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Q U A L A 

I M P O RT Â N C I A D O E S T U D O
A N AT Ô M I C O D O Ú T E R O   E M R E L A Ç Ã O A
G R AV I D E Z ?

FA R M Á C I A 1 ° P E R Í O D O

A L I C E C U N H A M A R T I N S

A N A L Ú C I A R A M O S N O G U E I R A  

L O R E N A G O N Z A G A M O T A M A G A L H Ã E S  

G L A U B I A   B R A G A R A M O S  

G A B R I E L L A   P E R E I R A C O E L H O S A N T O S
INFORMAÇÕES GERAIS.

• O útero é um dos órgãos mais importantes do sistema reprodutor feminino, malformações congênitas são
consideradas comuns, mas tem consequências na saúde e na reprodução, em casos graves pode resultar em alto
índice de aborto espontâneo, parto prematuro, deficiência na formação do bebe causado pela restrição do
crescimento fetal, pré-eclâmpsia e má apresentação fetal para realização do parto.
• A anomalia anatômica do útero tem origem ainda na formação da bebe na barriga da mãe, o útero do bebe não se
forma totalmente e se funde antes de nascer, causando anomalias uterinas que vão dês de a ausência do útero até as
anomalias menos graves. Para fazer o diagnóstico pode ser usado o ultrassom convencional em conjunto com o
ultrassom 3D para confirmar o diagnóstico, e em caso de suspeita de anormalidade complexa a ressonância
magnética, histerossalpingo-contraste-sonografia, histerossalpingografia de raios-X, histeroscopia e laparoscopia.
Ú T E R O S E P TA D O , D E F I N I Ç Ã O ,
C O N S E Q U Ê N C I A S E T R AT A M E N T O .

• A anomalia uterina anatômica mais comum é o Útero Septado, que consiste em uma separação do
útero através de uma membrana chamada septo, sua incidência é de 35 %, essa anomalia não é um
fator de infertilidade propriamente dito, mas contribui prejudicialmente já na primeira gravidez.
• Um paciente com malformações não tratadas tem uma taxa geral de parto de apenas 50%, além
disso complicações obstétricas ficam muito mais frequentes. O mais comum em pacientes com
útero septado é a retirada da membrana septo através da histeroscopia cirúrgica, onde é introduzido
um aparelho através da vagina para fazer esta retirada. 
ÚTERO BICORPÓREO, DEFINIÇÃO,
C O N S E Q U Ê N C I A S E T R AT A M E N T O .
• A segunda anomalia mais comum é o Útero Bicorpóreo (Bicorno) com taxa de incidência média de 25 %,
essa anomalia consiste em uma fenda que separa o órgão em dois lados sem dividir o útero totalmente, a
fenda pode ser pequena ou grande, o útero Bicorno não interfere no fator de fertilidade da mulher,
normalmente as chances de fecundação do ovulo são as mesmas de uma mulher sem a anomalia, o
problema está na fixação do ovulo na parede uterina, na maioria dos casos ocorre o descolamento do
embrião, as vezes tardio, o que causa diversos abortos espontâneos.
• Mesmo se o embrião não for abortado e conseguir chegas próximo a fase final da gestação, as chances de
parto prematuro são muito altas, e a chance do bebe nascer com má formação é 4 vezes maior do que na
maioria das outras mulheres, isso acontece devido a fenda limitar o espaço de desenvolvimento do feto,
essa restrição pode causar deformação no bebe.
Útero Normal Útero Septado Útero Bicorneo
P AT O L O G I A S R E L A C I O N A D A S A
A N O M A L I A A N AT Ô M I C A U T E R I N A .
• A condição de malformação do orgão não pode ser melhorada com medicamentos, o papel do
farmacêutico nesse sentido é limitado, mas, as anomalias anatômicas uterinas causam diversos
outros problemas, patologias relacionadas a essas deformações, que causam muito incomodo em
pacientes principalmente jovens, e mulheres com desejo de engravidar.
• As patologias mais comuns relacionadas a essas malformações são:
• Amenorreia Primária
• Dismenorreia
• Ovário Policístico
• Endometriose 
 AMENORREIA PRIMÁRIA
DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO

• A Amenorreia primária é basicamente definida como o fracasso em atingir a menarca, ou seja, a ausência vitalícia
da menstruação depois dos 15 anos de idade, é necessário fazer tratamento para que não haja a evolução dos
causadores da amenorreia, como anormalidades do trato de saída, insuficiência ovariana primária, distúrbios
hipotalâmicos ou hipofisários, outros distúrbios da glândula endócrina, sequelas de doença crônica, fisiológicas
ou induzidas.
• Fazendo uma avaliação sistemática, com uma história detalhada (padrões menstruais, hábitos alimentares e de
exercícios, presença de estressores psicossociais, alterações de peso corporal, uso de medicamentos, galactorreia,
e doenças crônicas) o médico diferencia o tipo de amenorreia, juntamente são feitos os exames laboratoriais
essenciais que incluem hormônio folículo-estimulante, hormônio luteinizante, hormônio estimulador da tireoide e
medições de prolactina, desse modo geralmente é possível identificar a causa subjacente.
DISMENORREIA DEFINIÇÃO E
DIAGNÓSTICO.
• A dismenorreia primária consiste em dor menstrual na ausência de doença pélvica, as
características incluem superprodução de prostaglandinas pelo endométrio, o que
causa hipercontratilidade uterina que acaba resultando em isquemia muscular uterina, hipóxia e
muita dor. 
• É a doença ginecológica mais comum em mulheres em idade de reprodução e uma das causas mais
frequentes de dor pélvica, embora não receba muita atenção das mulheres, que acabam acreditando
que a dor, mesmo que exagerada, faz parte do ciclo menstrual.
•  Seu diagnóstico é composto de exames essencialmente clínicos, baseados na história clínica e em
exame físicos normais.
OVÁRIO POLICÍSTICO DEFINIÇÃO
E DIAGNÓSTICO.

• O Ovário Policístico, também chamada de SOP, ocorre em estatisticamente 6 a 10% das mulheres durante
a idade reprodutiva, também é a patologia endócrino-metabólica mais prevalente em mulheres na pré-
menopausa. É uma disfunção endócrina e metabólica, altamente prevalente em mulheres em seus anos
reprodutivos, como principais características dessa síndrome temos o Hiper androginismo, oligo-ovulação
e morfologia ovariana policística.
• A avaliação inclui uma história completa e exame físico, avaliação da presença de hirsutismo,
ultrassonografia ovariana e teste hormonal para confirmar hiperandrogenismo e oligoanovulação para
excluir distúrbios semelhantes ou mimetizadores e possibilitar a identificação da síndrome. As decisões
terapêuticas dependem do fenótipo, ou seja, o tipo de variação (que atualmente são reconhecidos 4), além
das preocupações e objetivos dos pacientes.
Ovário Policístico

Fonte: http://hospitalsaomatheus.com.br/blog/sindrome-do-ovario-policistico-sintomas-tratamentos-e-prevencao/
ENDOMETRIOSE DEFINIÇÃO E
DIAGNÓSTICO.

• A endometriose é uma condição comum entre mulheres em idade reprodutiva, assim como a maioria das patologias
apresentadas aqui. Além da dor, a endometriose também pode reduzir a fertilidade da mulher por conta das variações
anatômicas, aderência e fibrose, bem como anormalidades endócrinas e distúrbios imunológicos. 
• A endometriose é uma frequente causadora de infertilidade por si só, e também em conjunto com outros fatores, pode
existir em várias formas, desde apenas alguns implantes no peritônio pélvico a extensas aderências e infiltração de
órgãos, em alguns casos lesões fora da pelve. 
• O padrão de diagnóstico de endometriose é a laparoscopia, de preferência incluindo verificação histológica por
biópsia de lesões suspeitas. O Índice de Fertilidade da Endometriose (EFI) avalia as pacientes com base na sua
fertilidade através de pontos de 0 a 10, aquelas com uma pontuação de 0–3 pontos tem apenas 10% de probabilidade
de engravidar, já aquelas com pontuação de 9–10 pontos tem uma taxa de sucesso de aproximadamente 75%.
Endometriose 

Fonte: https://www.dratherezinhaalmeida.com.br/area-do-paciente.html
AT U A Ç Ã O D O FA R M A C Ê U T I C O N O T R ATA M E N T O
D A S PAT O L O G I A S R E L A C I O N A D A S .
•   Como já é de se imaginar, á um papel fundamental do farmacêutico no tratamento de anomalias uterinas e
distúrbios hormonais. No caso das anomalias anatômicas uterinas o papel do farmacêutico é menor, porém não
deixa de ser importante, os medicamentos usados durante os procedimentos cirúrgicos são fruto dos testes de
substancias, criação e fabricação da indústria farmacêutica, mas, o verdadeiro grande papel dessa indústria no
tratamento dessas mulheres é a produção de medicamentos usados para tratar distúrbios hormonais.
• Anomalias anatômicas uterinas são mais comuns do que parecem e são um problema principalmente para
mulheres que desejam engravidar, além de dificultar a implantação embrião no útero e tornar a gestação arriscada,
as anomalias anatômicas no útero também trazem consigo várias patologias paralelas como por exemplo a
amenorreia, a dismenorreia, a endometriose e o ovário policístico. O papel do farmacêutico nesses casos é
desenvolver, fabricar e dispensar medicamentos que auxiliem o tratamento dessas patologias paralelas e além
disso instruir a paciente sobre o modo de uso do medicamento e informações adicionais.
T R AT A M E N T O D E   A M E N O R R E I A
PRIMÁRIA

• Amenorreia é um sintoma associado a uma doença subjacente, portanto, para tratar a amenorreia
primária é preciso primeiro identificar através dos diversos exames qual a doença subjacente que
está causando esse sintoma, depois da identificação é feito o tratamento dessa doença subjacente, e
como consequência a amenorreia será tratada.
• A administração de estrógeno é muito usado no tratamento de distúrbios alimentares de atletas, o
tratamento com estradiol em casos de distúrbio alimentar ajuda a tratar casos de amenorreia.
• Também pode ser feita a reposição de hormônios como folículo-estimulante (FSH), hormônio
luteinizante (LH) e hormônio estimulador da tireoide (TSH), a desregulagem desses hormônios no
corpo feminino pode causar diversos distúrbios menstruais.
T R AT A M E N T O D E   D I S M E N O R R E I A

• O tratamento farmacológico de dismenorreia consiste em uma serie de  anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
como valdecoxibe, naproxeno etoricoxibe, rofecoxibe, dexibuprofeno, lumiracoxibe, cetoprofeno, piroxican,
ibuprofeno e muitos outros para o caso de mulheres que desejam contracepção, o uso de anticoncepcionais
hormonais. 
• Caso a dismenorreia permaneça fora de controle mesmo com todas essas abordagens é recomendado que uma
ultrassonografia seja realizada e que a paciente seja encaminhada para a laparoscopia para eliminar a possibilidade
de uma dismenorreia secundária.
•  Em pacientes com dismenorreia primária refratária grave, ainda existem alternativas seguras adicionais para
mulheres que desejam engravidar, estimulação elétrica nervosa transcutânea, acupuntura, nifedipina e terbutalina.
Também pode ser considerado o uso de danazol ou leuprolida e, raramente, histerectomia.
T R AT A M E N T O D E   O V Á R I O
POLICÍSTICO
• Para fazer um tratamento adequado em pacientes com ovário policistico, primeiro deve se suprimir e
neutralizar a secreção e ação de andrógenos, melhorar o estado metabólico e por fim causar o efeito clínico
desejado (melhorar a fertilidade, regulação de distúrbios menstruais, alívio dos sintomas
de hiperandrogenismo...).
• Para as mulheres que desejam engravidar, o clomifeno ainda permanece como terapia na linha de frente do
tratamento, é um modulador do receptor de estrogênio que afeta diretamente o eixo hipotálamo-hipofisário,
75% das gestações são concebidas nos primeiros 3 meses.
• Pacientes com SOP cujo objetivo não é a gravidez geralmente são aconselhados a usar anticoncepcionais
orais, espironolactona, acetato de ciproterona, entre outros, que restauram com facilidade o ritmo de
sangramento, reduzir o hiperandrogenismo e ainda contribuem para reduzir o risco de endométrio hiperplasia.
T R AT A M E N T O D E   E N D O M E T R I O S E

• A endometriose é um caso que precisa de atenção, e ainda precisa ser estudado, o tratamento da infertilidade
associada a endometriose tem sido baseado em três modalidades: tratamento médico, cirurgia e reprodução
assistida. A cirurgia é invasiva e cara, o tratamento medicamentoso em conjunto com a reprodução assistida
acaba sendo a melhor opção no tratamento da infertilidade associada a endometriose.
• No caso do tratamento medicamentoso várias combinações e procedimentos são frequentemente testados,
ainda não há uma opção com taxa alta de eficácia devido a gravidade da doença, mas nos dias de hoje vários
procedimentos são usados para auxiliar mulheres que sofrem de endometriose.
• A estimulação do crescimento do folículo e da ovulação, o citrato de clomifeno (sozinho ou em combinação
com gonadotrofinas) mais recentemente, os inibidores da aromatase, que também têm sido usados para
estimulação folicular, são exemplos dos tratamentos medicamentosos mais usados no tratamento.
CONCLUSÃO

• Sobre a Importância do estudo anatômico do Útero em relação a gravidez foi possível concluir que, as
anomalias anatômicas uterinas mais comuns (útero septado e útero bicorpóreo) tem tratamento clínico
parcialmente eficaz e que em conjunto com tratamento medicamentoso e fertilização em vitro aumenta
significativamente as chances de gravides da paciente. 
• Além disso, as patologias adquiridas em conjunto com as anomalias anatômicas uterinas como
amenorreia primária, dismenorreia, ovário policístico e endometriose, tem tratamento medicamentoso
eficaz, em mulheres que não tem interesse de engravidar o tratamento baseia-se em anticoncepcionais
para garantir regulação do ciclo menstrual e melhora no equilíbrio hormonal e o uso de alguns
analgésicos no caso das dores da dismenorreia, em mulheres com objetivo de engravidar, reposição
hormonal de estrógeno, estradiol, FSH, LH, TSH, bem administrada em conjunto de complementos
vitamínicos, mudança de hábitos e terapias especificas.
OBRIGADO PELA
AT E N Ç Ã O

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