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PREVENÇÃO

E
CONTROLE
DE
SINISTROS

Curso: Técnico em Segurança do Trabalho


Professor: Engº civil Geraldo Viégas Vargas
PREVENÇÃO E CONTROLE DE SINISTROS

Para melhor entendimento do nosso estudo, primeiramente é necessário


sabermos o sentido e o significado das palavras: prevenção, controle e sinistro.

Sinistro: desastre, dano, prejuízo, acontecimento trágico que acarreta grandes perdas
materiais. Figurativo: assustador, aterrador, apavorante, ameaçador, perigoso,
perverso, que inspira receio, que prenuncia desgraças.

Prevenção: ato de prevenir, antecipar ações para evitar um acontecimento,


premeditação, opinião antecipada.

Controle: fiscalização, verificação, exame, supervisão.

É função do Técnico em Segurança do Trabalho fazer a prevenção e o


controle de sinistros. Para isso ele deverá ter total conhecimento dos riscos
ambientais ou físicos, dos equipamentos e mecanismos de proteção e prevenção.
Além de elaborar planos de ações, coordenar e treinar os profissionais que irão
trabalhar na prevenção, no combate e no controle de sinistros. Em síntese estamos
falando das responsabilidades do técnico.

1- Responsabilidades:
O setor de segurança do trabalho tem a responsabilidade de elaborar e
coordenar a implementação, a manutenção e divulgação do plano de emergência.
Para o perfeito funcionamento do plano, a diretoria da empresa deve conhecer o
plano de forma detalhada e avisar sobre mudanças de pessoal, mudanças de
procedimentos administrativos ou operacionais e fornecer os recursos necessários
para o plano.
Os funcionários devem participar do plano de emergência, em todas as
etapas, bem como informar ao setor de segurança sobre qualquer irregularidade ou
risco observado.
O Técnico em Segurança do Trabalho (TST) é responsável pelos
treinamentos dos funcionários, em como utilizar EPI’s, higiene no trabalho,
segurança no trabalho em geral, primeiros socorros em geral e como proceder em
caso de sinistros (extintores, ambulâncias, saídas de emergência), criar os
“Brigadistas” em combate a incêndio, primeiros socorros e evacuação. A função só
será bem desempenhada se o técnico tiver adquirido conhecimentos profundos sobre
esta disciplina: Prevenção e Controle de Incêndios.
2- Riscos Mecânicos ou de acidentes

Estes riscos variam de acordo com a atividade da empresa, da


localização, das atividades vizinhas e de todos os fatores ambientais.
De certo modo podemos afirmar que o risco de incêndio é sempre
comum em todas as empresas e por isto mesmo devemos conhecer em profundidade
os métodos mais eficientes de prevenção e combate.
Há os riscos mecânicos ou de acidentes como: animais peçonhentos,
insetos, acidentes com máquinas, choques, raios, contusões, projeção de partículas e
também temos os riscos químicos, biológicos, ergonômicos e físicos (ambientais).
Para definirmos todos os riscos é necessário fazermos o mapa de risco e a
partir deste, traçarmos a prevenção e o controle de sinistros. É importante salientar
que o mapa de risco deve constar os possíveis riscos com a vizinhança.

3- Prevenção de riscos

Havendo a conscientização e o treinamento dos funcionários para o uso


dos EPI’s (equipamentos de proteção individual), com certeza serão evitados
diversos acidentes com insetos, animais peçonhentos, projeção de partículas e outros.
Além do uso dos EPI’s, outras providências devem ser tomadas, como
por exemplo, colocação de alarme e um comunicador na sala de máquinas, a
telefonista ter de prontidão os telefones do corpo de bombeiro, SAMU, polícia
militar, do pronto-socorro mais próximo, do médico da empresa, dos familiares dos
funcionários. Uma equipe treinada para uma rápida ação em caso de acidentes, com
um kit básico de atendimento emergencial (gaze, esparadrapo, mercúrio, remédios,
etc.).
O incêndio será estudado separadamente mais adiante, com maior
profundidade, por ser um risco eminente em qualquer setor.

4- Definição das Brigadas

É comum dividir a brigada em dois grupos. Um grupo fica responsável


pela evacuação e pelos primeiros socorros e o outro grupo pelo combate a incêndios.

5- Atividades

Primeiramente leia novamente as duas primeiras páginas da apostila.


Agora leia com atenção os dois textos abaixo e responda as questões propostas:
Texto 1: Empresa Gráfica
Arthur foi contratado há quatro meses para ser o técnico de segurança do trabalho e também o
responsável por serviços bancários de uma gráfica que possuía 32 empregados. Era um galpão bastante
comprido, bem antigo, com paredes grossas, telhado de amianto, forro de gesso, piso cimentado. Era tudo
bem rústico, exceto a sala da recepção, onde os serviços e pedidos eram negociados. Esta sala tinha piso em
cerâmica, ar condicionado, porta de entrada em blindex, bebedouro, pequeno balcão com cafezinho e
biscoitos para os clientes. A entrada para a área de trabalho do galpão era feita por uma porta estreita de 70
cm e lá dentro havia várias divisórias em fórmica para dividir os setores da empresa. Tinha um
almoxarifado com estoque dos papéis e envelopes, tinha uma sala bem grande e barulhenta que era a
produção dos impressos gráficos, uma saleta para guardar o produto acabado, dois banheiros grandes, uma
copa para o cafezinho dos funcionários e então do meio para o fundo do galpão havia seis salas:
administração geral, gerência, duas salas de computação gráfica, setor de cobrança e segurança do trabalho e
a última sala um depósito de material de limpeza e arquivo morto também.
Arthur não perdeu tempo, de manhã dedicava somente ao serviço de TST e de tarde ia para a rua
fazer o serviço bancário. Ele sabia que o risco de incêndio era grande, havia fiação solta pelo teto e pela
parede, poucas tomadas com vários “tês” ligados, muita gambiarra. Arthur elaborou um excelente projeto
emergencial de prevenção contra incêndio, que constava dos seguintes itens: duas sirenes, vários extintores,
elaboração de um novo projeto elétrico para embutir e redimensionar a fiação, aumentando o número de
tomadas e luminárias. Foi difícil convencer o gerente, que era o dono da empresa, a viabilizar este projeto,
afinal haveria um gasto alto. Fazia um mês que Arthur conseguira trocar a caixa d’água da copa por uma de
maior volume e colocar um ponto de água com uma mangueira de 30 metros para qualquer eventualidade e
quinze dias antes ele recebeu cinco extintores. O projeto estava dando certo apesar do patrão ter ficado de
cara fechada com Arthur.
No fundo todos sabiam que havia grande perigo neste prédio. Não deu outra, por volta das 14:00
horas começou um incêndio na sala de produção, devido a um curto circuito, e rapidamente alastrou por
todo o galpão, o corredor estava em chamas, pois as divisórias queimavam unindo as chamas. Os
basculantes eram muito altos e ainda tinham grade de proteção. A única saída era o corredor. Foi uma
catástrofe: morreram dezenove pessoas.
Será que Arthur poderia ter evitado? Seu projeto tinha falhas?
Relacione os erros e acertos do TST, nesta empresa.
Texto 2: Marcenaria
A Marcenaria Pau Brasil contratou Wilson para ser Técnico em Seg. Trabalho da marcenaria e
assim prevenir futuros acidentes de trabalho. Nos 18 anos da empresa ocorreram quatro acidentes e a
marcenaria agora indeniza mensalmente dois empregados que recorreram na justiça devido aos acidentes.
Desta forma, Wilson conseguiu aprovação do seu projeto de prevenção e controle de sinistros, junto ao
proprietário. A marcenaria funcionava dentro de um galpão bem alto em estrutura metálica, com instalações
elétricas novas, projetadas por um engº eletricista que acompanhou a instalação e toda máquina nova só é
instalada após análise do engenheiro. Para Wilson o risco maior era o de incêndio, pois tinha muita serragem
no chão, madeira seca, gravetos espalhados e pelo menos seis funcionários fumavam dentro do galpão. O
ambiente de trabalho era bem descontraído, tinha seu João, com 56 anos, próximo da aposentadoria, um dos
marceneiros mais velhos da firma, aliás, está na empresa desde sua fundação. Experiente, nunca se
acidentou, trabalha com a serra circular com grande precisão fazendo móveis, usa um óculos protetor e uma
touca ninja para a serragem não grudar em sua barba e seus cabelos brancos.
Wilson estava já na terceira reunião sobre prevenção contra incêndio: explicou como usar os
extintores, onde eles ficariam, criou duas equipes de brigadistas e uma de evacuação e primeiro socorro, uma
sirene central para soar o alarme, orientou a duas recepcionistas para ligarem de imediato para o C.
Bombeiros, outros dois funcionários abririam o portão grande para facilitar a saída. Simularam um incêndio
e foi possível ver a atuação de todos, marcando o sucesso do projeto de prevenção.
Aquela segunda-feira não devia ter existido. Por volta das 9:00 hs, começa uma gritaria: seu
João está sangrando, ele perdeu o braço, meu Deus, alguém faça alguma coisa, coloque ele num carro e
levem urgente p/ o hospital, ele desmaiou ou morreu, é sangue para todo lado, meu Deus...
O pior aconteceu, seu João perdeu parte do antebraço, por pouco não morria devido ao volume de sangue
perdido, foram 62 dias no hospital.
Wilson foi demitido.
Relacione os acertos e os erros de Wilson como TST.
6- Incêndio
6.1- Teoria e Comportamento do Fogo
Fogo é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo como
o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de
materiais diversos.
Precisamos da existência de três elementos básicos, que são o combustível, o
comburente (oxigênio) que por si só não vão iniciar a combustão, vão precisar do terceiro
elemento que é o calor (fonte de ignição), esta fonte é que podemos considerar como causa
do incêndio, pois sem ela o incêndio não vai ocorrer.
Estes três elementos formam o que chamamos de triângulo do fogo.
É uma maneira didática criada para ilustrarmos a reação química da combustão.
Os estudos modernos sobre o comportamento do fogo nos mostraram que temos
um quarto elemento, que é a reação em cadeia, formando o
tetraedro do fogo. É a reação em cadeia que torna a queima auto-sustentável.

O efetivo controle e extinção de um incêndio requerem um entendimento da


natureza química e física do fogo. Isso inclui informações sobre: causas, fontes de calor,
composição e características dos combustíveis, condições necessárias para a combustão.

6.2- Combustíveis
É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o elemento que
serve de campo de propagação do fogo. Temos materiais combustíveis que são maus
condutores de calor, madeira, por exemplo, queimam com mais facilidade que os materiais
bons condutores de calor como os metais. Esse fato se deve a acumulação de calor em uma
pequena zona, no caso dos materiais maus condutores, fazendo com que a temperatura local
se eleve mais facilmente, já nos bons condutores, o calor é distribuído por todo material,
fazendo com que a temperatura se eleve mais lentamente.
Combustíveis Sólidos - A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e,
então, reagem com o oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro
transformam-se em líquidos, e posteriormente em gases, para então se queimarem.
Exemplo: Madeira, Tecido, Papel, Mato, etc.
Combustíveis Líquidos - Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que
dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo durante o combate. Os líquidos
assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramados, os líquidos tomam a forma
do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Tomando como base o peso da água,
cujo litro pesa 1 quilograma, classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais
pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que água e,
portanto, flutuam. Ex: Gasolina, Álcool Etílico, Acetona, etc.
A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também
é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de
haver fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam vapores a
temperaturas menores que 20º C.

Combustíveis Gasosos - Os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a


ocupar todo o recipiente em que estão contidos. Se o peso do gás é menor que o do ar, o gás
tende a subir e dissipar-se. Mas, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás permanece
próximo ao solo e caminha na direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno. Para
o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar atmosférico, e,
portanto, se estiver numa concentração fora de determinados limites, não queimará. Cada
gás, ou vapor, tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há menos de 1,4%
ou mais de 7,6% de vapor de gasolina, não haverá combustão, pois a concentração de vapor
de gasolina nesse local está fora do que se chama de mistura ideal, ou limites de
inflamabilidade; isto é, ou a concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de
inflamabilidade.
Assim, o Limite inferior de inflamabilidade (LII) – é a concentração mínima de
uma mistura onde pode ocorrer a combustão.
Já o Limite superior de inflamabilidade ( LSI) – é a concentração máxima de uma
mistura onde pode haver a combustão.
COMBUSTIVEL Limites de Inflamabilidade ( % )
Inferior: LII Superior: LSI
Hidrogênio 4,0 75,0
Monóxido de carbono 12,5 74,0
Propano 2,1 9,5
Acetileno 2,5 82,0
Gasolina 1,4 7,6
Éter 1,7 48,0
Álcool 3,3 19,0
6.3- Fontes de Ignição (Calor)
As fontes de ignição (calor) são divididas em seis grupos como veremos a seguir:
GRUPOS Tipos e Ocorrências
Familiar Cigarros (35%), Equiptº cozinha (7%), Fósforo e velas (5%)
Tráfego Batidas de carro (4%)
Elétricas Instal. e motores em más condições, sem manutenção (23%)
Mecânicas Fricção (10%), Materiais superaquecidos (8%), superf. quentes
(7%), Chamas de equiptº (7%), Faísca de combustão (5%),
Corte e solda de chapas (5%), Metais derretidos (2%)
Químicas Combustão espontânea (5%) , Ação química (2%)
Incêndios Premeditados 5 %

Antes de estudarmos os comburentes, vamos aprofundar mais nosso estudo na


combustão e no calor.
6.4- Combustão
É uma reação química de oxidação, exotérmica, auto-sustentável, com
liberação de luz, calor, fumaça e gases, que se inicia quando uma substancia é combinada
com oxigênio e é ativada pelo calor (elevação de temperatura), emitindo energia luminosa
(fogo), mais calor e outros produtos.
A combustão pode ser classificada em:
a) Combustão Lenta: Ocorre quando a oxidação de uma determinada substância não
provoca liberação de energia luminosa nem aumento de temperatura.
Ex: ferrugem, respiração, etc.
b) Combustão Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia luminosa
e calor sem aumento significativo de pressão no ambiente. Ex: Queima de materiais comuns
diversos.
c) Combustão Muito Viva: Ocorre quando a reação química de oxidação libera energia e
calor numa velocidade muito rápida com elevado aumento de pressão no ambiente. Ex:
Explosões de gás de cozinha, Dinamite, etc.
REAÇÃO EM CADEIA - A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor
irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que
se combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível,
formando um ciclo constante.

FORMAS DE COMBUSTÃO
As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade de
propagação, que é a velocidade de deslocamento da frente da reação da área queimada para
área ainda não atingida pela reação. Dois elementos são preponderantes na velocidade da
combustão: o comburente e o combustível.
Oxidação lenta
Combustão simples
Completa
Incompleta
Deflagração
Detonação
Explosão
Oxidação lenta – A energia da reação não provoca aumento de temperatura na área
atingida não ocorre reação em cadeia, tendo assim uma propagação da velocidade de reação
nula (ex. ferrugem oxidação do ferro, respiração).
Combustão simples - Velocidade de propagação inferior a 1 m/s , materiais madeira
papel, há dissipação de energia indo uma parte para o meio ambiente e mantendo assim a
reação em cadeia.
Combustão completa – É aquela em que a queima produz calor e se processa em ambiente
rico em oxigênio.
Combustão incompleta - É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma
chama, se processa em ambiente pobre em oxigênio se processa em ambiente pobre em
oxigênio.
Deflagração – velocidade de propagação é maior que 1m/s , inferior a 400m/s, elevação de
pressão (1 a 10 vezes da inicial) ex. pólvora, pós combustíveis e vapores de líquidos
inflamáveis.
Detonação – Velocidade de propagação maior que 400m/s, a pressão pode chegar até 100
vezes da pressão inicial. Ex. explosivos industriais, nitroglicerina e mistura de gases e
vapores em espaço confinados.
Explosão – A detonação e a deflagração e considerada uma explosão pois seus efeitos são
destrutivos por causa das ondas de pressão principalmente quando o ambiente não suporta a
pressão produzida.
Combustão Espontânea - É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de
certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera
gases que podem incendiar.

6.5- Calor
Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra
energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da
matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a
matéria. A energia de ativação serve como condição favorável para que haja a reação de
combustão, elevando a temperatura ambiente ou de forma pontual, proporcionando com que
o combustível reaja com o comburente em uma reação exotérmica.
A energia de ativação pode provir de várias origens, como por exemplo:
Origem nuclear. Ex.: Fissão nuclear
Origem química. Ex.: Reação química (limalha de ferro + óleo)
Origem elétrica. Ex.: Resistência (aquecedor elétrico)
Origem mecânica. Ex.: Atrito

Calor é uma forma de energia, denominada energia térmica ou calórica. Essa


energia é transferida sempre de um corpo de maior temperatura para o de menor
temperatura, até existir equilíbrio térmico. Unidades de medida: Caloria (Cal), BTU,
Joule (J).
Temperatura é uma grandeza primitiva, não podendo, por isso, ser definida.
Podemos considerar a Temperatura de um corpo como sendo a medida do grau de agitação
de suas moléculas”. Escalas: Celsius ( oC), Kelvin (K) e Fahrenheit ( oF).
Ao receber calor, o combustível se aquece até chegar a uma temperatura que
começa a desprender gases (os combustíveis inflamáveis normalmente já desprendem gases
a temperatura ambiente). Esses gases se misturam com o oxigênio do ar e em contato com
uma chama ou até mesmo uma centelha, dá início à queima. Face a este fenômeno, é de
extrema importância o controle da temperatura em ambientes com combustíveis, pois cada
combustível emana gases numa temperatura específica, podendo desta forma, em contato
com uma simples centelha dar início a um princípio de incêndio.

Efeitos do Calor:
A energia de ativação, qualquer que seja, se transformará em energia calorífica
(calor) que está intimamente ligado a temperatura, proporcionando o seu aumento. O calor
gerado irá produzir efeitos físicos e químicos nos corpos e efeitos fisiológicos nos seres
vivos. Como os que vemos a seguir:
Aumento/diminuição da temperatura - O aumento ou diminuição da temperatura
acontece em função calor que é uma forma de energia que é transferida de um corpo de
maior temperatura para o de menor temperatura. Este fenômeno se desenvolve com maior
rapidez nos corpos considerados bons condutores de calor e mais lentamente nos corpos
considerados maus condutores.
Dilatação/Contração térmica - É o fenômeno pelo qual os corpos aumentam ou diminuem
suas dimensões conforme o aumento ou diminuição de temperatura. A dilatação/contração
pode ser linear, quando apenas uma dimensão tem aumentos consideráveis, superficial,
quando duas dimensões têm aumentos consideráveis, e volumétrica, quando as três
dimensões têm aumentos consideráveis. Cada substância tem seu coeficiente de dilatação
térmica, ou seja, dilatam mais ou menos dependendo da substância. Este fator pode
acarretar alguns problemas, como por exemplo, uma viga de 10 m exposta a um aumento de
temperatura na ordem 700º C. Com esse aumento de temperatura, o ferro, dentro da viga,
aumentará seu comprimento em 84 mm aproximadamente, o concreto, apenas 42mm.
Sendo assim, o ferro, tende a deslocar-se no concreto, perdendo a sua capacidade de
sustentabilidade, na qual foi projetada.
Mudança de Estado - Para que uma substância passe de um estado físico para outro, é
necessário que ela ganhe ou perca calor. Ao aquecermos um corpo sólido, ele passará a
líquido e continuando passará ao estado gasoso. O inverso acontecerá se resfriarmos o gás
ou vapor.
Efeitos fisiológicos do calor - O calor pode causar vários danos os seres humanos, como
exemplo podemos citar a desidratação, a insolação, fadiga, queimaduras e inúmeros
problemas no aparelho respiratório. A exposição de uma pessoa, ao calor, por tempo
prolongado, poderá acarretar na morte da mesma.

Propagação do Calor
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e
irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
Convecção - É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou
de líquidos dentro de si próprios.
Condução - Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a
molécula. Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma
fonte de calor, as moléculas desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais
vigorosamente e se chocarão com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.
Irradiação - É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam
através do espaço. As ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade
com que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou
mais afastados da fonte de calor.
Vamos estudar várias terminologias importantes:
Pontos de Temperatura - Os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir desta
transformação, é que combinam com o oxigênio, resultando a combustão. Essa
transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes, à medida que o material vai sendo
aquecido.
Ponto de Fulgor – É a temperatura mínima em que o material começa a liberar vapores,
que se incendeiam se houver uma fonte externa de calor. Neste ponto, as chamas não se
mantêm, devido à pequena quantidade de vapores. Ex.: madeira 150 Cº; gasolina = - 42 Cº;
asfalto = 204 Cº.
Ponto de Combustão – É a temperatura mínima em que os gases desprendidos do material,
ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combustão, e continuam
a queimar sem o auxílio daquela fonte.
Ponto de Ignição – É a temperatura mínima em que o combustível, exposto ao ar, entra em
combustão sem que haja fonte externa de calo, independente de qualquer outra chama ou
centelha. Esse ponto é chamado de “Ponto de Ignição”.
Exemplo: éter = 180 Cº; enxofre = 232 Cº
Processos de Queima - O início da combustão requer a conversão do combustível para o
estado gasoso, o que se dará por aquecimento. O combustível pode ser encontrado nos três
estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso. Gases combustíveis são obtidos, a partir de
combustíveis sólidos, pela pirólise. Pirólise é a decomposição química de uma matéria ou
substância através do calor.

6.6-COMBURENTE
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais
comum é que o oxigênio (O2) desempenhe esse papel. A atmosfera é composta por 21% de
oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com a composição
normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa. Notam-se
chamas. Contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num processo contínuo. Quando
a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente passa de 21% para a faixa compreendida
entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais chamas. Quando
o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há
combustão.

7- MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO


Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos
elementos essenciais que provocam o fogo.
Retirada do Material: É a forma mais simples de se extinguir um incêndio. Baseia-se na
retirada do material combustível, ainda não atingido.
Resfriamento: É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material
combustível que está queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação de gases ou
vapores inflamáveis.
Abafamento: Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material
combustível. Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo.

Quebra da Reação em Cadeia: Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo,
sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em
cadeia”.

7.1- Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção


Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos,
bem como a situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar o
agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico.
Temos cinco (5) tipos de classes de incêndio que veremos a seguir:

Incêndio Classe “A”


Incêndio envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano,
borracha. É caracterizado pelas cinzas e brasas que deixam como resíduos e por queimar na
superfície e em profundidade.
Método de extinção: Necessita de resfriamento para a sua extinção, isto é, do uso de água
ou soluções que a contenham em grande porcentagem, a fim de reduzir a temperatura do
material em combustão, abaixo do seu ponto de ignição.

Incêndio Classe “B”


Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, graxas e gases combustíveis.
É caracterizado por não deixarem resíduos e queimar apenas na superfície exposta e não em
profundidade.
Método de extinção: Necessita para a sua extinção do abafamento ou da interrupção
(quebra) da reação em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto da ignição), é
necessário resfriamento.

Incêndio Classe “C”


Incêndio envolvendo equipamentos elétricos energizados.
Método de extinção: Para a sua extinção necessita de agente extintor que não conduza a
corrente elétrica e utilize o princípio de abafamento ou da interrupção (quebra) da reação
em cadeia. Esta classe de incêndio pode ser mudada para “A”, se for interrompido o fluxo
elétrico.

Incêndio Classe “D”


Incêndio envolvendo metais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio,
antimônio, lítio, potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). É
caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes extintores
comuns (principalmente os que contenham água).
Método de extinção: Para a sua extinção, necessita de agentes extintores especiais que
se funda em contato com o metal combustível, formando uma espécie de capa que o
isola do ar atmosférico, interrompendo a combustão pelo princípio de abafamento. Os
pós especiais são compostos dos seguintes materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário,
monofosfato de amônia, grafite seco.

Incêndio Classe “K”


Incêndio envolvendo equipamentos de cozinhas comerciais ou industriais.
Envolvem meios de cozinhar com banha, gordura e óleo. A evolução e alta-eficiência dos
equipamentos de cozinhas industriais e o uso de óleos não saturados, aliados a altas
temperaturas criam riscos de incêndios mais severos. O Brasil não tem uma norma própria
para orientar esta classe de incêndio e segue a norma americana (NFPA). Os incêndios em
cozinhas, com uso de fritadeiras em particular, são únicos, diferentes e mais difíceis de
apagar quando comparados com incêndios de líquidos inflamáveis.
Os óleos de cozinha usados na fritura têm uma faixa ampla de temperaturas de
auto-ignição, podendo ocorrer em qualquer intervalo entre 288°C à 385°C
Método de extinção: Para a sua extinção é necessário o uso de agentes extintores de base
alcalina, como bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio, além de um agente úmido
classe K, que quando são aplicados às gorduras saturadas a altas temperaturas, ocorre uma
reação chamada de “saponificação”. A reação forma uma espuma ensaboada que abafa o
fogo e o agente úmido resfria e abaixa a temperatura do meio de cozimento (gordura).
Não se deve nunca usar extintores a base d’água.
7.2- PROPORÇÕES DE INCÊNDIO

Incêndio Incipiente (ou princípio de incêndio): Evento de mínimas proporções e para o


qual é suficiente a utilização de um ou mais aparelhos extintores portáteis.
Pequeno Incêndio: Evento cujas proporções exigem emprego de pessoal e material
especializado, sendo extinto com facilidade e sem apresentar perigo iminente de
propagação.
Médio Incêndio: Evento em que a área atingida e a sua intensidade exige a utilização de
meios e materiais equivalentes a um socorro básico de incêndio, apresentando perigo
iminente de propagação.
Grande Incêndio: Evento cujas proporções apresentam uma propagação crescente,
necessitando do emprego efetivo de mais de um socorro básico para a sua extinção.
Extraordinário: Incêndio oriundo de abalos sísmicos, vulcões, bombardeios e similares,
abrangendo quarteirões. Necessitando para a sua extinção do emprego de vários socorros de
bombeiro, mais apoio do Sistema de Defesa Civil.

7.3-CAUSAS DE INCÊNDIO
É de enorme interesse para a Corporação saber a origem dos incêndios quer
para fins legais, quer para fins estatísticos e prevencionistas. Daí a importância de
preservar-se o local do incêndio, procurando não destruir possíveis provas nas operações de
combate e rescaldo. Dessa forma, os peritos poderão determinar com maior facilidade a
causa do incêndio.

Classificação das causas de incêndios

Naturais: Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem
por si só, completamente independente da vontade humana.
Artificiais: Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por ele
evitado tomando-se as devidas medidas de precaução. As causas Artificiais podem ser
Acidentais e Propositais
 Causa Acidental: Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito
embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos
incêndios.
 Causa Proposital: Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a
intenção de alguém em provocar o incêndio.

7.4- PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIO

Os incêndios, a não ser quando causados pela ação das intempéries, são
decorrentes da falha humana, material ou ambas; predominando segundo estatísticas a
primeira, como veremos a seguir:

1. Brincadeira de criança: As crianças por não terem senso do risco que correm,
costumam brincar com fósforos, fogueiras em terrenos baldios, imitando engolidores de
fogo, com frascos que contém ou continham líquidos inflamáveis, etc.; em função disto
devemos orientá-las mostrando os riscos e conseqüências e nunca amedrontando-as.
2. Exaustores, Chaminé, Fogueira: Todos os meios condutores de calor para o exterior,
podem ser causadores de incêndio, desde que não sejam muito bem instalados, conservados
e mantidos de acordo com as normas de segurança. Portanto, procurar sempre seguir as
orientações de profissionais capacitados. No caso de fogueiras, por exemplo, 99 % da perda
de controle podem ser atribuídos ao fator humano, causando graves acidentes com vítimas
até fatais, além de grandes danos a ecologia.
3. Balões: Todos os anos, quando se realizam os festejos juninos, muitos incêndios são
causados por balões, que deixam cair centelhas ou mesmo a tocha acesa sobre materiais
combustíveis, portanto, nunca solte balões.
4. Fogos de Artifícios: Tal como ocorrem com os balões, os fogos de artifícios também são
causadores de incêndio, além de inúmeros acidentes. Geralmente, as crianças são as
principais vítimas, por não saberem utilizar tal material e mesmo alguns portarem defeitos
de fabricação, logo ao manipular, tome sempre medidas de segurança.
5. Displicência ao cozinhar: Algumas donas de casa, não conhecem os riscos de incêndios
e deixam alimentos fritando ou cozendo por tempo superior ao necessário, ou mesmo
colocando-os com água em óleo fervente, fazendo com que os vapores do mesmo saiam do
recipiente, indo até as chamas do fogão e incendiando o combustível na panela; em vista
disto, mantenha sempre sua atenção redobrada quando utilizar o fogão.
6. Descuido com fósforo: Não só as crianças, mas também os jovens e adultos não dão a
devida atenção à correta utilização dos fósforos livrando-se do palito ainda em chamas,
provocando com esta atitude muitos incêndios. Quando utilizarmos os mesmos, devemos
apagá-los e quebrá-los antes de jogá-los fora, e guardar a caixa longe do alcance das
crianças.
7. Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis: Muitas vezes são
colocados diretamente sobre móveis ou tecidos, velas ou lamparinas. No caso da primeira,
esta poderá queimar-se até atingir o material e incendiá-lo; a outra, por conter querosene ou
outro liquido inflamável a situação é ainda mais grave, portanto, quando forem utilizadas,
coloca-las sobre um pires ou prato, evitando o contato com o possível combustível.
8. Aparelhos Eletrodomésticos: Além das instalações elétricas inadequadas, os próprios
aparelhos elétricos utilizados nas residências poderão causar incêndios, quando guardados
ainda quentes, deixados ligados ou apresentarem defeitos, observe sempre seu
funcionamento, fios, interruptores e siga as instruções do fabricante.
9. Pontas de Cigarros: O hábito de fumar atinge a milhares de pessoas, que às vezes, o
fazem em locais proibidos e quase sempre jogam as pontas destes, sem ter certeza que
estejam apagados completamente. Outras vezes, deitam-se e adormecem deixando-o aceso.
Portanto devemos sempre molhar ou amassar as pontas antes de serem jogadas no lixo,
principalmente nos locais onde armazenam papéis.
10. Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.): O GLP é acelerador de incêndio
em potencial. O botijão que está em uso fica conectado ao fogão, por meio de um tubo
plástico que incendeia com facilidade, em razão do material que é constituído, isto
ocorrendo teremos acesso ao gás, pois o registro está em posição aberto, o reserva que está
ao lado, poderá receber calor suficiente para romper a válvula de segurança, provocando a
propagação do fogo por todo o prédio. Devemos colocar tais recipientes fora da residência,
conectando-o por uma mangueira resistente preconizada pelo Conselho Nacional de
Petróleo que contém data de validade.
11. Ignição ou Explosão de Produtos Químicos: Alguns produtos químicos ou
inflamáveis, em contato com o ar ou outros componentes, poderão incendiar-se ou explodir,
em função disto devem ser acondicionados em locais próprios e seguros, evitando-se assim
qualquer acidente, ao manipulá-los, procure sempre a orientação de um técnico
especializado.
12 - Instalações Elétricas Inadequadas: As improvisações em instalações elétricas na
construção, reforma ou ampliação são responsáveis pela maioria dos incêndios, portanto,
devemos seguir as orientações de pessoas capacitadas.
13. Trabalhos de Soldagens: Nos aparelhos de solda, alimentados com acetileno e
oxigênio, havendo um vazamento, isto poderá gerar um incêndio, além disso, a própria
chama do maçarico atingindo materiais combustíveis, provocará tal sinistro. Os
profissionais devem estar conscientes dos perigos e atentos quanto a danos nas mangueiras
e registros do aparelho, para sua própria segurança.
14. Ação Criminosa: Muito mais do que imaginamos, incêndios são provocados por
pessoas maldosas, principalmente no local de trabalho, pelo simples prazer de vingança.
Também alguns proprietários, visando obter lucros do seguro, usam da mesma atitude.
Nestes casos as causas, normalmente são detectadas facilmente, e as pessoas envolvidas
têm respondido judicialmente pelo delito.

7.5- EQUIPAMENTOS DE EXTINÇÃO


Temos vários tipos de equipamentos ou aparelhos para extinção de um incêndio
e veremos a seguir os diversos tipos. Uns dos mais usuais, pela sua praticidade de uso, pelo
baixo custo e também pela sua eficiência são os extintores portáteis. Extintores são
recipientes metálicos que contêm em seu interior agente extintor para o combate imediato e
rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e
a operação. Os extintores portáteis também são conhecidos simplesmente por extintores e
os extintores sobre rodas ou tipo carreta.

CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES:


Conforme a classe de incêndio a que se destinam: “A”, “B”, “C”,“D” e “K”.
Para cada classe de incêndio há um ou mais extintores adequados.

Podemos também classificar os extintores, conforme o peso em:


Extintores portáteis – Aqueles que são transportados manualmente, sendo que seu
peso total não pode exceder 25 Kg.
Extintores tipo carreta – Aqueles cujo peso total excede a 25 kg, e são montados
sobre rodas.
Conforme a pressão:
De baixa pressão – Aqueles cuja pressão de trabalho é inferior a 30 kg/cm2.
De alta pressão – Aqueles cuja pressão é igual ou superior a 30 kg/cm2.
Todo o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identificação facilmente
localizável. O rótulo traz informações sobre as classes de incêndio para as quais o extintor é
indicado e instruções de uso. O êxito no emprego dos extintores dependerá de:
Fabricação de acordo com as normas técnicas (ABNT);
Distribuição apropriada dos aparelhos;
Inspeção periódica da área a proteger;
Manutenção adequada e eficiente;
Pessoal habilitado no manuseio correto.

7.6- Agentes Extintores

Existem vários agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a


combustão, extinguindo o incêndio através de um ou mais métodos de extinção já citados.
Os agentes extintores devem ser utilizados de forma criteriosa, observando a sua correta
utilização e o tipo de classe de incêndio, tentando sempre que possível minimizar os efeitos
danosos do próprio agente extintor sobre materiais e equipamentos não atingidos pelo
incêndio. Dos vários agentes extintores, os mais utilizados são os que possuem baixo custo
e um bom rendimento operacional, os quais passaremos a estudar a seguir:

Água: É o agente extintor “universal”, por ser o mais abundante na natureza. Age
principalmente por resfriamento e por abafamento, devido a sua propriedade de absorver
grande quantidade de calor. Tem a sua aplicação em diversas classes de incêndio. Apesar de
historicamente, por muitos anos, a água ter sido aplicada no combate a incêndio sob a forma
de jato pleno, hoje sabemos que a água apresenta um resultado melhor quando aplicada sob
a forma de jato chuveiro ou neblinado, pois absorve calor numa velocidade muito maior,
diminuindo consideravelmente a temperatura do incêndio conseqüentemente extingüindo-o.
Quando se adiciona à água substâncias umectantes na proporção de 1% de Gardinol,
Maprofix, Duponal, Lissapol ou Arestec, ela aumenta sua eficiência nos combates a
incêndios da Classe A. À água assim tratada damos o nome de "água molhada". A sua
maior eficiência advém do fato do agente umectante reduzir a sua tensão superficial,
fazendo com que ela se espalhe mais e adquira maior poder de penetrabilidade, alcançando
o interior dos corpos em combustão. A água apresenta excelente resultado no combate a
incêndios da Classe A, podendo ser usada também na Classe B, não podendo ser utilizada
na Classe C, pois conduz corrente elétrica.

Espuma: É uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua, constituída por
um aglomerado de bolhas de ar ou de um gás inerte. Podemos ter dois tipos clássicos de
espuma: Espuma Química e Espuma Mecânica.
Espuma Química - é resultante de uma reação química entre uma solução composta por
"água, sulfato de alumínio e alcaçuz" ou composta por "água e bicarbonato de sódio" (está
entrando em desuso, por vários problemas técnicos).
Espuma Mecânica - é formada por uma mistura de água com uma pequena porcentagem
(1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada forçada de ar. Podemos dizer que a
espuma mecânica é produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma)
e ar. A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois se constitui de um
aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas por películas de água.
A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incêndios das Classes
A e B, não podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente elétrica.

Pó Químico Seco (PQS): Os pós químicos secos possuem finíssimas partículas sólidas, são
substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de
potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por
quebra da reação em cadeia e por abafamento. As partículas têm como características não
serem abrasivas, não serem tóxicas mas pode provocar asfixia se inalado em excesso, não
conduzir corrente elétrica, mas tem o inconveniente de contaminar o ambiente sujando-o,
podendo danificar inclusive equipamentos eletrônicos, desta forma, deve-se evitar sua
utilização em ambiente que possua estes equipamentos no seu interior e ainda dificultando a
visualização do ambiente. Os PQS são classificados conforme a sua correspondência
com as classes de incêndios, conforme as seguintes categorias:
Pó ABC – composto a base de fosfato de amônio, sendo chamado de polivalente, pois atua
nas classes A, B e C;
Pó BC – à base de bicarbonato de sódio ou de potássio, indicados para incêndios classes
B e C;
Pó D – usado especificamente na classe D de incêndio, sendo a sua composição variada,
pois cada metal pirofórico terá um agente especifico, tendo por base a grafita misturada
com cloretos e carbonetos.

Gás Carbônico (CO2): Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2 , é um gás
mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor (incolor), sem cheiro (inodoro), não condutor
de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo
secundariamente ação de resfriamento. O Dióxido de Carbono apresenta melhor resultado
no combate a incêndios das Classes B e C. Na Classe A apaga somente na superfície. O
Dióxido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incêndios das Classes B e C.
Na Classe A apaga somente na superfície.

8- Aparelho Extintor de Água:


Os extintores de água podem ser: Pressurizado ou de Pressão injetada(AG).

Extintor portátil de Água-gás (AG)


Possuem os seguintes elementos:
1-Mangueira 2-Esguicho
3-Alça para transporte 4-Recipiente
5-Tubo sifão 6-Cilindro de gás propelente.
Sua capacidade é de 10 litros e o alcance médio do jato é de 10 metros.
Vejamos agora as técnicas de utilização:
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o
volante da ampola externa no sentido anti-horário, pressurizando assim a carga extintora e
aperte o gatilho rapidamente (caso exista), a fim de confirmar o agente extintor, neste
momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada
mediante o aumento da pressão interior do aparelho.
Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal.

Extintor portátil de Água-Pressurizada (AP)


Possuem os seguintes elementos:
1-Mangueira 2-Gatilho
3-Alça para transporte 4-Pino de segurança
5-Tubo sifão 6-Recipiente
7- Manômetro
Sua capacidade é de 10 litros e o alcance médio do jato é de 10 metros. _Vejamos
agora as técnicas de utilização:
Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo,
observando no manômetro se está carregado.
Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado.
Retire o lacre e o pino de segurança.
Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar o
agente extintor.
Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m).
Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de “zigue-
zague” horizontal.

9-Extintor de espuma:
Temos dois tipos de extintor de espuma, o de espuma química e o de espuma
mecânica (pressurizado).

Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado):

Características
Capacidade 9 litros (mistura de água e LGE)
Unidade extintora 9 litros
Aplicação Incêndio Classe “A” e “B”
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 60 segundos
Funcionamento: A mistura de água e LGE já está sob pressão, sendo expelida quando
acionado o gatilho; ao passar pelo esguicho lançador, ocorrem o arrastamento do ar
atmosférico e o batimento, formando a espuma.

Extintor de Espuma Química (Pressão Injetada):


Características
Capacidade 9 litros (mistura de água e LGE)
Unidade extintora 9 litros
Aplicação Incêndio classe “A” e “B”
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 60 segundos
Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que,
sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE quando acionado o gatilho.
A mistura, passando pelo esguicho lançador, se combina com o ar atmosférico e sofre o
batimento, formando a espuma.

10- Extintor de pó químico seco (PQS):

Temos dois tipos: Pressurizado e Pressão injetada.

Extintor de Pó Químico Seco (Pressurizado):


Características
Capacidade 1, 2, 4, 6, 8 e 12 kg
Unidade extintora 4 litros
Aplicação Incêndios classe “B” e “C”.
Classe “D”, utilizado PQS especial
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 15 segundos (4 kg) e 25 segundos (12 kg)

Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada):


Características
Capacidade 4, 6, 8 e 12 kg
Unidade extintora 4 litros
Aplicação Incêndios classe “B” e “C”.
Classe “D”, utilizado PQS especial
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 15 segundos (4 kg) e 25 segundos (12 kg)

11- Extintor de gás carbônico:

Características
Capacidade 2, 4 e 6 kg
Unidade extintora 6 kg
Aplicação Incêndios classe “B” e “C”.
Alcance médio do jato 2,5 metros
Tempo de descarga 25 segundos

12- Extintores sobre Rodas (Carretas):


São aparelhos com maior quantidade de agente extintor, montados sobre rodas
para serem conduzidos com facilidade.
As carretas podem ser:
de água;
de espuma mecânica;
de espuma química;
de pó químico seco
de gás carbônico.

Carreta de Água:

Características
Capacidade 75 a 150 litros
Aplicação Incêndio classe “A”
Alcance médio do jato 13 metros
Tempo de descarga 180 segundos

Carreta de Espuma Mecânica:


Características
Capacidade 75 a 150 litros (mistura de água e LGE)
Aplicação Incêndio classe “A” e “B”
Alcance médio do jato 7,5 metros
Tempo de descarga 180 segundos (75 litros)
Funcionamento: Há um cilindro de gás comprimido acoplado ao corpo do extintor que,
sendo aberto, pressuriza-o, expelindo a mistura de água e LGE, quando acionado o gatilho.
No esguicho lançador é adicionado ar à pré-mistura, ocorrendo batimento, formando
espuma.

Carreta de Pó Químico Seco (PQS):


Características
Capacidade 20 kg a 100 kg
Aplicação Incêndio classe “B” e “C”
Tempo de descarga 120 segundos

Carreta de Gás Carbônico:


Características
Capacidade 25 a 50 litros
Aplicação Incêndio classe “B” e “C”
Alcance médio do jato 3 metros
Tempo de descarga 60 segundos

13- MÉTODO DE OPERAÇÃO DOS EXTINTORES


1 - Levar o extintor ao local do fogo e posicionar-se com segurança
2 – quebrar o lacre e retirar o pino de segurança
3 – dirigir o jato para a base do fogo
INSPEÇÃO
Inspeção consiste na verificação periódica do estado geral do extintor,
componentes e pressurização, visando detectar de forma visual ou por pesagem quaisquer
danos ou fato que determine a manutenção, recarga ou vistoria. Em geral a inspeção pode
ser realizada no próprio local onde o extintor está instalado.
a) Se o extintor é adequado a classe e o risco do fogo
b) Local adequado do extintor
c) Instalação adequada (altura e de fácil acesso)
d) Se o local onde o extintor está instalado está obstruído;
e) Sinalização adequado do extintor
f) Necessidade de manutenção
g) Verificação de todos os itens que compõem o extintor se estão em condições de uso

Freqüência de inspeção – A freqüência de inspeção em todos os tipos de extintores de


incêndio deve ser de no mínimo semanal, sob a responsabilidade do proprietário dos
extintores, conforme cronograma abaixo:
Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.
Mensais: Verificar se o bico ou a mangueira estão obstruídos. Observar a pressão do
manômetro (se houver), o lacre e o pino de segurança.
Semestrais: Verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás comprimido, quando
houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especificado, recarregar.
Anuais: Verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no lacre.
Recarregar o extintor.
Qüinqüenais: Fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a cada 5
anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidentes, tais como: batidas, exposição a
temperaturas altas, ataques químicos ou corrosão.

PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES POR NÍVEL


DE MANUTENÇÃO
Manutenção é o serviço efetuado no extintor de incêndio com a finalidade de
manter suas condições originais de operação, após sua utilização ou quando requerido por
uma inspeção, podendo ser subdividida em:

MANUTENÇÃO DE PRIMEIRO NÍVEL - Manutenção efetuada por pessoal habitado,


realizada no ato da inspeção e consiste em:
a) Verificar se lacre foi violado ou inexistente
b) Limpeza dos componentes aparentes
c) Reaperto dos componentes roscados que não estejam submetidos à pressão
d) Colocação do quadro de instruções
e) Substituição ou colocação de componentes, que não estejam submetidos a pressão
f) Conferência por pesagem, da carga de cilindros de carregados com dióxido de carbono

MANUTENÇÃO DE SEGUNDO NÍVEL – Manutenção que requer execução de serviços


com equipamento e local apropriado e por pessoal habilitado, que consiste em:
a) Desmontagem completa do extintor;
b) Verificação da carga;
c) Limpeza de todos os componentes;
d) Controle de rosca visual;
e) Verificação das partes internas e externas, quanto à existência de danos ou corrosão;
f) Substituição dos componentes, quando necessário;
g) Regulagem das válvulas de alivio e/ou reguladora de pressão;
h) Verificação do indicador de pressão;
i) Fixação dos componentes roscados;
j) Pintura
k) Verificação da existência de vazamento;
l) Colocação do lacre, identificando o executor;
m) Recarga.

RECARGA - É a reposição ou substituição da carga nominal de agente extintor e/ou


expelente.

MANUTENÇÃO DE TERCEIRO NÍVEL – Manutenção que compreende revisão total


do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos.
Teste hidrostático é executado em alguns componentes do extintor de incêndio
sujeitos à pressão permanente ou momentânea, utilizando-se normalmente a água como
fluido que tem como principal objetivo avaliar a resistência do componente a pressões
superiores á pressão normal de carregamento ou de funcionamento do extintor.

14- EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS PARA COMBATE A INCÊNDIOS


MANGUEIRA DE INCÊNDIO:
Equipamento hidráulico em formato cilíndrico que transporta e direciona a água
para locais do incêndio, seu uso inicial se deu alguns séculos depois dos primeiros
bombeiros que foram os chineses e os romanos em decorrência da necessidade de
transportar água para os locais de incêndio, que era feito manualmente por meio de odres
(sacos de couro). No período colonial, iniciou-se o uso de mangueiras de couro que exigia
muito esforço.
Em l811, na Inglaterra foram fabricadas as primeiras mangueiras em tecido com
o surgimento dos teares circulares, sendo produzidas e comercializadas pela empresa
Salford. Eram tecidas em fibras naturais, com algodão, linho, juta, e cânhamo, não
possuíam revestimento interno. Em 1868, J.B. Forsyth desenvolveu um processo que foi a
introdução de um tubo de borracha dentro da mangueira de tecido, utilizando para isso
vapor em alta temperatura, este método é hoje conhecido por vulcanização.
Um século depois com o desenvolvimento de novos produtos químicos foi conseguida uma
melhor resistência.
Nos anos 60 as fibras sintéticas começaram a substituir as fibras naturais,
proporcionando assim algumas vantagens como, redução do peso, capacidade para suportar
maiores pressões, baixa absorção de água, ausência de fungos e menor manutenção.
Hoje as mangueiras são produzidas de forma rápida, escolher as matérias
primas (borrachas e aditivos) que após misturados formam um composto, este composto
segue para uma extrusora saindo assim de forma uniforme e continua, sem seguida é
cortado na metragem desejada em seguida é unida ao tecido.
TIPOS DE MANGUEIRA Pressão de Trabalho
(kgf/cm²)
Tipo 1 edifícios residenciais 10
Tipo 2 edifícios comerciais, indústrias, corpo de bombeiros 14
Tipo 3 área naval, industrial, corpo de bombeiro 15
Tipo 4 área industrial 14
Tipo 5 área industrial 14

Define-se Pressão de Trabalho como sendo a pressão máxima à qual a


mangueira pode ser submetida em condições normais de uso.
Com relação a especificação de mangueiras de incêndio é regulamentadas pela
NBR 11861 de outubro de 1998.
Com relação a manutenção e inspeção e cuidados com as mangueiras é baseada
na NBR 12779 . Quando em uso as mangueiras devem ser inspecionadas e ensaiadas a
cada três meses.
Empatação de mangueira é o nome dado à fixação, sob pressão, da junta de
união de engate rápido no duto.
Lance de mangueira é a fração de mangueira que vai de uma a outra junta de
união.
Linha de mangueira é o conjunto de mangueiras acopladas, formando um
sistema para conduzir a água.
As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro, as de 38, 63, 75
e 100 mm.
Quanto ao comprimento as mais comuns são de 15 m. e 30 m.

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
CUIDADOS ANTES DO USO OPERACIONAL: As mangueiras novas devem ser
retiradas da embalagem de fábrica, armazenadas em local arejado, livre de umidade e mofo
e protegidas da exposição direta de raios solares. Deve-se testar as juntas de engate rápido
antes da distribuição das mangueiras para o uso operacional, através de acoplamento com
outras juntas. Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos os testes necessários
para seu uso seguro, quando do recebimento, após a compra.

CUIDADOS DURANTE O USO OPERACIONAL: As mangueiras de incêndio não


devem ser arrastadas sobre superfícies ásperas: entulho, quinas de paredes, bordas de janela,
telhado ou muros, principalmente quando cheias de água. Não devem ser colocadas em
contato com superfícies excessivamente aquecidas, pois, com o calor, as fibras derretem e a
mangueira poderá romper-se. Não devem entrar em contato com substâncias que possam
atacar o duto da mangueira, tais como: derivados de petróleo, ácidos, etc.
As juntas de engate rápido não devem sofrer qualquer impacto, pois isto pode
impedir seu perfeito acoplamento. Devem ser usadas as passagens de nível para impedir
que veículos passem sobre a mangueira. As mangueiras sob pressão devem ser dispostas de
modo a formarem seios e nunca ângulos. Evitar mudanças bruscas de pressão interna,
provocadas pelo fechamento rápido dos esguichos.
CUIDADOS APÓS O USO OPERACIONAL: Ao serem recolhidas, as mangueiras
devem sofrer rigorosa inspeção visual na lona e juntas de união. Nas mangueiras atingidas
por óleos, graxa, ácidos ou outros agentes, admite-se o emprego de água morna, sabão
neutro ou produto recomendado pelo fabricante. Após a lavagem, as mangueiras devem ser
colocadas para secar.

TIPOS DE ENSAIOS REALIZADOS EM MANGUEIRAS DE INCÊNDIO


Hidrostáticos
Perda de carga
Ruptura
Resistência à abrasão
Diâmetro interno
Aderência
Tubo interno envelhecimento do reforço têxtil
Resistência a superfície quente.

FORMAS DE ACONDICIONAR MANGUEIRAS


É a maneira de dispor as mangueiras, para facilitar a sua utilização:
Espiral
Aduchada
Ziguezague

MANGOTINHOS
Os mangotinhos são tubos flexíveis de borracha, reforçados para resistir a
pressões elevadas e dotados de esguichos próprios. Apresentam-se, normalmente, em
diâmetros de 16, 19 e 25 mm.

ESGUICHOS
São peças que se destinam a dar forma, direção e alcance ao jato d’água,
conforme as necessidades da operação. Os esguichos mais utilizados são:
1- esguicho Canhão;
2- esguicho "Pescoço de ganso" (protetor de linha)
3- esguicho Universal;
4- esguicho Regulável;
5- esguicho Agulheta;
6- esguicho Proporcionador de espuma;
7- esguicho Lançador de espuma;
Linha Adutora: É aquela destinada a conduzir água de uma fonte de abastecimento para
um reservatório. Por exemplo: de um hidrante para o tanque de viatura e de uma expedição
até o derivante, com diâmetro mínimo de 63 mm.
Linha de Ataque: É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo,
utilizando mangueiras de 38 mm.
Linha Direta: É a linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira, que
conduz, diretamente, a água desde um hidrante ou expedição de bomba até o esguicho.
Linha Siamesa: A linha siamesa é composta de duas ou mais mangueiras adutoras,
destinadas a conduzir água da fonte de abastecimento para um coletor, e deste, em uma
única linha, até o esguicho. Destina-se a aumentar o volume de água a ser utilizada.

FERRAMENTAS: São utensílios para facilitar o acoplamento e desacoplamento de


uniões, acessórios ou abertura e fechamento de registro.
Chave para Mangotinho: Ferramenta que possui boca com formato próprio para aperto e
desaperto das conexões do mangotinho.
Chave de Mangueira: Destina-se a facilitar o acoplamento das mangueiras.
Estrangulador de Mangueira: Utilizado para permitir contenção no fluxo de água que
passa por uma linha de mangueira, sem que haja a necessidade de parar o funcionamento da
bomba ou de fechar registros.

FONTES DE ABASTECIMENTOS: As fontes de água para combate a incêndios são:


mananciais, reservatórios, viaturas, sistemas de hidrantes de prédios.
Reservatórios: Reservatórios são depósitos de água destinados a compensar as variações
horárias e diárias de consumo, manter reserva a ser utilizada em emergência e/ou manter
uma pressão adequada na rede de distribuição.
Hidrantes: São dispositivos colocados nas redes de distribuição que permitem a captação
de água pelos brigadistas durante o combate a incêndios.

JATOS D’ÁGUA: Jato é o formato dado à água ou outro agente extintor, do esguicho ao
ponto desejado. Através da pressão de operação do esguicho e da sua regulagem, o agente
extintor adquire a forma desejada, que é ainda influenciada pela sua velocidade e pelo seu
volume, pela gravidade e pelo atrito com o ar. Através da correta aplicação dos jatos,
obtêm-se os seguintes resultados:
Resfriamento, pela aplicação de água sobre o material em combustão;
Redução da temperatura atmosférica no ambiente, pela absorção e/ou dispersão da fumaça e
gases aquecidos;
Abafamento, quando se impede o fornecimento de oxigênio ao fogo;
Proteção aos bombeiros ou materiais contra o calor, através do jato em forma de cortina de
água;
Ventilação, através do arrastamento da fumaça.
Propriedades Extintoras da Água: A água é capaz de absorver grandes quantidades de
calor e quanto maior a sua fragmentação mais rápida a absorção de calor.
Pressão: É a força que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e
esguichos, de uma extremidade a outra.
Perda de Carga: A água sob pressão tende a se distribuir em todas as direções, como quando
se enche uma bexiga de borracha com ar. Contudo, as paredes internas de mangueiras,
tubulações, esguichos, etc. impedem a expansão da água em todas as direções, conduzindo-
a numa única direção.
Pressão Residual: Conhecida como “pressão no esguicho”, é a pressão da bomba de
incêndio menos a perda de carga com a variação de altura.

Tipos de Jatos:
Durante, o atendimento o brigadista, depara-se com situações das mais diversas, cada qual
exigindo a ferramenta adequada para se efetuar um combate apropriado. Sob este ponto de
vista, os jatos são considerados “ferramentas” e, como tal, haverá um jato para cada
propósito que se queira atingir.
Os seguintes tipos de jatos são utilizados nos serviços de bombeiros:
jato contínuo;
jato chuveiro;
jato neblina.
Esguicho: Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira, destinada a dar
forma e controlar o jato de água.
Tipos de Esguicho:
Esguicho agulheta
Esguicho regulável
Esguicho universal
Esguicho canhão
Esguicho torre d’água

15- PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

Podemos considerar a prevenção como o principal aspecto da proteção, pois a


prevenção sendo eficiente, a probabilidade de acontecimento torna-se quase nula. Verifica-
se que a causa material da maioria absoluta dos incêndios é sempre acidental, isto é, reflete
o resultado de falhas humanas. Daí concluir-se que praticamente os incêndios que destroem
edificações industriais, comerciais e residenciais, têm origem em condições e atos inseguros
perfeitamente evitáveis numa flagrante demonstração de que cabe a todos uma parcela de
responsabilidade. A prevenção de incêndio envolve uma série de providências e cuidados,
cuja aplicação e desenvolvimento visam evitar o aparecimento de um princípio de incêndio,
ou pelo menos limitar a propagação do fogo caso ele surja. Sendo assim devemos conhecer:

a) Características dos fogo


b) Propriedade de riscos dos materiais
c) As causas de incêndios
d) Estudo dos combustível
OBS.: Outro ponto muito importante na prevenção é que a empresa esteja equipada com
uma estrutura de tecnologia para detectação do incêndio, pois quanto mais rápido o
incêndio for detectado melhor será o seu controle, mais rápida será sua extinção e
suas conseqüências serão menores reduzindo os prejuízos. Esta detectação só é possível
mediante uso de uma boa tecnologia, que existe hoje no mercado para sistemas automáticos
que vai dos mais simples sistemas de incêndios.

COMBATE – deve ser eficiente e para que possa minimizar as conseqüências do incêndio,
devemos:
a) conhecer os agentes extintores
b) saber utilizar os equipamentos de combate a incêndio
c) saber avaliar o incêndio e com isso determinar as atitudes a serem tomadas
Cuidados Necessários
• Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho (Lei Estadual
nº 11.540, de 12/11/2003);
• Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados;
• Manter o local de trabalho em ordem e limpo;
• Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
• Colocar os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
• Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que provisoriamente,
materiais nas escadas e corredores;
• Não deixar os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desligue- os da tomada;
• Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas e interruptores,
sem que esteja familiarizado;
• Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T, lembrando que o
mesmo oferece riscos de curto-circuíto e outros;
• Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico ligado;
• Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos;
• Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;
• Não cobrir fios elétricos com o tapete;
• Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os
sempre na posição vertical e na embalagem;
• Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.

INSTRUÇÕES GERAIS EM CASO DE EMERGÊNCIAS


Em caso de Incêndio recomenda – se:
• Manter a calma, evitando o pânico, correrias e gritarias;
• Acionar o Corpo de Bombeiros no telefone 193;
• Usar extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo;
• Acionar o botão de alarme mais próximo, ou telefonar para o ramal de emergência,
quando não se conseguir a extinção do fogo;
• Fechar portas e janelas, confinando o local do sinistro;
• Isolar os materiais combustíveis e proteger os equipamentos, desligando o quadro de luz
ou o equipamento da tomada;
• Comunicar o fato à chefia da área envolvida ou ao responsável do mesmo prédio;
• Armar as mangueiras para a extinção do fogo, se for o caso;
• Existindo muita fumaça no ambiente ou local atingido, usar um lenço como máscara (se
possível molhado), cobrindo o nariz e a boca;
• Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que possível, manter molhadas as
roupas, cabelos, sapatos ou botas.

Em caso de confinamento pelo fogo recomenda-se:


• Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça;
• Mantenha-se agachado, bem próximo ao chão, onde o calor é menor e ainda existe
oxigênio;
• No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o corpo, roupas e sapatos,
encharque uma cortina e enrole-se nela, molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao nariz
e atravesse o mais rápido que puder.
Em caso de abandono de local recomenda-se:
• Seja qual for a emergência, nunca utilizar os elevadores;
• Ao abandonar um compartimento, fechar a porta atrás de si (sem trancar) e não voltar ao
local;
• Ande, não corra;
• Facilitar a operação dos membros da Equipe de Emergência para o abandono, seguindo à
risca as suas orientações;
• Ajudar o pessoal incapacitado a sair, dispensando especial atenção àqueles que, por
qualquer motivo, não estiverem em condições de acompanhar o ritmo de saída (deficientes
físicos, mulheres grávidas e outros);
• Levar junto com você visitantes;
• Sair da frente de grupos em pânico, quando não puder controlá-los.

OUTRAS RECOMENDAÇÕES

• Não suba, procure sempre descer pelas escadas;


• Não respire pela boca, somente pelo nariz;
• Não corra nem salte, evitando quedas, que podem ser fatais. Com queimaduras ou
asfixias, o homem ainda pode salvar–se;
• Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a desidratação. Tire apenas a
gravata ou roupas de nylon;
• Se suas roupas se incendiarem, jogue–se no chão e role lentamente. Elas se apagarão por
abafamento;
• Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias escorregadias.

DEVERES E OBRIGAÇÕES
• Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive as rotas
de fuga;
• Participe ativamente dos treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados;
• Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio, quando
necessário e possível, adotadas na Empresa;
• Comunique imediatamente aos membros da Equipe de Emergência, qualquer tipo de
irregularidade.

16- TÉCNICA DE PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO – SIN 101


Chuveiros automáticos “sprinklers”
Os sistemas fixos automáticos de combate incêndios têm demonstrado, através
dos tempos, serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em edificações. Os
chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers", possuem a vantagem, sobre
hidrantes e extintores, de dispensar a presença de pessoal, atuando automaticamente na fase
inicial do incêndio, o que reduz as perdas decorrentes do tempo gasto desde a sua detecção
até o início do combate.
O sistema de proteção através de chuveiros automáticos consiste em uma rede
inteirada de tubulações, dotadas de dispositivos especiais que, automaticamente,
descarregam água sobre um foco de incêndio, em quantidade suficiente para controlá-lo e
eventualmente extingui-lo. Esse sistema de proteção é dotado de alarme. Assim que um
foco de incêndio é detectado, os chuveiros são acionados e é emitido um aviso aos
ocupantes da edificação.

ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO DO SISTEMA


Abastecimento de água.
Válvulas de governo e alarme.
Rede de distribuição.
Chuveiros automáticos

ABASTECIMENTO DO SISTEMA DE CHUVEIROS


O abastecimento de água para o sistema de chuveiros automáticos é fornecido:
Por gravidade (através de reservatório elevado).
Por bombas de recalque.
Por tanques de pressão.

VÁLVULAS DO SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS:


VÁLVULA DE COMANDO: é utilizada para fechar o sistema, cortando o fluxo de água
sempre que algum chuveiro precisar ser substituído para a manutenção do sistema.
VÁLVULA DE ALARME: a operação dos chuveiros automáticos aciona um alarme
indicativo de funcionamento do sistema. O acionamento do alarme se faz pela
movimentação do fluxo de água na tubulação, em virtude de um incêndio.
VÁLVULA DE TESTE E DRENO: É um dispositivo, ou conexão destinado a testar o
sistema ou o funcionamento do alarme, ou ainda, drenar a água da tubulação para
manutenção.

TIPOS DE CHUVEIROS
Podem ser dotados de elemento termo-sensível ou não (chuveiros abertos)
Elemento termo-sensível
A liberação da descarga de água só ocorre quando a temperatura do ambiente
atinge um grau predeterminado, rompendo a cápsula. Cada chuveiro terá uma temperatura
de operação própria, que varia entre:

COR DA CÁPSULA TEMPERATURA PARA ROMPIMENTO


( º C)

VERMELHA 68

AMARELA 79

VERDE 93

AZUL 141
TIPOS DE SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
No Brasil, existem basicamente três tipos de sistemas de chuveiros
automáticos:

SISTEMA DE CANO MOLHADO


Compreende uma rede de tubulação permanentemente cheia de água sob
pressão, em cujos ramais os chuveiros são instalados.
Os chuveiros automáticos desempenham o papel de detectores de incêndio, só
descarregando água quando acionados pelo calor do incêndio. É o tipo de sistema mais
utilizado no Brasil. Quando um ou mais chuveiros são abertos, o fluxo de água faz com que
a válvula se abra, permitindo a passagem da água da fonte de abastecimento.
Simultaneamente, um alarme é acionado, indicando que o sistema esta em funcionamento.

SISTEMA DE CANO SECO


Compreende uma rede de tubulação permanentemente seca, mantida sob
pressão (de ar comprimido ou nitrogênio), em cujos ramais são instalados os chuveiros.
Estes, ao serem acionados pelo calor do incêndio, liberam o ar comprimido (ou nitrogênio),
fazendo abrir automaticamente uma válvula instalada na entrada do sistema (válvula de
cano seco), permitindo a entrada da água na tubulação.

SISTEMA DO TIPO DILÚVIO


Compreende uma rede de tubulações secas, em cujos ramais são instalados
chuveiros do tipo aberto (sem elemento termo-sensível). Na mesma área dos chuveiros é
instalado um sistema de detectores ligado a uma válvula do tipo dilúvio, existente na
entrada do sistema. A atuação de quaisquer detectores, ou então a ação manual de comando
a distância, provoca a abertura da válvula, permitindo a entrada da água na rede,
descarregada através de todos os chuveiros, e, simultaneamente, fazendo soar o alarme de
incêndio. Este tipo de sistema é normalmente utilizado na proteção de hangares (galpões
para aeronaves).

CORTINA D’ÁGUA
A cortina d’água é um sistema que produz descargas de água em pequenas
aberturas ou sobre telhados de uma edificação, a fim de evitar a propagação de um
incêndio. O acionamento da cortina d’água pode ser automático ou manual.
ESPUMA
A espuma é uma das formas de aplicação de água. É constituída por um
aglomerado de bolhas de ar ou gás, formada por solução aquosa. Flutua sobre os líquidos,
devido à sua baixa densidade.
A espuma apaga o fogo por abafamento, mas, devido a presença de água em sua
constituição, age, secundariamente, por resfriamento.

ESPUMA MECÂNICA
É formada pela mistura de água, líquido gerador de espuma (ou extrato
formador de espuma) e ar.
O líquido gerador de espuma é adicionado à água através de um aparelho
(proporcionador), formando a pré-mistura (água e LGE). Ao passar pelo esguicho, a pré-
mistura sofre batimento e o ar é, dessa forma, a ela acrescentado, formando a espuma. As
características do extrato definirão sua proporção na pré-mistura (de 1% até 6%).
A espuma mecânica é classificada, de acordo com sua taxa de expansão, em três
categorias:
BAIXA EXPANSÃO: quando um 1 litro de pré-mistura produz até 20 litros de espuma
(espuma pesada);
MÉDIA EXPANSÃO: quando 1 litro de pré-mistura produz de 20 a 200 litros de espuma
(espuma média);
ALTA EXPANSÃO: quando 1 litro de pré-mistura produz de 200 a 1.000 litros de espuma
(espuma leve).

LÍQUIDO GERADOR DE ESPUMA (LGE)


É classificado, conforme sua composição química, em proteínico ou sintético.

LGE PROTEÍNICO (OU PROTÉICO)


É produzido a partir de proteínas animais e vegetais, às quais são adicionados
(dependendo do tipo de extrato) outros produtos. A partir desta mistura, são obtidos os
vários tipos de extratos:

PROTEÍNICO COMUM:
É utilizado em combate a incêndio envolvendo líquidos combustíveis que não
se misturam com água (líquidos não polares). Possui razoável resistência a temperaturas
elevadas e proporciona boa cobertura. Não se presta ao combate a incêndio em solventes
polares (álcool, acetona) porque é dissolvido por eles. Solventes polares são aqueles que se
misturam com a água, conseqüentemente, destruindo a espuma;

FLÚOR PROTEÍNICO:
É derivado do proteínico comum, ao qual foi acrescentado um aditivo fluorado,
que o torna mais resistente ao fogo e à reignição, além de dar maior fluidez à espuma.
Proporciona uma extinção bem mais rápida do fogo que o LGE proteínico comum.
Também não deve ser utilizado no combate a incêndios envolvendo solventes polares;

PROTEÍNICO RESISTENTE A SOLVENTES POLARES:


É obtido a partir de proteínas que são misturadas a produtos especiais que
aumentam a estabilidade da espuma contra solventes polares. Pode ser usado tanto em
incêndios em líquidos polares como não polares. Por este motivo é chamado de
“polivalente”.
Todos os LGE proteínicos somente se prestam a produzir espuma de baixa expansão.

LGE SINTÉTICO
É produzido a partir de substâncias sintéticas.
As espumas sintéticas dividem-se nos tipos: comum, “água molhada”, “água
leve” e espuma resistente a solventes polares.

ESPUMA SINTÉTICA COMUM:


Pode ser usada em baixa expansão, média expansão, alta expansão e também
como água molhada.
BAIXA EXPANSÃO: espuma pesada e resistente, para incêndios intensos e para locais
não confinados. É a maneira de aplicação mais rápida e eficiente da espuma sintética
comum.
MÉDIA EXPANSÃO: mais leve que a baixa expansão e mais resistente que a espuma de
alta expansão.
ALTA EXPANSÃO: caracteriza-se por sua grande expansão, por causar um mínimo de
danos, não ser tóxica e necessitar de pouca água e pressão para ser formada. É ideal para
inundação de ambientes confinados (porões, navios, hangares). Nestes locais, deve haver
ventilação para que a espuma se distribua de forma adequada. Sem ventilação, a espuma
não avança no ambiente. O uso da espuma de alta expansão em espaços abertos é eficiente,
mas depende muito da velocidade do vento no local.

ÁGUA MOLHADA: trata-se de um LGE em proporção de 0,1 a 1% na pré-mistura,


aplicado com esguicho regulável ou universal. É um agente umectante. Nesta proporção, há
baixa tensão superficial (menor distância entre as moléculas da água), permitindo maior
penetração em incêndios tipo classe A. Outra aplicação para a “água molhada” se dá como
agente emulsificador, para remoção de graxas e óleos (lavagem de pista, por exemplo);
ÁGUA LEVE: o AFFF (Filme Aquoso Formador de Espuma) é uma espuma sintética, à
base de substancias fluoretadas, que forma uma película aquosa que permanecerá sobre a
superfície do combustível, apagando o fogo e impedindo a reignição.
Pode ser aplicado com qualquer tipo de esguicho e é compatível com o pó
químico, isto é, pode haver ataque a incêndio utilizando os dois agentes extintores ao
mesmo tempo. O AFFF (água leve) não se presta à alta ou média expansão.

SINTÉTICA RESISTENTE A SOLVENTES POLARES: é uma espuma sintética à qual


são acrescentados aditivos que a tornam resistente a solventes polares. Presta-se para o
combate a incêndio envolvendo líquidos polares e não polares.
APLICAÇÃO DE ESPUMA:
A melhor maneira de aplicar espuma é lançá-la contra uma superfície sólida
(anteparo, borda do tanque, parede oposta ou outro obstáculo) de maneira que a espuma
escorra, cobrindo o líquido em chamas. Se o líquido está derramado no solo (poças), deve-
se, inicialmente, fazer uma camada de espuma à frente do fogo, empurrando-a em seguida.
O jato deve atingir toda a extensão da largura do fogo, em movimentos laterais
suaves e contínuos.
Não se deve jogar “espuma contra espuma”, porque a cobertura será destruída.
A espuma não deve ser jogada diretamente contra a superfície de um líquido em chamas,
porque o calor e o fogo irão destruí-la. Para se aplicar a espuma eficiente-mente, deve-se
formar uma camada com pelo menos 8 cm de altura sobre o líquido inflamado.
Para uma boa formação e utilização da espuma, algumas regras básicas devem
ser obedecidas:
- Usar o LGE adequado ao combustível que está queimando.
- Quanto mais suave for a aplicação da espuma, mais rápida será a extinção e menor a
quantidade de LGE necessária.
- A espuma não deve ser usada em incêndios em equipamentos energizados e em
substâncias que reajam violentamente com a água.
- A espuma deve cobrir toda a superfície do combustível.
- A dosagem da pré-mistura (proporção água-LGE) deve obedecer às especificações do
LGE.
- O esguicho utilizado deve ser compatível com o proporcionador. A vazão nominal do
proporcionador não pode ser maior que a do esguicho e nem menor.
- Antes de iniciar o trabalho, deve-se ter certeza de que há LGE e água suficientes.
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA ESPUMA:
LGEs diferentes não devem ser misturados, pois a mistura prejudica a formação
da espuma. Alguns pós químicos são incompatíveis com espuma. Se forem usados
simultaneamente, pode ocorrer a destruição da espuma.
Os equipamentos devem ser inteiramente limpos com água, após o uso. Os
equipamentos devem ser testados periodicamente. O LGE deve ser armazenado em
recipientes hermeticamente fechados, em ambientes que não excedam a temperatura de
45ºC e não recebam raios solares diretamente.

17- TÉCNICA DE PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO – SIN 101 BLEVE


Um fenômeno que pode ocorrer em recipiente com líquidos inflamáveis,
trazendo conseqüências danosas, é o bleve. (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion).
Quando um recipiente contendo líquido sob pressão tem suas paredes expostas diretamente
às chamas, a pressão interna aumenta (em virtude da expansão do gás exposto à ação do
calor), tendo como resultado a queda de resistência das paredes do recipiente. Isto pode
resultar no rompimento ou no surgimento de fissura. Em ambos os casos, todo o conteúdo
irá vaporizar-se e sair instantaneamente. Essa súbita expansão é uma explosão. No caso de
líquidos inflamáveis, formar-se-á uma grande “bola de fogo”, com enorme irradiação de
calor.
Importante dizer que pode ocorrer o bleve com qualquer líquido que estiver
dentro de um recipiente fechado submetido a altas temperaturas, com a água na panela de
pressão.
O maior perigo do bleve é o arremesso de pedaços do recipiente em todas as
direções, com grande deslocamento de ar. Para se evitar o bleve é necessário resfriar
exaustivamente os recipientes que estejam sendo aquecidos por exposição direta ao fogo, ou
por calor irradiado. Este resfriamento deve ser preferencialmente com jato d’água em forma
de neblina.

RESFRIANDO COM ÁGUA: Enquanto a água sem extratos de espuma é pouco eficaz
em líquidos voláteis (como gasolina ou diesel), incêndios em óleos mais pesados (não
voláteis) podem ser extintos pela aplicação de água em forma de neblina, em quantidades
suficientes para absorver o calor produzido. Deve-se estar atento para que não haja
transbordamento do líquido e para que não ocorra o fenômeno conhecido como boil over.

BOIL OVER: O boil over pode ser explicado da seguinte maneira:


Quando se joga água em líquidos de pequena densidade, a água tende a depositar-se no
fundo do recipiente.
Se a água no fundo do recipiente for submetida a altas temperaturas, pode vaporizar-se. Na
vaporização da água há grande aumento de volume (1 litro de água transforma-se em 1.700
litros de vapor).
Com o aumento de volume, a água age como êmbolo numa seringa, empurrando o
combustível quente para cima, espalhando-o e arremessando-o a grandes distâncias.
Antes de ocorrer o boil over, pode-se identificar alguns sinais característicos:
- através da constatação da onda de calor;
- através do som (chiado) peculiar.

GÁS NATURAL: O gás natural (gás encanado) é formado principalmente por metano,
com pequenas quantidades de etano, propano, butano e pentano. Este gás é mais leve do
que o ar. Assim, tende a subir e difundir-se na atmosfera; não é tóxico, mas é classificado
como asfixiante, porque em ambientes fechados pode tomar o lugar do ar atmosférico,
conduzindo assim à asfixia. A companhia concessionária local deve ser acionada quando
alguma emergência ocorrer.
Incidentes envolvendo o sistema de distribuição de gás natural são
freqüentemente causados por escavação nas proximidades da canalização subterrânea.
Neste caso, as viaturas não devem estacionar próximas ao local, por causa da possibilidade
de ignição. A guarnição deve estar preparada para o evento de uma explosão e incêndio
subseqüente. A primeira preocupação deve ser a evacuação da área vizinha e eliminação de
possíveis fontes de ignição no local.

GLP ENGARRAFADO: O gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás engarrafado, como é


um combustível armazenado sob pressão, é usado principalmente em residências, em
botijões de 13 kg. Sua utilização comercial e industrial é feita com cilindros de maior
capacidade, de 20, 45 e 90 kg.
Este gás é composto principalmente de propano, com pequenas quantidades de butano,
etano propileno e iso-butano. O GLP não tem cheiro natural. Por isso, uma substância
odorífica, denominada mergaptana, lhe é adicionada. O gás não é tóxico, mas é classificado
como asfixiante porque pode deslocar o ar, tomando seu lugar no ambiente, e conduzir à
asfixia.
O GLP é cerca de 1,5 vezes mais pesado que o ar, de forma que, normalmente, ocupa os
níveis mais baixos. Todos os recipientes de GLP estão sujeitos à bleve quando expostos a
chamas diretas. O GLP é freqüentemente armazenado em um ou mais cilindros (bateria). O
suprimento de gás para uma estrutura pode ser interrompido pelo fechamento de uma
válvula de canalização. Se a válvula estiver inoperante, o fluxo pode ser interrompido
retirando-se a válvula acoplada ao cilindro.
Ao se deparar com fogo em gás inflamável, e não podendo conter o fluxo, o
bombeiro não deverá extinguir o incêndio. Um vazamento será mais grave que a situação
anterior, por reunir condições propícias para uma explosão. Neste caso, o bombeiro deverá
apenas controlar o incêndio.
O gás que vazou e está depositado no ambiente pode ser dissipado por
ventilação, ou por um jato d’água em chuveiro, de no mínimo 360 lpm (esguicho de 38mm
com aproximadamente 5,5 kg/cm2 de pressão), com 60o de abertura, da mesma maneira
com que se realiza a ventilação de um ambiente, usando esguicho.
GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP): Combustível formado por hidrocarbonetos
extraídos do petróleo, tem como principal característica ficar sempre em estado liquido
quando submetido a uma certa pressão, de fácil combustão, inodoro, porem, por motivo de
segurança é adicionado ao mesmo uma substância do grupo MERCAPTAN, para dar ao
GLP o cheiro característico, não é corrosivo, poluente e nem tóxico, porém se inalado em
grande quantidade produz efeito anestésico.

GÁS NATURAL - Gás inflamável e combustível, mais leve que o ar, composto de metano,
tem os mesmo uso de GLP.

CARACTERÍSTICAS DOS GASES DERIVADOS DE PETRÓLEO


Na pressão atmosférica, a temperatura de ebulição do GLP é de 30º C em
estado gasoso é mais pesado que o ar: 1 m 3 de GLP pesa a 2,2 Kg. Com isso quando em
vazamento, fica na parte baixa (chão) e expulsa o oxigênio.

ARMAZENAMENTO DE GLP: Os botijões são fabricados com chapas de aço capaz de


suportar altas pressões e segundo normas técnicas de segurança o gás dentro do botijão
encontra-se no estado liquido e no de vapor.
Do volume do botijão, 85% é de gás em fase liquida e 15% em fase de vapor, o que
constitui um espaço de segurança que evita uma pressão elevada dentro do botijão.

TIPOS DE RECIPIENTES
P–2: São botijas de 2 kg. Operam sem regulador de pressão.são indicados para
fogareiros de acampamentos, lampiões a gás e maçaricos para pequenas soldagens, a
válvula de saída é acionada por uma mola, que retorna automaticamente quando da
desconexão.
P-13: São usados para cozinhar, a válvula de saída de gás é acionada por uma
mola, que retorna automaticamente quando da desconexão, existindo uma válvula de
segurança, que é fabricada com uma liga metálica de bismuto que derrete quando a
temperatura atinge 78º C.
P-20: Este recipiente é especial de 20 kg utilizado para uso veicular. É o único
vasilhame de GLP que deve ser utilizado na horizontal, pois todo seu sistema é para
funcionar nesta posição.
P-45 e P90: São indicados para instalações centralizadas de gás que permitem
maior versatilidade no uso do GLP, serve tanto para abastecer forno e fogão, como para
aquecimento de água e ambiente.

BATERIAS – São centrais de estocagem de GLP com quatro ou mais recipientes de 45 ou


90 Kg interligados e conectados a um coletor central. A ligação entre vasilhames e o coletor
é feita através pig-tail que é uma peça de borracha sintética especial (buna – N ) resistente
ao GLP com terminais de latão.

EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES PARA INSTALAÇÃO DO BOTIJÃO


Mangueira – Tem a função de levar o gás do botijão ou da instalação embutida na parede
até o fogão.
Regulador de pressão – Serve para reduzir a pressão com que o gás sai do botijão até aquela
necessária a alimentação dos equipamentos.
Registro – Dispositivo que bloqueia o fluxo de gás do botijão para o fogão deve
permanecer fechado sempre que não estiver sendo utilizado.
Abraçadeira – Pequenos anéis empregados para ajustar e fixar a mangueira ao fogão e ao
regulador de pressão.
Cone borboleta – Abre a válvula do botijão e deixa passar o gás para o regulador.
Válvula de passagem – Permite a saída do gás mas fecha sempre que o cone borboleta for
desconectado.
CUIDADOS COM RECEPIENTES – O maior numero de ocorrências são com botijões
de 13 Kg de GLP, mas comuns nas residências e as causas mais prováveis de vazamentos,
com e sem fogo, são: mangueira furada, diafragma da válvula furada, rosca da válvula mal
fechada, plugue – fusível fundido e corrosão do botijão.

CUIDADOS DIVERSOS– O controle de vazamento sem fogo deve ser feito através da
dispersão do gás, evitando o contato com pessoas e fontes de ignição e eliminando o
vazamento (fechando o registro da válvula).
O controle de vazamento com fogo deve ser feito através da diminuição da
quantidade de calor produzido pelo fogo deve ser feito através de aplicação de nuvem de
água. Deve-se tomar precauções para evitar a conversão de um fogo em botijão para uma
explosão provocada por gases acumulados após a extinção das chamas sem sanar o
vazamento.

CONTROLE DO FOGO NOS DIVERSOS TIPOS DE VAZAMENTO


Vazamento na mangueira – Cortar a alimentação do fogo fechando; se puder ser fechado,
extinguir o fogo e rapidamente desconectar o cone – borboleta da válvula do botijão.
Vazamento no registro – Colocar o estágio na posição fechado; se não puder apague o fogo
e remova o registro do botijão.
Vazamento na válvula conectora ou de segurança – Extinguir as chamas e colocar o
estancador de gás, se não for possível fazer isso, não extinguir as chamas e resfriar as
laterais até consumir todo o combustível.
Vazamento nas soldas (costuras) – Extinguir o fogo e levar o botijão para local ventilado
e aberto; senão for possível fazer isso, não extinguir as chamas, resfriar as laterais até
consumir todo o combustível.
Vazamento nas conexões – Fechar o registro individual dos cilindros conectados na rede.
Vazamento em gás encanado – Isolar e evacuar o local, localizar o registro de rua e fechá-lo
e acionar a distribuidora.

18- INCÊNDIO CLASSE "C"


A dificuldade na identificação de materiais energizados é um dos grandes
perigos enfrentados pela equipe no atendimento de ocorrência.
Este tipo de incêndio pode ser extinto, com maior facilidade após o corte da energia
elétrica. Assim, o incêndio deixa de ser classe “C”, tornando-se classe “A” ou “B”, podendo
ainda extinguir-se.
Para sua extinção, devem-se utilizar agentes extintores não condutores de eletricidade,
como CO2 e PQS. Não se deve utilizar aparelhos extintores de água ou espuma, devido ao
perigo de choque elétrico para o operador, que pode causar-lhe a morte. Pode-se utilizar
linhas de mangueiras, desde que se conheça a técnica e se tomem as precauções necessárias.
Outro problema é a presença de produtos químicos perigosos em instalações e
equipamentos elétricos, o que pode acarretar sérios riscos à saúde e ao meio ambiente.
Neste caso, devem-se tomar as cautelas necessárias para sua extinção, tais como: isolar a
área, conhecer as características e os efeitos do produto e usar EPI (roupas, luvas, proteção
respiratória, capacetes e capa ou roupa apropriada). Incêndio em transformador elétrico que
utiliza como líquido refrigerante o “ASKAREL” (cancerígeno) é exemplo típico. Como
medida de segurança, linhas energizadas não devem ser cortadas; apenas técnicos
especializados deverão fazê-lo.

19- INCÊNDIO EM MATA


A destruição das matas por incêndio, além de causar danos materiais, prejudica
o sistema ecológico e o clima. A quase totalidade dos incêndios em matas ocorre pela ação
humana, que, de forma inadvertida ou mesmo dolosa, provoca a devastação da natureza.
Aliadas à ação do homem, as situações meteorológicas adversas também contribuem para a
ocorrência de incêndios, principalmente no período de julho a outubro, devido à estiagem e
às geadas.
A guarnição designada para o combate deve estar equipada com os materiais
específicos, estar tecnicamente treinada e possuir a necessária capacitação física. O sucesso
da operação depende do conhecimento do comportamento do fogo e das peculiaridades da
extinção deste tipo de incêndio.

PARTES DO INCÊNDIO
Para melhor compreensão e estudo, o incêndio em matas é dividido em partes.
São elas:

Perímetro: é a borda do fogo. É o comprimento total das margens da área


queimando ou queimada. O perímetro está sempre mudando, até a extinção do fogo.
Cabeça: é a parte do incêndio que se propaga com maior rapidez. A cabeça caminha no
sentido do vento. É onde o fogo queima com maior intensidade. Controlá-la e prevenir a
formação de uma nova cabeça é, geralmente, a questão-chave para o controle do fogo.
Dedo: faixa longa e estreita que se propaga rapidamente a partir do foco principal. Quando
não controlado, dá origem a uma nova cabeça.
Costas ou retaguarda: parte do incêndio que se situa em posição oposta à cabeça. Queima
com pouca intensidade. Pode se propagar contra o vento ou em declives.
Flancos: as duas laterais do fogo que separam a cabeça da retaguarda. A partir dos flancos,
formam-se os dedos. Se houver mudança no vento, os flancos podem se transformar em
uma nova cabeça.
Focos secundários: provocados por fagulhas que o vento leva além da cabeça ou por
materiais incandescentes que rolam em declives. Devem ser extintos rapidamente para não
se transformarem em novas cabeças e crescerem em tamanho.
Bolsa: área não queimada do perímetro. Normalmente espaço não queimado entre os dedos.
Ilha: pequena área, não queimada, dentro do perímetro.
20- FATORES DE PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS
O bombeiro deve estar atento a situações que possam aumentar a intensidade do
fogo e modificar sua direção, fazendo as chamas crescerem subitamente e, até mesmo,
voltar-se para o local onde ele se encontra, tornando o combate perigoso. Estes fatores são:

Condições meteorológicas - Todos os aspectos do tempo têm efeito sobre o


comportamento do fogo em mata. Alguns dos fatores que influenciam os incêndios
florestais são: vento, temperatura e umidade.
Vento - Quanto mais forte for o vento, mais rápida será a propagação do incêndio. Isso
porque o vento traz consigo um suprimento adicional de oxigênio. Pode também levar
fagulhas além da linha do fogo e iniciar, com isto, focos secundários. Ventos mudam a
direção do fogo rápida e inadvertidamente. Essas mudanças colocam em risco tanto a
segurança no trabalho quanto o próprio controle do incêndio.
Temperatura - Os combustíveis pré-aquecidos pelo sol ardem com maior rapidez do que
os combustíveis frios. A temperatura do solo também influi na movimentação das correntes
de ar. A temperatura tem influência direta sobre os bombeiros, tornando-os mais estafados e
cansados para o combate.
Umidade - A umidade em forma de vapor d’água está sempre presente no ar. A quantidade
de umidade que está no ar afeta a quantidade que está no combustível. O conteúdo de
umidade dos combustíveis é uma consideração importante no combate a incêndios, visto
que os combustíveis leves são os que têm maior facilidade em umedecer. Úmidos, esses
combustíveis queimam lentamente e não produz calor suficiente para incendiar os
combustíveis pesados, tornando mais lenta a propagação.
Topografia do terreno - Os acidentes do terreno desempenham um papel importante na
propagação do fogo e, ao contrário das condições meteorológicas, que variam
frequentemente, o terreno é um fator constante. Deve-se levar em conta a topografia do
terreno no combate a incêndios em matas.
Aclive – O fogo queima com mais rapidez para cima, porque, no alto, as chamas encontram
maior quantidade de combustível, aliando-se aos gases quentes que produzem a convecção.
Declive - O fogo é lento porque as correntes de convecção vão no sentido oposto aos
combustíveis, não os aquecendo. Em declives íngremes, troncos incandescentes podem
rolar, causando riscos para os bombeiros, quer pelo impacto com o material, quer pela
possibilidade que este tem de conduzir o fogo para a retaguarda dos bombeiros, colocando-
os entre duas frentes.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS EM MATA


O sucesso da operação de extinção depende do conhecimento da classificação
dos incêndios em mata. A classificação é feita de acordo com a localização dos
combustíveis.

Incêndio subterrâneo
Quando há queima de combustíveis abaixo do solo, tais como húmus, raízes e
turfa. Este tipo de incêndio é normalmente de combustão lenta e sem chamas, porém, de
difícil extinção.
Incêndio rasteiro
Quando há queima de combustíveis de baixa estatura, tais como: vegetação
rasteira, folhas e troncos caídos, arbustos, etc. Este é o tipo de incêndio que ocorre com
maior freqüência, é conhecido também por incêndio de superfície.
Incêndio aéreo
Quando há queima de combustíveis que estão acima do solo, tais como galhos,
folhas, musgos, etc. Este tipo de incêndio ocorre geralmente em dias de muito vento e baixa
umidade relativa do ar, e é conhecido também por incêndio de copas.

Incêndio total
Quando temos todas as formas de incêndio acima descritas.

MÉTODO DE COMBATE

Para a extinção de incêndios em matas, há dois métodos que podem ser


empregados isoladamente ou em conjunto.

Ataque direto
Consiste em combater diretamente as chamas no perímetro do incêndio. Para
isso, utilizam-se ferramentas agrícolas, abafadores e bombas costais.

Abafador
Deve ser aplicado sobre o fogo para extingui-lo, com movimentos de sobe e
desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Podem ser confeccionados de ramos verdes e tiras
de mangueiras.

Bomba costal
Este equipamento possui, normalmente, reservatório de 20 litros de água e
esguicho. A água é recalcada quando o bombeiro aciona manualmente o pistão.
Ferramentas agrícolas
São ferramentas comuns, (tais como pá, enxada, enxadão, etc.), utilizadas
principalmente para colocar terra sobre o fogo.

Ataque aéreo
Feito por avião com tanques especiais ou com helicópteros com bolsa de água.

Ataque indireto
Consiste em combater o fogo a alguma distância do seu perímetro. Este método
é utilizado quando o fogo é de grande intensidade ou está se movendo rapidamente.

O aceiro é composto de duas áreas: raspada e tombada.

Área raspada
Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta.
Área tombada
Consiste em se derrubar toda a vegetação em direção ao fogo, visando diminuir
o tamanho das chamas, evitando que elas ultrapassem a área raspada.

Fogo de encontro
Técnica utilizada após a execução do aceiro. Consiste em atear fogo na área
tombada em direção ao incêndio, visando alargar o aceiro.

RESCALDO
O rescaldo é a fase do serviço de combate ao incêndio em que se localizam
focos de fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos. Este trabalho visa
impedir que o fogo volte, após estar dominado. Trata-se, pois, da última fase do combate ao
incêndio.
O rescaldo não deve prejudicar os trabalhos de peritagem (determinação das
causas do incêndio), mas deve impedir o ressurgimento do fogo e deixar o local em
condições de segurança para os peritos e para quem for reconstruir ou recuperar a
edificação. Deve-se realizar a remoção e não a destruição dos materiais; se possível,
recuperar o local.
É quando se elimina todos os riscos de reignição do incêndio.

Procedimentos para o rescaldo:


Caminhar por todo o perímetro onde se deu o incêndio e ter certeza de que foi
extinto.
Eliminar toda fonte de calor do perímetro do incêndio.
Se o rescaldo for trabalhoso, permitir que o combustível queime sob controle.
Ter certeza de que o aceiro está limpo.
Cortar ou apagar com água, troncos que possam soltar faíscas além do aceiro.

SALVATAGEM
A salvatagem é um conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo
fogo, pela água e pela fumaça durante e após o combate ao incêndio. Pode ser realizada em
qualquer fase do combate ao incêndio.

Procedimentos em Salvatagem
Organização e cobertura de máquinas, mobília e materiais existentes no local do sinistro;
Escoamento da água empregada no combate;
Separação do material não queimado e sua remoção para lugar seguro;
Cobertura de janelas, portas e telhados.
Não jogar água em fumaça ou em objetos quentes (sem fogo)

Condições Perigosas da Edificação


Antes do início do rescaldo, é imprescindível verificar as condições de
segurança da edificação. A intensidade do fogo e a quantidade de água utilizada no combate
ao incêndio são fatores importantes para se determinar essas condições.
- Concreto avariado pela ação do calor.
- Madeiramento do telhado ou do piso queimado.
- Pisos enfraquecidos devido à exposição de vigas de sustentação ao calor e ao choque
térmico produzido durante o combate ao incêndio.
- Estrutura metálica deformada pela ação do incêndio.
- Paredes comprometidas devido à dilatação de estruturas metálicas.
- Revestimento (reboco) solto devido à ação do calor.
- Detecção e Extinção de Focos Ocultos.
A detecção e a extinção de focos são procedimentos essenciais para o rescaldo.
Pode-se detectar focos ocultos, visualmente, por toques e sons.

VISUALMENTE, OBSERVANDO SE HÁ:


Material descolorado;
Pintura descascada;
Saída de fumaça pelas fendas;
Rebocos trincados;
Papel de parede ressecado e/ou chamuscado.

POR MEIO DE TOQUES, SENTINDO:


Temperatura das paredes, pisos e outros materiais.

OUVINDO OS SONS, PROCURANDO IDENTIFICAR:


Estalos característicos de materiais queimando; chiado de vapor.

PORTAS CORTA-FOGO
HISTÓRICO DA PORTA
A obrigatoriedade de Portas corta-fogo para edifícios com mais de quatro
andares deu-se no Brasil, no início da década de 70, após algumas grandes tragédias, como
nos edifícios Andraus e Joelma, na cidade de São Paulo, onde vitimou centenas de pessoas.
Criou-se então, um novo modelo de construção com escada enclausurada, protegida por
duas portas corta-fogo e uma sala de ante-câmara.
Uma das portas evita diretamente a passagem do fogo. A sala de ante-câmara faz a
dissipação dos gases por meio de uma veneziana. A outra porta corta-fogo protege a escada
enclausurada.
É importante lembrar que as portas corta-fogo, possuem fechadura especial e nunca podem
ser trancadas no sentido fuga.
O aspecto segurança ganhou muita credibilidade nos últimos 25 anos. Todos os projetos de
edificações e outras construções devem ser aprovadas pelo Corpo de Bombeiros (NBR
11742).
Classificação: As portas corta-fogo são classificadas em P-30, P-60, P-90 e P-120.
P-30 = usadas em algumas regiões do país como porta nos apartamentos.
P-60 = usadas nas escadas enclausuradas e na ante-câmara para prédios residenciais.
P-90 = usadas nas escadas enclausuradas e na ante-câmara para prédios comerciais.
P-120 = usadas em ambientes de maior risco, adotadas pelo cliente.
PORTAS CORTA-FOGO: porta, batente, dobradiça e fechadura.
Portas Corta-Fogo impedem a propagação do fogo e calor de um ambiente para
outro pelo tempo especificado em cada um dos tipos e é fabricada conforme especificações
da norma NBR 11742.
Fabricada em chapa galvanizada composta por duas bandejas estruturadas e requadradas
com perfis metálicos, com isolante térmico interno feito em fibra cerâmica com alto grau de
pureza química, baixa densidade e condutibilidade térmica, alta reflexão ao calor, boa
absorção de som e resistência à corrosão.
O Batente é fabricado em chapa de aço galvanizado com 6 chapas de fixação e
barra estabilizadora. Barras antipânico fabricadas conforme normas internacionais de
segurança. Fechaduras e dobradiças fabricadas conforme norma NBR 13768.Acabamento
zincado natural, conforme norma da ABNT.
Opcional: mola aérea e barra antipânico.

MEDIDAS PADRÃO: 2,10 X 0,90 e 2,10 X 0,80


- medidas especiais sob encomenda.

BARRAS ANTI-PÂNICO
São fechaduras de sobrepor destinadas basicamente em portas corta-fogo de
elevada resistência e durabilidade de acordo com as normas ABNT/EB-2081,
ANSI/BHMA-A 156.3 e UL 305.
Aplicadas a portas de folha única , com barra única de acionamento interno, nas dimensões
de até 1,10 m de largura x 2,50 m de altura, tem seu mecanismo confeccionado em aço e
acessórios aparentes em latão, com um único ponto de travamento central.
Aplicadas na porta de folha dupla, com duas barras de acionamento interno, nas dimensões
de até 2,20 m (2 vezes 1,10) de largura x 2,50 m de altura, tem seu mecanismo
confeccionado em aço e acessórios aparentes em latão, com 3 pontos de travamento
(superior, inferior e central).

ARMÁRIOS CORTA-FOGO
Para armazenagem de produtos inflamáveis que exigem estocagem longe de
altas temperaturas ou fogo.
Fabricados com parede dupla de aço carbono SAE 1020 e núcleo isolante de alta resistência
ao fogo. Possuem aberturas para ventilação e liberação de gases protegidas com sistema
corta-chama, anti-explosão. São fornecidos com prateleiras reguláveis, projetadas para reter
líquidos, impedindo que se espalhem pelo armário ou para o exterior, no caso de vazamento
dos produtos estocados. Possue fechadura tipo cremona com chave e dobradiça tipo “piano”
em toda extensão da porta. São fornecidos com legendas de aviso (“INFLAMÁVEIS” ,
“MANTENHA FOGO A DISTÂNCIA”) e pintados nas opções vermelho ou cinza
martelado.
MEDIDAS PADRÃO
ALTURA LARGURA PROFUNDIDADE
100 cm 100 cm 45 cm
200 cm 100 cm 45 cm
Fabricação própria
Portas em medidas padrão e especiais
Ferragens específicas para portas corta-fogo, galvanizadas ou cromadas
Projeto
Conjunto porta corta-fogo nas classes P-60 e P-90 (minutos / resistência ao fogo)
Elaborado conforme Norma NBR 11.742 - Porta Corta-Fogo para Saída de Emergência, da
ABNT.

Batente
Em chapa de aço galvanizada, tratamento especial - revestimento B
Reforços para dobradiças e grapas de fixação na alvenaria também em chapa
galvanizada
Sistema especial de rosca nos reforços para fixação das dobradiças, já acompanhado de
parafusos
Folha
Sistema exclusivo MIRAGE, com estrutura isenta de solda
Totalmente em chapa de aço galvanizada, revestimento B
Reforços internos também em chapa de aço galvanizada
Núcleo em material isolante térmico, de alta resistência ao fogo
Dobradiças
Projeto MIRAGE especial para altas temperaturas
Submetidas a ensaio de fogo e resistência mecânica
Três dobradiças tubulares por porta, todas de mola regulável
Fechadura
Tipo trinco, de sobrepor, totalmente zincada
De acionamento simplificado, permitindo travamento da porta
Aprovada em ensaio de fogo e resistência mecânica

21- VENTILAÇÃO
Ventilação aplicada no combate a incêndios é para remoção e dispersão
sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de um local confinado, proporcionando a
troca dos produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros no
ambiente sinistrado. São tipos de ventilação:
Ventilação natural e Ventilação forçada

VENTILAÇÃO NATURAL
É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente, sendo também
empregado o princípio da convecção com o objetivo de ventilar. Como exemplo, citam-se a
abertura de portas, janelas, paredes, bem como a abertura de clarabóias e telhados.
VENTILAÇÃO FORÇADA
É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes em que não é possível
estabelecer o fluxo natural de ar. Neste caso, força-se a renovação do ar através da
utilização de equipamentos e outros métodos.
Ainda com relação à edificação e à ação do bombeiro, pode-se dividir a ventilação em
horizontal e vertical.
VENTILAÇÃO HORIZONTAL
É aquela em que os produtos da combustão caminham horizontalmente pelo ambiente. Este
tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos produtos da combustão através de
corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no mesmo plano.
VENTILAÇÃO VERTICAL
É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo ambiente, através
de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de escadas), ou aberturas
feitas pelo bombeiro (retirada de telhas):

MATERIAL COR DA FUMAÇA


Madeira, papel ou tecido de cinza a marrom
Óleo vegetal marrom
Derivados de petróleo Preta
Gases Azulada
Solventes polares incolor

VANTAGENS DA VENTILAÇÃO

Os grandes objetivos de uma guarnição de bombeiros são: atingir o local


sinistrado no menor tempo possível; resgatar vítimas presas; localizar focos de incêndio;
aplicar os agentes extintores adequados, minimizando os danos causados pelo fogo, pela
água e pelos produtos da combustão. Durante o combate, a ventilação é um auxílio
imprescindível na execução destes objetivos. Quando, para auxiliar no controle de incêndio,
é feita ventilação adequada, uma série de vantagens são obtidas, tais como: visualização do
foco, retirada do calor e retirada dos produtos tóxicos da combustão.
As ações de ventilação têm várias vantagens, porém, se não forem executadas com
cuidado, poderão causar maiores prejuízos. Ao se executar operações de ventilação em um
local sinistrado, o bombeiro deve tomar os seguintes cuidados:
- sempre que possível, utilizar a ventilação natural (abertura de portas,janelas, clarabóias,
telhados);
- estar equipado com aparelho de respiração autônoma, capa, capacete e botas;
- estar amarrado a um cabo guia como segurança e sempre dispor de um meio de fuga do
ambiente;
- realizar uma abertura grande em lugar de várias pequenas;
- executar aberturas em telhados com o vento soprando pelas costas (visando a segurança);
- verificar se a construção suporta o peso dos equipamentos e dos bombeiros;
- analisar onde serão as aberturas, evitando que o fluxo dos produtos da combustão atinjam
outras edificações.
- providenciar que a guarnição que faz ventilação esteja bem coordenada com a equipe de
extinção de incêndio.

ROUPAS DE PROTEÇÃO QUIMICA


O termo roupa de proteção individual, ou RPI, é um pouco mais amplo, mas
geralmente se referem as roupas de proteção que cobrem tudo que fica entre as
extremidades, normalmente protegidas por botas, luvas e um capacete. São desde
vestimentas integradas de tecido simples, até um traje espacial, que cobre totalmente o
corpo e possui seu próprio sistema de fornecimento de ar interno. Também se emprega o
termo roupa de proteção química, RPG, mas neste caso se aplica de um modo mais
especifico, vestimentas desenhadas especialmente para enfrentar riscos químicos.
NIVEIS DE ROUPAS DE PROTEÇÃO
As roupas de proteção química existem em quatro níveis de proteção, que ajudam
a simplificar a seleção das roupas. Há duas regras básicas para fazer a escolha certa:
PRIMEIRA REGRA – Escolher a roupa que possa proteger com relação a qualquer tipo
de produto químico.
SEGUNDA REGRA – escolher a roupa mais simples que possa atender a emergência, pois
quanto mais complexa for a roupa surgirão outros fatores a serem levados em consideração,
como por exemplo: custo da roupa limpeza, armazenagem; manutenção; treinamentos dos
empregados; dificuldade de mover-se; dificuldade para comunicar-se; trabalhar.

CLASSIFICAÇÃO DAS ROUPAS


AMERICANA: O órgão americano envolvido na proteção do trabalhador é a EPA
(Enviromental Protection Agency – Agencia de Proteção Ambiental) que, através de um
manual, definiu quatro níveis de proteção (A,B,C e D) contra gases tóxicos. Os níveis
variam do menor (nível D) para o maior (nível A).
EUROPEIA: Através do comitê de padronização de produtos para o Mercado Comum
Europeu, foram estabelecidas classificação para as roupas de proteção química. Essa
classificação apresenta seis níveis de proteção, que variam do tipo um (maior nível de
proteção) ao tipo seis (menor nível de proteção). A roupa de proteção química evita que o
funcionário que lida com agentes químicos em seu trabalho adquira doenças ocupacionais
relacionadas com a pele.
Que podem ser adquiridas durante a exposição do trabalhador a agentes químicos, físicos,
biológicos ou radioativo em quantidade acima das permitidas por lei ou em concentrações
e/ou tempo de exposição inadequados para a saúde.
Características da roupa americana européia

Vestimentas totalmente encapsuladas, destinadas á Nível A Tipo 1


proteção contra gases.

Vestimentas encapsuladas ou não encapsuladas Nível B Tipo 2 e 3


destinadas à proteção contra líquidos (alto contato)

Vestimentas para proteção contra partículas sólidas e Nível C Tipo 4 e 5


respingos de líquidos químicos.

Vestimentas para proteção contra partículas sólidas ou Nível D Tipo 6


respingos parciais de líquidos químicos.

PROTEÇÃO NÍVEL A: Nível Maximo de proteção, que é solicitado quando ocorre o


grau Maximo de exposição do trabalhador a materiais tóxicos. Necessitando assim proteção
total para a pele, para as vias respiratórias e olhos.

QUANDO UTILIZAR O NÍVEL A: Altas concentrações atmosférica de vapores, gases


ou partículas. Em locais de trabalho com alto risco de potencial para derramamento,
imersão ou exposição a vapores, gases ou partículas de materiais, que sejam extremamente
danosos à pele ou que possam ser absorvidos por ela. No contato ou suspeita de contato
com substâncias que provoquem um alto grau de lesão à pele. Em operações que devam ser
executadas em locais confinados e/ou pouco ventilados onde exista presença de materiais
tóxicos.

EQUIPAMENTOS PARA O NÍVEL A


Proteção respiratória, através de mascara autônoma;
Roupa totalmente encapsulada para proteção química;
Luva interna e externa vulcanizada a própria roupa;
Botas de resistência química vulcanizada a própria roupa.

PROTEÇÃO NÍVEL B: Nível alto de proteção, que requer o mesmo nível de proteção
respiratória que o nível A, porém, um nível menor de proteção da pele. A grande diferença
entre o nível A e B é que o nível B não exige uma roupa de proteção totalmente
encapsulada para proteção contra gases/vapores. O nível B é uma proteção para
derramamento e contato com agentes químicos na forma liquida. As roupas de proteção
para esse nível podem ser apresentadas de duas formas: encapsuladas ou não encapsuladas.

QUANDO UTILIZAR O NIVEL B: Na presença imediata de concentração química de


certas substancias que possam colocar em risco a vida de pessoas, através de inalação, mas
que não representem os mesmos tipos de risco quanto ao contato com a pele.
EQUIPAMENTOS PARA NIVEL B
Proteção respiratória semelhante ao nível A
Capuz quimicamente resistente (encapsulado ou não encapsulado)
Macacões quimicamente resistentes;
Luvas internas e externas;
Botas quimicamente resistente.

PROTEÇÃO NIVEL C: Nível médio de proteção, nesse nível exigi-se menor proteção
respiratória e menor proteção da pele.
QUANDO UTILIZAR O NIVEL C: Os contaminantes presentes na atmosfera
derramamento de líquidos ou outro tipo de contato direto com a pele não tem poder de lesar
a pele ou serem absorvidos pela pele.
EQUIPAMENTOS PARA NIVEL C
Respirador total ou parcial, com purificador de ar
Macacões quimicamente resistentes ou roupas com duas peças
Luvas quimicamente resistentes
Botas quimicamente resistentes.

PROTEÇÃO NÍVEL D: Menor nível de proteção, quando se manipula qualquer agente


químico.
QUANDO USAR O NÍVEL DE PROTEÇÃO D: A atmosfera não contém produtos
químicos. O trabalho não implica em nenhum contato com derramamento, imersões ou
inalação inesperada com qualquer produto químico.

EQUIPAMENTOS PARA O NIVEL D


Macacões ou conjunto de jaqueta e calça;
Botas quimicamente resistentes;
Óculos de proteção;
Outros componentes opcionais.

Existem diferentes tipos de trajes disponíveis dentro de cada nível de proteção.


São baseados no material de que são feitas as roupas, os materiais são escolhidos para dar
proteção contra os diferentes produtos químicos com isso podemos dizer que nem todo traje
nível A é indicado para todo tipo de produto químico. A escolha do traje deve ser feita em
função do material que o mesmo é confeccionado para proteger contra um produto químico
especifico.
Esta escolha deve ser feita partindo do catálogo do fabricante. Os materiais dos
trajes de proteção tendem a identificar – se pela marca do fabricante em lugar de um nome
genérico. Muitos destes materiais são compostos feitos de capas de materiais diferentes;
outros são tecidos com revestimentos patenteados, em alguns casos, os fabricantes de
materiais também produzem roupas de proteção. Em outros casos um fabricante de
materiais apenas abastece.
As roupas de proteção química RPG ou roupas de proteção individual RPI, são
os últimos recursos de defesa contra os perigos químicos. Sempre que existir um potencial
de exposição a materiais perigosos, é indispensável usar todas as ferramentas que
compreende o arsenal de prevenção de acidentes para evitar a exposição antes que os
equipamentos de proteção pessoal entrem em jogo, das quais destacamos as seguintes:
Eliminação do perigo;
Substituição por materiais menos perigosos;
Redução da quantidade do material perigoso no loca;
Controles de engenharia;
Barreiras para prevenir sua disseminação, se ocorrer uma ruptura;
Sistemas de advertência para detectar um problema de forma imediata;
Treinamento do pessoal sobre a forma de enfrenta um vazamento do produto perigoso.

Além de todos esses controles é de fundamental importância antes da seleção da


roupa e do inicio do atendimento de emergência conhecer alguns detalhes importantes para
a seleção:
As substâncias que o empregado está exposto;
O estado físico da substancia (sólido, liquido, gasoso ou combinada)
A substância pode ser absolvida através da pele, inclusive se for gás ou vapor;
Pode ser perigosa se inalada;
A máxima exposição possível;
O ambiente tem barreira de oxigênio
Perigo de incêndio ou explosão;
Perigos físicos.

22- PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM AGROTÓXICOS


Agrotóxicos são produtos químicos que ajudam a controlar pragas e doenças
das plantas e pode causar danos a saúde das pessoas, dos animais, do meio ambiente. Os
agrotóxicos podem entrar no organismo de quem manuseia ou aplica os produtos pela
respiração, pela via digestiva e, principalmente, através da pele. As pessoas expostas a
agrotóxicos podem sofrer intoxicações agudas (efeitos imediatos) ou crônicas (efeitos a
longo prazo) que provocam os seguintes sintomas:
Dor de cabeça;
Mal estar e cansaço;
Tontura e fraqueza;
Perturbação da visão;
Náuseas e vômitos;
Dor de barriga e diarréia;
Saliva e suor excessivos;
Dificuldades respiratórias.

FORMAS DE ATENDIMENTO NO CASO DE INTOXICAÇÃO


- Afastar o acidentado das fontes de contaminação (locais e roupas)
- Lavar as partes do corpo atingidas pelo produto com muita água e sabão;
- A pessoa que socorrer o acidentado deve usar luvas, caso precise manusear objetos e
roupas contaminadas;
- Providenciar atendimento médico;

VESTIMENTAS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA


De forma geral, é necessário o uso dos seguintes equipamentos de segurança:
Calças compridas de brim grosso e de cor clara;
Camisa de brim ou algodão, ou macacão de brim grosso, com mangas compridas e de
cor clara;
Luvas de segurança;
Sapatos ou botas impermeáveis (botas preferencialmente de PVC)
Proteção impermeável para a cabeça;
Protetores faciais e óculos de segurança;
Aventais, perneiras e outros acessórios impermeáveis;
Respiradores com filtro adequado.

ORIENTAÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA

Agrotóxicos nunca devem ser transportados junto com pessoas, animais, forragens ou
utensílios pessoais, para evitar contaminação.
O armazenamento deve ser feito em local trancado, fora do alcance de crianças, pessoas
estranhas ao serviço e animais.
Agrotóxicos devem ser mantidos em seus recipientes originais.
As embalagens vazias nunca devem ser utilizadas para outros fins, mesmo depois de bem
lavadas.
A aplicação dos produtos deve ser feita nas horas menos quentes do dia para diminuir a
evaporação e facilitar o uso de vestimentas e equipamento de proteção.
Não aplicar o produto contra o vento e não caminhar entre plantações recém–tratadas.
Misturas de agrotóxicos só podem ser feitas com instruções técnica específica.
Não comer, beber, mascar ou fumar durante a aplicação de agrotóxicos.
Ao finalizar a atividade, o trabalhador deve tomar banho com bastante água e sabão em
pedra e mudar de roupa.
Vestimentas e equipamentos de proteção devem ser levados separados de outras.

CUIDADOS COM EMBALAGENS VAZIAS


Embalagens e vasilhames contaminados com agrotóxicos nunca devem ser
queimadas, enterradas, despejadas no solo, jogadas na água ou deixadas nas beiras de rios
ou estradas. As embalagens devem ser lavadas três vezes e serem guardas em locais seguro,
até irem para um centro de recepção e coleta para reciclagem e destinação final sem riscos.
A água da lavagem dos vasilhames deve ser colocada no tanque de equipamento de
aplicação para ser reutilizada nas áreas de lavouras recém - tratadas. Toda operação de
lavagem deve ser feita usando-se os equipamentos de proteção.

23- DICAS IMPORTANTES SOBRE INCÊNDIO E A NR 23

Todos os pavimentos da empresa devem possuir 02 saídas de lados opostos,


com no mínimo 1,60 m de largura, sinalizadas por meio de placas e abertura das portas para
o exterior das mesmas.
Existir avisos por meios de placas nos interruptores de todas as máquinas e
aparelhos elétricos que não podem ser desligados em caso de incêndio.
Ter em cada pavimento da empresa extintores sinalizados por um círculo
vermelho, sendo eles periodicamente inspecionados, livres de quaisquer obstáculos e
colocados em locais estratégicos onde dificilmente o fogo bloquearia seu acesso.
As mangueiras e os pontos de captação de água sobre pressão devem estar
presentes em todos os pavimentos da empresa, a fim de combater quaisquer início de fogo
de classe A (que tem como combustível, madeira, papel, tecido).
O sistema de alarme é capaz de emitir um som distinto em tonalidade e altura
perceptíveis em todos os locais, sendo que em cada pavimento possuem pontos de
acionamento em locais visíveis, sem nenhum tipo de obstrução, com as botoeiras
encontradas no interior de caixas lacradas com tampas de vidro facilmente quebráveis e
assinaladas com a palavra IMPORTANTE: no caso de identificar um sinistro de incêndio,
nunca abrir portas e janelas.
O ar penetrando trará oxigênio e este aumentará o fogo. Para saber se há
incêndio do outro lado de uma porta, coloque a mão na mesma, se estiver quente não abrir
de forma alguma. Molhe suas roupas e use um lenço no nariz a fim de evitar respirar a
fumaça.
Pessoal treinado para uso correto dos equipamentos de combate e para ações
cabíveis em cada situação.

Veremos abaixo parte da NR 23 – Proteção contra incêndios:

23.1 Disposições gerais


23.1.1 Todas as empresas deverão possuir:
a) proteção contra incêndio;
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.
23.2 Saídas - Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e
dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com
rapidez e segurança, em caso de emergência.
23.2.1 A largura mínima das aberturas de saída deverá ser de 1,20m (um metro e vinte
centímetros).
23.2.2 O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho.
23.2.3 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter
permanente e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de acesso
contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
23.2.4 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em
caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m (um
metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente desobstruídos.
23.2.5 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio
de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.
23.2.6 As saídas devem ser dispostas de tal forma que, entre elas e qualquer local de
trabalho não se tenha de percorrer distância maior que 15,00m (quinze metros) nas de risco
grande e 30,00m (trinta metros) nas de risco médio ou pequeno.
23.2.6.1 Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da
autoridade competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros
(sprinklers), automáticos, e segundo a natureza do risco.
23.2.7 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as
passagens serão bem iluminadas.
23.2.8 Os pisos, de níveis diferentes, deverão ter rampas que os contornem suavemente e,
neste caso, deverá ser colocado um "aviso" no início da rampa, no sentido do da descida.
23.2.9 Escadas em espiral, de mãos ou externas de madeira, não serão consideradas partes
de uma saída.
23.3 Portas
23.3.1 As portas de saída devem ser de batentes ou portas corrediças horizontais, a critério
da autoridade competente em segurança do trabalho.
23.3.2 As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em
comunicações internas.
23.3.3 Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações internas,
devem:
a) abrir no sentido da saída;
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de passagem.
23.3.4 As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não
diminuírem a largura efetiva dessas escadas.
23.3.5 As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando
terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso
ou a sua vista.
23.3.6 Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou
local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de
trabalho.
23.3.7 Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança,
que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do
local de trabalho.
23.3.7.1 Em hipótese alguma, as portas de emergência deverão ser fechadas pelo lado
externo, mesmo fora do horário de trabalho.
23.4 Escadas
23.4.1 Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com materiais
incombustíveis e resistentes ao fogo.
23.5 Ascensores.
23.5.1 Os poços e monta-cargas respectivos, nas construções de mais de 2 (dois)
pavimentos, devem ser inteiramente de
material resistente ao fogo.
23.6 Portas corta-fogo.
23.6.1 As caixas de escadas deverão ser providas de portas corta-fogo, fechando-se
automaticamente e podendo ser
abertas facilmente pelos 2 (dois) lados.
23.7 Combate ao fogo.
23.7.1 Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:
a) acionar o sistema de alarme;
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do desligamento não
envolver riscos adicionais;
d) atacá-lo, o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.
23.7.2 As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em caso de
incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à chave de
interrupção.
23.7.3 Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em que seja
grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como portas e paredes
corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de inflamáveis.

INSTRUÇÕES TÉCNICAS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS


GERAIS
O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS normatizou
diversas instruções técnicas para disciplinar e orientar o cidadão e as empresas,
principalmente na área de incêndio. Para ter acesso às instruções técnicas acesse o site do
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (www.bombeiros.mg.gov.br).
Algumas são muito importantes para o técnico em segurança do trabalho,
como a IT 12 (Brigada de Incêndio), a IT 09 (Carga de incêndio nas edificações e áreas de
risco) e várias outras que devem fazer parte do conhecimento do técnico.

OBSERVAÇÃO
Esta apostila foi elaborada para ajudar os alunos da disciplina Prevenção e
Controle de Sinistros a adquirirem os conhecimentos mínimos nesta área. Porém, pode-se
ver que o conteúdo é inesgotável e deve ser ampliado. O aluno deve buscar outras fontes e
livros para completar, melhorar e atualizar seu entendimento no assunto.

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