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E
CONTROLE
DE
SINISTROS
Sinistro: desastre, dano, prejuízo, acontecimento trágico que acarreta grandes perdas
materiais. Figurativo: assustador, aterrador, apavorante, ameaçador, perigoso,
perverso, que inspira receio, que prenuncia desgraças.
1- Responsabilidades:
O setor de segurança do trabalho tem a responsabilidade de elaborar e
coordenar a implementação, a manutenção e divulgação do plano de emergência.
Para o perfeito funcionamento do plano, a diretoria da empresa deve conhecer o
plano de forma detalhada e avisar sobre mudanças de pessoal, mudanças de
procedimentos administrativos ou operacionais e fornecer os recursos necessários
para o plano.
Os funcionários devem participar do plano de emergência, em todas as
etapas, bem como informar ao setor de segurança sobre qualquer irregularidade ou
risco observado.
O Técnico em Segurança do Trabalho (TST) é responsável pelos
treinamentos dos funcionários, em como utilizar EPI’s, higiene no trabalho,
segurança no trabalho em geral, primeiros socorros em geral e como proceder em
caso de sinistros (extintores, ambulâncias, saídas de emergência), criar os
“Brigadistas” em combate a incêndio, primeiros socorros e evacuação. A função só
será bem desempenhada se o técnico tiver adquirido conhecimentos profundos sobre
esta disciplina: Prevenção e Controle de Incêndios.
2- Riscos Mecânicos ou de acidentes
3- Prevenção de riscos
5- Atividades
6.2- Combustíveis
É toda a substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É o elemento que
serve de campo de propagação do fogo. Temos materiais combustíveis que são maus
condutores de calor, madeira, por exemplo, queimam com mais facilidade que os materiais
bons condutores de calor como os metais. Esse fato se deve a acumulação de calor em uma
pequena zona, no caso dos materiais maus condutores, fazendo com que a temperatura local
se eleve mais facilmente, já nos bons condutores, o calor é distribuído por todo material,
fazendo com que a temperatura se eleve mais lentamente.
Combustíveis Sólidos - A maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e,
então, reagem com o oxigênio. Outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro
transformam-se em líquidos, e posteriormente em gases, para então se queimarem.
Exemplo: Madeira, Tecido, Papel, Mato, etc.
Combustíveis Líquidos - Os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que
dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo durante o combate. Os líquidos
assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramados, os líquidos tomam a forma
do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. Tomando como base o peso da água,
cujo litro pesa 1 quilograma, classificamos os demais líquidos como mais leves ou mais
pesados. É importante notar que a maioria dos líquidos inflamáveis é mais leve que água e,
portanto, flutuam. Ex: Gasolina, Álcool Etílico, Acetona, etc.
A volatilidade, que é a facilidade com que os líquidos liberam vapores, também
é de grande importância, porque quanto mais volátil for o líquido, maior a possibilidade de
haver fogo, ou mesmo explosão. Chamamos de voláteis os líquidos que liberam vapores a
temperaturas menores que 20º C.
FORMAS DE COMBUSTÃO
As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade de
propagação, que é a velocidade de deslocamento da frente da reação da área queimada para
área ainda não atingida pela reação. Dois elementos são preponderantes na velocidade da
combustão: o comburente e o combustível.
Oxidação lenta
Combustão simples
Completa
Incompleta
Deflagração
Detonação
Explosão
Oxidação lenta – A energia da reação não provoca aumento de temperatura na área
atingida não ocorre reação em cadeia, tendo assim uma propagação da velocidade de reação
nula (ex. ferrugem oxidação do ferro, respiração).
Combustão simples - Velocidade de propagação inferior a 1 m/s , materiais madeira
papel, há dissipação de energia indo uma parte para o meio ambiente e mantendo assim a
reação em cadeia.
Combustão completa – É aquela em que a queima produz calor e se processa em ambiente
rico em oxigênio.
Combustão incompleta - É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma
chama, se processa em ambiente pobre em oxigênio se processa em ambiente pobre em
oxigênio.
Deflagração – velocidade de propagação é maior que 1m/s , inferior a 400m/s, elevação de
pressão (1 a 10 vezes da inicial) ex. pólvora, pós combustíveis e vapores de líquidos
inflamáveis.
Detonação – Velocidade de propagação maior que 400m/s, a pressão pode chegar até 100
vezes da pressão inicial. Ex. explosivos industriais, nitroglicerina e mistura de gases e
vapores em espaço confinados.
Explosão – A detonação e a deflagração e considerada uma explosão pois seus efeitos são
destrutivos por causa das ondas de pressão principalmente quando o ambiente não suporta a
pressão produzida.
Combustão Espontânea - É o que ocorre, por exemplo, quando do armazenamento de
certos vegetais que, pela ação de bactérias, fermentam. A fermentação produz calor e libera
gases que podem incendiar.
6.5- Calor
Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra
energia, através de processo físico ou químico. Pode ser descrito como uma condição da
matéria em movimento, isto é, movimentação ou vibração das moléculas que compõem a
matéria. A energia de ativação serve como condição favorável para que haja a reação de
combustão, elevando a temperatura ambiente ou de forma pontual, proporcionando com que
o combustível reaja com o comburente em uma reação exotérmica.
A energia de ativação pode provir de várias origens, como por exemplo:
Origem nuclear. Ex.: Fissão nuclear
Origem química. Ex.: Reação química (limalha de ferro + óleo)
Origem elétrica. Ex.: Resistência (aquecedor elétrico)
Origem mecânica. Ex.: Atrito
Efeitos do Calor:
A energia de ativação, qualquer que seja, se transformará em energia calorífica
(calor) que está intimamente ligado a temperatura, proporcionando o seu aumento. O calor
gerado irá produzir efeitos físicos e químicos nos corpos e efeitos fisiológicos nos seres
vivos. Como os que vemos a seguir:
Aumento/diminuição da temperatura - O aumento ou diminuição da temperatura
acontece em função calor que é uma forma de energia que é transferida de um corpo de
maior temperatura para o de menor temperatura. Este fenômeno se desenvolve com maior
rapidez nos corpos considerados bons condutores de calor e mais lentamente nos corpos
considerados maus condutores.
Dilatação/Contração térmica - É o fenômeno pelo qual os corpos aumentam ou diminuem
suas dimensões conforme o aumento ou diminuição de temperatura. A dilatação/contração
pode ser linear, quando apenas uma dimensão tem aumentos consideráveis, superficial,
quando duas dimensões têm aumentos consideráveis, e volumétrica, quando as três
dimensões têm aumentos consideráveis. Cada substância tem seu coeficiente de dilatação
térmica, ou seja, dilatam mais ou menos dependendo da substância. Este fator pode
acarretar alguns problemas, como por exemplo, uma viga de 10 m exposta a um aumento de
temperatura na ordem 700º C. Com esse aumento de temperatura, o ferro, dentro da viga,
aumentará seu comprimento em 84 mm aproximadamente, o concreto, apenas 42mm.
Sendo assim, o ferro, tende a deslocar-se no concreto, perdendo a sua capacidade de
sustentabilidade, na qual foi projetada.
Mudança de Estado - Para que uma substância passe de um estado físico para outro, é
necessário que ela ganhe ou perca calor. Ao aquecermos um corpo sólido, ele passará a
líquido e continuando passará ao estado gasoso. O inverso acontecerá se resfriarmos o gás
ou vapor.
Efeitos fisiológicos do calor - O calor pode causar vários danos os seres humanos, como
exemplo podemos citar a desidratação, a insolação, fadiga, queimaduras e inúmeros
problemas no aparelho respiratório. A exposição de uma pessoa, ao calor, por tempo
prolongado, poderá acarretar na morte da mesma.
Propagação do Calor
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e
irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. O mais frio de dois objetos
absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
Convecção - É a transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases ou
de líquidos dentro de si próprios.
Condução - Condução é a transferência de calor através de um corpo sólido de molécula a
molécula. Colocando-se, por exemplo, a extremidade de uma barra de ferro próxima a uma
fonte de calor, as moléculas desta extremidade absorverão calor; elas vibrarão mais
vigorosamente e se chocarão com as moléculas vizinhas, transferindo-lhes calor.
Irradiação - É a transmissão de calor por ondas de energia calorífica que se deslocam
através do espaço. As ondas de calor propagam-se em todas as direções, e a intensidade
com que os corpos são atingidos aumenta ou diminui à medida que estão mais próximos ou
mais afastados da fonte de calor.
Vamos estudar várias terminologias importantes:
Pontos de Temperatura - Os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir desta
transformação, é que combinam com o oxigênio, resultando a combustão. Essa
transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes, à medida que o material vai sendo
aquecido.
Ponto de Fulgor – É a temperatura mínima em que o material começa a liberar vapores,
que se incendeiam se houver uma fonte externa de calor. Neste ponto, as chamas não se
mantêm, devido à pequena quantidade de vapores. Ex.: madeira 150 Cº; gasolina = - 42 Cº;
asfalto = 204 Cº.
Ponto de Combustão – É a temperatura mínima em que os gases desprendidos do material,
ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, iniciam a combustão, e continuam
a queimar sem o auxílio daquela fonte.
Ponto de Ignição – É a temperatura mínima em que o combustível, exposto ao ar, entra em
combustão sem que haja fonte externa de calo, independente de qualquer outra chama ou
centelha. Esse ponto é chamado de “Ponto de Ignição”.
Exemplo: éter = 180 Cº; enxofre = 232 Cº
Processos de Queima - O início da combustão requer a conversão do combustível para o
estado gasoso, o que se dará por aquecimento. O combustível pode ser encontrado nos três
estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso. Gases combustíveis são obtidos, a partir de
combustíveis sólidos, pela pirólise. Pirólise é a decomposição química de uma matéria ou
substância através do calor.
6.6-COMBURENTE
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais
comum é que o oxigênio (O2) desempenhe esse papel. A atmosfera é composta por 21% de
oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Em ambientes com a composição
normal do ar, a queima desenvolve-se com velocidade e de maneira completa. Notam-se
chamas. Contudo, a combustão consome o oxigênio do ar num processo contínuo. Quando
a porcentagem do oxigênio do ar do ambiente passa de 21% para a faixa compreendida
entre 16% e 8%, a queima torna-se mais lenta, notam-se brasas e não mais chamas. Quando
o oxigênio contido no ar do ambiente atinge concentração menor que 8%, não há
combustão.
Quebra da Reação em Cadeia: Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo,
sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em
cadeia”.
7.3-CAUSAS DE INCÊNDIO
É de enorme interesse para a Corporação saber a origem dos incêndios quer
para fins legais, quer para fins estatísticos e prevencionistas. Daí a importância de
preservar-se o local do incêndio, procurando não destruir possíveis provas nas operações de
combate e rescaldo. Dessa forma, os peritos poderão determinar com maior facilidade a
causa do incêndio.
Naturais: Quando o incêndio é originado em razão dos fenômenos da natureza, que agem
por si só, completamente independente da vontade humana.
Artificiais: Quando o incêndio irrompe pela ação direta do homem, ou poderia ser por ele
evitado tomando-se as devidas medidas de precaução. As causas Artificiais podem ser
Acidentais e Propositais
Causa Acidental: Quando o incêndio é proveniente do descuido do homem, muito
embora ele não tenha intenção de provocar o acidente. Esta é a causa da maioria dos
incêndios.
Causa Proposital: Quando o incêndio tem origem criminosa, ou seja, houve a
intenção de alguém em provocar o incêndio.
Os incêndios, a não ser quando causados pela ação das intempéries, são
decorrentes da falha humana, material ou ambas; predominando segundo estatísticas a
primeira, como veremos a seguir:
1. Brincadeira de criança: As crianças por não terem senso do risco que correm,
costumam brincar com fósforos, fogueiras em terrenos baldios, imitando engolidores de
fogo, com frascos que contém ou continham líquidos inflamáveis, etc.; em função disto
devemos orientá-las mostrando os riscos e conseqüências e nunca amedrontando-as.
2. Exaustores, Chaminé, Fogueira: Todos os meios condutores de calor para o exterior,
podem ser causadores de incêndio, desde que não sejam muito bem instalados, conservados
e mantidos de acordo com as normas de segurança. Portanto, procurar sempre seguir as
orientações de profissionais capacitados. No caso de fogueiras, por exemplo, 99 % da perda
de controle podem ser atribuídos ao fator humano, causando graves acidentes com vítimas
até fatais, além de grandes danos a ecologia.
3. Balões: Todos os anos, quando se realizam os festejos juninos, muitos incêndios são
causados por balões, que deixam cair centelhas ou mesmo a tocha acesa sobre materiais
combustíveis, portanto, nunca solte balões.
4. Fogos de Artifícios: Tal como ocorrem com os balões, os fogos de artifícios também são
causadores de incêndio, além de inúmeros acidentes. Geralmente, as crianças são as
principais vítimas, por não saberem utilizar tal material e mesmo alguns portarem defeitos
de fabricação, logo ao manipular, tome sempre medidas de segurança.
5. Displicência ao cozinhar: Algumas donas de casa, não conhecem os riscos de incêndios
e deixam alimentos fritando ou cozendo por tempo superior ao necessário, ou mesmo
colocando-os com água em óleo fervente, fazendo com que os vapores do mesmo saiam do
recipiente, indo até as chamas do fogão e incendiando o combustível na panela; em vista
disto, mantenha sempre sua atenção redobrada quando utilizar o fogão.
6. Descuido com fósforo: Não só as crianças, mas também os jovens e adultos não dão a
devida atenção à correta utilização dos fósforos livrando-se do palito ainda em chamas,
provocando com esta atitude muitos incêndios. Quando utilizarmos os mesmos, devemos
apagá-los e quebrá-los antes de jogá-los fora, e guardar a caixa longe do alcance das
crianças.
7. Velas, lamparinas, iluminação à chama aberta sobre móveis: Muitas vezes são
colocados diretamente sobre móveis ou tecidos, velas ou lamparinas. No caso da primeira,
esta poderá queimar-se até atingir o material e incendiá-lo; a outra, por conter querosene ou
outro liquido inflamável a situação é ainda mais grave, portanto, quando forem utilizadas,
coloca-las sobre um pires ou prato, evitando o contato com o possível combustível.
8. Aparelhos Eletrodomésticos: Além das instalações elétricas inadequadas, os próprios
aparelhos elétricos utilizados nas residências poderão causar incêndios, quando guardados
ainda quentes, deixados ligados ou apresentarem defeitos, observe sempre seu
funcionamento, fios, interruptores e siga as instruções do fabricante.
9. Pontas de Cigarros: O hábito de fumar atinge a milhares de pessoas, que às vezes, o
fazem em locais proibidos e quase sempre jogam as pontas destes, sem ter certeza que
estejam apagados completamente. Outras vezes, deitam-se e adormecem deixando-o aceso.
Portanto devemos sempre molhar ou amassar as pontas antes de serem jogadas no lixo,
principalmente nos locais onde armazenam papéis.
10. Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.): O GLP é acelerador de incêndio
em potencial. O botijão que está em uso fica conectado ao fogão, por meio de um tubo
plástico que incendeia com facilidade, em razão do material que é constituído, isto
ocorrendo teremos acesso ao gás, pois o registro está em posição aberto, o reserva que está
ao lado, poderá receber calor suficiente para romper a válvula de segurança, provocando a
propagação do fogo por todo o prédio. Devemos colocar tais recipientes fora da residência,
conectando-o por uma mangueira resistente preconizada pelo Conselho Nacional de
Petróleo que contém data de validade.
11. Ignição ou Explosão de Produtos Químicos: Alguns produtos químicos ou
inflamáveis, em contato com o ar ou outros componentes, poderão incendiar-se ou explodir,
em função disto devem ser acondicionados em locais próprios e seguros, evitando-se assim
qualquer acidente, ao manipulá-los, procure sempre a orientação de um técnico
especializado.
12 - Instalações Elétricas Inadequadas: As improvisações em instalações elétricas na
construção, reforma ou ampliação são responsáveis pela maioria dos incêndios, portanto,
devemos seguir as orientações de pessoas capacitadas.
13. Trabalhos de Soldagens: Nos aparelhos de solda, alimentados com acetileno e
oxigênio, havendo um vazamento, isto poderá gerar um incêndio, além disso, a própria
chama do maçarico atingindo materiais combustíveis, provocará tal sinistro. Os
profissionais devem estar conscientes dos perigos e atentos quanto a danos nas mangueiras
e registros do aparelho, para sua própria segurança.
14. Ação Criminosa: Muito mais do que imaginamos, incêndios são provocados por
pessoas maldosas, principalmente no local de trabalho, pelo simples prazer de vingança.
Também alguns proprietários, visando obter lucros do seguro, usam da mesma atitude.
Nestes casos as causas, normalmente são detectadas facilmente, e as pessoas envolvidas
têm respondido judicialmente pelo delito.
Água: É o agente extintor “universal”, por ser o mais abundante na natureza. Age
principalmente por resfriamento e por abafamento, devido a sua propriedade de absorver
grande quantidade de calor. Tem a sua aplicação em diversas classes de incêndio. Apesar de
historicamente, por muitos anos, a água ter sido aplicada no combate a incêndio sob a forma
de jato pleno, hoje sabemos que a água apresenta um resultado melhor quando aplicada sob
a forma de jato chuveiro ou neblinado, pois absorve calor numa velocidade muito maior,
diminuindo consideravelmente a temperatura do incêndio conseqüentemente extingüindo-o.
Quando se adiciona à água substâncias umectantes na proporção de 1% de Gardinol,
Maprofix, Duponal, Lissapol ou Arestec, ela aumenta sua eficiência nos combates a
incêndios da Classe A. À água assim tratada damos o nome de "água molhada". A sua
maior eficiência advém do fato do agente umectante reduzir a sua tensão superficial,
fazendo com que ela se espalhe mais e adquira maior poder de penetrabilidade, alcançando
o interior dos corpos em combustão. A água apresenta excelente resultado no combate a
incêndios da Classe A, podendo ser usada também na Classe B, não podendo ser utilizada
na Classe C, pois conduz corrente elétrica.
Espuma: É uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua, constituída por
um aglomerado de bolhas de ar ou de um gás inerte. Podemos ter dois tipos clássicos de
espuma: Espuma Química e Espuma Mecânica.
Espuma Química - é resultante de uma reação química entre uma solução composta por
"água, sulfato de alumínio e alcaçuz" ou composta por "água e bicarbonato de sódio" (está
entrando em desuso, por vários problemas técnicos).
Espuma Mecânica - é formada por uma mistura de água com uma pequena porcentagem
(1% a 6%) de concentrado gerador de espuma e entrada forçada de ar. Podemos dizer que a
espuma mecânica é produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma)
e ar. A rigor, a espuma é mais uma das formas de aplicação da água, pois se constitui de um
aglomerado de bolhas de ar ou gás (CO2) envoltas por películas de água.
A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incêndios das Classes
A e B, não podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente elétrica.
Pó Químico Seco (PQS): Os pós químicos secos possuem finíssimas partículas sólidas, são
substâncias constituídas de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de
potássio, que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por
quebra da reação em cadeia e por abafamento. As partículas têm como características não
serem abrasivas, não serem tóxicas mas pode provocar asfixia se inalado em excesso, não
conduzir corrente elétrica, mas tem o inconveniente de contaminar o ambiente sujando-o,
podendo danificar inclusive equipamentos eletrônicos, desta forma, deve-se evitar sua
utilização em ambiente que possua estes equipamentos no seu interior e ainda dificultando a
visualização do ambiente. Os PQS são classificados conforme a sua correspondência
com as classes de incêndios, conforme as seguintes categorias:
Pó ABC – composto a base de fosfato de amônio, sendo chamado de polivalente, pois atua
nas classes A, B e C;
Pó BC – à base de bicarbonato de sódio ou de potássio, indicados para incêndios classes
B e C;
Pó D – usado especificamente na classe D de incêndio, sendo a sua composição variada,
pois cada metal pirofórico terá um agente especifico, tendo por base a grafita misturada
com cloretos e carbonetos.
Gás Carbônico (CO2): Também conhecido como dióxido de carbono ou CO2 , é um gás
mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor (incolor), sem cheiro (inodoro), não condutor
de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo
secundariamente ação de resfriamento. O Dióxido de Carbono apresenta melhor resultado
no combate a incêndios das Classes B e C. Na Classe A apaga somente na superfície. O
Dióxido de Carbono apresenta melhor resultado no combate a incêndios das Classes B e C.
Na Classe A apaga somente na superfície.
9-Extintor de espuma:
Temos dois tipos de extintor de espuma, o de espuma química e o de espuma
mecânica (pressurizado).
Características
Capacidade 9 litros (mistura de água e LGE)
Unidade extintora 9 litros
Aplicação Incêndio Classe “A” e “B”
Alcance médio do jato 5 metros
Tempo de descarga 60 segundos
Funcionamento: A mistura de água e LGE já está sob pressão, sendo expelida quando
acionado o gatilho; ao passar pelo esguicho lançador, ocorrem o arrastamento do ar
atmosférico e o batimento, formando a espuma.
Características
Capacidade 2, 4 e 6 kg
Unidade extintora 6 kg
Aplicação Incêndios classe “B” e “C”.
Alcance médio do jato 2,5 metros
Tempo de descarga 25 segundos
Carreta de Água:
Características
Capacidade 75 a 150 litros
Aplicação Incêndio classe “A”
Alcance médio do jato 13 metros
Tempo de descarga 180 segundos
CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
CUIDADOS ANTES DO USO OPERACIONAL: As mangueiras novas devem ser
retiradas da embalagem de fábrica, armazenadas em local arejado, livre de umidade e mofo
e protegidas da exposição direta de raios solares. Deve-se testar as juntas de engate rápido
antes da distribuição das mangueiras para o uso operacional, através de acoplamento com
outras juntas. Lembrar que as mangueiras foram submetidas a todos os testes necessários
para seu uso seguro, quando do recebimento, após a compra.
MANGOTINHOS
Os mangotinhos são tubos flexíveis de borracha, reforçados para resistir a
pressões elevadas e dotados de esguichos próprios. Apresentam-se, normalmente, em
diâmetros de 16, 19 e 25 mm.
ESGUICHOS
São peças que se destinam a dar forma, direção e alcance ao jato d’água,
conforme as necessidades da operação. Os esguichos mais utilizados são:
1- esguicho Canhão;
2- esguicho "Pescoço de ganso" (protetor de linha)
3- esguicho Universal;
4- esguicho Regulável;
5- esguicho Agulheta;
6- esguicho Proporcionador de espuma;
7- esguicho Lançador de espuma;
Linha Adutora: É aquela destinada a conduzir água de uma fonte de abastecimento para
um reservatório. Por exemplo: de um hidrante para o tanque de viatura e de uma expedição
até o derivante, com diâmetro mínimo de 63 mm.
Linha de Ataque: É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo,
utilizando mangueiras de 38 mm.
Linha Direta: É a linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira, que
conduz, diretamente, a água desde um hidrante ou expedição de bomba até o esguicho.
Linha Siamesa: A linha siamesa é composta de duas ou mais mangueiras adutoras,
destinadas a conduzir água da fonte de abastecimento para um coletor, e deste, em uma
única linha, até o esguicho. Destina-se a aumentar o volume de água a ser utilizada.
JATOS D’ÁGUA: Jato é o formato dado à água ou outro agente extintor, do esguicho ao
ponto desejado. Através da pressão de operação do esguicho e da sua regulagem, o agente
extintor adquire a forma desejada, que é ainda influenciada pela sua velocidade e pelo seu
volume, pela gravidade e pelo atrito com o ar. Através da correta aplicação dos jatos,
obtêm-se os seguintes resultados:
Resfriamento, pela aplicação de água sobre o material em combustão;
Redução da temperatura atmosférica no ambiente, pela absorção e/ou dispersão da fumaça e
gases aquecidos;
Abafamento, quando se impede o fornecimento de oxigênio ao fogo;
Proteção aos bombeiros ou materiais contra o calor, através do jato em forma de cortina de
água;
Ventilação, através do arrastamento da fumaça.
Propriedades Extintoras da Água: A água é capaz de absorver grandes quantidades de
calor e quanto maior a sua fragmentação mais rápida a absorção de calor.
Pressão: É a força que se aplica na água para esta fluir através de mangueiras, tubulações e
esguichos, de uma extremidade a outra.
Perda de Carga: A água sob pressão tende a se distribuir em todas as direções, como quando
se enche uma bexiga de borracha com ar. Contudo, as paredes internas de mangueiras,
tubulações, esguichos, etc. impedem a expansão da água em todas as direções, conduzindo-
a numa única direção.
Pressão Residual: Conhecida como “pressão no esguicho”, é a pressão da bomba de
incêndio menos a perda de carga com a variação de altura.
Tipos de Jatos:
Durante, o atendimento o brigadista, depara-se com situações das mais diversas, cada qual
exigindo a ferramenta adequada para se efetuar um combate apropriado. Sob este ponto de
vista, os jatos são considerados “ferramentas” e, como tal, haverá um jato para cada
propósito que se queira atingir.
Os seguintes tipos de jatos são utilizados nos serviços de bombeiros:
jato contínuo;
jato chuveiro;
jato neblina.
Esguicho: Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueira, destinada a dar
forma e controlar o jato de água.
Tipos de Esguicho:
Esguicho agulheta
Esguicho regulável
Esguicho universal
Esguicho canhão
Esguicho torre d’água
COMBATE – deve ser eficiente e para que possa minimizar as conseqüências do incêndio,
devemos:
a) conhecer os agentes extintores
b) saber utilizar os equipamentos de combate a incêndio
c) saber avaliar o incêndio e com isso determinar as atitudes a serem tomadas
Cuidados Necessários
• Respeitar as proibições de fumar no ambiente de trabalho (Lei Estadual
nº 11.540, de 12/11/2003);
• Não acender fósforos, nem isqueiros ou ligar aparelhos celulares em locais sinalizados;
• Manter o local de trabalho em ordem e limpo;
• Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
• Colocar os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
• Manter desobstruídas as áreas de escape e não deixar, mesmo que provisoriamente,
materiais nas escadas e corredores;
• Não deixar os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desligue- os da tomada;
• Não improvisar instalações elétricas, nem efetuar consertos em tomadas e interruptores,
sem que esteja familiarizado;
• Não sobrecarregar as instalações elétricas com a utilização do PLUG T, lembrando que o
mesmo oferece riscos de curto-circuíto e outros;
• Verificar antes da saída do trabalho, se não há nenhum equipamento elétrico ligado;
• Observar as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou explosivos;
• Manter os materiais inflamáveis em local resguardado e à prova de fogo;
• Não cobrir fios elétricos com o tapete;
• Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os
sempre na posição vertical e na embalagem;
• Não utilizar chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES
DEVERES E OBRIGAÇÕES
• Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de trabalho, inclusive as rotas
de fuga;
• Participe ativamente dos treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados;
• Conheça e pratique as Normas de Proteção e Combate ao Princípio de Incêndio, quando
necessário e possível, adotadas na Empresa;
• Comunique imediatamente aos membros da Equipe de Emergência, qualquer tipo de
irregularidade.
TIPOS DE CHUVEIROS
Podem ser dotados de elemento termo-sensível ou não (chuveiros abertos)
Elemento termo-sensível
A liberação da descarga de água só ocorre quando a temperatura do ambiente
atinge um grau predeterminado, rompendo a cápsula. Cada chuveiro terá uma temperatura
de operação própria, que varia entre:
VERMELHA 68
AMARELA 79
VERDE 93
AZUL 141
TIPOS DE SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
No Brasil, existem basicamente três tipos de sistemas de chuveiros
automáticos:
CORTINA D’ÁGUA
A cortina d’água é um sistema que produz descargas de água em pequenas
aberturas ou sobre telhados de uma edificação, a fim de evitar a propagação de um
incêndio. O acionamento da cortina d’água pode ser automático ou manual.
ESPUMA
A espuma é uma das formas de aplicação de água. É constituída por um
aglomerado de bolhas de ar ou gás, formada por solução aquosa. Flutua sobre os líquidos,
devido à sua baixa densidade.
A espuma apaga o fogo por abafamento, mas, devido a presença de água em sua
constituição, age, secundariamente, por resfriamento.
ESPUMA MECÂNICA
É formada pela mistura de água, líquido gerador de espuma (ou extrato
formador de espuma) e ar.
O líquido gerador de espuma é adicionado à água através de um aparelho
(proporcionador), formando a pré-mistura (água e LGE). Ao passar pelo esguicho, a pré-
mistura sofre batimento e o ar é, dessa forma, a ela acrescentado, formando a espuma. As
características do extrato definirão sua proporção na pré-mistura (de 1% até 6%).
A espuma mecânica é classificada, de acordo com sua taxa de expansão, em três
categorias:
BAIXA EXPANSÃO: quando um 1 litro de pré-mistura produz até 20 litros de espuma
(espuma pesada);
MÉDIA EXPANSÃO: quando 1 litro de pré-mistura produz de 20 a 200 litros de espuma
(espuma média);
ALTA EXPANSÃO: quando 1 litro de pré-mistura produz de 200 a 1.000 litros de espuma
(espuma leve).
PROTEÍNICO COMUM:
É utilizado em combate a incêndio envolvendo líquidos combustíveis que não
se misturam com água (líquidos não polares). Possui razoável resistência a temperaturas
elevadas e proporciona boa cobertura. Não se presta ao combate a incêndio em solventes
polares (álcool, acetona) porque é dissolvido por eles. Solventes polares são aqueles que se
misturam com a água, conseqüentemente, destruindo a espuma;
FLÚOR PROTEÍNICO:
É derivado do proteínico comum, ao qual foi acrescentado um aditivo fluorado,
que o torna mais resistente ao fogo e à reignição, além de dar maior fluidez à espuma.
Proporciona uma extinção bem mais rápida do fogo que o LGE proteínico comum.
Também não deve ser utilizado no combate a incêndios envolvendo solventes polares;
LGE SINTÉTICO
É produzido a partir de substâncias sintéticas.
As espumas sintéticas dividem-se nos tipos: comum, “água molhada”, “água
leve” e espuma resistente a solventes polares.
RESFRIANDO COM ÁGUA: Enquanto a água sem extratos de espuma é pouco eficaz
em líquidos voláteis (como gasolina ou diesel), incêndios em óleos mais pesados (não
voláteis) podem ser extintos pela aplicação de água em forma de neblina, em quantidades
suficientes para absorver o calor produzido. Deve-se estar atento para que não haja
transbordamento do líquido e para que não ocorra o fenômeno conhecido como boil over.
GÁS NATURAL: O gás natural (gás encanado) é formado principalmente por metano,
com pequenas quantidades de etano, propano, butano e pentano. Este gás é mais leve do
que o ar. Assim, tende a subir e difundir-se na atmosfera; não é tóxico, mas é classificado
como asfixiante, porque em ambientes fechados pode tomar o lugar do ar atmosférico,
conduzindo assim à asfixia. A companhia concessionária local deve ser acionada quando
alguma emergência ocorrer.
Incidentes envolvendo o sistema de distribuição de gás natural são
freqüentemente causados por escavação nas proximidades da canalização subterrânea.
Neste caso, as viaturas não devem estacionar próximas ao local, por causa da possibilidade
de ignição. A guarnição deve estar preparada para o evento de uma explosão e incêndio
subseqüente. A primeira preocupação deve ser a evacuação da área vizinha e eliminação de
possíveis fontes de ignição no local.
GÁS NATURAL - Gás inflamável e combustível, mais leve que o ar, composto de metano,
tem os mesmo uso de GLP.
TIPOS DE RECIPIENTES
P–2: São botijas de 2 kg. Operam sem regulador de pressão.são indicados para
fogareiros de acampamentos, lampiões a gás e maçaricos para pequenas soldagens, a
válvula de saída é acionada por uma mola, que retorna automaticamente quando da
desconexão.
P-13: São usados para cozinhar, a válvula de saída de gás é acionada por uma
mola, que retorna automaticamente quando da desconexão, existindo uma válvula de
segurança, que é fabricada com uma liga metálica de bismuto que derrete quando a
temperatura atinge 78º C.
P-20: Este recipiente é especial de 20 kg utilizado para uso veicular. É o único
vasilhame de GLP que deve ser utilizado na horizontal, pois todo seu sistema é para
funcionar nesta posição.
P-45 e P90: São indicados para instalações centralizadas de gás que permitem
maior versatilidade no uso do GLP, serve tanto para abastecer forno e fogão, como para
aquecimento de água e ambiente.
CUIDADOS DIVERSOS– O controle de vazamento sem fogo deve ser feito através da
dispersão do gás, evitando o contato com pessoas e fontes de ignição e eliminando o
vazamento (fechando o registro da válvula).
O controle de vazamento com fogo deve ser feito através da diminuição da
quantidade de calor produzido pelo fogo deve ser feito através de aplicação de nuvem de
água. Deve-se tomar precauções para evitar a conversão de um fogo em botijão para uma
explosão provocada por gases acumulados após a extinção das chamas sem sanar o
vazamento.
PARTES DO INCÊNDIO
Para melhor compreensão e estudo, o incêndio em matas é dividido em partes.
São elas:
Incêndio subterrâneo
Quando há queima de combustíveis abaixo do solo, tais como húmus, raízes e
turfa. Este tipo de incêndio é normalmente de combustão lenta e sem chamas, porém, de
difícil extinção.
Incêndio rasteiro
Quando há queima de combustíveis de baixa estatura, tais como: vegetação
rasteira, folhas e troncos caídos, arbustos, etc. Este é o tipo de incêndio que ocorre com
maior freqüência, é conhecido também por incêndio de superfície.
Incêndio aéreo
Quando há queima de combustíveis que estão acima do solo, tais como galhos,
folhas, musgos, etc. Este tipo de incêndio ocorre geralmente em dias de muito vento e baixa
umidade relativa do ar, e é conhecido também por incêndio de copas.
Incêndio total
Quando temos todas as formas de incêndio acima descritas.
MÉTODO DE COMBATE
Ataque direto
Consiste em combater diretamente as chamas no perímetro do incêndio. Para
isso, utilizam-se ferramentas agrícolas, abafadores e bombas costais.
Abafador
Deve ser aplicado sobre o fogo para extingui-lo, com movimentos de sobe e
desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Podem ser confeccionados de ramos verdes e tiras
de mangueiras.
Bomba costal
Este equipamento possui, normalmente, reservatório de 20 litros de água e
esguicho. A água é recalcada quando o bombeiro aciona manualmente o pistão.
Ferramentas agrícolas
São ferramentas comuns, (tais como pá, enxada, enxadão, etc.), utilizadas
principalmente para colocar terra sobre o fogo.
Ataque aéreo
Feito por avião com tanques especiais ou com helicópteros com bolsa de água.
Ataque indireto
Consiste em combater o fogo a alguma distância do seu perímetro. Este método
é utilizado quando o fogo é de grande intensidade ou está se movendo rapidamente.
Área raspada
Consiste em remover a vegetação até que a terra viva seja exposta.
Área tombada
Consiste em se derrubar toda a vegetação em direção ao fogo, visando diminuir
o tamanho das chamas, evitando que elas ultrapassem a área raspada.
Fogo de encontro
Técnica utilizada após a execução do aceiro. Consiste em atear fogo na área
tombada em direção ao incêndio, visando alargar o aceiro.
RESCALDO
O rescaldo é a fase do serviço de combate ao incêndio em que se localizam
focos de fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos. Este trabalho visa
impedir que o fogo volte, após estar dominado. Trata-se, pois, da última fase do combate ao
incêndio.
O rescaldo não deve prejudicar os trabalhos de peritagem (determinação das
causas do incêndio), mas deve impedir o ressurgimento do fogo e deixar o local em
condições de segurança para os peritos e para quem for reconstruir ou recuperar a
edificação. Deve-se realizar a remoção e não a destruição dos materiais; se possível,
recuperar o local.
É quando se elimina todos os riscos de reignição do incêndio.
SALVATAGEM
A salvatagem é um conjunto de ações que visa diminuir os danos causados pelo
fogo, pela água e pela fumaça durante e após o combate ao incêndio. Pode ser realizada em
qualquer fase do combate ao incêndio.
Procedimentos em Salvatagem
Organização e cobertura de máquinas, mobília e materiais existentes no local do sinistro;
Escoamento da água empregada no combate;
Separação do material não queimado e sua remoção para lugar seguro;
Cobertura de janelas, portas e telhados.
Não jogar água em fumaça ou em objetos quentes (sem fogo)
PORTAS CORTA-FOGO
HISTÓRICO DA PORTA
A obrigatoriedade de Portas corta-fogo para edifícios com mais de quatro
andares deu-se no Brasil, no início da década de 70, após algumas grandes tragédias, como
nos edifícios Andraus e Joelma, na cidade de São Paulo, onde vitimou centenas de pessoas.
Criou-se então, um novo modelo de construção com escada enclausurada, protegida por
duas portas corta-fogo e uma sala de ante-câmara.
Uma das portas evita diretamente a passagem do fogo. A sala de ante-câmara faz a
dissipação dos gases por meio de uma veneziana. A outra porta corta-fogo protege a escada
enclausurada.
É importante lembrar que as portas corta-fogo, possuem fechadura especial e nunca podem
ser trancadas no sentido fuga.
O aspecto segurança ganhou muita credibilidade nos últimos 25 anos. Todos os projetos de
edificações e outras construções devem ser aprovadas pelo Corpo de Bombeiros (NBR
11742).
Classificação: As portas corta-fogo são classificadas em P-30, P-60, P-90 e P-120.
P-30 = usadas em algumas regiões do país como porta nos apartamentos.
P-60 = usadas nas escadas enclausuradas e na ante-câmara para prédios residenciais.
P-90 = usadas nas escadas enclausuradas e na ante-câmara para prédios comerciais.
P-120 = usadas em ambientes de maior risco, adotadas pelo cliente.
PORTAS CORTA-FOGO: porta, batente, dobradiça e fechadura.
Portas Corta-Fogo impedem a propagação do fogo e calor de um ambiente para
outro pelo tempo especificado em cada um dos tipos e é fabricada conforme especificações
da norma NBR 11742.
Fabricada em chapa galvanizada composta por duas bandejas estruturadas e requadradas
com perfis metálicos, com isolante térmico interno feito em fibra cerâmica com alto grau de
pureza química, baixa densidade e condutibilidade térmica, alta reflexão ao calor, boa
absorção de som e resistência à corrosão.
O Batente é fabricado em chapa de aço galvanizado com 6 chapas de fixação e
barra estabilizadora. Barras antipânico fabricadas conforme normas internacionais de
segurança. Fechaduras e dobradiças fabricadas conforme norma NBR 13768.Acabamento
zincado natural, conforme norma da ABNT.
Opcional: mola aérea e barra antipânico.
BARRAS ANTI-PÂNICO
São fechaduras de sobrepor destinadas basicamente em portas corta-fogo de
elevada resistência e durabilidade de acordo com as normas ABNT/EB-2081,
ANSI/BHMA-A 156.3 e UL 305.
Aplicadas a portas de folha única , com barra única de acionamento interno, nas dimensões
de até 1,10 m de largura x 2,50 m de altura, tem seu mecanismo confeccionado em aço e
acessórios aparentes em latão, com um único ponto de travamento central.
Aplicadas na porta de folha dupla, com duas barras de acionamento interno, nas dimensões
de até 2,20 m (2 vezes 1,10) de largura x 2,50 m de altura, tem seu mecanismo
confeccionado em aço e acessórios aparentes em latão, com 3 pontos de travamento
(superior, inferior e central).
ARMÁRIOS CORTA-FOGO
Para armazenagem de produtos inflamáveis que exigem estocagem longe de
altas temperaturas ou fogo.
Fabricados com parede dupla de aço carbono SAE 1020 e núcleo isolante de alta resistência
ao fogo. Possuem aberturas para ventilação e liberação de gases protegidas com sistema
corta-chama, anti-explosão. São fornecidos com prateleiras reguláveis, projetadas para reter
líquidos, impedindo que se espalhem pelo armário ou para o exterior, no caso de vazamento
dos produtos estocados. Possue fechadura tipo cremona com chave e dobradiça tipo “piano”
em toda extensão da porta. São fornecidos com legendas de aviso (“INFLAMÁVEIS” ,
“MANTENHA FOGO A DISTÂNCIA”) e pintados nas opções vermelho ou cinza
martelado.
MEDIDAS PADRÃO
ALTURA LARGURA PROFUNDIDADE
100 cm 100 cm 45 cm
200 cm 100 cm 45 cm
Fabricação própria
Portas em medidas padrão e especiais
Ferragens específicas para portas corta-fogo, galvanizadas ou cromadas
Projeto
Conjunto porta corta-fogo nas classes P-60 e P-90 (minutos / resistência ao fogo)
Elaborado conforme Norma NBR 11.742 - Porta Corta-Fogo para Saída de Emergência, da
ABNT.
Batente
Em chapa de aço galvanizada, tratamento especial - revestimento B
Reforços para dobradiças e grapas de fixação na alvenaria também em chapa
galvanizada
Sistema especial de rosca nos reforços para fixação das dobradiças, já acompanhado de
parafusos
Folha
Sistema exclusivo MIRAGE, com estrutura isenta de solda
Totalmente em chapa de aço galvanizada, revestimento B
Reforços internos também em chapa de aço galvanizada
Núcleo em material isolante térmico, de alta resistência ao fogo
Dobradiças
Projeto MIRAGE especial para altas temperaturas
Submetidas a ensaio de fogo e resistência mecânica
Três dobradiças tubulares por porta, todas de mola regulável
Fechadura
Tipo trinco, de sobrepor, totalmente zincada
De acionamento simplificado, permitindo travamento da porta
Aprovada em ensaio de fogo e resistência mecânica
21- VENTILAÇÃO
Ventilação aplicada no combate a incêndios é para remoção e dispersão
sistemática de fumaça, gases e vapores quentes de um local confinado, proporcionando a
troca dos produtos da combustão por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros no
ambiente sinistrado. São tipos de ventilação:
Ventilação natural e Ventilação forçada
VENTILAÇÃO NATURAL
É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente, sendo também
empregado o princípio da convecção com o objetivo de ventilar. Como exemplo, citam-se a
abertura de portas, janelas, paredes, bem como a abertura de clarabóias e telhados.
VENTILAÇÃO FORÇADA
É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes em que não é possível
estabelecer o fluxo natural de ar. Neste caso, força-se a renovação do ar através da
utilização de equipamentos e outros métodos.
Ainda com relação à edificação e à ação do bombeiro, pode-se dividir a ventilação em
horizontal e vertical.
VENTILAÇÃO HORIZONTAL
É aquela em que os produtos da combustão caminham horizontalmente pelo ambiente. Este
tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos produtos da combustão através de
corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no mesmo plano.
VENTILAÇÃO VERTICAL
É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente pelo ambiente, através
de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de escadas), ou aberturas
feitas pelo bombeiro (retirada de telhas):
VANTAGENS DA VENTILAÇÃO
PROTEÇÃO NÍVEL B: Nível alto de proteção, que requer o mesmo nível de proteção
respiratória que o nível A, porém, um nível menor de proteção da pele. A grande diferença
entre o nível A e B é que o nível B não exige uma roupa de proteção totalmente
encapsulada para proteção contra gases/vapores. O nível B é uma proteção para
derramamento e contato com agentes químicos na forma liquida. As roupas de proteção
para esse nível podem ser apresentadas de duas formas: encapsuladas ou não encapsuladas.
PROTEÇÃO NIVEL C: Nível médio de proteção, nesse nível exigi-se menor proteção
respiratória e menor proteção da pele.
QUANDO UTILIZAR O NIVEL C: Os contaminantes presentes na atmosfera
derramamento de líquidos ou outro tipo de contato direto com a pele não tem poder de lesar
a pele ou serem absorvidos pela pele.
EQUIPAMENTOS PARA NIVEL C
Respirador total ou parcial, com purificador de ar
Macacões quimicamente resistentes ou roupas com duas peças
Luvas quimicamente resistentes
Botas quimicamente resistentes.
Agrotóxicos nunca devem ser transportados junto com pessoas, animais, forragens ou
utensílios pessoais, para evitar contaminação.
O armazenamento deve ser feito em local trancado, fora do alcance de crianças, pessoas
estranhas ao serviço e animais.
Agrotóxicos devem ser mantidos em seus recipientes originais.
As embalagens vazias nunca devem ser utilizadas para outros fins, mesmo depois de bem
lavadas.
A aplicação dos produtos deve ser feita nas horas menos quentes do dia para diminuir a
evaporação e facilitar o uso de vestimentas e equipamento de proteção.
Não aplicar o produto contra o vento e não caminhar entre plantações recém–tratadas.
Misturas de agrotóxicos só podem ser feitas com instruções técnica específica.
Não comer, beber, mascar ou fumar durante a aplicação de agrotóxicos.
Ao finalizar a atividade, o trabalhador deve tomar banho com bastante água e sabão em
pedra e mudar de roupa.
Vestimentas e equipamentos de proteção devem ser levados separados de outras.
OBSERVAÇÃO
Esta apostila foi elaborada para ajudar os alunos da disciplina Prevenção e
Controle de Sinistros a adquirirem os conhecimentos mínimos nesta área. Porém, pode-se
ver que o conteúdo é inesgotável e deve ser ampliado. O aluno deve buscar outras fontes e
livros para completar, melhorar e atualizar seu entendimento no assunto.