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FORMAÇÃO PARA A

CIDADANIA

Organização do Estado
Democrático: A Nossa
Democracia
1
O Estado de Direito – a Constituição

Nos termos do art. 2.º da CRP, “A República Portuguesa


é um Estado de direito democrático, baseada na
soberania popular, no pluralismo de expressão e
organização política democrática e no respeito e na
garantia de efectivação dos direitos e liberdades
fundamentais e na separação e interdependência de
poderes (...)”.

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Orgãos de soberania

 O Estado tem funções política, legislativa e judicial.


 Para cumprir as atribuições que lhe são confiadas pela
Constituição e pelas leis, o Estado tem os seus órgãos,
os quais compete tomar decisões em seu nome.
 O princípio da separação de poderes, separa o poder
executivo, do poder legislativo e do poder judicial

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Orgãos de soberania – Composição e
competências

São órgãos da soberania, nos termos da Constituição:

 O Presidente da República;
 A Assembleia da República (Poder Legislativo);
 O Governo (Poder Executivo);
 Os Tribunais (Poder Judicial).

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Presidente da República

 O P.R. representa a República Portuguesa, garante a


independência nacional, a unidade do Estado e regular
funcionamento das instituições democráticas e é, por
inerência, Comandante Supremo das Forças Armadas.
 O P.R. é eleito por sufrágio universal, directo e secreto
dos cidadãos portugueses eleitores recenseados no
território nacional, bem como dos cidadãos portugueses
residentes no estrangeiro, que mantenham laços de
efectiva ligação à comunidade nacional, nos termos da
lei.

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Presidente da República

 A idade mínima para se poder votar é de 18 anos.


 São elegíveis para Presidente da República, cidadãos
eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos.
 O mandato do Presidente da República tem a duração
de cinco anos e termina com a posse do novo
Presidente eleito.

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Assembleia da República

 A Assembleia da República é a assembleia


representativa de todos os cidadãos portugueses.
 A Assembleia tem o mínimo de cento e oitenta e o
máximo de duzentos e trinta Deputados, nos termos
eleitorais.
 É na Assembleia da República que são feitas as leis e
são debatidos os grandes projectos nacionais. O
Primeiro Ministro e os restantes membros do seu
Governo prestam contas a esta Assembleia.

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Assembleia da República

 As candidaturas para deputado são apresentadas, nos


termos da lei, pelos partidos políticos, isoladamente ou
em coligação. As listas podem integrar cidadãos não
inscritos nos respectivos partidos políticos.
 Os deputados representam todo o país e não os círculos
por que são eleitos.

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Governo

 O Governo é o órgão encarregue de conduzir a política


geral do país e é ao mesmo tempo o órgão superior da
administração pública.
 O Governo é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos
Ministros, e pelos Secretários e Subsecretários de
Estado e pode incluir um ou mais Vice-Primeiro-Ministro.
 Os membros do Governo reúnem-se em Conselho de
Ministros.

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Governo

 O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da


República, ouvido os partidos representados na
Assembleia da República e tendo em conta os
resultados eleitorais.
 Os restantes membros do governo são nomeados pelo
Presidente da República, sob proposta do Primeiro-
Ministro.
 O programa do governo é o instrumento onde constam
as principais orientações políticas e medidas a adoptar
ou a propor nos diversos domínios da actividade
governamental.

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Tribunais

 Os tribunais são órgãos de


soberania com competência
para administrar a justiça em
nome do povo.
 É nos tribunais que os
cidadãos, cujos direitos são
violados, podem exigir a
efectivação desses mesmos
direitos.

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Tribunais

 Os tribunais são
independentes e apenas estão
sujeitos à lei.

 As decisões dos tribunais


devem ser fundamentadas na
forma prevista na lei e são
obrigatórias para todas as
entidades públicas e privadas.

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Tribunais

Existem as seguintes categorias de tribunais:


 Tribunal Constitucional;
 Supremo Tribunal de Justiça;
 Tribunais Judiciais de Primeira e Segunda Instância;
 Supremo Tribunal Administrativo;
 Tribunais Administrativos e Fiscais.

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Tribunais

 Os Juízes dos tribunais judiciais formam um corpo único


e regem-se por um só estatuto. Os juízes não podem
ser responsabilizados pelas suas decisões, salvas as
excepções consignadas na lei.
 O Ministério Público é o órgão do Estado encarregado
de representar o Estado, exercer a acção penal e
defender a legalidade democrática e os interesses que a
lei determinar.
 Ao Ministério Público está também atribuído o
patrocínio oficioso de trabalhadores e seus familiares.

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Administração Pública

Central – Regional - Local

Regiões Autónomas

Os Açores A Madeira

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As Regiões Autónomas

 Os Açores e a Madeira gozam de autonomia regional,


exercida através de um regime político-administrativo
próprio, que se fundamenta nas suas características
geográficas, económicas, sociais e culturais.
 A autonomia regional materializa-se nas eleições das
assembleias locais, pelos residentes das respectivas
regiões, bem como na formação de um governo
regional.

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As Regiões Autónomas

As Regiões Autónomas têm os seguintes órgãos:

 Assembleia Regional – Presidente da Assembleia


Regional
 Governo Regional – Presidente do Governo Regional.

A soberania da República é especialmente


representada, em cada uma das regiões autónomas, por
um Ministro da República.

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O Poder Local

 Para além do poder central, a Constituição de 1976


introduziu em Portugal o poder local.
 O País está dividido em DISTRITOS, estes em
MUNICÍPIOS, que por sua vez, se dividem em
FREGUESIAS.
 O PODER LOCAL centra-se nas AUTARQUIAS –
Municípios e Freguesias.

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O Poder Local

 O município é a autarquia local que visa a prossecução


de interesses próprios da população residente na
circunscrição concelhias, mediante órgãos
representativos por ela eleitos.

 As freguesias são autarquias locais que, dentro do


território municipal, visam a prossecução de interesses
próprios da população residente em cada circunscrição
paroquial.

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O Poder Local

Os órgãos das autarquias

 Os Municípios:
 Assembleia Municipal
 Câmara Municipal
 As Freguesias:
 Assembleia de Freguesia
 Junta de Freguesia

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O Poder Local

Assembleia Municipal
 A assembleia municipal é o órgão deliberativo do
município. É formada pelos presidentes das juntas de
freguesia e por membros eleitos por sufrágio universal,
directo e secreto.
Algumas competências da Assembleia Municipal:
 Acompanhar e fiscalizar a actividade da Câmara;
 Aprovar o Plano de Actividades, Orçamento e suas
revisões, propostos pela Câmara;
 Aprovar o Plano Director Municipal.

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O Poder Local

Câmara Municipal
 A câmara municipal é constituída por um presidente e
por vereadores. É o órgão executivo colegial do
município, eleito pelos cidadãos eleitores recenseados
na sua área.
Algumas áreas de intervenção da Câmara Municipal:
 Acção Social – disponibiliza apoio técnico e financeiro
na área da infância, idosos, pessoas com deficiência,
sem abrigo, minorias e desenvolvimento comunitário;

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O Poder Local

Algumas áreas de intervenção da Câmara Municipal (cont.):


 Educação – disponibiliza apoio a projectos da Escola de
todos os níveis do ensino, do Pré-Escolar ao
Secundário.
 Acção Social Escolar – neste âmbito dão os seguintes
apoios: cantinas, e actividades de tempos livres,
transportes escolares, colónias de férias, suplemento
alimentar.
 Habitação Social e Reabilitação Urbana, Cultura e
Desporto.

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O Poder Local

Assembleia de Freguesia
 A Assembleia de Freguesia é eleita por sugrágio
universal, directo e secreto dos cidadãos recenseados
na área da freguesia, segundo o sistema de
representação proporcional.
Junta de Freguesia
 A Junta de Freguesia é o órgão colegial da freguesia. É
constituída por um presidente e por vogais, sendo que
dois exercerão as funções de secretário e de tesoureiro.

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O Poder Local

Competências da Junta de Freguesia


 As juntas de freguesia têm competências próprias e
competências delegadas pela câmara municipal.
 Compete à junta de freguesia, nomeadamente, deliberar as as
formas de apoio a entidades e organismos legalmente
existentes, com vista à prossecução de obras ou eventos de
interesse para a freguesia, bem como à informação e defesa
dos direitos dos cidadãos; Passar atestados nos termos da lei;
Celebrar protocolos de colaboração com instituições públicas,
particulares e cooperativas que desnvolvam a sua actividade
na área da freguesia, etc.

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