos de gás, produtos químico e causas naturais como alagamento e queimadas.
Policia Militar – 190
O 190 é um serviço de emergência da Polícia Militar que atende aos cidadãos em casos de riscos, ameaças
contra a vida, denúncias de roubos, atentados e proteção pública. Pode ser acionado de telefones fixos e
celulares.
Polícia Rodoviária Federal – 191
As atribuições da Polícia Rodoviária Federal são definidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (polícia de
trânsito). Fiscaliza diariamente rodovias e estradas federais para exercício do direito de locomoção de
veículos.
Polícia Rodoviária Estadual – 198
Atende a sociedade em casos de ocorrências em rodovias estaduais como pedidos de socorro e
reclamações.
Defesa Civil – 199
A Defesa Civil é responsável em precaver, socorrer, assistir e ajudar na recuperação da população em caso
de desastres, sejam chuvas ou outras situações de risco. Para denúncias e pedidos de auxílio, ligue no 199.
Salvamar
Esse serviço é voltado para socorro de pessoas e embarcações em situação de risco em alto mar dentro faixa
marítima de responsabilidade do Brasil
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU (pronto-socorro) - 192
O SAMU é o serviço médico brasileiro utilizado em caso de emergências médicas. Para utilizá-lo, basta ligar
para 192 e explicar o tipo de emergência para acionar o serviço.

Telefones de serviços públicos

Central de Atendimento à Mulher no Brasil – 180


O número 180 foi criado para dar mais informações sobre direitos femininos e apoio psicológico às mulheres
em situação de violência, além de receber denúncias específicas sobre cárcere privado e tráfico de
mulheres.
Direitos Humanos – 100
O Disque 100 foi criado para denúncias contra violência, abuso sexual, agressões físicas e/ou psicológicas

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cometidas contra crianças e adolescentes, denúncias de pessoas em situação de rua, da população LGBT,
de pessoas com deficiência e idosos.
Disque-Defensorias Públicas – 129
Pelo telefone, é possível tirar dúvidas sobre onde e como conseguir um defensor público, procedimentos e
documentos necessários. Também é possível marcar o primeiro atendimento. Conheça um pouco do trabalho
da Defensoria Pública.
Ouvidoria do Ministério Público – 127
O número serve para denúncias de crimes ambientais, danos ao patrimônio público, desrespeito ao Código
do Consumidor, abusos de autoridade e crimes como trabalho análogo á escravidão.

GLOSSÁRIO DO INCÊNDIO

ABAFADOR: Haste de madeira geralmente contendo tiras de mangueira ou até mesmo ramos vegetais verdes, usada
para apagar fogo em mato. É também conhecida como “vassoura-de-bruxa”.
ABAFAMENTO: Ato de abafar o fogo; uma das três técnicas de extinção de incêndio.
ABALO: diz-se do tremor causado pela natureza ou por fadiga de estrutura.
ABASTECIMENTO: Suprimento de água durante um incêndio, imprescindível para o extermínio do mesmo.
ABRAÇADEIRA: Também conhecida como “tapa-furos”, é confeccionada em couro envolto por tiras, usada para tapar
mangueiras furadas; chapa de ferro usada para segurar paredes ou vigas de madeiramento.
ABRASÃO: Desgaste por fricção; raspagem.
ACEIRO: Limpeza destinada a impedir acesso do fogo a cercas, árvores, casas, etc., mediante roçada, carpa,
desobstrução.
ACERAR: Afiar; aguçar; amolar.
ACETILENO: Gás formado pela ação da água sobre a hulha; etino.
ACETONA: Líquido inflamável e volátil, obtido por destilação seca.
ACHA: Peça de madeira rachada para o fogo.
AÇO: Liga de ferro com carbono que se torna extremamente dura quando, depois de aquecida, é esfriada
repentinamente.
ACONDICIONAR: Arranjar, arrumar; preservar contra deteriorização (cordas, cabos ou mangueiras).
ACOPLAR: Unir, ligar, juntar.
AÇUDE: Construção destinada a preservar águas pluviais.
ADAPTAÇÃO: Qualquer peça usada para suprir dificuldades de encaixe; peça usada por bombeiros para ligar ou unir
mangueiras com juntas de união diferentes.
ADUCHAR: Ato de enrolar a mangueira de forma a permitir que a mesma permaneça bem acondicionada, e propiciando
uma forma fácil de transportá-la e prepará-la para uso com rapidez; diz-se de todo acondicionamento de material com o
objetivo de preservá-lo.
ADUTORA: Canal, galeria ou encanamento que leva água de um manancial para um reservatório; diz-se da linha de
mangueira principal para o combate a um incêndio (a que leva água para as linhas de ataque direto).
AERODUTO: Duto de ar nas instalações de ventilação.
AFERIR: Medir; conferir; calibrar.
AGENTE EXTINTOR: Que age que exerce que produz efeito sobre o fogo, extingüindo-o.
ÁGUA: Líquido formado de dois átomos de. hidrogênio. e um de oxigênio, sem cor, cheiro ou sabor, transparente em seu
estado de pureza; agente extintor universal.
AGULHETA: Tipo de esguicho de jato sólido e único, sem regulagem de proporções ou demanda.
ALAGAMENTO: Enchente de água; inundação de terras.
ALARME: Aviso de algum perigo; dispositivo usado para alertar ou acionar alguém sobre um perigo.
ALASTRAR: Estender; espalhar (o fogo).
ALAVANCA: Barra inflexível, reta ou curva, apoiada ou fixa num ponto de apoio fora de sua extensão, e destinada a
mover, levantar ou sustentar qualquer corpo.
ALAVANCA CYBORG: Espécie de alavanca multiuso, possuindo uma extremidade afilada e chata formando uma
lâmina, cuja lateral estende-se um punção, e em seu topo predomina uma superfície chata. Na outra extremidade há
uma unha afiada com entalhe em “V”. É também conhecida como “Quic-bar”.
ALCATRÃO: Substância obtida pela destilação da madeira, turfa ou carvão mineral.
ALICATE: Pequena ferramenta torquês, geralmente terminada em ponta mais ou menos estreita, com variadas
utilidades como prender, segurar ou cortar objetos.
ALICERCE: Maciço de alvenaria que serve de base às paredes de um edifício.
ALVARÁ: Documento passado por uma autoridade judiciária ou administrativa, que contém ordem ou autorização para a
prática de determinados atos.
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ALVENARIA: Obra feita de pedras e tijolos ligados por argamassa, cimento, etc.
AMIANTO: Silicato refratário ao fogo e aos ácidos; asbesto.
AMÔNIA: Solução aquosa do gás amoníaco.
AMONÍACO: Gás incolor, de odor intenso e picante, muito solúvel em água, resultante de uma combinação de nitrogênio
e hidrogênio, de fórmula NH2.
ANCORAGEM: Ato ou efeito de se ancorar; amarra feita com o intuito de pendurar algo, ou manter a segurança de algo
ou alguém.
ANDAIME: Estrado de madeira ou metal, provisório, de que se utilizam os pedreiros para erguerem um edifício.
ANEMÔMETRO: Aparelho de medir a velocidade e a força dos ventos.
ANTEPARO: Peça que se põe diante de alguma coisa ou de alguém para resguardar.
APARELHO DE HIDRANTE: Artefato para expedição de água, geralmente em forma de “T”, usado sempre em hidrante
do tipo subterrâneo, com rosca em sua extremidade de acoplamento, para fácil e rápido manuseio.
AQUEDUTO: Canal, galeria ou encanamento destinado a conduzir água de um lugar para outro.
AR COMPRIMIDO: Ar engarrafado em cilindro, sob pressão, usado por bombeiros para proteção respiratória em casos
de incêndio.
ARCO VOLTAICO: Ocorre quando a energia elétrica procura um caminho para “terra” e “salta” de um ponto energizado
para um condutor em contato com o solo.
ARVORAR: Ato de erguer, levantar ou elevar a escada de bombeiros.
ATAQUE: Diz-se do ato do bombeiro que avança sobre o incêndio, com o intuito de exterminá-lo; denominam-se linhas
de ataque as mangueiras que são usadas para o. extermínio do incêndio.
BACKDRAFT: Através de uma queima lenta e pobre em oxigênio, o fogo fica confinado por algum tempo, sem
alimentação do comburente. Quando o comburente entra no local, ocorre uma explosão, onde é dada esta denominação
para o fenômeno.
BALACLAVA: Gorro justo de malha de lã, em forma de elmo, que cobre a cabeça, o pescoço e os ombros.
BANDÓ: Espécie de protetor posterior da nuca, usado junto ao capacete, de material refratário.
BANZO: Cada uma das duas peças longitudinais principais da escada, onde de encaixam os degraus.
BARBARÁ: Espécie de hidrante, também conhecido como “de coluna”, cuja abertura é feita por um registro tipo gaveta,
possuindo uma expedição de 100 mm e duas de 63 mm.
BLEVE: Sigla de “Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion”, acerca de um fenômeno que ocorre em recipientes com
líquidos inflamáveis sob pressão, explodindo devido a queda de resistência das paredes do cilindro.
BLOCO CONTRA FRICÇÃO: Peça destinada a eliminar o atrito das mangueiras com quinas ou cantos abrasivos.
BOIL OVER: Fenômeno que ocorre devido ao armazenamento de água no fundo de um recipiente, sob combustíveis
inflamáveis, sendo que a água empurra o combustível quente para cima, durante um incêndio, espalhando-o e
arremessando-o a grandes distâncias.
BOLSÃO: Tem por finalidade carregar escombros durante o rescaldo ou servir de recipiente para imersão de materiais
em brasa.
BOMBA DE INCÊNDIO: Equipamento constituído de bomba d’água hidráulica acoplada a motor próprio (moto-bomba).
Pode ser fixa, transportável por veículo ou portátil.
BOMBA FLUTUANTE: Motobomba utilizada para drenagem de água de pavimentos subterrâneos, alagamentos, etc.
BOTA: Um dos itens do Equipamento de Proteção Individual do bombeiro, podendo ser de borracha ou couro.
CABEÇA: Denominação dada a parte do incêndio florestal que se propaga com maior rapidez, caminhando no sentido
do vento. O fogo ali queima com maior facilidade.
CABO DA VIDA: Cabo solteiro feito de material sintético, de 12 mm de diâmetro e 6 metros de comprimento, destinado à
proteção individual do bombeiro.
CALOR: Forma de energia que se transfere de um sistema para outro graças à diferença de temperatura entre eles. Um
dos quatro itens do tetraedro do fogo, indispensável para o incêndio.
CANHÃO: Esguicho constituído de um corpo tronco de cone montado sobre uma base coletora por meio de junta móvel.
É empregado quando de necessita de jato contínuo de grande alcance e volume.
CAPA DE PINO: Peça metálica em forma trapezoidal, com uma tomada quadrada, que tem por finalidade acoplar a
chave “T” no registro do hidrante, para que este não gire em falso.
CAPACETE: Um dos itens do Equipamento de Proteção Individual do bombeiro.
CHAVE “T”: Ferramenta que consiste em uma barra de ferro com munhão em forma de “T”, e em sua parte inferior, uma
tomada quadrada para o acoplamento ao registro do hidrante.
CHUVEIRO: Forma de jato d’água, ideal para resfriamento.
CHUVEIRO AUTOMÁTICO: Também conhecido como “sprinkler”, é um sistema de proteção contra incêndio que,
através de uma rede de distribuição de água, por tubulação, é acionado por meio automático.
COLETOR: Peça que se destina a conduzir, para uma só linha, água proveniente de duas ou mais linhas, ocasionando,
então, mais pressão.
COLUNA D’ÁGUA: Linha de mangueira que consiste em recalcar água até um esguicho na extremidade superior da
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edificação.
COMBATE: Técnica de extinção do incêndio, formada por linhas de ataque.
COMBURENTE: Um dos quatro itens do tetraedro do fogo, fundamental para se obtê-lo. É o elemento que possibilita
vida às chamas e intensifica a combustão. O exemplo mais comum é o oxigênio.
COMBUSTÃO: Reação química de oxidação, auto sustentável, com liberação de luz, calor, fumaça e gases.
COMBUSTÍVEL: Um dos quatro itens do tetraedro do fogo. É toda a substância capaz de queimar e alimentar a
combustão, sendo o elemento que serve para a propagação do fogo.
CONDUÇÃO: Forma de propagação de calor. É a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a
molécula.
CONFINAMENTO: Cercar o fogo delimitá-lo em ambiente fechado para esgotar a reserva de oxigênio, e,
consequentemente, extingui-lo.
CONVECÇÃO: Forma de propagação de calor. É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de
gases ou de líquidos dentro de si próprios.
CORRETOR DE FIOS: Conhecido também como “troca-fios”, é utilizado na correção de padrões de fios diferentes entre
duas juntas do tipo rosca, sendo empregado na rosca macho.
CORTA-A-FRIO: Ferramenta para cortar telas, correntes, cadeados e outras peças metálicas.
COSTAS OU RETAGUARDA: Parte do incêndio florestal que se situa em posição oposta à cabeça. Queima com pouca
intensidade e pode se propagar contra o vento ou em declives.
CROQUE: Ferramenta constituída de uma haste comprida, geralmente de madeira ou plástico rígido, tendo na sua
extremidade uma peça metálica com ponta e fisga.
DEDO: Parte do incêndio florestal, que se predomina por faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do
foco principal.
DERIVANTE: Peça metálica destinada a dividir uma linha de mangueira em outras de igual diâmetro ou de diâmetro
inferior.
DESABAMENTO: Queda ou desmoronamento de estrutura sólida.
EDUTOR: Peça metálica com introdução de 38 mm e expedição de 63 mm, possuindo uma válvula de retenção que
impede o alagamento do compartimento, caso haja queda de pressão na introdução ou alguma obstrução no tubo de
descarga.
EMPATAÇÃO: Nome dado à fixação, sob pressão, da junta de união de engate rápido no duto da mangueira.
ENTRELINHAS: Equipamento acoplado numa linha de mangueira para adicionar o líquido gerador de espuma à água
para o combate ao incêndio.
ENXADA: Ferramenta de sapa que consiste em uma lâmina de metal, com um orifício em sua parte oposta em que se
encaixa um cabo de madeira no sentido perpendicular. Usada para revolver ou cavar a terra e rescaldos.
ENXADÃO: Parente da enxada, com variação no tamanho.
EPI: Sigla de “Equipamento de Proteção Individual”.
EPR: Sigla de “Equipamento de Proteção Respiratória”.
ESCADA: Os tipos de escadas que os bombeiros utilizam são: simples, de gancho, prolongável (constituída de dois
corpos ligados entre si), crochê (dobrável) e de bombeiro (leve e com um único banzo).
ESCORA: Peça geralmente de madeira ou de metal, utilizada para proteger estruturas em colapso.
ESCORAMENTO: Operação emergencial para impedir o processo de desarticulação ou desabamento de uma
construção.
ESGUICHO: Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira, destinada a dar forma e controlar o jato
d’água. Os bombeiros utilizam os tipos agulheta, regulável, universal, canhão, monitor, pescoço de ganso,
proporcionador de espuma e lançador de espuma.
ESPUMA: Agente extintor e uma das formas de aplicação de água, sendo constituída por um aglomerado de bolhas de
ar ou gás, formada por solução aquosa, apagando o fogo por abafamento e resfriamento.
ESTRANGULADOR: Utilizado para permitir contenção do fluxo da água que passa por uma linha de mangueira, sem
que haja necessidade de parar o funcionamento da bomba de incêndio ou de fechar registros.
EXPLOSÃO: Arrebentação súbita, violenta e ruidosa provocada pela libertação de um gás ou pela expansão repentina
de um corpo sólido que, no processo, se faz em pedaços.
EXTINÇÃO: Fase do combate ao incêndio em que o fogo é completamente apagado, para posteriormente dar-se início
ao rescaldo.
EXTINTOR DE INCÊNDIO: Aparelho portátil de fácil manuseio, destinado a combater princípios de incêndio.
FACÃO: Ferramenta semelhante a faca, porém maior que esta, utilizada principalmente em vegetações.
FILTRO: Peça metálica acoplada nas extremidades de admissões de bombas de incêndio, para evitar que nelas entrem
corpos estranhos.
FLANCO: A lateral do incêndio florestal que separa a cabeça das costas ou retaguarda. A partir do flanco, forma-se o
dedo.
FLASHOVER: Fenômeno apresentado quando, na fase de queima livre de um incêndio, o fogo aquece gradualmente
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todos os combustíveis do ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição,
simultaneamente, haverá uma queima instantânea desses produtos, o que poderá acarretar uma explosão ambiental.
FOCO: Ponto central de onde provém o fogo.
FOCO SECUNDÁRIO: Provocado por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por materiais incandescentes,
durante o incêndio florestal.
FOGO: Fenômeno que consiste no desprendimento de calor e luz produzidos pela combustão de um corpo.
FRANCALETE: Cinto de couro estreito e de comprimento variado dotado de fivela e passador, utilizado na fixação de
mangueiras e outros equipamentos.
FUMAÇA: Porção de vapor resultante de um corpo em chamas.
GADANHO: Espécie de “garfo” de sapa com dentes de ferro, utilizado no rescaldo para arrastar ou remover materiais.
GLP: sigla de “Gás Liquefeito de Petróleo”, mais conhecido como “gás de cozinha”.
GOLPE DE ARÍETE: Força ocasionada quando o fluxo da água, através de uma tubulação ou mangueira, é interrompido
de súbito. A súbita interrupção do fluxo determina a mudança de sentido da pressão, sendo instantaneamente duplicada,
acarretando sérios danos aos equipamentos hidráulicos e à bomba de incêndio. Tal acidente pode ser evitado com o uso
da válvula de retenção.
HALON: Agente extintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
HIDRANTE: Dispositivo colocado na rede de distribuição de água, permitindo sua captação pelos bombeiros para
combate a incêndio. Pode ser encontrado nas versões de coluna (barbará) e subterrâneo.
HT: sigla para “hand-talk”, rádio portátil com bateria recarregável usado pelo bombeiro.
INCÊNDIO: Fogo de origem acidental, geralmente sem controle.
IRRADIAÇÃO: Uma das formas de propagação de calor, transmitida por ondas de energia calorífica que se deslocam
através do espaço.
ISOLAMENTO: Método cercar o fogo, impedindo sua propagação; manter a integridade de um local.
JATO: Forma da água ao sair do esguicho. Pode ser sólido ou contínuo, chuveiro e neblina.
JUNTA D: Equipamentos hidráulicos.
LANÇADOR E UNIÃO: Peça metálica utilizada para efetuar a conexão de mangueiras, mangote e mangotinhos entre si
e a outros e de espuma: espécie de esguicho que tem por finalidade produzir espuma por baixa pressão, através de um
dispositivo que arrasta o ar para seu interior, adicionando-o à mistura por meio de batimento, que dará como resultado a
espuma.
LANCE: Fração de mangueira que vai de uma a outra junta de união.
LANÇO: Corpo da escada, compreendido geralmente por dois banzos.
LGE: Sigla de “Líquido Gerador de Espuma”.
LINGA: Cabo curto de aço com alças em suas extremidades, que tem por objetivo laçar algum objeto para transporte,
içamento ou arrasto.
LINHA: Conjunto de mangueiras acopladas, que formam um sistema para conduzir água. Subdivide-se em adutora,
ataque e siamesa.
LUVAS: Item do “Equipamento de Proteção Individual” do bombeiro. Pode ser de raspa, PVC, nitrílica e de borracha.
Também há a luva de procedimentos, usadas em primeiros socorros, compostas de látex.
MACETE DE BORRACHA: Martelo de borracha maciça e cabo de madeira, que tem por finalidade auxiliar o
acoplamento de peças com junta e união de rosca, através de batidas nos munhão, sem, contudo, danificá-las.
MACHADO: Instrumento constituído de cunha de ferro em um dos lados, com cabo de madeira, destinado ao corte de
árvores ou arrombamento.
MALHO: Grande martelo, de cabeça pesada, sem unhas e sem orelhas, usado em arrombamentos.
MANANCIAL: Lago, nascente ou fonte d’água.
MANGOTE: Duto de borracha, reforçado com armação interna de arame de aço, para resistir, sem se fechar, quando
utilizado em sucção de água.
MANGOTINHO: Tubo flexível de borracha, reforçado para resistir a pressões elevadas e dotado de esguicho próprio.
Geralmente é pré-conectado à bomba de incêndio, e utilizado em pequenos focos.
MANGUEIRA: Equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado de juntas de união, destinado
a conduzir água sob pressão. Seu revestimento interno é um tubo de borracha, e o externo uma capa de lona
confeccionada de fibras naturais.
MANGUEIROTE: Mangueira especial utilizada para o abastecimento de viaturas em hidrantes. Em suas extremidades
observam-se juntas de união de rosca fêmea, dotadas de munhão para fácil acoplamento.
MANILHA: Peça de metal em forma de “U”, com furos em suas extremidades, por onde passa uma espécie de ferrolho,
destinada a prender amarras.
MARRETA: Espécie de pequeno malho.
MARTELETE: Ferramenta utilizada para cortar ou perfurar metais e alvenaria, é encontrado nas versões hidráulico e
pneumático.
MÁSCARA AUTÔNOMA: Equipamento constituído de máscara facial, válvula de demanda e traqueia, acopladas a um
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cilindro de ar-comprimido respirável, utilizados em ambientes com alta concentração de fumaça.
MONITOR: Esguicho de grande vazão, abastecido por duas ou mais linhas siamesas.
MOTO-ABRASIVO: Aparelho com motor dois tempos que, mediante fricção, produz cortes em materiais metálicos e em
alvenarias.
MOTOBOMBA: Equipamento constituído de bomba d’água hidráulica acoplada a motor próprio. Pode ser fixa,
transportável por veículo ou portátil.
MOTO-EXPANSOR: Aparelho com motor próprio, constituído com uma tela onde é lançada a pré-mistura, e de uma
hélice, que funciona como ventilador, projetando uma corrente de ar também sobre a tela e a pré-mistura, formando a
espuma.
MUNHÃO: Haste que tem por objetivo facilitar a pegada manual para diversos fins.
NEBLINA: Forma de jato d’água gerado por fragmentação da mesma em partículas finamente divididas, através do
mecanismo do esguicho.
OXIGÊNIO: Elemento químico mais abundante na crosta terrestre, indispensável à vida dos animais e vegetais, é o
comburente mais comum.
PÁ: Utensílio de sapa que consiste numa folha de metal larga ou grande colher, adaptado a um cabo comprido, utilizado
para escavar ou remover terra e rescaldo.
PÁ DE ESCOTA: Pequena pá que pode se transformar em pequena enxada, destinada a trabalhos que exigem
cuidados, como soterramento.
PASSADEIRA: Lona de grande proporção destinada a proteger materiais durante a operação de rescaldo.
PASSAGEM DE NÍVEL: Equipamento confeccionado de metal ou madeira que possui um canal central para a colocação
de mangueira, protegendo-a e permitindo o tráfego de veículos sobre as linhas de mangueiras dispostas no solo.
PÉ-DE-CABRA: Espécie de alavanca que em uma de suas extremidades apresenta uma unha curva em forma de
gancho, e à outra extremidade uma unha chata.
PESCOÇO DE GANSO: Espécie de esguicho longo em forma de “L”, com jato de chuveiro, que tem objetivo proteger a
linha de ataque durante o combate ao incêndio.
PICARETA: Instrumento que consiste em uma peça de ferro com duas pontas aguçadas, da qual se estende um cabo
de madeira, que tem por objetivo cavar terra ou remover pedras.
PIROFÓRICO: Metal combustível.
PIRÓLISE: Transformação por aquecimento de uma mistura ou de um composto orgânico em outras substâncias.
PITOT: Aparelho constituído de manômetro que serve para medir a pressão de cilindros.
PÓ QUÍMICO SECO: Agente extintor formado por. substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de
potássio ou cloreto de potássio.
PORÃO: Esguicho próprio para extinguir incêndios em pavimentos inferiores de difícil acesso, que produz jato chuveiro.
PRESSÃO: È a força que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e esguichos, de uma
extremidade a outra.
PROPORCIONADOR DE ESPUMA: Espécie de esguicho que reúne o lançador de espuma e o entrelinhas em uma
única peça.
RALO: Peça metálica que se situa na introdução da bomba de incêndio para impedir a entrada de detritos em suspensão
na água.
REAÇÃO EM CADEIA: Um dos itens do tetraedro do fogo, que torna a queima auto sustentável.
REDUÇÃO: Peça metálica utilizada para a conexão de juntas de união de diâmetros diferentes.
REGISTRO DE RECALQUE: Extensão da rede hidráulica, constituído de uma conexão (introdução) e registro de
paragem em uma caixa de alvenaria fechada por tampa metálica, situando-se abaixo do nível do solo (no passeio), junto
à entrada principal da edificação.
REIGNIÇÃO: Nova ignição de incêndio já combatido e extinto, que se dá devido às brasas e focos escondidos não
encontrados no rescaldo.
RESCALDO: Fase do serviço de combate a incêndio em que se localizam focos de fogo escondidos ou brasas que
poderão tornar-se novos focos.
RESFRIAMENTO: Método de extinção de incêndio que consiste em diminuir a temperatura do material combustível que
está queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.
SALVATAGEM: Conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo fogo, pela água e pela fumaça durante e
após o combate ao incêndio.
SAPA: Conjunto de ferramentas usadas em escavações ou remoções (pá, enxada, gadanho, etc.).
SIAMESA: Espécie de linha composta por duas ou mais mangueiras adutoras, destinadas a conduzir água da fonte de
abastecimento para um coletor, e deste, em uma única linha, aumentando o volume de água a ser utilizada.
SINISTRO: Acontecimento que causa dano, perda, sofrimento ou morte; acidente; desastre; incêndio.
SPRINKLER: Também conhecido como chuveiro automático.
SUPLEMENTO DE UNIÃO: Peça metálica utilizada na correção de acoplamentos de juntas de rosca, quando há
encontro de duas roscas macho ou duas roscas fêmea.
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SUPORTE DE MANGUEIRA: Peça metálica com uma tira de couro ou nylon, utilizada para fixar a linha de mangueira na
escada.
TAMPÃO: Peça metálica que destina-se a vedar as expedições desprovidas de registro que estejam em uso, e a
proteger as extremidades das uniões contra eventuais golpes que possam danificá-las.
TETRAEDRO DO FOGO: Esquema de quatro faces para exemplificar os quatro elementos essenciais do fogo: calor,
combustível, comburente e reação em cadeia.
TORRE D’ÁGUA: Linha de mangueira ou tubulação que consiste em recalcar água até um esguicho na extremidade
superior da viatura aérea.
VÁLVULA DE RETENÇÃO: Peça metálica utilizada para permitir uma única direção do fluxo da água, possibilitando que
se forme coluna d’água em operações de sucção e recalque. Impede o golpe de aríete.
VASSOURA-DE-BRUXA: Denominação popular do “abafador”, utilizado em incêndio florestal.
VENTILAÇÃO: remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de um local confinado,
proporcionando a troca dos produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros durante o
combate ao incêndio.

Fonte sites
http://www.bombeirosemergencia.com.br/incendiojoelma.html
http://www.areaseg.com/fogo/
http://naturezadofogo.com.br/metodos-de-extincao-de-incendio/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Extintores
http://www.sindiconet.com.br/7037/Informese/Contra-incendios/Tipos-de-extintores
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEKkAK/pcs
http://www.smartbecker.com.br/extintor_classe-principios_incendios.php
http://www.bombeiros-bm.rs.gov.br/fix.php?p=DicasPrevExt.html
http:// www.cb.es.gov.br
http://www.ipem.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=74
http://www.cursosegurancadotrabalho.net/2013/09/NR-23-Protecao-Contra-Incendios.html
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr26.htm
http://www.airsofthelipontos.com.br/heliponto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Helic%C3%B3ptero
http://www.aerodinamica.com.br/PORTUGUES/definicoes.html
http://www.cb.ce.gov.br/html/coletanea/coletanea_html/coletanea_decreto_17364.html
file:///C:/EMCIA_Apostila%20Color%20-%20altera%C3%A7%C3%A3o%20atual%20FINAL_PINHEIRO.pdf
http://bombeiroswaldo.blogspot.com.br/2012/10/panico-acoes-preventivas-fatores.html
http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2014/02/mtb-26-salv-altura.pdf
ARAÚJO, Giovani Moraes de. Legislação de saúde e segurança Ocupacional. NR 33:
Segurança e Saúde nos Trabalhos em Ambientes Confinados. Rio de Janeiro, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14.787: Espaço Confinado
– Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção. São Paulo, 2001.
CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DE SP. Manual de Aberturas Forçadas. São Paulo, 2006.
Manual de Salvamento Terrestre. São Paulo, 2006.
FUNDACENTRO. Espaços Confinados: livreto do Trabalhador. São Paulo, 2007.
LOUREIRO, Ricardo dos Santos. Manual de Busca e Salvamento. Rio de Janeiro, 2008.
SEITO, Alexandre Itiu. et al. A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo, 2008.
http://www.bombeiros.com.br/br/bombeiros/glossario.php
http://www.ebc.com.br/cidadania/2013/09/telefones-uteis-e-de-emergencia-do-brasil
http://www.airsofthelipontos.com.br/birutaparaheliponto
http://www.bucka.com.br/esguichos/esguichos-manuais/
http://www.cb.es.gov.br/files/meta/9c79332b-f0d2-4891-8f9c-b26d981b2258/5fd74779-d062-4116-8b29-
78ff5bbf1c61/91.pdf

REFERÊNCIAS

ABIQUIM, Departamento Técnico, Comissão de Transportes. Manual para atendimento de emergências com produtos perigosos. 5ª
ed. São Paulo, 2006.

Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, Serviço de atendimento a produtos perigosos. Curso de primeira resposta para
emergências com produtos perigosos. Brasília, DF. CBMDF.

112
Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, 1º Batalhão de Bombeiro Militar. Estágio de Produtos Perigosos. Vitória, ES: CBMES,
publicação interna, 2009.

Federal Emergency Management Agency Hazardous Materials Response Technology Assessment. Washinton, DC: FEMA, 2008.

Federal Emergency Management Agency. Guidelines for Haz Mat/ WMD Response, Planning and Prevention Training. Washington,
DC: FEMA, 2003

National Fire Protection Association – NFPA. Fundaments of Fire Fighter Skills. ISBN 0-7637-3454-3. Sudbury, Massachussets: Jones
and Bartlett Publishers, 2004.

SENASP/ ANP. Curso Intervenção em Emergência com Produtos Perigosos. Brasília, DF: Fábrica de Cursos, 2008.

Apostilado Heliponto, Cmdte Isse, Christian, 2004.

DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho ao Cmdte. Christian Isse


pelo incentivo, colaboração e dedicação

ÍNDICE
MODULO 1

Conceito de Pronto Atendimento.......................................................................................................................... 02

Prevenção e combate de incêndio/Histórico.........................................................................................................03

NBR......................................................................................................................................................................... 05

MODULO 2

Conceito do Fogo................................................................................................................................................... 06

Classes de incêndio .............................................................................................................................................. 09

MODULO 3

Extintores................................................................................................................................................................ 12

MODULO 4
113
AVCB ...................................................................................................................................................................... 17

Hidrantes e Mangueiras ....................................................................................................................................... 17

Tipos de Jatos........................................................................................................................................................ 23

Ataque Direto e Indireto ....................................................................................................................................... 25

Rescaldo .................................................................................................................................................................28

MODULO 5

Sinalizações ............................................................................................................................................................30

Saídas de Emergência .......................................................................................................................................... 33

Sprinklers ............................................................................................................................................................... 35

Pânico de Pessoas................................................................................................................................................. 37

Abandono de Área................................................................................................................................................. 40

MODULO 6

Princípios básico da radiopropagação................................................................................................................ 41

Código Q .............................................................................................................................................................. 45

Para Raios .............................................................................................................................................................. 46

Norma Regulamentadora NR-13........................................................................................................................... 47

MODULO 7

Preparação para utilização do EPI e EPR............................................................................................................ 49

MODULO 8

Norma Regulamentadora NR-33 .......................................................................................................................... 68

Salvamento em elevador ...................................................................................................................................... 72

MODULO 9

Resgate em altura ................................................................................................................................................. 77

Cordas, nós e laçadas .......................................................................................................................................... 96

MODULO 10

Produtos Perigosos ...............................................................................................................................................99

Classes de Riscos ................................................................................................................................................101

Zonas de Trabalho ...............................................................................................................................................110

114

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