Você está na página 1de 23

DIREITO PENAL III

Turma N1

10/08/2021

Prof. Eliane Rodrigues Nunes


Direito Penal III
Legislação penal:
- Comum (ordinária) = Código Penal
- Especiais (extravagantes) = Lei dos crimes hediondos,
tóxicos, CTB, CPMilitar, ECA, Lei Maria da Penha, LEP, Lei das
Contravenções Penais, etc...

- Genérica = efeito erga omnes (para todos)


- Impessoal = todos são iguais perante a Lei
- Coercitiva = ameaça de sanção
- Solene = elaboração específica pelo Congresso Nacional
- Bens jurídicos = todos que o legislador escolheu
Código Penal (seco)
- Doutrina
- Jurisprudência
Fatos infração de menor potencial
Atos BO, TCO
Processo Pena: cominação, aplicação..
Procedimento Ação Penal: Denúncia/Queixa
Instrução
Decisão a quo (1º grau) (sentença)
Decisão ad quem (2º grau) (acórdão)
Súmula
Direito Penal III
Fatos: acontecimentos (condutas humanas) que têm relevância
para o Direito; são os crimes (homicídio, furto, estupro, etc...)
Atos = atitudes do Estado para quem violou suas normas
praticando um fato (crime: ex.: Ocorrência, laudo pericial,
relatório, Denúncia, Queixa, Sentença, Razões, Acórdão)
Infração = crime ou delito e contravenção
Sanção = pena e medida de segurança
Critério para aplica a pena ou a Medida de Segurança = a
culpabilidade (capacidade de alguém responder pela infração)
Culpabilidade = imputáveis (pena); inimputáveis (Med. Seg)
Pena: fases
- Cominação = P. Legislativo = in abstrato
- Aplicação = P. Judiciário (sentença) = in concreto
- Execução = P. Executivo (fiscaliza o cumprimento) = LEP
Espécies de Pena:
- Privativa de liberdade = Reclusão e detenção (cominada)
- Restritiva de Direitos = Penas alternativas (cesta básica,
prestação de serviço a comunidade, suspensão de direitos,..)
- Multa = pecuniária
As penas alternativas encontram cominação legal?
Direito Penal III

Crime – Homicídio, furto, estupro


Pena – mín .... Máx

Penas alternativas encontram cominação legal = não!!!


Todo crime tem cominação de pena privativa de liberdade
(reclusão ou detenção)

As penas alternativas serão aplicadas em forma de


substituição
Cominar tem a significação de ameaçar com pena, em caso de infração.
Por isso, pena cominada é aquela que a lei prevê como sanção para
determinado comportamento. Tanto faz, pois, dizer-se pena cominada
como pena prevista em lei.

Reclusão = é cominada para crimes mais graves


Detenção = é cominada para crimes menos graves

Regimes de pena:
Aberto = pena aplicada até 4 anos
Semiaberto = pena aplicada de 4 a 8 anos
Fechado = pena aplicada acima de 8 anos
Crime = Art. 155 - Furto = 1 a 4 anos
Dosimetria da pena = circunstâncias judiciais (art. 59)
1. Culpabilidade.............................. 4
2. Antecedentes ............................. 1
3. Conduta social ............................ 3
4. Personalidade do agente ............ 2
5. Motivos ...................................... 4
6. Circunstâncias ............................ 2
7. Consequências ........................... 4
8. Comportamento da vítima.......... 3
Soma e divide por 8 = Pena Base = 2 anos, 8 meses e 15 dias
Pena in concreto = 2 anos, 8 meses e 15 dias

Substituir pela pena alternativa? (art. 44)


- Pena aplicada até 4 anos
- Crime sem violência ou grave ameaça à pessoa
- Não reincidência em crime doloso
- Análise da culpabilidade

- Penas cominadas em lei = penas privativas de liberdade


- Pena alternativa = não estão cominadas = são aplicadas em
forma de substituição às penas privativas de liberdade
Direito Penal III

Código Penal = legislação comum


Estrutura:
- Lei de Introdução = legislação base para outras
- Exposição de Motivos = justificativa de reforma de lei
- Há duas: 1940 / 1984
- Parte Geral – art. 1º ao 120 = Princípios, Teorias, conceitos
para aplicar a Lei Penal
- Parte Especial – art. 121 – 361 = crimes e penas
Princípios:
Aplicação da Lei: 1. Legalidade: Crime e pena = descrição na lei
2. Anterioridade: descrição antes do fato
Lei no tempo: 3. Princípio da Irretroatividade;
A lei a ser aplicada a determinado fato, é a lei vigente na época
do fato;
exceção: extratividade (retroatividade e ultratividade)
“A lei penal NÃO retroagirá, SALVO para beneficiar”
Lei no Espaço: 4. Princípio da Territorialidade;
exceção: Extraterritorialidade
Conflito de lei comum e especial: 5. Princípio da Especialidade
Anterioridade da lei
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina; não há
pena sem prévia cominação legal.

Legalidade = crime e pena deve ter descrição em lei


Anterioridade = antes do fato praticado

Beccaria = Dos Delitos e das Penas

Código penal =
Sentença = Lei dos crimes hediondos
Lei penal no Tempo = Princípio da Irretroatividade

Exceção: conflito de leis no tempo (Direito Intertemporal)


Lei na época do fato = “X”
Lei na época em que o fato está sendo apreciado = “Y”

Lei mais benéfica: Lex mittior = extratividade


Extratividade:
- Retroativa = lei aplicada antes da vigência
- Ultrativa = lei aplicada após a sua revogação
“A” praticou um fato; estava em vigou a Lei “X”, prevendo para este fato
uma pena de 1 a 4 anos; no dia da sentença, estava em vigor a Lei “Y”,
prevendo para este mesmo fato uma pena de 2 a 8 anos.
Houve novatio legis in pejus
Lei da época do fato = 1 a 4 anos (X)
Lei no dia da sentença = 2 a 8 anos (Y)
Princípio = Ultratividade

“A” praticou um crime quando existia uma Lei cuja pena era de
reclusão; na época da apreciação do fato, havia outra Lei, prevendo
uma pena de detenção (Pena Alternativa);
Houve novatio legis in mellius = Princípio da Retroatividade
Conflito de leis:
Abolitio criminis = Surge uma lei nova descriminalizando um fato que
alei anterior determinava que fosse crime
Novatio legis incriminadora = surge uma lei nova tipificando
Novatio legis in mellius = lei nova que beneficia
Novatio legis in pejus = lei nova que prejudica
Lei penal no Espaço = Princípio da Territorialidade
Crime ocorreu no território nacional, aqui será apreciado;

Pode-se aplicar a Lei Penal brasileira para o fato que ocorreu fora do
Brasil?
Art. 7º - Extraterritorialidade:
- Incondicionada = crimes contra a vida, liberdade Presidente da
República, patrimônio da União, ....
- Condicionada = praticados por brasileiro; mediante algumas
condições;
- Conflito de leis = comum e especial = Lei especial prevalece

Código Penal e o Código de Trânsito

D. Penal III – Crime de Homicídio, furto, aborto


É crime de menor potencial ofensivo?
Cabe pena alternativa
É norma penal incriminadora? Em branco?
Automutilação = retroatividade da lei
- “A” praticou homicídio no trânsito; matou uma pessoa, dirigindo
imprudentemente.

- Homicídio culposo = Código Penal = 121, 3º


- Homicídio culposo = Código de Trânsito

- Código de Trânsito = art. 12 – Princípio da Especialidade


Art. 121 – Homicídio = Parte Especial
Qualificado = fútil

Art. 61 – Circunstâncias agravantes = Parte Geral


- Motivo fútil

- Caso concreto: “A” matou “B” por motivo de dívida;


- Homicídio por motivo fútil
- Haverá a incidência de uma circunstância agravante de pena (motivo
fútil)? Homicídio qualificado e não Homicídio com agravante
Conflito de leis (comum e especial) = CP e o CTB

Conflito de normas =

Norma da parte geral (1º - 120) e uma norma da parte especial (121 –
361)

Lei é um complexo de normas = cada artigo da Lei é uma norma.

Art. 121 – norma = contida na Lei = Código


Princípio da Especialidade = norma especial prevalece sob a norma
geral
Princípio da especialidade = 217 = norma especial
A LEI:
217-A - Estupro de vulnerável = ato sexual com menor de 14 anos

Art. 61 – agravante = II, h = contra criança

Caso concreto = fato real


“A” estuprou a vítima de 10 anos

Estupro com uma agravante de pena? Estupro de vulnerável


Bis in idem
Conflito de Leis = lei comum (Código Penal) e leis especiais

Conflito de normas = norma da parte geral em conflito com uma norma


da parte especial

= Princípio da especialidade

Homicídio = qualificadora = motivo fútil


Lesão corporal (129) =
“A” bateu em “B” por motivo de dívida = motivo fútil é agravante

Você também pode gostar