História – a Origem (Fogo) História • Até meados da década de 1970; • Preocupação exclusiva do Corpo de Bombeiros; • Não havia legislação específica e os códigos de obras/construção civil continham poucas informações que contribuíssem para a prevenção de incêndios. Conceitos básicos - Fogo Conceitos básicos - Temperatura • O ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual os materiais liberam vapores combustíveis que, ao entrarem em contato com uma fonte externa de calor, inflamam-se. Nesse ponto de temperatura, as quantidades de vapores combustíveis são pequenas e as chamas do fogo não se mantêm, apagando-se imediatamente. • O ponto de combustão é a temperatura mínima onde os vapores combustíveis liberados são suficientes para manter o fogo aceso. • O ponto de ignição é a temperatura mínima na qual os vapores combustíveis liberados se inflamam apenas com a presença do comburente – oxigênio –, sem a necessidade de uma fonte externa de calor. Conceitos básicos - Propagação • Condução: propagação por meio de um material sólido de uma região de temperatura mais alta para a região de temperatura mais baixa; • Convecção: propagação por meio de um fluido líquido ou gás, entre dois corpos submersos no fluido, ou entre um corpo e o fluido. O exemplo mais claro deste tipo de propagação é em edifícios, quando a fumaça quente que sai do primeiro andar em chamas atinge o quinto andar, iniciando o fogo também nesse pavimento; • Radiação: propagação por meio de um gás ou do vácuo, na forma de energia radiante como, por exemplo, o calor que vem de uma fogueira aquecendo, através do ar, qualquer objeto mais próximo por radiação. Conceitos básicos - Propagação Classes de Incêndio • A: representa os materiais que queimam em superfície e profundidade, tais como a madeira, o papel, tecido, entre outros; • B: corresponde aos materiais inflamáveis que queimam na superfície, tais como o álcool, a gasolina, o querosene etc.; • C: representa os equipamentos elétricos e eletrônicos energizados, tais como os computadores, as televisões, os motores, entre outros; • D: metais combustíveis: corresponde aos materiais que requerem agentes extintores específicos, tais como o pó de zinco, sódio, magnésio etc.; • K: é uma designação específica para óleo e gordura em cozinhas. Métodos de Extinção • Retirada do material: é o isolamento do material que está em combustão ou a retirada dos materiais próximos para que não entrem em combustão; • Resfriamento: significa diminuir a temperatura – calor – do combustível, eliminando, assim, um dos componentes do fogo, o calor. Neste caso, o agente mais comum utilizado ao resfriamento é a água que, em contato com o fogo ou a brasa, retira o calor, resfriando o material; Métodos de Extinção • Abafamento: elimina o comburente – oxigênio – do local ou o reduz a uma concentração percentual menor ou igual a 15%, de modo a não alimentar mais o fogo e eliminá-lo. Cobrir uma fogueira significa abafar, eliminando, assim, o oxigênio, extinguindo o fogo. Pode-se abafar o fogo com o uso de materiais diversos, tais como areia, terra, cobertor, vapor d’água, espuma, pó, gás especial etc.; Métodos de Extinção • Quebra da reação em cadeia: onde podemos utilizar agentes especiais para a extinção química do incêndio, quebrando, portanto, o tetraedro do fogo. Isso ocorre porque quando certos agentes extintores são lançados no fogo e reagem com o calor, o oxigênio comburente deixa de reagir com os gases combustíveis. Essa reação ocorre apenas quando há chamas visíveis. Existem duas maneiras de se aprender na vida? Ou com a história, ou fazendo história; ou seja, escutando os nossos pais, ou quebrando a cara. Gran Circo Norte-Americano, Niterói, RJ Edifício Andraus, São Paulo Edifício Andraus, São Paulo Edifício Joelma, São Paulo Casos emblemáticos • Na boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, na Cidade de Santa Maria, RS; • No Museu da Língua Portuguesa, em 21 de dezembro de 2015, na Cidade de São Paulo; • No edifício irregularmente ocupado e chamado de Wilton Paes de Almeida, em 1º de maio de 2018, na região do Largo do Paiçandu, em São Paulo; • No Museu Nacional do Brasil, em 2 de setembro de 2018, no Rio de Janeiro. Prevenção Contra Incêndio Prevenção tem como objetivo medidas de segurança de modo a evitar o incêndio propriamente dito, agindo na separação do calor e combustível, dois componentes básicos do tetraedro do fogo. Assim, podemos entender como medidas de prevenção aquelas que ditam as regras de quantidade de armazenamento de combustíveis, distâncias entre materiais combustíveis, a limitação das fontes de calor, realização de treinamentos de pessoas para agir de forma segura etc. Proteção Contra Incêndio • Já proteção tem como objetivo medidas de segurança, de modo a evitar a propagação de um incêndio, ou seja, aquele que já iniciou e precisa de ações de proteção para evitar que aumente e cause mais danos patrimoniais e pessoais. • A proteção pode ser dividida em dois tipos: passiva e ativa. Proteção Contra Incêndio • A proteção passiva é aquela que está incorporada à edificação e que não necessita de nenhum tipo de acionamento para o seu funcionamento em situação de incêndio. Podemos citar como exemplos de proteção passiva os tipos de materiais de acabamento e revestimento, as rotas de fuga, compartimentações horizontais e verticais, o isolamento de risco etc. • A proteção ativa vem complementar a proteção passiva e o seu acionamento pode ser automático ou manual. Podemos citar como exemplos de proteção ativa os sistemas de detecção e alarme, de iluminação e sinalização de emergência, de controle de fumaça, de extinção de incêndio etc. Combate Contra Incêndio • Combate a incêndio é aquilo que é necessário para extinguir o incêndio. • Sistemas manuais – tais como extintores e hidrantes. • Sistemas fixos e automáticos – tais como sprinklers. • Sistemas fixos de Dióxido de Carbono (CO2). • Corpo de bombeiros militar e civil, reservas de água, sistemas especiais de combate a incêndio etc. Legislação • Norma Regulamentadora NR23 (Proteção contra Incêndio e Explosões); • destaca alguns itens importantes a serem observados no quesito proteção contra incêndio, a saber: • Saídas de emergência em todas as edificações; • Sinalização de emergência em todas as saídas e rotas de fuga, através de placas ou sinais luminosos; • Saídas de emergência sempre liberadas durante jornada de trabalho; • Saídas de emergência com dispositivo de travamento de fácil abertura; • Treinamento a todos os trabalhadores. Sistemas de combate ao incêndio • Extintores; • Hidrantes; • Chuveiros Automáticos. Hidrantes • Sistema do tipo fixo (Abafamento e resfriamento); • Utilizado em duas etapas; • É um sistema complexo que necessita de um projeto hidráulico e de uma ART; • ABNT NBR 13714: 2000 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio – e as legislações estaduais com suas normas técnicas específicas. Componentes do sistema • Reserva Técnica de Incêndio (RTI): Trata-se da reserva de água exclusiva para o combate ao incêndio, dimensionado pelo engenheiro calculista hidráulico responsável pelo projeto de combate contra incêndio; • Hidrante: Trata-se do ponto de tomada de água com uma (simples) ou duas (duplo) saídas, conectado a uma válvula globo 45º com adaptador, tampão, mangueiras de incêndio, esguicho e chave storz; • Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semirrígida, esguicho regulável e demais acessórios; Componentes do sistema • Mangueira: As mangueiras de incêndio devem atender às condições da NBR 11861 - Mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de ensaio. A depender do tipo do sistema, utiliza-se mangueiras de DN 40mm ou DN 65mm; • Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade da mangueira utilizado para dar forma, direção e controle ao jato de água, podendo ser do tipo regulável ou jato compacto; • Bomba principal: Trata-se de uma bomba hidráulica centrífuga utilizada exclusivamente para recalcar água para os hidrantes, na pressão e vazão definida no projeto; • Bomba de pressurização (Jockey): Trata-se de uma bomba hidráulica centrífuga utilizada para manter pressurizado Estudo de caso • Para o estudo de caso, será analisado o dimensionamento de um sistema de hidrantes de um condomínio residencial de 10 andares, com reservatório inferior, dotado de bomba de incêndio principal e bomba jóquei para manter a linha pressurizada. • A análise pode ser feita por 2 critérios, sendo: • 1º critério: NBR 13.714; • 2º critério: CBPMSP - Instrução Técnica nº22; Sequência de estudo 1. Volume mínimo para o reservatório de água de incêndio; 2. Vazão necessária para o sistema de hidrantes; 3. Diâmetro de tubulações; 4. Cálculo de perda de carga; 5. Altura manométrica.