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Desafios do enfermeiro diante da dor e do sofrimento da família de

pacientes fora de possibilidades terapêuticas.

Alunos: Antônia Gusmão, Beatriz Pinheiro, Francisca Nayara,


Leiliane Sousa, Leidiane Veloso, Selma Silva, William Bergues.
Professor: Janaína Câmara.
Introdução

O amparo às famílias de pacientes fora de possibilidades terapêuticas é


percebido como uma atividade difícil e complexa mesmo para profissionais
experientes.
Obviamente é ainda mais desafiador para o enfermeiro inexperiente
ou recém formado que se inicia nessa prática.

É essencial preparar os estudantes da área da saúde desde o


período acadêmico para lidar com situações futuras.
Embora o cuidado dos familiares seja uma das partes importantes do
cuidado global dos pacientes em estado de saúde crítico ,é lamentável que o
cuidado da família seja pouco abordado na maioria dos cursos de graduação
da área da saúde.

A literatura afirma que abordar esse assunto traz benefícios e prepara


o enfermeiro para melhor lidar com a situação.

Melhora a comunicação
Previne conflitos
Maior satisfação da qualidade da assistência prestada ao paciente e família
Maior conforto diante de noticias difíceis
A morte provoca ansiedade, impacto,
emocional, e desorientação.

Precisamos passar por um aprendizado, que não se trata de uma preparação


religiosa, mas um processo educacional para o enfrentamento da realidade da
vida, logo, aprender a morrer é um processo de desenvolvimento enquanto se
aprende a viver.

 O estudo do processo da morte e do morrer é a tanatologia.

 A tanatologia é importante para o enfermeiro e deve ser objeto de estudo e


debate no meio acadêmico.
O papel do enfermeiro

 Cabe aos profissionais aliviar a dor, seja no aspecto orgânico ou


psíquico
 Abrir espaços para reflexão com outros profissionais e mudar alguns
padrões de conduta se necessário
 Além de obter conhecimento sobre o processo do morrer, o
profissional deve enfrentar seus próprios medos
 Reflita e tenha conhecimento acerca da filosofia de vida, valores
pessoais, culturais e religiosos do paciente e familiares
 Melhore sua habilidade de comunicação e seja empático
É desafiador trabalhar com as necessidades espirituais da família ou prover
espaço para que sejam atendidas.

• Espiritualidade é definida como aquilo que traz significado ou objetivo a vida


da pessoa

• Diante da dor espiritual é comum as famílias recorrerem à fé como fonte de


ajuda, buscando na religião o significado da vida e da morte
• Por isso a compreensão e assistência respeitosa às suas crenças
pessoais é considerado como gesto de amor e proporciona segurança

• A proximidade com a dor e sofrimento parece provocar no


enfermeiro uma empatia importante para o vínculo terapêutico que
ao passo que proporciona uma melhor assistência resulta também
em desgaste emocional ligado à dificuldade em lidar com a
terminalidade.
Assistir a família significa deparar-se com questões que confrontam a sua
própria filosofia de vida e seus valores pessoais. O cuidar envolve
competências ontológicas essenciais à maturidade da enfermagem que
advém de fatos que acontecem no cotidiano do cuidar de famílias diante da
dor e sofrimento.

 É um mito os relatos que os enfermeiros precisam ser frios ao comunicar


uma noticia negativa.
 Os enfermeiros podem demonstrar pesar, e devem ser empáticos, mas
devem principalmente ser firmes ,claros, e estar prontos para agir diante da
reação desesperadora dos familiares.
 Se o enfermeiro demonstrar medo ou dúvidas o cuidado vai ser sempre
superficial
 Os familiares geralmente expressam estresse emocional ao se
aproximarem da perda, por isso é importante tomar cuidado com
informações incompletas e sempre fornecer conhecimento concreto
da situação
 Para o enfermeiro que assiste a família do paciente fora de
possibilidade terapêutica é muito difícil compreender oque esta quer
lhe falar em face da dor que sente
 É fundamental ouvi-la, saber oque ela precisa e não julga-la
 Ao mesmo tempo em que se busca minimizar o desconforto do
paciente, procura-se maximizar a assistência à dor e ao sofrimento da
família
 A família e o paciente pode apresentar desconfortos como ansiedade,
depressão e transtorno de estresse pós-traumático ,nessa situação a
intervenção deve ter foco na boa comunicação
 Cada família demanda atenção particularizada ,muitas vezes de modo
discreto porém não menos importante
Quem recebe uma noticia dificilmente esquece como, quando, e onde foi
comunicada.
É preciso escolher não somente as palavras adequadas, como também o
ambiente apropriado, livre de ruídos, e que preserve a privacidade

 O tom de voz também interfere na boa comunicação

É importante manter contato visual, pois demonstra que você é competente e


confiável
A efetividade das ações de enfermagem no processo da morte e do
morrer é um verdadeiro desafio, mas o trabalho em equipe, e a
existência de uma equipe multidisciplinar são mecanismos que
melhoram a assistência.

 A boa comunicação é imprescindível para ajudar os familiares, o


próprio paciente e a equipe de profissionais saúde.

Os enfermeiros mais experientes em assistir às famílias de pacientes


fora de possibilidade terapêuticas necessitam dialogar com os menos
experientes e recém formados.
REFERÊNCIAS

Kubler-ross E.Perguntas e respostas sobre a morte e o morrer.São


Paulo: Martins Fontes,1979
Oliveira JR, Brêtas JRS, Yamaguti L. A morte e o morrer segundo
representações de estudantes de enfermagem. Rev Esc Enferm USP.
2007;41(3):386-94
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